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P2 - Materiais dentários (anotações de aula).pdf

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CIMENTOS 
Ewelyn de Freitas FariasEwelyn de Freitas Farias  
 
● Para preparos indiretos, sempre se trabalha com áreas não retentivas, pois o material rígido 
não consegue entrar na cavidade. 
● Cavidades expulsivas para preparos indiretos. 
● Requisitos: retenção para a restauração. 
● Espessura de até 25 micrômetros entre a restauração e o dente, deve estar homogêneo. 
● Função: reter a restauração no dente. 
● Tipos de retenção: 
○ Adesão física: importante a geometria do preparo. 
○ Adesão química: cimento como uma cola, não tão importante a forma do preparo. 
○ Quanto melhor o escoamento cimento, melhor a adesividade (fica mais homogêneo, 
com menor espessura, melhor adesão). 
● Têm que resistir às tensões de: 
○ Cisalhamento. 
○ Compressão. 
○ Tração. 
● Não pode mudar de forma, pois prejudicaria a adesão. 
● Pouca solubilidade no selamento marginal, para evitar sua solubilização que poderia criar 
uma área retentiva de biofilme ou uma zona de onde o cimento sairia, prejudicando a adesão 
da restauração. 
 
Estética 
● Precisa manter a estética dos dentes e da restauração. 
○ Materiais translúcidos como as cerâmicas requerem cimentos estéticos. 
 
Cimentos 
1- Adesivos: 
● À base de resina. 
● A base de cimentos de ionômero de vidro: 
○ CIVs convencionais. 
○ CIVs modificados por resina. 
2- Não adesivos/convencionais: eugenol, fosfato de zinco. 
 
Cimento de fosfato de zinco 
● Mais antigo. 
● Mais utilizado em cimentação definitiva indireta. 
● Restauração: fechar a cavidade, restaurar a forma dental. 
● Cimentação: “cola” a restauração, une o dente à restauração. 
○ Se consegue retirar. 
● Facetas de cerâmica: devem durar pelo menos 10 anos. 
● Coroas de cerâmica: devem durar pelo menos 20 anos. 
● Material bastante sensível. 
● Composição do pó: óxido de zinco (90%), magnésio (10%), e outros. 
● Composição do líquido: ácido fosfórico, água, fosfato de alumínio e zinco, sais metálicos. 
● Tem pH ácido no início que é manejado, podendo afetar a polpa. 
● Presa: o líquido (ácido) reage com as superfícies do pó, liberando íons de zinco que reagem 
com o alumínio da solução, formando o gel de fosfato de alumínio e zinco, envolvendo as 
demais partículas do pó. 
○ Após a presa, ficam as partículas envolvida pela matriz amorfa e coesa do 
aluminofosfato de zinco (estrutura amorfa, não cristalina). 
● Indicações: cimentação definitiva. 
 
Espessura de película 
● Influenciada pelo tamanho das partículas do pó. 
● Proporção pó/líquido: mais pó = maior viscosidade -> maior espessura. 
● Tempo de manuseio e pressão: pressionar para evitar que mude de tamanho na presa. 
● Cimento tipo I: capacidade de copiar 25 micrômetros. 
○ Boa espessura. 
● Consistência depende: 
○ Da relação pó/líquido. 
○ Temperatura: libera calor durante a espatulação, acelerando a presa e ficando mais 
viscoso. 
● Maior viscosidade = pior escoamento. 
● Propriedades mecânicas: 
○ Resistência final em 24 horas. 
○ Módulo de elasticidade (relacionado à rigidez), similar ao da dentina. 
○ Extremamente frágil: se fraturar, pode soltar a restauração. 
● Material frágil: não sofre deformação elástica. 
● O módulo de elasticidade é relacionado à rigidez do material. 
○ Módulo maior: curva mais aberta, mais inclinada em relação ao Y. 
● Solubilidade: tem alta solubilidade: 
○ Diminui quando se aumenta a quantidade de pó. 
○ Quando se diminui a espessura. 
● O líquido tem pH ácido, mas na mistura fica um pouco menos. 
○ Acrescenta-se mais pó afim de tentar aumentar o pH. 
○ Chega próximo do neutro em 24 horas. 
● Tempo de espatulação: 90 segundos. 
● Tempo de trabalho: 3-6 minutos. 
● Tempo de presa: 5-9 minutos. 
● Deve se pressionar a restauração sobre o fosfato por, aproximadamente, 5 minutos, para 
reduzir a espessura. 
● Resistência mecânica: aumenta com a quantidade de pó, mas isso piora a sua viscosidade. 
● Espatulação: 
○ Em placa de vidro. 
○ Vigorosa: contra a placa. 
○ Ampla área da placa, para resfriá-lo enquanto ele libera calor, afim de aumentar o 
tempo de trabalho (para não ficar viscoso muito rápido). 
○ 1 colher de pó + 3 gotas do líquido. 
 
Cimento de óxido de zinco e eugenol/IRM 
● Não é estético. 
● Muito solúvel. 
● Usos: 
○ Cimentação temporária (tipo I); 
○ Cimentação definitiva (tipo II): não existe mais; 
○ Restaurações: restauração temporária e base para isolamento térmico (tipo III); 
○ Forramento de cavidades (tipo IV). 
● Tipo III: vem na forma de pó + líquido. 
● Tipo I: para cimentação temporária: pasta + pasta. 
● No pó vem PMA, a resina acrílica que reforça o cimento. 
● No líquido vem EBA (ácido orto-etoxi-benzóico) para tornar o cimento mais resistente e 
menos solúvel. 
● Presa: 
○ Etapa I: óxido de zinco + água = hidróxido de zinco. 
○ Etapa II: hidróxido de zinco + eugenol = sal (eugenol de zinco) + água. 
■ Reação autocatalítica: quanto mais água é formada, mais se forma água. 
● Em contato com a saliva, toma presa mais rápido. 
● Espatular até desgrudar da placa de vidro e se fazer uma bola com a mão. 
● Quanto mais água, mais rápido toma presa. 
○ Água quente acelera a presa. 
Propriedades 
● Variam com: 
○ Proporção de pó/líquido; 
○ Tamanho das partículas do pó; 
○ Presença de EBA. 
● Tipo I: 
○ Baixa resistência mecânica, sendo removido com espátula. 
○ Baixa coesividade: rompe-se facilmente. 
○ Fácil remoção. 
○ pH neutro. 
○ Incompatível com materiais resinosos: interfere nas propriedades das resinas por ter o 
eugenol. 
● Tipo III: 
○ Resistência mecânica um pouco maior que a do tipo I. 
○ Remoção um pouco mais difícil, sendo necessário o uso de brocas. 
○ pH neutro. 
○ Usado em tratamento expectante. 
○ Bom selamento biológico. 
● Tipo IV: 
○ Semelhante ao tipo I. 
○ Manipulação: 
■ Placa de vidro. 
■ Uma pá + uma gota. 
■ Aspecto de massa, não ponto fio. 
○ Quanto menor a quantidade de pó, maior a solubilidade. 
 
Vantagens 
● Eugenol livre tem efeito antimicrobiano. 
● Isolante térmico. 
● Trabalho rápido e fácil. 
● Bactericida e bacteriostático. 
 
Desvantagens 
● Não usar quando há exposição pulpar. 
● Pode gerar alergia ao contato. 
● Sem adesão: necessita de cavidade retentiva. 
● Maior solubilidade. 
● Incompatível com resinas. 
● Propriedades mecânicas ruins. 
 
HIDRÓXIDO DE CÁLCIO E MTA 
 
● Materiais utilizados para próximo da polpa e devem estimular a dentina. 
● Proteção direta: colocar o material diretamente sobre a polpa. 
● Como proteger a polpa: 
○ Base: inibe a passagem de estímulos térmicos. 
■ Antes de restaurações metálicas. 
○ Forramento: material mais fluido aplicado sobre a polpa, com efeito terapêutico. 
● Permanecer a polpa é importante para a longevidade do dente. 
○ Auxilia, por exemplo, no fechamento da raiz. 
 
 
Cimento de hidróxido de cálcio/Dycal 
● Não serve para cimentação. 
● Vem na forma pasta-pasta. 
● Usado para forramento de cavidades profundas, mantendo ou recuperando a saúde pulpar. 
● Base resinosa e principalmente hidróxido de cálcio. 
● Características: fluido (menos viscoso), presa rápida, menos espatulação, isolante térmico e 
elétrico, não adesivo ao dente, com maior solubilidade. 
○ Nunca pode ficar exposto na cavidade bucal, pois iria se solubilizar e seria perdido. 
● Passa pela dentina e chega nos odontoblastos que são estimulados pelo cálcio de material a 
sintetizaram dentina. 
● Como libera cálcio, tem pH mais alcalino, tornando-o antimicrobiano, tem baixa resistência à 
compressão. 
● Tempo de mistura: 10 a 30 segundos. 
● Tempo de presa: 2,5 minutos. 
● Forramento é usado para cavidades mais profundas que as de base. 
 
MTA 
●Principal componente: silicato tricálcio. 
● Usado para selamento de perfurações laterais. 
● Indicado para proteção pulpar e reabsorções internas. 
● Forma: pó + líquido. 
● Presa: por cristalização. 
● Tem hidróxido de cálcio disperso, com função semelhante ao Dycal. 
● Características: 
○ Menor solubilidade. 
○ Libera cálcio. 
○ Alcalino. 
○ Biocompatibilidade. 
○ Maior resistência mecânica. 
○ Maior radiopacidade. 
○ Expansão durante a presa (pela presa ser por cristalização), é bom para selamento. 
○ Presa em 15 minutos. 
● Desvantagens: 
○ Valor mais elevado. 
○ Manuseio mais complicado. 
○ Não pode ficar exposto à cavidade. 
 
Ionômero de vidro 
● Ácido poliacrílico + vidro de alumínio silicato = ionômero. 
● O vidro é um material cerâmico. 
○ Feito de vidro. 
○ Amorfo. 
○ Aumento da solubilidade do que um material cristalino. 
● Cimento de silicato: 
○ Libera flúor. 
○ Estético. 
● Policarboxilato de zinco: 
○ Biocompatível. 
○ Adesivo ao dente. 
■ O ionômero combina as características desses dois cimentos. 
● Pó: vidro de fluoraluminiossilicato de cálcio. 
○ Componentes fundidos entre 1110°C a 1500°C. 
○ Radiopacidade: estrôncio, bário ou óxido de zinco. 
● Líquido: 
○ Ácido poliacrílico (original). 
○ Outros ácidos são adicionados para melhorá-lo: talâmico maleico, tartárico. 
 
Líquido-modificação 
● Colocam o ácido poliacrílico em pó, não tornando-o um líquido muito viscoso, voltando a ser 
quando se coloca água. 
○ Ionômero de vidro que toma presa por água. 
○ Pó: video de fluoraluminiosilicato + poliacrílico. 
○ Líquido: água + ácido tartárico. 
● O poliacrílico tem cadeias COOH que ioniza e vira COO. 
○ Começa a interagir com o pó e provocar a liberação de cálcio (Ca​+2​). 
○ Ca​+2​ se liga com 2COO​-​ do poliacrílico. 
○ Ao se ligar, forma uma rede, aumentando a viscosidade. 
○ Com o tempo, alumínio começa a ser liberado Al​+3​, se ligando à 3 COO, aumentando a 
sua resistência. 
■ O flúor não participa da reação de presa. 
○ O silicato não solubiliza. 
■ Atrai água, formando em cada partícula um gel de sílica hidratada, dando 
estabilidade ao ionômero de vidro. 
 
Etapas da presa 
● I: mistura pó/líquido. 
● II: dissolução ácido faz liberar íons. 
● III: geleificação - ligações cruzadas com o cálcio. 
● IV - presa final após 24 horas. 
○ Ligações cruzadas entre ácido e alumínio. 
○ Antes dela, as propriedades mecânicas são ruins. 
● Antes da presa final, não pode entrar e contato com água, pois isso a impediria de tomar 
presa. 
○ Adesivo ou verniz para protegê-lo. 
○ A água removeria o alumínio, necessário para a presa. 
● CIV é mais indicado para provisórios, não trabalhos definitivos. 
○ Serve para: 
■ Cimentação. 
■ Restauração. 
■ Base. 
■ Forramento. 
● Pode ser usado como restauração definitiva em decíduos, não em permanentes. 
● Como geleifica formando ligações cruzadas entre COOH (agrupamento hidroxílico) e Ca​+2​, 
liga-se ao Ca do dente também. 
● O sódio da composição do pó se liga ao flúor liberado, formando fluoreto de sódio. 
● Estrutura: matriz polissais (poliacrílico + cálcio + alumínio) + gel de sílica + partículas de vidro. 
● Água: na presa. 
○ Diminui as trincas. 
○ Aumenta a perda de alumínio (diminui as propriedades mecânicas). 
● Adesão: quelação dos grupos carboxílicos dos poliácidos ao cálcio do esmalte e da dentina 
(ligação iônica). 
○ Ligação covalente entre CIV e colágeno da dentina (ligação mais fraca). 
● Podemos fazer condicionamento da superfície para aumentar a adesão. 
● Adesão mais fraca do que dos sistemas adesivos. 
 
Adesividade 
● União à dentina por: 
○ Pontes de hidrogênio ao colágeno. 
○ Ligações iônicas à apatita. 
● União fraca do CIV à dentina. 
● Para boa união é preciso uma superfície lisa, usando condicionantes. 
 
CIV 
● Biocompatível. 
● Molécula grande. 
● Liberação do flúor. 
● Reação inflamatória: 
○ Menor que a do fosfato de zinco. 
○ Maior que COE. 
● Liberação do flúor: 
○ Maio em 24-48 horas. 
○ Remineralização e aumenta a resistência à desmineralização. 
○ Diminui a viabilidade de bactérias. 
○ Reservatório de flúor. 
○ A borda da restauração há a formação de fluorapatita, reduzindo os riscos a cáries 
secundárias, mas depois sofrerá desmineralização e não terá mais o flúor do CIV, 
tornando-se hidroxiapatita. 
● Quando o paciente entra em contato com o flúor, o CIV absorve flúor, liberando-o depois. 
○ Não é significante para as cáries. 
● Características: 
○ Libera flúor e o reserva. 
○ Menor coesão. 
○ Solúvel. 
○ Menor resistência imediata. 
○ Tem adesão. 
○ Acabamento imediato: depois de 24 horas. 
○ Estética baixa. 
 
Classificação 
Indicação Composição 
I: cimentação definitiva CIV convencional 
● Por reação ácido-base. 
II: restauração temporária de permanente, 
definitiva de decíduos. 
CIV modificado por metais: 
● Reação ácido-base. 
III: base, forramento, selamento Mistura milagrosa: com amálgama. 
Cermet: com pó metálico no momento da 
produção de vidro. 
Modificado por resinas. 
● Presa por reação ácido-base. 
● Reação por fotoativação. 
● Reação por oxi-redução. 
● Melhor ionômero disponível. 
● Resinas modificadas por poliácidos. 
○ Não se caracterizam como CIV, pois não tem reação ácido-base. 
○ Fotopolimerizáveis. 
 
Limitações 
● Solúvel. 
● Mal controle do tempo de presa. 
● Menor resistência. 
○ Baixa estética. 
● Os CIVcom metais tem desempenho clínico ruim, menor liberação de flúor, acinzentado. 
● O CIV modificado por resina tem adição de monômeros (HEMA). 
○ O que polimeriza (união de monômeros). 
○ A luz excita os elétrons, forma um radical livre e se une a moléculas próximas. 
○ Ou presa por reação ácido base. 
○ Liberação de flúor. 
○ Aumento da coesão. 
○ Não precisa de proteção. 
○ Acabamento imediato. 
○ Maior controle de tempo de trabalho e presa. 
○ Escala VITA. 
● Manipulação: pó + líquido. 
● Proporção para restauração: 1/1. 
● Tempo de mistura: 30-45 segundos. 
● Tempo de trabalho: 75 segundos. 
● Tempo de presa: 3 a 6 minutos. 
● Acabamento e polimento: mediato. 
○ Imediato com bisturi. 
○ Maior proteção com adesivo.

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