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Relatório de Aula Prática Tema: Teste de Urina tipo 1 Curso de Biomedicina – Período Noturno – 6° Semestre B Disciplina de Uroanálise - Professora Dra. Fernanda Teixeira Borges Introdução O teste de urina tipo 1, também denominada de EAS (Elementos Anormais do Sedimento) é um exame feito para avaliar as características da urina e a função renal do paciente, é um exame não invasivo e rápido interpretação de resultado. O principio do método, propriedades químicas do teste e avaliações físicas e microscópicas A amostra reage com os reagentes dessecados fixados a uma fase sólida que está aderida a um suporte plástico. As tiras fornecem reativos para a detecção de urobilinogênio, glicose, corpos cetônicos, bilirrubina, proteínas, nitrito, pH, sangue, densidade específica, leucócitos e ácido ascórbico. Os princípios químicos de cada prova são os seguintes: Urobilinogênio: a prova baseia-se na reação de ligação entre o sal de diazônio e o urobilinogênio urinário em meio ácido. A cor muda do rosa pálido a rosa intenso. Glicose: reação enzimática sequencial na qual a glicose oxidase catalisa a oxidação da glicose produzindo ácido glucônico e peróxido de hidrogênio. Após, a peroxidase catalisa a reação do peróxido de hidrogênio com iodeto de potássio originando produtos coloridos que variam desde azul claro esverdeado, passando pelo marrom esverdeado, até o marrom. Corpos cetônicos: baseia-se na reação do ácido acetoacético da urina com nitroprussiato. A cor resultante varia desde tostado, quando não se produz reação, até diferentes tons de púrpura para reações positivas. Bilirrubina: baseia-se na ligação da bilirrubina com o sal de diazônio do 2,4- diclorofenilo em meio fortemente ácido. A cor muda de tostado suave a tostado intenso. Proteínas: baseia-se na variação da cor do indicador, azul de tetrabromofenol, em presença de proteínas. Uma reação positiva está indicada pela mudança de cor do amarelo esverdeado ao verde e após ao verde intenso. Nitrito: baseia-se na reação de ácido p-arsanílico e nitrito, derivado do nitrato da dieta, em presença de bactérias da urina para originar um composto de diazônio. Este composto reage com N-(1-naftil) etilenodiamina em meio ácido. A cor resultante é rosa. Qualquer tom de rosa considera-se positiva. pH: baseia-se em indicadores duplos (vermelho de metila e azul de bromotimol) que possuem uma ampla faixa de cores que cobrem o espectro de pH urinário completo. As cores variam desde ocra, passando por esverdeado-amarelado, até verde azulado. Sangue: baseia-se na atividade de pseudo-peroxidase da hemoglobina, que catalisa a reação de 3,3',5,5'-tetrametilben-zidina com hidroperóxido orgânico tamponado. A cor resultante varia desde esverdeado-amarelado, passando por verde azulado, até azul escuro. Densidade específica: baseada na mudança de pKa. Em presença dos cátions urinários, liberam-se prótons de um polieletrólito, produzindo uma mudança de cor no indicador azul de bromotimol desde azul a amarelo. Leucócitos: esta prova detecta a presença de esterases granulocitárias. As esterases escindem um derivado do éster pirazol aminoácido, liberando um derivado de hidroxipirazol, que depois com o sal de diazônio origina um produto roxo. Ácido ascórbico: baseia-se no efeito redutor do ácido ascórbico. Consta de um composto aromático colorido no seu estágio oxidado que perde cor quando é reduzido pelo ácido ascórbico. A cor muda do verde intenso ao amarelo esverdeado. Neste teste ainda se avalia a cor da urina, aspecto e pesquisa microscópica da amostra por anormalidade. Amostra Biológica O exame é feito a partir de uma amostra de urina. Deve ser coletada preferencialmente a primeira urina da manhã ou qualquer outra micção com intervalo mínimo de duas horas sem urinar. Para que não haja interferência no resultado, recomendamos que você siga corretamente as orientações para coleta. 1- Lavar as mãos 2- Higienizar a região genital com água e sabão. Homens devem afastar o prepúcio (pele que recobre a ponta do pênis), e mulheres devem afastar os grandes lábios vaginais antes de começar a urinar. Caso a mulher esteja menstruada, deve colocar uma gaze ou tampão na vagina, para que o sangue não se misture com a urina. 3 – O primeiro jato da urina deve ser desprezado no vaso sanitário, e então o jato médio deve ser colhido no recipiente adequado (coletor de urina universal de 80 ml). 4 – Vedar bem e entregar a amostra para o representante do laboratório. A urina deve ser encaminhada dentro de 1 hora ao laboratório, ou refrigerada na geladeira por até 12 horas, se necessário. Materias para teste de urina tipo 1 - Luva. - Tiras reativas para a detecção de analitos na urina. - Lamina Microscopia - Microscópio Ótico - 50 mL de Urina do Paciente Antes de qualquer análise laboratorial deve ser utilizar luva e jaleco e os EPI fornecido pelo laboratório. Procedimento para a análise física Para o procedimento físico deve se analisado a coloração da urina, odor e o aspecto e realizar as anotação. Procedimento para a análise química O procedimento deve-se seguir exatamente para obter resultados confiáveis. As tiras não utilizadas devem ser conservadas na embalagem original. Não ter contato com a área de leitura da tira. O lugar de trabalho deve estar limpo, livre de detergentes ou outros contaminantes, antes do procedimento deve se tomar alguns cuidados com calçar luvas e jaleco e seguir as normas de segurança estabelecida pelo laboratório. 1- Conferir que o produto esteja dentro de sua vida útil e que a sua temperatura e das amostras seja superior a 20° C. 2- Retirar a tira da embalagem e voltar a tampar imediatamente. Observar a tira verificando que a mesma esteja em boas condições. 3- Submergir completamente a tira na amostra de urina por não mais de 1 segundo. Retirar o excesso de urina da tira, e realizar a leitura e interpretação dos resultados. Procedimento para a análise microscopia 10 a 15mL de urina deve ser centrifugada a 1.500 a 2.000 rpm durante 10 minutos,despresar o sobrenadante e ressuspender em 1 ml , depositar uma gota do corante urinário (STERNHEIMER-MALBIN) sobre a outra gota do sedimento urinário do paciente e realizar a microscopia no menor aumento (100x) e depois a um maior aumento (400x). Resultados Obtidos Resultado obtidos no parâmetro avaliado Parâmetro Resultado Esperado Aspecto Límpido Cor Amarelo Palha Urobilinogênio 1,0 mg/dl Glicose 250 mg/dl Corpos Cetônico Ausente Bilirrubína Ausente Proteína Ausente Nitrito Negativo pH 6,0 Hemácia 1.030 Densidade 1.025 Leucócitos 10l Ácido Ascórbico Não Foi Realizado Análise Sedimentoscopia Células Epiteliais NÃO FOI REALIZADO Hemácia Leucócitos Bactéria Leveduras Cilindros Cristais Parasita Interpretação dos Resultados Obtidos A amostra de urina analisada apresenta glicosúria e hematúria, os demais parâmetros analisados estão na normalidade. Observações da interpretação e conclusão Na amostra disponibilizada foi realizada análise física e química. Geralmente, a presença de glicose na urina acontece quando os níveis de açúcar no sangue estão muito elevados, como durante uma crise de diabetes ou após comer muitos doces, por exemplo. Porém também pode acontecer quando existe algum problema nos rins. A presença de hemoglobina na urina, também conhecida como sangue na urina, normalmente acontece devido a problemas nos rins ou no trato urinário, como infecção urinária ou pedra nos rins. Nestes casos, também é frequente o surgimento de dor e queimação ao urinar. A recomendação e que a quantificação da glicose, através de kit comerciais que utiliza enzima conjugada com o substrato para quantificar o produto desejado através de espectrofotometria. Não foi realizada a quantificação da glicose, por motivo em que o kit de glicose fornecido pelo laboratório, não fornecia a utilização para urina, apenas para amostra de plasma ou soro do paciente. Referencias Informativo Técnico, A tira reagente no exame de Urina; INFOTEC labtest, Ano III, Núm. 3, 2016. Bula Técnica, Urine Strip, Wiener lab; 2000.