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ANATOMIA, HISTOLOGIA E FISIOLOGIA DOS TECIDOS PERIODONTAIS Periodonto (peri = em torno, odonto = dente) Proteção da gengiva (começa na margem gengival e termina na mucosa) Sustentação do Dente PERIODONTO DE PROTEÇÃO: Gengiva Livre e Gengiva Marginal/Inserida PERIODONTO DE SUSTENTAÇÃO/INSERÇÃO: - Ligamentos Periodontais - Osso Alveolar - Cemento Radicular MUCOSA ORAL *MUCOSA MASTIGATÓRIA (queratinizado, camada córnea) - Gengiva Inserida - Palato Duro *MUCOSA ESPECIALIZADA - Dorso da língua *MUCOSA DE REVESTIMENTO - Todo o restante FIBRAS DO TECIDO CONJUNTIVO: - Colagénas - Oxitalâmicas - Reticulares - Elásticas FIBRAS DE LIGAMENTO PERIODONTAL - Crista Alveolar - Horizontais - Apicais - Obliquas CARACTERISTÍCAS DA GENGIVA: 1º) GENGIVA normal é saudável 2º) A GENGIVA saudável não sangra, nem à sondagem (gengiva que sangra não é saudável) 3º) A margem Gengival coincide com a junção esmalte e cemento 4º) A margem Gengival forma arcos côncavos regulares 5º) A papila gengival preenche totalmente a meia intra-proximal (tema a vestibular e lingual) 6º) A GENGIVA INSERIDA está firmemente inserida aos tecidos subjacentes (osso e dente) 7º) A faixa de GENGIVA INSERIDA deve ser suficiente para neutralizar as forças musculares (sempre existir) 8º) A GENGIVA INSERIDA pode apresentar o aspecto pontilhado em casca de laranja (40% das vezes) 9º) A GENGIVA é de cor rosa pálido (sem brilho) 10º) A GENGIVA LIVRE termina em bisel 11º) A GENGIVA LIVRE é firme ao jato de ar (não se move) 12º) A papila GENGIVAL pode apresentar sucos de escapes 13º) Entre a GENGIVA LIVRE e a GENGIVA INSERIDA pode haver ranhuras gengivais (30% ou 40% das vezes) 14º) O Sulco Gengival clinico tem de 1 a 3 mm 15º) O fluxo do fluido gengival é imperceptível 16º) A papila Gengival apresenta em seu topo “COL” (apicalmente ao ponto de contato) 17º) A GENGIVA INSERIDA pode apresentar pigmentação melania (manchas melanocitos) ESPAÇO BIOLOGICO: Sulco Gengival (0,69 mm) Epitélio Juncional (0,97 mm) Inserção conjuntiva (1,07 mm) O ESPAÇO BIOLOGICO é o espaço entre o topo da margem gengival e o topo da crista óssea, e que conté m as 3 estruturas: - SULCO GENGIVAL HISTOLÓGICO - EPITÉLIO JUNCIONAL - INSERÇÃO CONJUNTIVA e vão ter no mínimo 3 mm. FUNÇÃO DO PERIODONTO DE SUSTENTAÇÃO: Promover inserção do dente ao tecido ósseo CEMENTO: Não sofre remodelação, sua posição continua: * CEMENTOBLASTOS; * CEMENTÓCITOS O cemento é avascular, recebe nutrição pelos tecidos vizinhos FIBRAS COLAGENAS EXTRÍNSECAS - * Fibras de Sharpey Ligamento periodontal é um tecido conjuntivo frouxo ricamente vascularizado e inervado e celularizado. * Cementoblastos; * Osseoblastos; * Fibroblastos FUNÇÕES DO LIGAMENTO PERIODONTAL (unir dente ao osso) Física (neutralizar as forças mastigatórias) Formadora (cementoblastos, forma os tecidos vizinhos e a si mesmo) Nutricional (nutri o cemento) Sensorial (propriocepção = sensação da posição que esta) Osso Alveolar propriamente dito: camada de tecido ósseo cortical que recobre o processo alveolar, onde se insere. ETIOLOGIA: Estudo das causas de uma doença, investigação das causas. DOENÇAS PERIODONTAIS: São doenças crônicas mais comuns a humanidade Causas e FATORES ETIOLÓGICOS: DETERMINANTE: É aquele essencial para instalação e perpetuação da doença (sem ele não há doença = BIOFILME) FATORES ETIOLOGICOS LOCAIS: PREDISPONENTES: são aqueles que facilitam o acumulo ou dificultam a remoção do BIOFILME (cálculo) SISTÊMICOS: aumenta a prevalência da doença a gravidade e dificultam o tratamento. FATORES ETIOLÓGICOS MODIFICADORES: São aqueles que modificam o curso da doença, agravando-a (agravante) LOCAIS: Trauma Oclusal SISTÊMICOS: Diabetes, Tabagismo, a Síndrome da Imune Adquirido, estresse. PLACA OU BIOFILME BACTERIANO População ou microcolônias bacterianas inseridas em uma matriz, firmemente aderidas entre si e às superfícies não descamativas em ambientes úmidos, de forma muito organizada e estruturado, só podendo ser removido por fricção mecânica. Até 2 dias o Biofilme é recente (tolerável), bactérias GRAM+ A partir de 48 horas começa a produção de bactérias mais agressivas. O acumulo de BIOFILME a partir de 10 dias já começa a causar doença, em 21 já aparece a gengivite. Começa com: - Adesão; - Colonização; - Acúmulo; Climax; - Dispersão; - Doença clara de ser diagnosticada. BACTERIAS DE BIOFILME – PERIODONTOS PATOGINOS VERDADEIROS: - A. actinomyceternomitans – Aa - Porphyromonas Gingivalis – Pg - Tamnerella Forsythensis – TF - T. Denticolo – Td FATORES DEFENSIVOS À AGRESSÃO MICROBIANA Barreira epitelial intacta Turn-over epitelial (renovação epitelial) – Descamação Fluido do sulco gengival Efeito antimicrobiano dos anticorpos Função fagocitária dos neutrófilos e macrófagos Efeito destrutivo do complemento sobre a microbiota MECANISMO DE DESTRUIÇÃO TECIDUAL Efeitos diretos Enzimas histoléticas Endotoxinas (LPS) Exotoxinas Produtos metabólicos finais EFEITOS INDIRETOS Resposta Inflamatórias Respostas Imunológica *A DOENÇA PERIODONTAL É UMA RESPOSTAS IMUNE INFLAMATÓRIA DO PERIODONTO AO BIOFILME *O CÁLCULO DENTARIO É O BIOFILME MINERALIZADO ETIOPATOGENIA – PAGE E SCHROEDER 1976 LESÕES HISTOLOGICAS: Inicial: Saúde Clinica Precoce: Gengivite Subclinica (gengivite que ainda não está aparente) Estabelecido: Gengivite (de 10 a 21 dias) de 2 a 3 semanas Avançada: Periodontite Toda lesão estabelecida é reversível, lesão avançada causa perdas irreversíveis. PROGRESSÃO DA DOENÇA PERIODONTAL GENGIVITE: destruição reversível, restrita a tecidos moles PERIODONTITE: destruição irreversível, perda de inserção e destruição tecidual Obs.: Todo humano exposto ao acumulo de BIOFILME vai manifestar GENGIVITE E toda PERIODONTITE evolui de uma GENGIVETE previa, mas nem toda GENGIVITE evoluirá para um PERIODONTITE. Na dúvida, toda GENGIVITE DEVE SER TRATADA. Sinal histológica que a gengivite evoluiu para uma periodontite é a migração apical do epitélio juncional, associado perda de inserção e perda óssea (perda de fibras). Isso corresponde clinicamente a formação de bolsa periodontal (sulco aprofundado) podendo também retração gengival. EXAME EXTRA BUCAL Faces Assimetrias Palpação ganglionar (apalpar os linfonodos) EXAME INTRA ORAL Tecidos Moles: LINGUA, PALATO DURO, PALATO MOLE Tecidos Periodontais Avaliação Oclusal (perca de dentes, qual o motivo) TECIDOS QUE COMPOEM O PERIODONTO Tecidos Moles: LINGUA, PALATO DURO, PALATO MOLE Gengiva Marginal Gengiva Inserida EXAMES PERIODONTAIS PSR PERIOGRAMA RADIOGRAFIAS PSR (REGISTRO PERIODONTAL SIMPLIFIADO) SONDA WHO (3,5mm E 5,5mm) medidas inicial e final da faixa preta Objetivo: Avaliar de maneira rápida e simplificada o grau de comprometimento periodontal dos pacientes - Diagnóstico precoce; Fácil utilização; Baixo custo; Ficha simplificada O exame consiste em sondagem de todos os dentes, sendo em cada dente: 3 sítios por vestibular (face central, mesial, distal) e 3 sítios por lingual/palatina (face central, mesial, distal) Sondagem circunferencial marcação em 6 pontos Os códigos são: 0 (sendo o melhor), 1, 2, 3, 4 (pior) e * Maior código dos sítios = código do dente - Maior código dos dentes = código do sextante APENAS CÓD. 1 E 2 – RADIOGRAFIAS INTERPROXIMAIS (4 RADIOGRAFIAS) SE 1 CÓDIGO 3 OU 4 SEM * FAZER RADIOGRAFIA PERIAPICAL DO SEXTANTE, MAIS DE UM FAZER RADIOGRAFIA COMPLETO SE 1 CÓDIGO 4 COM * FAZER 14 RADIOGRAFIAS PERIAPICAIS CÓDIGO 0 (saudável) - Faixa (sonda who) colorida totalmente visível - Ausência de sangramento à sondagem - Ausência cálculo e/ou margem cervical de restaurações inadequadas Tratamento: - Cuidados preventivos (MOTIVAÇÃO, EDUCAÇÃO) CÓDIGO 1 - Faixa colorida totalmente visível - Sangramento a sondagem - Ausência de cálculo e/ou margem cervical de restauração inadequadas Tratamento: - Orientação de higiene bucal - Remoção da placa bacteriana supra e subgengivalCÓDIGO 2 - Faixa colorida totalmente visível - Sangramento a sondagem pode ou não ocorrer - Presença de cálculo supra e ou subgengival - Presença de margens cervicais inadequadas Tratamento: - Orientação de higiene bucal - R.A.P.C.R. (Raspagem, alisamento, polimento coronário radicular) - Correção das margens de restaurações CÓDIGO 3 - Faixa colorida parcialmente visível - Sangramento a sondagem - Presença de cálculo supra e ou subgengival - Presença de margens cervicais inadequadas Tratamento: - Orientação de higiene bucal - R.A.P.C.R. (Raspagem, alisamento, polimento coronário radicular) - Correção das margens de restaurações CÓDIGO 4 - Faixa colorida totalmente subgengival CÓDIGO * - Envolvimento de Bi ou Trifurcação - Mobilidade - Problemas mucogengivais - Recessão > ou = 3,5mm Um código 3 dos 6 possíveis, é necessário fazer exame detalhado do sextante (periograma) da região que está no código 3 Dois códigos 3 ou um deles com código 4, é necessário fazer exame detalhado em todos os sextantes. PERIOGRAMA - Retrações (MG/EC) - PCS – Profundidade Clinica de Sondagem = distância entre a margem gengival e a bolsa ou sulco periodontal (falsa bolsa) - SS – Sangramento à Sondagem = avaliação da presença ou ausência de sangramento - NCI – Nível Clínico de Incisão = distancia entre JEC e o fundo de sulco periodontal (falsa bolsa) - PSR - Registro Periodontal Simplificado = registro periodontal que tem por objetivo avaliar de maneira rápida o grau de comprometimento periodontal dos pacientes – Diagnóstico Precoce, fácil utilização, baixo custo, ficha simples IP - Índice de Placa OH - Orientação de Higienização - Comprometimento de Furca - Mobilidade CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS E CONDIÇÕES PERIODONTAIS A.A.P. (Academia Americana de Periodontia 1.999) Características comuns de todas as doenças gengivais: - Sinais e sintomas confinados à gengiva - Presença de placa (iniciar ou exacerbar) - Sinais clínicos de inflamação - Sem perda de inserção - Reversibilidade da doença - Possível papel como precursor para perda de inserção. DOENÇAS GENGIVAIS - Induzidas pela placa/Biofilme dentaria - Gengivite associada somente com a placa/biofilme - Doenças gengivais modificadas por fatores sistêmicos, ou por medicações, ou má nutrição DOENÇAS GENGIVAIS MODIFICADAS POR FATORES SISTÊMICOS - Associadas à puberdade - Associadas ao Ciclo Menstrual, ou gravidez ou com Diabetes Mellitus ASSOCIAÇÃO AO DIABETES MELLITUS - Resposta Inflamatória pronunciado - Em geral associado em crianças com diabetes tipo I pobremente controlado - Ausência de perda óssea e de inserção - Reversível com o controle do estado diabético - Redução da placa pode limitar a severidade da lesão ASSOCIADOS COM AS DISCRASIAS SANGUÍNEAS - Gengivite associada à Leucemia e outras DOENÇAS GENGIVAIS MODIFICADAS POR MEDICAÇÃO - Doenças gengivais ou crescimento gengival induzidas por drogas - Anticonvulsivantes: FERRITOÍNA - Imunossupressor: CICLOSPIRINA - Bloqueadores dos canais de Ca++: NIFEDIPINA, VERAPAMIL, DILTIAZEM, VALPROATO DE SÓDIO GENGIVITE INFLUÊNCIADA POR DROGAS - Gengivite associado aos contraceptivos orais DOENÇAS GENGIVAIS MODIFICADAS PELA MÁ NUTRIÇÃO - Gengivite por deficiência do ácido ascórbico LESÕES GENGIVAIS NÃO INDUZIDAS PELA PLACA DENTÁRIA/BIOFILME São doenças gengivais de origem: - Bacteriana - Viral - Fúngica - Genética - Manifestações de Condições Sistêmicas a. Desordens muco cutâneas b. Reações alérgicas - Lesões Traumáticas - Reações do corpo estranho - Desconhecidas DOENÇAS GENGIVAIS DE ORIGEM GENÉTICA - Fibromatose gengival hereditária DOENÇAS GENGIVAIS DE ORIGEM VIRAL - herpes simples tipo 1 e 2 - Varicela DOENÇAS GENGIVAIS DE ORIGEM FÚNGICAS - Fibromatose gengival hereditária MANIFESTAÇÕES DE CONDIÇÕES SISTÊMICAS * Desordens muco cutâneas - Causadas por doenças autoimune - Gengivite descamativas - Líquen Plana - Penfigoide Benigno de mucosa - Penfigo Vulgar - Lupus Eritematose * Reações Alérgicas - Matérias restaurativos: mercúrio, níquel, acrílico - Dentifrícios e enxaguatórios - Alguns alimentos LESÕES TRAUMÁTICOS - Químicas: aspirina, cocaína, detergente - Físicas: escovação, bandas, aparelhos - Térmicas São características comuns de todas as PERIODONTITES, - INFLAMAÇÃO GENGIVAL e PERDA CLÍNICA. - Inflamação gengival - Perda Clínica de inserção - Perda do osso Alveolar - Bolsa periodontal e/ou retração (mobilidade, perda dentária) PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A PERIODONTITE CRÔNICA (PC) E A PERIODONTITE AGRESSIVA (PA) PC apresenta quantidade de destruição consistente com presença de agentes etiológicos e a PA, inconsistente. PC tem progressão lenta ou moderada e a PA tem destruição rápida e contínua (progressão rápida) PC tem maior prevalência em adultos e PA é mais comum em jovens PC tem padrão microbiano variável a PA tem forte associação a certos periodontopatógenos : Aa, Pg, Tf, Td PC não tem predileção por grupos dentários e a PA tem predileção por primeiros molares e incisivos PC não tem agregação familiar e PA tem agregação familiar. PERIODONTITE CRÔNICA X AGRESSIVA CRÔNICA AGRESSIVA REAÇÕES CAUSA/EFEITO POSITIVA NEGATIVA PROGRESSÃO LENTA A MODERADA RÁPIDA IDADE ADULTOS JOVENS E ADULTOS JOVENS MICROBIOTA/BIOFILME INSPECÍFICO ESPECÍFICO PREDILEÇÃO POR DENTES NÃO HÁ 1º MOLAR E INCISIVOS AGREGAÇÃO FAMILIAR NÃO HÁ POSSÍVEL ANTIBIOTICOTERAPIA PRESCINDÍVEL (dispensável) IMPRESCINDÍVEL As PERIODONTITES podem ser classificadas tomando por base a EXTENSÃO e a SEVERIDADE. *A PERIODONTITE CRÔNICA, quanto à EXTENSÃO, pode ser caracterizada em LOCALIZADA quando no máximo 30% dos sítios estão envolvidos e em GENERALIZADAS quando mais de 30% estão envolvidos. *A PERIODONTITE AGRESSIVA é LOCALIZADA quando a doença atinge somente incisivos e/ou primeiros molares e no máximo dois dentes diferentes destes. Ela é GENERALIZADA quando mais de dois dentes que não incisivos ou primeiros molares são atingidos pela doença Conta para saber se é LOCALIZADA ou GENERALIZADA 6 (nº de sítios) X (nº de dentes) ---- 100% Ex.: 26 dentes Contar no Periograma nº de dentes com cód = ou > 4 ex.: 67 dentes com cód. = ou > que 4 6 x 26 ---100% 67---- X (conta invertida) 156X= 6700 X= 42,94 GENERALIZADA *A SEVERIDADE pode ser analisada tomando por base o montante de perda clínica de inserção (NCI-3), sou seja: Leve 1-2 mm, Moderada 3-4 mm, Severa > ou = 5 mm. (NCI = distância entre JEC e o fundo de sulco periodontal (falsa bolsa)) PERIODONTITE COMO MANIFESTAÇÃO DE DOENÇAS SISTÊMICAS ANTIMICROBIANOS (ANTIBIÓTICOS) SISTÊMICOS NO TRATAMENTO PERIODONTAL (ORAL) Antes de usar o antibiótico, precisa desorganizar o biofilme, para que o antibiótico faça efeito, bactérias organizadas com matriz não morrem com o antibiótico, antes é necessário desorganizar o biofilme (limpeza) É necessário o uso de antimicrobianos, para erradicar ou diminuir microrganismos periodontopatogênicos e eliminar microrganismos com capacidade de invadir tecido gengival. Porém, não são em todos os casos que devemos utilizar os antimicrobianos, apenas em: - casos refratários ao tratamento, não respondem ao tratamento convencional - casos de Periodontite crônica generalizada agravada por fatores modificadores sistêmicos CARACTERISTICAS DOS CASOS REFRATÁRIOS PARÂMETROS: - Sítios com aumento de profundidade a sondagem - Sangramento de bolsa periodontal - Perda óssea progressiva - Mobilidade progressiva - Superação PLANO DE TRATAMENTO: 1º) EXAME E AVALIAÇÃO 2º) DIAGNOSTICO 3º) PROCEDIMENTOS BÁSICOS – (ANTIMICROBIANOS) 4º) REAVALIAÇÃO – (ANTIMICROBIANOS) 5º) COMPLEMENTAÇÃO CIRÚRGICA/OCLUSAL 6º) CONTROLE E MANUTENÇÃO PERIODONTAL A primeira opção para tratar periodonto patogênico verdadeiro, é usar METRONIDAZOL 400MG + AMOXICILIANA 500MG Manutenção Periodontal - Extensão da terapiaperiodontal - Fase mais longa e importante do tratamento - Minimizar a recidiva e progressão da DP (doença periodontal) - Reduzir a incidência de perda dentária - Conservar a rigidez da estrutura gengivoperiodontais conseguidas - Controle de Placa - Remotivação - Necessidade de retratamento - Estabelecer futuro regime de manutenção - É indicado manutenção de 3 em 3 meses - Terapia periodontal de suporte (TPS) - Controle de Manutenção - Manutenção Periodontal RAPCR * Raspagem: (visa a remoção de placa e cálculo das superfícies dentárias) * Alisamento Radicular: (significa uma técnica de instrumentação por meio da qual o cemento (amolecido) é removido, tornando a superfície radicular “dura e lisa”. * Polimento: é o procedimento que visa remover as ranhuras criadas pelo instrumento raspador na superfície dentária exposta (supragengival) * Raspagem supra ou subgengival: (são procedimento necessárias para remoção de placa bacteriana, cálculo e cemento contaminado da superfície dentária. Objetivo: - Redução de inflamação clínica - Contração dos tecidos moles inflamados - Diminuição do sangramento gengival - Diminuição da mobilidade dentária - Diminuição do número de bactérias A raspagem pode ser com ULTRA-SOM: Instrumentos ultra-sônicos foram induzidos por Balamuth, em 1952 para preparos cavitários. Ao longo dos anos foram modificados e atualmente são utilizados para remoção de cálculo sub e supra gengival; A ponta do ultrassom é posicionada paralela ao longo do eixo do dente (de lado). Já a RASPAGEM MANUAL, são usados instrumentos: - Curetas (mais usada) - Foices (mais usada) - Cinzéis - Enxadas - Limas Os instrumentos universais tem maior utilidades e corta de ambos os lados e as curetas de Gracey corta somente de um lado. As Foices são para áreas supra gengival (sendo que a Foice Gracey pode usar tanto sub como supra gengival) Movimentos de raspagem: Tração de apical pra coronário, alavanca com a mão. CURETA DE GRACEY - SUPRA E SUB GENGIVAL 1 - 2 DENTES ANTERIORES 3 - 4 DENTES ANTERIORES 5 - 6 DENTES ANTERIORES E PRÉ MOLARES (FACE VESTIBULAR E LINGUAL) 7 - 8 DENTES POSTERIORES (FACE VESTIBULAR E LINGUAL) 9 - 10 DENTES POSTERIORES (FACE VESTIBULAR E LINGUAL) 11 - 12 DENTES POSTERIORES (FACE MESIAL) 13 - 14 DENTES POSTERIORES (FACE DISTAL) CURETAS UNIVERSAIS Mc CALL (SOMENTE SUPRAGENGIVAL) 13 - 14 FACES PROXIMAIS 17 - 18 FACES LIVRES A raspagem manual constitui o tratamento mais efetivo para a remoção do Biofilme subgengival, a combinação da raspagem subgengival com o controle profissional do biofilme supragengival parece alcançar os melhores resultados para todos os parâmetros clínicos. PROFUNDIDADE CLÍNICA DE SONDAGEM – PCS (distância entre a margem gengival e o fundo da bolsa ou sulco periodontal) 1ª Linha – Margem gengival esmalte cemento 2º Linha – Sangramento ou não (ponto vermelho se houver sangramento) Marcar > ou = 4 mm 3º Linha – É a soma das 2 anteriores MOBILIDADE DENTAL (PERIOGRAMA) (dente à dente) Pode usar cabo de um espelho uma sonda para analisar a mobilidade do dente que pode ser de 1 a 3 (usar de um lado do dente uma sonda e do outro lado o cabo do espelho) Grau I – movimento V-L < 1 mm Grau II – movimento V-L > 1 mm Grau III – movimento horizontal e vertical com perda de função (oclusal – apical) Obs.: Marcar mobilidade de 1 a 3 no desenho do dente (face vestibular) - Coroa Clínica: é o que vemos - Coroa anatômica: profundidade (sulco) Envolvimento de Furca (1º pré molar e molares) – sonda Nabers Sondar todos os molares e 1º molares superiores Sondar no sentido horizontal no meio do dente (Furca Distal, Furca Vestibular; Furca Mesial) No molar inferior – Furca vestibular e lingual No 1º pré-molar superior – Furca mesial e distal SEQUÊNCIA pré Diagnóstico: - Anamnese - PSR - Radiografias (4 Interproximais ou 14 Periapicais) - Profilaxia - Odontograma FATOR C: É a proporção entre o número de superfícies aderidas com as não aderidas. Para reduzir o efeito do fator C, utiliza-se a técnica incremental. É o quociente da divisão das áreas de uma resina composta unidas e das áreas sem resina, passíveis de deformação. Esse fator expressa em números a chance da restauração falhar adesivamente. Se dividirmos as áreas da resina unidas pelo número de áreas desunidas obteremos um número que traduz a previsibilidade de falha. Quanto maior o número de paredes unidas, maior o fator C e maiores as chances da restauração falhar. O fator C deve ser controlado entre 1 e 1,5; pois assim os incrementos de resina deixarão superfícies livres, criando condições de alívio para as tensões geradas pela contração de polimerização. EXAME PARA OBTER DADO EPIDEMIOLÓGICO: ÍNDICE PARA CÁRIA DENTÁRIA: CPO-D (permanentes) vária de 0 a 32 dentes C = Cariados P = Perdido O = Obturados ceo-d (decíduos) vária de 0 a 20 dentes c = cariados e = extração indicado o = obturados Índice de CPO-D = VER COROA - Será avaliado as condições de coroa (sem radiografias), o índice clínico não é conclusivo de Diagnóstico. - Um dente é considerado presente na boca quando apresenta qualquer parte visível. - Se permanente e decíduo ocupam o mesmo espaço, registra-se apenas a condição de dente permanente. H = Coroa Hígida (Não há evidencia de cárie) C = Coroa Cariada (com cavidade evidente ou tecido amolecido na base ou descolação do esmalte ou de parede, ou há uma restauração temporária (exceto ionômero de vidro) OC = Coroa Obturada e Cárie (há uma ou mais restaurações e ao mesmo tempo uma ou mais áreas cariadas) O = Coroa com obturação sem cárie E = Dente perdido devido a cárie (extraído) INDICE PERIODONTAL COMUNITARIO: Permite avaliar a condição periodontal quanto a higidez, sangramento e presença de cálculo ou bolsa periodontal Utilizando sonda WHO Dentes Índices: (separar por sextantes) Menores de 15 anos não realiza o exame. Até 19 anos: os dentes avalizados são: 16, 26, 11, 36, 31, 46 Acima de 20 anos: 17, 16,11,26,27,37,36,31,46,47 Sondagem em 6 sítios por dente, considerar o pior código que tiver. Código 0 = Sextante hígido Código 1 = Sextante Sangramento Código 2 = Cálculo (qualquer quantidade) Código 3 = Bolsa de 4 a 5 mm (sonda parcialmente invisível) Código 4 = Bolsa de 6mm ou mais (sonda totalmente invisível) Código X = Sextante excluído (menos de 2 dentes presentes)
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