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Marginalizados da idade media Leprosos e Judeus

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Disciplina: História Medieval II
Discente: Luis Carlos Felix Tavares
Marginalizados na Idade Média
Este texto tem como proposta apresentar dois tipos de grupos que foram marginalizados na Idade Média e suas características, que são os Judeus e os Leprosos.
	Ao longo da Idade Média existiu grupos marginalizados, produto da negação, individual ou de grupo, da ordem dominante, das normas de convivência aceita, das regras e leis vigentes. Pessoas que foram excluídas da sociedade devido a suas peculiaridades, enfermidade ou até mesmo por sua religião. Para Hanna Zaremska, 
O marginal não participa dos privilégios materiais e sociais, da divisão do trabalho e das funções sociais das normas e da ética em vigor na sociedade. A preponderância de elementos negativos nesta descrição decorre do fato de que ela se refere a uma realidade da sociedade global na qual as instituições definem o que constitui sua margem. (ZAREMSKA, Hanna. Marginais. In: LE GOFF, Jacques e SCHMITT, J. C. (Orgs.). Dicionário Temático do ocidente Medieval. Bauru, SP: EDUSC, 2002, P. 121 – 136)
Diante disso, nota-se que os grupos que eram marginalizados naquele período eram excluídos de exercer ou participar de atividades no meio social, e também recebiam a culpa dos acontecimentos ruins por serem de um determinado grupo ou religião.
	Os judeus tinham as seguintes características. Se alimentavam com comidas diferentes, obedeciam á leis diferentes, praticavam serviços religiosos distintos e educavam suas crianças separadamente. Ou seja, eles faziam seu próprio estilo de vida mesmo vivendo entre pessoas de outras religiões. No inicio da Idade Média os judeus viviam livremente entre os cristãos, mas isso não significa que eles não poderiam ser vitimas de perseguições dos cristãos. Havia duas queixas principais contra os judeus daquela época, que era a propagação ativa de sua fé com seu exclusivismo e seu proselitismo que consistia na ação ou empenho de tentar converter uma ou varia pessoas na sua religião. Mas o principal motivo para o anti-semitismo era a de serem acusados por deicídio, a acusação de serem os responsáveis pela morte Cristo.
	No século IV, o cristianismo se torna a religião oficial do Império Romano. A partir disso surge os primeiros códigos de leis de Teodósio e depois os de Justiniano determinaram que os judeus deveriam ser excluídos de todas as funções politicas e militares, proibidos de casar com cristãos ou de possuir escravos cristãos. Sob Justino I (518-27), predecessor de Justiniano, os judeus foram proibidos de fazer testamentos ou receber heranças, dar testemunho em tribunais ou produzir qualquer ato legal. Eles haviam se tornado cidadãos de segunda classe. Mas, apesar disso, eles ainda tinham a permissão de praticar sua religião.
	Os judeus eram vistos pelos cristãos como “o inimigos interno”. Em sua segregação, a partir do século XIII se inicia as proibições de casamentos mistos, casamento entre judeus e cristãos. O papado estava preocupado com este tipo de pratica de relações sexuais entre judeus e cristãos, com isso criaram uma forma de distinguir os judeus por suas vestes.
Em algumas províncias da Igreja, uma diversidade de maneiras de vestir distingue judeus ou sarracenos dos cristãos, mas em certas outras, insinuou-se uma tal confusão que nenhuma diferença é perceptível. Daí algumas vezes acontecer que, por erro, cristãos tenham relações com mulheres judias ou sarracenas, e judeus e sarracenos com mulheres cristãs. Doravante, a fim de evitar que estes (infratores) apresentem a desculpa de tal engano para dissimular o pecado desta relação condenada, decretamos que estas pessoas de qualquer dos sexos sejam distinguidas das outras pelo tipo de roupa usada em publico, em todas as províncias cristãs, a qualquer momento. (RICHARDS, Jeffrey. p. 113)
	Outro grupo também marginalizado na Idade Média era o dos leprosos uma doença sem cura naquela época, pois para o povo a lepra era sinal de pecado, um castigo de Deus que levaria o sujeito a morte em pouco tempo dentre muito sofrimento. Por falta de conhecimento mais especifico sobre a doença, havia na Idade Média uma dificuldade de se identificar a lepra. Com isso ela era muitas vezes confundida com outros tipos de doença, principalmente com as de pele. 
	A identificação do sujeito que tinha lepra era feita por meio de denuncias feita por pessoas próximas ou vizinhos, pois qualquer pessoa que notasse a doença no outro deveria fazer a denuncia, indicá-lo à autoridade secular ou religiosa para que um tribunal fosse convocado. O doente deveria comparecer perante um júri composto por um médico, um juiz e um padre, que representavam a Ciência, o Estado e a Igreja. Ali era feito vários testes na pele do individuo para comprovar se realmente era lepra.
	A partir disso ocorria o processo da segregação onde os leprosos deveriam ser afastados e excluídos da sociedade, onde os leprosos eram levados para uma espécie de confinamento, pois deveriam ser apartados das demais pessoas. “Os leprosos não podem viver com aqueles que não foram acometidos e não podem se juntar a eles na igreja”, dizia o decreto do Concílio, repetindo meramente uma declaração de fato há muito incorporada às leis e aos costumes. Logo se nota que o numero de leprosos era crescente e seria necessário criar provisões especiais para os excluídos para realizarem seu culto.
	Esse foi o ponto de partida para que a Igreja desenvolvesse um programa de ação contínuo e coerente para assegurar a segregação efetiva. Um concilio da Igreja realizado na França meridional em 1368 resumiu seus ensinamentos quanto a estas questões:
Por ser doença contagiosa, desejando prevenir o perigo, nós ordenamos que os leprosos sejam apartados dos demais fiéis; que eles não entrem em qualquer local público – igrejas, mercados, praças publicas, estalagens; que suas vestes sejam uniformizadas, suas barbas e cabelo rapados; eles devem ter um lugar de sepultamento especial e devem carregar sempre um sinal através do qual se possa reconhece-los. (RICHARDS, Jeffrey. p. 157)
	Como pode se notar, havia bastante exigência em questão aos leprosos, desde o lugar onde viver às vestes que deveriam ser usadas, neste momento os leprosos já haviam perdido qualquer contato com as pessoas saudáveis, a partir dai só poderia viver entre outros leprosos. Em questão das roupas distintivas que deveriam ser usadas pelos leprosos os deixa em uma situação parecida com a dos judeus que também foram marginalizados pela sociedade. As roupas variavam de lugar para lugar. Em alguns lugares esperava-se que eles se vestissem de branco, em outros que usassem uma peça de material vermelho em suas vestes. Na França, eles deviam usar cinza ou preto com a letra L bordada na roupa. Determinados hospitais de leprosos às vezes possuíam uniformes distintivos para seus internos.
	Tanto os judeus quantos os leprosos daquela época sofreram o processo da segregação, foram marginalizados e excluídos da sociedade, perdendo todos os seus direitos de viver como as demais pessoas. Estes dois grupos foram obrigados a deixar suas famílias, e todos os seus bens materiais para trás e passar a viver em confinamentos onde só havia pessoas iguais a elas. Como por exemplo os bairros onde apenas judeus poderiam morar, ou as leprosarias onde viviam os leprosos. 
CONCLUSÃO
De acordo com as fontes podemos dizer que livro Sexo, desvio e danação as minorias na Idade Média Jeffrey Richards, relata que tanto os leprosos e judeus foram segregados pela Igreja na idade média.
Os leprosos eram minoria dentro da idade média que sofriam inúmeros preconceitos, como uma doença incurável na época os leprosos estavam gravados como pecadores, um lepra estava sempre associado a um pecado que uma pessoa tinha cometido, um pecado em geral sexual.
Para os cristãos desse período, a recusa dos judeus em abraçar o cristianismo era um ato perverso, principalmente porque a Igreja ensinava que a vinda de Cristo havia sido profetizada pelo Velho Testamento. Esse preconceito estava relacionado com orelato da crucificação contido nos Evangelhos. Na mente dos cristãos medievais, o crime de deicídio - o assassinato de Deus - maculara para sempre o povo judeu.
 Estes dois grupos no decorem da história sofreram muito na Idade Média por causa das imposições, e justificações para algo desconhecido pela Igreja, ou seja sem explicação no âmbito divino. Porem para os judeus em alguns aspectos prevalecem até os dias atuais, pois foram os culpando por acontecimentos de aspectos negativos diante da sociedade medieval que impactaram até atualidade diferente dos leprosos que com evolução da medicina houve uma explicação e cura.
Referências bibliográficas
(ZAREMSKA, Hanna. Marginais. In: LE GOFF, Jacques e SCHMITT, Jean Claude. (Orgs.). Dicionário Temático do ocidente Medieval. Bauru, SP: EDUSC, 2002, P. 121 – 136.)
(GEREMEK, Bronislaw. O marginal. In: LE GOFF, Jacques. (Orgs.). O Homem Medieval. Lisboa: Presença, 1989, p. 233 – 248.)
(RICHARDS, Jeffrey. Sexo, desvio e danaçao

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