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FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA EDUCAÇÃO INCLUSIVA (1) (1) (3)

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FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: REFLEXOES ENTRE AS LEIS E PRÁTICAS
Inaildo Brasiliano da Silva¹
Jeane Batista¹
Josiane Luiza dos Santos Silva¹
Marinilda Francisca de Lima Freitas²
RESUMO
Esse trabalho trata da educação inclusiva enquanto uma ação social, cultural, pedagógica e política, partindo da LIB Lei Brasileira de Inclusão de nº 13.146 de 06 de julho de 2015 em defesa dos direitos de todos os alunos estarem juntos, compartilhando e aprendendo, sem exclusão ou atendimentos individualizados. A inclusão educacional é um processo que se dá de forma gradativa, dinâmica e em transformação. São grandes os desafios encontrados na educação inclusiva, entre eles destaca-se a formação de professores para que se tenha garantia realmente efetivada. A formação de professores é responsabilidade das instituições de ensino tanto públicas quanto privadas, para desenvolver habilidades e competências necessárias para que a atuação docente seja realizada com eficiência. Para tanto foi realizado uma pesquisa de campo. As considerações finais do trabalho mostra que é necessário que as pessoas envolvidas no processo aceitem os desafios, acreditem que é possível e ampliar o leque de ações para se chegar aos resultados pretendidos que é a execução da lei na prática. 
Palavras-chave: educação inclusiva, formação professores, educação especial.
	
¹Academicos do 3º Período de Licenciatura Plena em Letras/Pedagogia
²Tutora Externa Orientadora Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Letras/Pedagogia 28/08/2018
INTRODUÇÃO
A universidade tem a responsabilidade de formar profissionais preparados para atender a diversidade na vida em sociedade e vem fazendo mudanças constantes na sua organização curricular e práticas pedagógicas, principalmente no que se refere à inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais (NEE).
Aranha (2000, p. 08) ressalta a necessidade de se capacitar os professores, no sentido de se prover suporte técnico, didático, pedagógico e reflexivo, argumentando que “só assim se obterá um fazer apoiado no saber e uma construção de conhecimentos originada no fazer”.
O olhar reflexivo e humanista dos professores é algo essencial no processo pedagógico inclusivo, pois assim, poderão desenvolver melhor suas atividades de planejar, ensinar e avaliar a construção do conhecimento com seus alunos. A atuação docente é complexa e exige professores com conhecimentos atualizados. Sendo assim, o desafio que mais preocupa as universidades é formar educadores preparados para construir estratégias de ensino adaptando atividades e conteúdos as realidades onde estejam inseridos, porém não só para os alunos considerados especiais, mas para todos os integrantes da classe. A LDB - Lei de Diretrizes e Bases (BRASIL, 1996) 
destaca a importância da preparação adequada dos professores como pré-requisito para a inclusão, determinando que os sistemas de ensino devam garantir professores capacitados e especializados para a integração e adaptação dos educandos com NEE, no ensino regular.
O presente trabalho vem sugerir uma reflexão acerca da importância de uma formação abrangente e aprofundada que realmente possibilite ao professor a aptidão necessária para lidar com as dificuldades inerentes a alguns quadros de deficiência, buscando reflexões a cerca do que vem a ser inclusão na prática docente.
Segundo MANTOAN (2003), uma pioneira em educação inclusiva no Brasil, a inclusão é nada maus que a compreensão e o reconhecimento do outro, é entender e aprender a conviver com a diversidade, partindo desse pressuposto, a inclusão acolhe todos os envolvidos no processo de ensino aprendizagem de forma que sejam levados em conta os limites de cada sujeito e seu contexto. A LBI – LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO (BRASIL, 2015) Art. 1º:
É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.
A educação inclusiva é resultado da quebra de paradigmas na opinião da sociedade seguida de melhoria nas políticas públicas, das cobranças imposta ao Estado pelos movimentos sociais, na concretização de seus direitos enquanto sujeitos sociais e principalmente na ressignificação do modelo de projeto educativo com a visão na efetivação da educação inclusiva nas escolas.
EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL
A LDB - Lei de Diretrizes e Bases (BRASIL, 1996) O ano de 1960 é considerado o marco inicial para os estudos das políticas de educação especial. As Leis 4024/50 e 5692/71 correspondiam a princípios de integração e normalização e contribuíram para que a Educação Especial se organizasse como um sistema paralelo à educação comum.
No Brasil a luta não foi diferente, passamos por todas as fases, porém em períodos diferentes. Os dias atuais são marcados por avanços consideráveis de serviços relacionados à educação especial, que vão crescendo e garantindo o acesso, a permanência com visão no sucesso das pessoas com necessidades educacionais especiais no ensino regular.
A maior preocupação no que se diz respeito à educação inclusiva ou especial é garantir o desenvolvimento do aluno e não apenas abrir vagas para mesmo em classes comuns, quando na verdade o aluno esteja abandonado e sem apoio técnico que venha a contribuir com seu desempenho nas aulas.
A INCLUSÃO E A LBI
A organização da escola deve visar o desenvolvimento de atividades e garantir que todos os estudantes possam conviver e aprender juntos, estimular a interação e o respeito às diferenças e aprendendo com elas. Os docentes precisam desenvolver o potencial máximo do estudante, considerando as diferenças e os limites de cada um, estabelecendo parâmetros de uma escola para todos, sem barreiras ou restrições.
Um dos principais espaços de convivência do ser humano é a escola. A escola inclusiva é aquela que respeita as especificidades de seu alunado, suas necessidades e potencialidades, que acolhe a diversidade, equiparando oportunidades, buscando um desenvolvimento que ofereça qualidade (BRASIL, 2004).
Diante do exposto, entende-se que a educação inclusiva só se concretizará de efetivamente, por meio de reflexões e ações que promovam o acesso, a permanência, a aprendizagem e a participação ativa dos estudantes nas diferentes atividades realizadas na escola, ou seja, é dever do professor instigar à participação dos alunos nas diferentes atividades oferecidas pela escola e faça adaptações curriculares cabíveis. A LBI – LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO (BRASIL, 2015) Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar:
I - sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida; II - aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a garantir condições de acesso, permanência, participação e aprendizagem, por meio da oferta de serviços e de recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras e promovam a inclusão plena; III - projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado, assim como os demais serviços e adaptações razoáveis, para atender às características dos estudantes com deficiência e garantir o seu pleno acesso ao currículo em condições de igualdade, promovendo a conquista e o exercício de sua autonomia;
As adaptações curriculares apresentam-se em dois grupos: as adaptações de acessibilidade local, estrutural e ao currículo (grande porte) e as adaptações pedagógicas (pequeno porte).
As primeiras se correspondem à eliminação de barreiras arquitetônicas e metodológicas, condições físicas, materiais e de comunicação, já a segunda são modificações do planejamento, objetivos, conteúdos e metodologias, critérios de avaliação (BRASIL, 2004). 
ENTREVISTA COM UM COORDENADOR DE UMA ESCOLA PÚBLICA, MUNICIPAL
1- Quantos alunos público-alvoda educação especial frequentam a escola que você coordena?
- 4 alunos.
2- Quais as necessidades educacionais que eles apresentam (deficiência física, auditiva, visual, intelectual, altas habilidades ou condutas típicas)? Como eles estão distribuídos nas diferentes classes e séries? Por exemplo, um aluno com surdez no 6º ano, um com deficiência intelectual no 2º ano e assim por diante.
- No 3º ano no turno da manhã temos 1 (um) com deficiência física, no 1º ano no turno da manha temos 1 (um) diagnosticado com autismo e 1 (um) no 5º ano no mesmo turno, no 2º ano no turno da manha temos 1 (um) com síndrome de down.
 3- A escola, a partir da inserção do(s) aluno(s) público-alvo da educação especial nas classes comuns, realizou mudanças na sua forma de organização no que se refere à organização curricular, às práticas pedagógicas desenvolvidas em sala de aula, aos recursos didáticos utilizados, aos recursos e instrumentos de avaliação, à organização do espaço, entre outros aspectos? Se sim, descreva detalhadamente quais as mudanças que têm sido implementadas para atender aos alunos com necessidades educacionais especiais.
- A realidade é que temos um professor auxiliar para cada aluno com necessidades educacionais especiais como previsto na lei, porém esse pessoal não tem treinamento adequado para lidar com esses alunos, alguns até buscam estudar e pesquisar por conta própria. A estrutura física da nossa escola não foi modificada, a organização curricular e práticas pedagógicas em sala de aula são ressignificadas de acordo com a necessidade do aluno, esse trabalho é de responsabilidade dos professores auxiliares. As avaliações são continuas, considerando o que o aluno sabe e suas limitações.
4 - Você enquanto coordenador(a) da escola, realizou algum curso ou tem recebido alguma formação específica acerca da inclusão de alunos público-alvo da educação especial? Se sim, como foram esses cursos e/ou formação? Informe, adicionalmente, se eles foram propostos pela rede pública ou se procurou por iniciativa própria.
- Sim, sou pós graduada em educação especial, realizo eventos sobre o tema na escola fornecendo a troca de experiências com professores, demais funcionários, alunos e familiares, busco ser presente na vida dos professores e professores auxiliares, assim acompanho os avanços e regressos no processo de ensino aprendizagem desses alunos.
5 - A rede municipal ou estadual na qual você atua como coordenador(a) conta com um setor responsável pela educação especial? Se sim, esse setor tem promovido o apoio à inclusão, garantindo recursos humanos, materiais e financeiros que viabilizem o atendimento de qualidade aos alunos com necessidades educacionais especiais nas classes comuns, tal como prevê legislação? Explique e dê exemplos. 
- Não, o setor de coordenação pedagógica comanda e acompanha essa parte junto aos professores, eu busco dar atenção à esses quesitos dentro da escola com o apoio da direção e professores, tento ao máximo o apoio de todos os funcionários no atendimento desses alunos.
6 - A escola tem implementado flexibilizações e adaptações curriculares que considerem o significado prático e instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos didáticos diferenciados tendo em vista as necessidades educacionais apresentadas pelos alunos público-alvo da educação especial, tal como prevê a legislação, especialmente o Artigo 8 da Resolução CNE/CEB N2/2001 (BRASIL, 2001)? Explique e dê exemplos.
 - Sim, como citei acima n/ao cobramos a esse alunado algo que ele não possa responder, sobre conteúdos e práticas partimos da realidade e singularidade do aluno o currículo, conteúdos, métodos e recursos utilizados para trabalho com esse alunado é diferenciado, partimos da realidade do aluno e as coisas que ele sabe.
7 - Como os alunos público-alvo da educação especial têm sido avaliados? 
- Os instrumentos avaliativos são diferenciados dependendo da sua necessidade educacional especial, parte da realidade do aluno, cada necessidade educacional especial é única, então não existe um modelo pronto, o negócio é estar sempre sensível e estudando a necessidade do outro.
8 - Os sistemas de ensino, nos termos da Lei 10.098/2000 e da Lei 10.172/2001, devem assegurar a acessibilidade aos alunos que apresentem necessidades educacionais especiais mediante eliminação de barreiras arquitetônicas urbanísticas, bem como barreiras nas comunicações, na edificação e nos transportes escolares, incluindo instalações, equipamentos e mobiliário provendo, assim, as escolas dos recursos humanos e materiais necessários (BRASIL, 2001). A escola, sob sua coordenação, está garantindo acessibilidade aos alunos público-alvo da educação especial? Explique e dê exemplos.
- Infelizmente não, pois funcionamos em um prédio adaptado e a atitude que tomei foi em relação a nossa aluna cadeirante, coloquei a sala dela na parte térrea do prédio para que a mesma não precise utilizar a escada.
9 - Os professores das classes comuns da escola que você coordena receberam alguma formação específica para atender aos alunos público-alvo da educação especial? Se sim, que tipo de formação? Tal formação foi promovida pela rede ou foi o próprio professor que a buscou por iniciativa própria?
- Não, elas pesquisam por conta própria, fizemos estudos em conjuntos para atender as demandas e entender características e meios de se trabalhar com cada aluno em sua necessidade.
10 - Visando à organização da educação inclusiva, em sua opinião, o que precisa ser melhorado na sua escola?
- Primeiramente a construção do prédio, temos uma sala do AEE adaptada na biblioteca, mas passamos muitas dificuldades com o prédio inadequado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os dados da entrevista mostram que a lei é cumprida de forma parcial, se formos analisar os profissionais dessa escola de acordo com os dados coletados, o apoio que lhes é dado e a forma que tratam seus alunos, reconheceremos que o governo fornece o profissional, mas não se importa com investimentos para a melhoria em equipamentos e formação continuada para esses profissionais, concluindo que eles atuam bem por terem boa vontade e se não quisessem fazer o trabalho da melhor forma não haveria fiscalização em cima.
 	Percebi uma coordenação bem sintonizada com os direitos e métodos de trabalho com os alunos com necessidades educacionais especiais, buscando parcerias para trabalhos com seus alunos, relatos de adaptação da escola, estrutura física, conteúdos, avaliações e recursos didáticos às necessidades dos alunos e a suas peculiaridades. 	
REFERENCIAS
ARANHA, M. S. F. Inclusão Social e Municipalização. In: Manzini, E. J. Educação Especial: temas atuais. Marília: Unesp: Marília Publicações, 2000, p. 01-09.
BRASIL. Presidência da República, Casa Civil. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.294, de 20 e dezembro de 1996). Brasília, 1996.
BRASIL. Institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 2, DE 11 DE SETEMBRO DE 2001.
BRASIL, Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência): promulgada em 6 de julho de 2015 / obra coletiva de autoria do Ministério Público do Trabalho, Procuradoria Regional do Trabalho da 17ª Região, PCD Legal. - Vitória: Procuradoria Regional do Trabalho da 17ª Região, 2016.
MANTOAN, Maria Tereza Egler; Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.
Pedroso, Cristina Cinto Araújo Fundamentos da educação inclusiva / Cristina Cinto Araújo Pedroso, Juliana Cardoso de Melo Rocha, Juliane Aparecida de Paula Perez Campos– Batatais, SP : Claretiano, 2013.

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