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Vírus resumo

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ESTRUTURA E FUNÇÃO DA PARTÍCULA VIRAL
- Parasitas intracelulares obrigatórios (incapazes de se replicar independente de uma célula viva)
- Possuem sua própria informação genética 
- Possuem forma extracelular: vírion (partícula viral)
- Utilizam a maquinaria metabólica da célula 
- Podem conferir propriedades novas às células 
- Podem replicar-se de modo a destruir a célula hospedeira
- Não apresentam organelas
- Não possuem maquinaria completa para a síntese de proteínas 
- Possuem ácido nucleico, proteínas e lipídeos (alguns)
- Utilizam a manipulam a maquinaria celular para formar sua progênie 
- Único tipo de ácido nucleico RNA ou DNA (fita simples ou dupla, linear ou circular)
- Capa proteica (capsídeo) -> envolve o ácido nucleico -> nucleocapsídeo 
- Infectam tipos específicos de células 
- Envelopados ou não envelopados 
Genomas virais
- Vírus RNA apresentam maior taxa de mutação
- Vírus DNA – multiplicação nuclear
- Maiores genomas virais são de DNA
- Genoma segmentado permite rearranjos, o que aumenta a variabilidade genética 
- RNA polaridade + : genoma viral funciona como RNA mensageiro 
Capsídeo 
- Capa proteica que protege o ácido nucleico
- Formado por capsômeros 
- Apresenta diferentes simetrias (depende do arranjo de capsômeros)
- Simetria viral: maneira que os capsômeros estão organizados -> helicoidal (cilíndricos) e icosaédrica (esféricos)
 * Helicoidal: vírus do tabaco, da influenza e da raiva (capsômeros idênticos arranjados como hélice)
 * Icosaedro: adenovírus e herpesvírus (20 faces e 12 vértices)
- Ligação a receptores da célula hospedeira
Envelope 
- Membrana que circunda o capsídeo 
- Bicamada lipídica c/ glicoproteínas (ligam-se a receptores da célula hospedeira)
- Lipídeos derivados da membrana da célula hospedeira e proteínas codificadas pelos genes virais
- Contato inicial c/ a célula hospedeira 
- Responsável pela especificidade da infecção viral ligação a receptores da célula hospedeira 
Morfologia e composição dos bacteriófagos
- Infectam bactérias 
- DNAfd ou DNAfu (linear ou circular)
- RNAfu (linear)
Multiplicação viral dos fagos 
* Ciclo lítico: lise e morte celular da célula hospedeira (fagos virulentos)
* Ciclo lisogênico: fagos avirulentos
Ciclo lítico
1- Adsorção (fixação à célula hospedeira)
2- Penetração (DNA do fago é injetado)
3- Biossíntese (síntese de ácidos nucleicos e proteínas) 
4- Maturação (montagem das partículas do fago)
5- Liberação de novos vírus 
Ciclo lisogênico
1- Adsorção
2- DNA do fago antes linear: circulariza
3- Recombinação: DNA do fago integra-se ao DNA bacteriano lisogenia 
 Síntese de proteína repressora (impede a síntese de proteínas virais)
4- DNA do fago pode entrar no ciclo lítico (por ação de UV), desintegrando-se do cromossomo 
Multiplicação vírus animais (6 fases)
Adsorção penetração desnudamento biossíntese morfogênese liberação 
1) Adsorção
- Ligação específica entre os ligantes virais e receptores celulares da membrana citoplasmática 
2) Penetração
- Ligação do vírus à célula hospedeira 
- Vírion penetra inteiro por endocitose 
- Vírus envelopados fusão de membranas 
- Endocitose mediada por receptor (vírus envelopado ou não) 
3) Desnudamento 
- Degradação do capsídeo/nucleocapsídeo viral
- Exposição do material genético do vírus no sítio replicativo
4) Biossíntese 
- Produção de ácidos nucleicos e proteínas virais
 * Síntese do RNAm
 * Síntese de proteínas precoces (enzimas necessárias à replicação do genoma viral)
 * Síntese de proteínas tardias associadas às proteínas estruturais do capsídeo 
5) Morfogênese (maturação)
- Montagem das subunidades proteicas 
- Montagem dos componentes da membrana (vírus envelopado)
- Empacotamento do ácido nucleico viral
- Formação de novas partículas virais 
6) Liberação
- Vírus retorna ao ambiente extracelular 
Como os ligantes virais são inseridos nas partículas dos vírus envelopados?
Síntese dos ligantes ligantes são ancorados na membrana celular capsídeos recém formados seguem para a membrana da célula brotamento
Efeitos da infecção viral sobre a célula hospedeira 
- Morte celular (inibição da síntese de proteínas)
- Formação de corpos de inclusão intranucleares ou citoplasmáticos
- Efeito citopático: lise ou alterações morfológicas 
- Transformação maligna: crescimento irrestrito, sobrevida prolongada e alterações morfológicas 
- Ausência de alterações morfológicas ou funcionais aparentes 
Crescimento viral
- Fase de eclipse (ausência de vírus dentro das células)
- Maturação (ácidos nucleicos sintetizados e empacotados nos capsídeos)
- Período de latência (tempo entre a infecção e surgimento de vírus na forma extracelular) 
- Liberação (lise celular, brotamento ou excreção)
Isolamento e cultivo de vírus 
- Cultivo de bacteriófagos: crescem em meio liquido/solido – placas de lise
- Cultivo de vírus animais: uso de camundongos, coelhos e cobaias, que são sacrificados para a análise dos tecidos para pesquisa de partículas virais; uso de ovos embrionados
- Cultivo em células animais em meio de cultura 
PRINCÍPIOS DA PATOGENIA VIRAL
- A mesma doença pode ser causada por uma variedade de vírus 
- Um mesmo vírus pode causar várias doenças
- A evolução da infecção viral é determinada por fatores virais e do hospedeiro e pela genética de ambos
Transmissão dos vírus na natureza
Os vírus só são mantidos na natureza se puderem ser transmitidos de um hospedeiro a outro susceptível da mesma espécie ou não. 
- Transmissão horizontal
* Contato – sexual, saliva, pele, fômites, perdigotos
* Veículos – água e alimentos
* Vetores – invertebrados e vertebrados
- Transmissão vertical 
* Mãe – embrião/feto – HIV, rubéola 
Requisitos para o início da infecção
1) Inóculo viral suficiente (resistência ambiental, dose)
2) Sítio de entrada correto (acessibilidade, susceptibilidade)
3) Vencer as defesas do organismos (mecânicas, químicas, inatas e adaptativas)
Etapas da infecção viral
1) Penetração do vírus no hospedeiro
2) Replicação primária
3) Disseminação
4) Tropismo celular e tecidual
5) Replicação secundária 
6) Dano celular e tecidual
7) Recuperação da infecção
Rotas de entrada 
* Mucosas: tratos respiratório, gastrointestinal e urogenital, conjuntiva
- Vasta e imunologicamente muito ativa -> prevenção de entrada de patógenos (patrulhamento de mucosas)
- Mecanismos de defesa: imunoglobulina A (IgA); linfócitos; captura de antígenos (células dendríticas); folículos linfoides; células NK (linfócitos – destruição de células infectadas); cílios; macrófagos
- Trato respiratório
- Transmissão: aerossóis (saliva e perdigotos) e contato direto com secreções
OBS: alguns vírus penetram pela via respiratória e disseminam-se dando origem a quadros generalizados com exantemas (sem manifestações respiratórias acentuadas) – sarampo e rubéola 
- Trato gastrointestinal
- Vírus resistentes à variações de pH e resistentes à inativação por sais biliares, enzimas proteolíticas e condições ambientas extremas 
- Transmissão: água e alimentos contaminados 
- Exemplos de vírus entéricos: infecções localizadas – rotavírus, norovírus, coronavírus (diarreias); sistêmicos – enterovírus (pólio, hepatite A), reovírus (infecções entéricas), adenovírus (infecções entéricas, renais)
- Trato urogenital
- pH ácido, muco, IgA, fagócitos
- Entrada: microabrasões 
- Trato urogenital feminino – mais susceptível (apesar do baixo pH)
- HIV, HHV-1/HHV-2, vírus da hepatite B e C
- Conjuntiva 
- Secreção da ocular, pálpebras 
- Entrada: microabrasões – lentes, água 
- Disseminação sistêmica rara 
* Pele: HIV, raiva, dengue, febre amarela, hepatites, vaccínia, HPV -> através de abrasões, picadas, piercings, agulhas, tatuagens, mordidas, acupuntura
Tropismo predileção por células determinado pela presença de receptores na MP das células dos hospedeiros
Disseminação viral
- Infecção localizada ou sistêmica 
- Sítio primário de replicação(junto à porta de entrada)
- Passagem para o sistema linfático 
- Passagem para o sangue (viremia)
- Sítio secundário de multiplicação (órgãos alvo ou sistêmica)
Danos celulares ou teciduais causados por vírus
- Lise celular
- Apoptose
- Bloqueio da síntese de proteínas celulares, do transporte pela MP
- Despolimerização do citoesqueleto
- Formação de sincícios 
- Interrupção do ciclo mitótico
- Transformação celular (proliferação celular)
 Tipos de infecção viral
* Aguda: vírus infecta um hospedeiro susceptível, multiplica-se e é eliminado rapidamente (localizada, sistêmica, aparentes ou inaparentes)
> varíola, caxumba, gripes e resfriados
> varicela, zoster (aguda com recorrência tardia)
* Persistentes (crônicas): os vírus podem ser detectados continuamente no hospedeiro e podem ou não haver sintomas clínicos (crônicas, latentes ou com recidivas)
> hepatite B, AIDS
* Latentes: vírus persiste em forma oculta 
> herpes, hepatite C
* Inaparentes ou subclínicas: não produzem sinais clínicos da presença do vírus
Excreção: etapa fundamental para a manutenção e circulação da progênie viral na natureza
- Secreções respiratórias; sangue; leite materno; lesões ulceradas na pele; fezes; trato geniturinário 
Etapas da infecção 
- Infecção: vírus alcança o sítio primário da infecção e multiplica-se 
- Período de incubação: período entre a infecção e o aparecimento dos primeiros sintomas 
- Período prodômico: período em que ocorrem sintomas inespecíficos 
- Período de doença: sintomas clínicos característicos da doença 
- Período de infecciosidade: o hospedeiro infectado permanece excretando e transmitindo o vírus 
- Período de convalescência: o hospedeiro recupera-se 
Drogas antivirais 
- A princípio, um fármaco antiviral poderia ser desenvolvido contra proteínas virais ou contra proteínas celulares essenciais para a replicação viral
- Desafio no desenvolvimento de antivirais: TOXICIDADE SELETIVA -> especificidade contra a replicação viral
* Antivirais que atuam na adsorção e penetração
- Inibidores de fusão (enfurvitide T20)
- Inibidores da penetração (bloqueador de co-recptor) – maraviroc 
* Antivirais que atuam no desnudamento
- Amantadina e rimantadina (influenza A)
* Antivirais que atuam na inibição da expressão gênica viral
- Inibidores da síntese de ácido nucleico (aciclovir, valaciclovir, ganciclovir, famciclovir) – inibe e elongação da cadeia do DNA viral
* Inibidores de retrovírus 
- Inibidores nucleosídeos da transcriptase reversa: incorporam-se à cadeia do DNA nascente, impedindo a replicação viral
- Inibidores não-nucleosídeos da RT (NNRTIs)
- Inibidores da protease (PI) : impedem a maturação de novos vírus
- Inibidores de fusão 
- Inibidores de penetração 
- Inibidores de integrasse: impedem a integração do DNA viral no DNA da célula hospedeira
Interferons: são proteínas codificadas pelo hospedeiro que inibem a replicação viral/tradução de proteínas virais; promovem a ativação de células killer e células T
ADENOVÍRUS
- Classificados em subgrupos A a G
- Adenovírus 1 a 7 mais comum em humanos infecções do trato respiratório, conjuntivite, gastroenterite, cistite hemorrágica aguada, meningoencefalite
Características gerais
- DNA fita dupla
- Replicação mediada por DNA polimerase viral
- Capsídeo com simetria icosaédrica e não envelopados
- Proteínas de fixação viral
- Sorotipos: diferenças nas proteínas da base pentamérica e das fibras -> tropismo
Epidemiologia e patogênese 
- Infectam e replicam nas células epiteliais dos tratos respiratório e gastrointestinal e olhos
- Causam: infecções líticas, latentes e persistentes ou assintomáticas 
- Resistentes: detergentes, ressecamento, secreções do trato gastrointestinal e cloro
- Transmissão: aerossóis, via oro-fecal, contato direto (fômites), piscinas inadequadamente cloradas
- Viremia: disseminação para os órgãos 
Síndromes clínicas 
* Faringite acompanhada por conjuntivite: tosse, coriza, mal-estar, febre, mialgia e cefaleia (+ comum em crianças)
* Doença respiratória aguda: febre, tosse, faringite e adenite cervical (sorotipos 4 e 7 – vacina) 
* Conjuntivite e ceratoconjuntivite epidêmica: inflamação da conjuntiva. Transmissão por água de piscinas contaminadas. Altamente contagiosa. 
* Gastroenterite e diarreia
* Cistite hemorrágica aguda
Diagnóstico laboratorial
- Amostras do sítio da infecção isolamento do vírus detecção de antígenos e ácidos nucleicos
- Cultivo do vírus em células de origem humana 
Tratamento, prevenção e controle
- Lavagem das mãos, cloração de piscinas e vacinas contra os sorotipos 4 e 7 (descontinuada)
ROTAVÍRUS
- Espécies: rotavírus A, B, C, D e E
- Esféricos com capsídeo icosaédrico, não envelopados
- RNA fita dupla
- Proteínas do capsídeo classificações 
Patogênese
- Células-alvo: enterócitos
- Penetração: via endocitose
- Replicação: citoplasma da célula hospedeira 
- Formação de vacúolos (c/ partículas virais) 
- Liberação: lise
- Eliminados nas fezes (por até 40 dias)
Epidemiologia
- Diarreia aquosa não-sanguinolenta, vômito e febre (+ frequente no outono e no inverno) 
- Transmissão: oro-fecal
OBS: vírus é estável no meio ambiente e sobrevive em fômites. Resistente ao ressecamento e a detergentes. Susceptível à desinfecção com etanol 95% e formol
Diagnóstico laboratorial
- Amostras de fezes -> detecção de antígenos virais (ELISA – p/ grupo A)
- Microscopia eletrônica 
Tratamento, prevenção e controle
- Reidratação, lavagem das mãos e desinfecção de superfícies 
- Vacinação: vacina oral rotavírus humano (VORH) 
NOROVÍRUS (vírus Norwalk)
- Não envelopados, de simetria icosaédrica
- RNA fita simples linear e polaridade +
Patogênese e epidemiologia 
- Diarreia aquosa de curta duração, náuseas, vômitos e cólicas abdominais
- Transmissão: oro-fecal
Tratamento, prevenção e controle
- Reidratação, lavagem das mãos e desinfecção de superfícies
HERPESVÍRUS HUMANOS
- Ubíquos, envelopados (envelope lipídico com espículas) e icosaédrico
- Amplo espectro de doenças infecções persistentes e latentes/recorrentes
- DNA linear fita dupla
- Replicação: núcleo, brotamento a partir da membrana nuclear
- Liberação: lise celular, exocitose ou disseminação célula-célula
Manifestações clínicas 
* Vírus do herpes simples tipos 1 e 2 
- HSV-1 (face e tronco)
- HSV-2 (genitália)
- HSV-1 e HSV-2 (lesões orais e genitais)
- Infecções líticas em células epiteliais e infecções latentes em neurônios (gânglios trigêmeo HSV oral e gânglios sacrais HSV genital)
- Gengivoestomatite, ceratoconjuntivite, encefalite, doença genital, paroníquia herpética
- Infecção sintomática: vesículas claras sobre uma base eritematosa -> lesões purulentas, úlceras e lesões crostosas
- Transmissão: saliva, secreções vaginais e líquido das vesículas 
OBS: vírus sensível ao ressecamento, detergentes e condições do trato gastrointestinal
- Fatores desencadeadores: radiação UV, febre, estresse (emocional e físico) e imunossupressão 
* HSV-2: lesões vesicoulcerativas (pênis, colo do útero, períneo)
- Transmissão: secreções ou contato sexual (mesmo na ausência de sintomas)
Diagnóstico laboratorial
- Sinais clínicos
- PCR do DNA viral (LCR – infecção no SNC)
- Isolamento do vírus em culturas de tecido 
- Esfregaço das vesículas
- Sorologia
Tratamento: antivirais análogos de nucleosídeos, inibidores da DNA polimerase viral (aciclovir, valaciclovir, vidarabina)
* Vírus varicela zoster (herpes vírus humano 3)
- Agente etiológico: varicela e herpes-zoster 
- Erupção vesiculosa generalizada da pele e mucosa 
- Transmissão: secreções do trato respiratório e contato com fluidos vesiculares
Patogênese: replicação inicial no trato respiratório disseminação pela corrente sanguínea e sistema linfático viremia primária multiplicação do vírus nas células epiteliais e cutâneas viremia secundária 
Presença de lesões em diferentes estágios 
OBS: vírus torna-se latente na raiz dorsal ou gângliosdos nervos cranianos, após a infecção primária
Herpes-zoster: reativação do vírus latente em paciente idosos e imunocomprometidos
- Antecedendo as lesões cutâneas, há dores intensas e severas, ardor e prurido locais, febre, cefaleia e mal-estar
- A lesão é unilateral e segue o trajeto de um nervo
Diagnóstico laboratorial
- Amplificação do DNA viral
- Amostras de lesões cutâneas 
- Isolamento viral
- Microscopia eletrônica 
Tratamento
- Crianças: não necessitam de tratamento
- Vacina: vírus varicela-zoster atenuado
- Vacina tetra-viral (SCRV – sarampo, caxumba, rubéola e varicela)
* Vírus Epstein-Barr (EBV) – herpes vírus humano 4
- Mononucleose infecciosa 
- Linfoma de Burkitt africano
- Parasita linfócitos B e células epiteliais da orofaringe e nasofaringe 
- Infecções persistentes e recorrentes 
- Transmissão: saliva (“doença do beijo”)
Mononucleose infecciosa: febre, mal-estar, fadiga, linfadenopatia (inchaço de linfonodos), esplenomegalia, faringite exudativa, manchas no corpo e hepatoesplenomegalia
Linfoma de Burkitt africano: linfoma de células B, acomete mandíbula e face (endêmico em regiões afetadas pela malária)
* Citomegalovírus (herpes humano 5) 
- Infecção congênita: baixo peso, microcefalia, calcificação intracerebral, icterícia, hepatoesplenomegalia, trombocitopenia, perda auditiva uni ou bilateral e atraso mental
- Transmissão: tosse, espirro, saliva, transfusão de sangue, vertical, leite materno, colostro e contato sexual
- Pacientes imunocomprometidos: pneumonia, renite, colite e esofagite 
PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV)
- Não envelopados, capsídeo icosaédrico
- DNA circular fita dupla
- Infectam principalmente o epitélio estratificado da pele e mucosas (HPV cutâneo e mucoso) – verrugas e câncer 
- Mais de 200 tipos
 * Alto risco – câncer de colo de útero 
 * Baixo risco – verrugas genitais
- Geralmente a infecção viral permanece localizada e regride espontaneamente 
- Transmissão: fômites, verrugas, vertical, contato sexual
Manifestações clínicas 
- Verrugas: proliferação benigna e autolimitada da pele, que regride com o tempo (HPV-1 e HPV-4)
- Tumores benignos de cabeça e pescoço (papilomas orais, de laringe, conjuntivo)
- Verrugas anogenitais (condiloma acuminado)
- Displasia e neoplasia cervical (HPV 16, 18, 31 e 45)
Diagnóstico laboratorial
- Papanicolau e PCR
Tratamento
- Crioterapia, eletrocauterização, excisão cirúrgica, quimioterapia e radioterapia
Prevenção
- Vacina quadrivalente (tipos 6 e 11, tipos 16 e 18)
FAMÍLIA ORTHOMYXOVIRIDAE – INFLUENZA VÍRUS A, B e C (vírus da gripe)
- Vírus pleomórficos, de morfologia esférica e filamentosa
- RNA fita simples e polaridade -
- Envelope lipoproteico c/ espículas: hemaglutinina e neuraminidase
 * proteínas M e NP: gênero específicas 
- Transmissão: inalação de pequenas gotículas de aerossóis expelidas durante a fala, tosse e espirro
Patogênese 
- Infecção nos tratos respiratórios superior e inferior dano ao epitélio respiratório diminui a resistência às infecções bacterianas secundárias 
Síndromes clínicas 
- Mal-estar, cefaleia, febre, calafrios, mialgia, perda do apetite, fraqueza, fadiga, dor de garganta e tosse seca
- Complicações: bronqueolite, laringite, otite, dor abdominal
- Infecções secundárias: pneumonia viral ou bacteriana (S. aureus, S. pneumoniae e H. influenza)
Diagnóstico laboratorial
- Swabs nasais – teste de imunofluorescência
- Isolamento do vírus em culturas, PCR
Tratamento, prevenção e controle
- Imunização anual e antivirais 
FAMÍLIA PARAMYXOVIRIDAE
- Vírus pleomórficos, envelopados (envelope c/ glicoproteínas)
- RNA fita simples de polaridade -
- Sarampo, caxumba, parainfluenza, vírus sincicial respiratório
* Vírus da sarampo 
- Gênero Morbillivirus único sorotipo vacinação eficaz imunidade duradoura 
- Infecta as células epiteliais do trato respiratório 
- Disseminação linfática viremia 
- Transmissão: pessoa-pessoa através de gotículas respiratórias contaminadas
- Altamente contagioso
- Período de maior contágio: 4-5 dias antes do aparecimento das lesões cutâneas e 3-4 após
- Complicações: pneumonia e encefalite
Sintomas
1- Febre, coriza, tosse e conjuntivite
2- Aparecimento de lesões nas membranas mucosas (manchas vermelhas c/ centro branco)
3- Exantema maculopapular e febre alta
Tratamento, prevenção e controle 
- Vacina c/ vírus atenuado (tríplice viral – caxumba, sarampo e rubéola)
* Caxumba 
- Apenas um tipo antigênico 
- Rapidamente inativado pelo calor e luz UV
- Transmissão: pessoa-pessoa através de aerossóis respiratórios 
- Entrada do vírus no trato respiratório replicação na nasofaringe e linfonodos locais viremia primária glândula parótida (inchaço), testículo, meninge, pâncreas e ovário 
- Fase prodrômica não específica febre branda, cefaleia, mal-estar e mialgia
- Complicações: orquite, pancreatite, surdez e morte
- Vacina: tríplice viral (SRC)
FAMÍLIA TOGAVIRIDAE
* Vírus da rubéola 
- Pleomórfico c/ nucleocapsídeo e icosaédrico 
- RNA fita simples de polaridade +
- Envelopado (glicoproteínas E1 e E2)
- Único sorotipo
- Inativado por agentes químicos, baixo pH, calor e UV 
- Transmissão: via respiratória infecta o trato respiratório superior e dissemina-se para os linfonodos locais (linfadenopatia) 
- Viremia: aparecimento de exantema cutâneo maculopapular acompanhado de febre baixa (placenta e feto podem ser infectados durante essa fase)
- Em adultos: artralgia e artrite, linfadenopatia e conjuntivite 
Síndrome da rubéola congênita (CRS)
- Transmissão: vertical (no primeiro trimestre da gravidez) malformações congênitas e abortos
 * Surdez, catarata, doença cardíaca, microcefalia, retardo do crescimento intrauterino e mental, alterações ósseas, danos ao fígado e baço
Diagnóstico laboratorial
- Testes sorológicos – avaliação dos níveis de IgG contra rubéola (ELISA) e detecção de anticorpos IgM específicos 
Tratamento, prevenção e controle
- Não há antivirais específicos 
- Vacinação c/ vírus vivo atenuado (tríplice viral) – imunidade humoral e celular
FAMÍLIA PICORNAVIRIDAE 
- RNA fita simples de polaridade +
- Capsídeo icosaédrico, não envelopado extremamente resistente à condições ambientes severas e encontradas no trato gastrointestinal e a detergentes
- Transmissão: oro-fecal
* Vírus da poliomielite
- Poliovirus – 3 sorotipos (1, 2 e 3)
- Transmissão: oro-fecal e inalação de aerossóis infectados
- O vírus multiplica-se no intestino, tonsilas, linfonodos mesentéricos e cervicais -> viremia, podendo ocorrer invasão do SNC
- O vírus é citolítico para os neurônios motores do corno anterior e tronco cerebral
Síndromes clínicas 
- Poliomielite abortiva: sintomas gastrointestinais leves, febre, cefaleia, mal-estar e dor de garganta
- Poliomielite não paralítica: mesmos sintomas com invasão do SNC meningite asséptica c/ dores nas costas e espasmos musculares
- Poliomielite paralítica: disseminação do vírus para as células do corno anterior da medula espinhal e córtex motor do cérebro paralisia flácida, assimétrica e sem perda sensitiva (poliovírus tipo 1)
Tratamento, prevenção e controle
- Vacinação (doença erradicada desde 1994)
- Vacina SALK (VIP) – inativa 
- Vacina Sabin (VOP – vacina oral da poliomielite) – atenuada 
FAMÍLIA RHABIDOVIRIDAE
- RNA linear fita simples de polaridade -
- Envelope c/ espículas de glicoproteínas 
- Liberação: brotamento (não causa lise celular)
- Sensível aos solventes de lipídeos (sabão, éter, clorofórmio, acetona), etanol, compostos iodados e quaternários de amônio 
- Transmissão: mordida de um animal raivoso (secreção do vírus na saliva); inalação de aerossóis (cavernas de morcegos); transplante de tecido infectado (córnea e órgãos) 
- Vírus multiplica-se no local da mordida infecta os nervos periféricos dissemina-se pelo SNC (febre, náusea, vômito, cefaleia, dor no local da mordida, perda do apetite) disseminação para as glândulas salivares, retina, córnea,mucosa nasal e medula adrenal coma e morte
Sintomas 
- Fase neurológica: hidrofobia, convulsões, hiperatividade, desorientação, alucinação, paralisia (insuficiência respiratória)
- Coma e morte
Diagnóstico laboratorial
- Isolamento do vírus
- PCR
- Achados sorológicos 
- Inclusões intracitoplasmáticas nos neurônios afetados – corpúsculos de Negri 
Tratamento e profilaxia
- Lavar o local c/ água e sabão e uso de antisséptico 
- Soro antirrábico 
- Vacinação 
FAMÍLIA RETROVIRIDAE 
Vírus HIV – AIDS 
- Vírus da imunodeficiência humana 1 e 2 (HIV-1 e HIV-2) 
- 2 fitas RNA linear fita simples de polaridade + 
- Envelope c/ glicoproteínas 
- Enzima transcriptase reversa (retrovírus) e proteases
- Transmissão: exposição da mucosa oral, vaginal ou retal durante o ato sexual, transmissão vertical, leite materno, transfusões sanguíneas 
- Vírus infecta e mata linfócitos T CD4+ e macrófagos
- Persiste indefinidamente no hospedeiro
- Elevada taxa de mutação
- Infecção viral lenta
Receptores dos vírus
1° Receptor CD4: ligação macrófagos e linfócitos T 
2° Correceptores: penetração e fusão c/ a membrana celular – CCR5 (macrófagos) e CXCR4 (linfócitos)
Replicação
Vírion liga-se ao CD4 e ao receptor de quimiocinas fusão da membrana do HIV c/ a membrana celular entrada do genoma viral no citoplasma síntese do DNA pró-viral mediada pela transcriptase reversa integração do pró-vírus no genoma celular 
 transcrição do genoma do HIV e transporte de RNA processado e não processado para o citoplasma síntese das proteínas do HIV e montagem da estrutura central do vírion brotamento da partícula viral madura
Patogênese
- Período de incubação: compreendido entre a infecção e o aparecimento de sinais e sintomas da fase aguda (5-30 dias)
 * Síndrome retroviral aguda (SRA) – febre, mialgia, linfadenopatia generalizada
- Período de latência: após a fase de infecção aguda até o desenvolvimento da imunodeficiência (5-10 anos)
Evolução da infecção pelo HIV
- Infecção primária aguda
- Disseminação para órgãos linfoides (monócitos e macrófagos)
- Latência clínica: assintomática (soropositivo)
- Expressão elevada do HIV
- Doença clínica – AIDS (2 a 10 anos) e morte
Diagnóstico laboratorial
- Isolamento do vírus
- Determinação sorológica de anticorpos virais
- Determinação do ácido nucleico ou dos antígenos virais
Tratamento
- Terapia antirretroviral altamente ativa (HAART)
 * Nucleosídeos inibidores de TR e inibidores de protease
HEPATITES VIRAIS
* Hepatite A – família Picornaviridae
- Gênero: hepatovírus (apenas um sorotipo)
- Não envelopado 
- Capsídeo icosaédrico
- RNA fita simples de polaridade + 
- Resistente: calor, pH ácido, detergentes e dessecação
- Transmissão: oro-fecal (água, alimentos e frutos-do-mar contaminados)
- Altamente contagiosa
- Período prodrômico: mialgia, cefaleia, febre, mal-estar, náusea, vômito
- Urina escura (bilirrubina), fezes pálidas e icterícia 
- Infecção dos hepatócitos e células de Kupfer (necrose celular do parênquima)
Diagnóstico laboratorial
- Testes sorológicos – através de ensaio imunoenzimático do tipo ELISA
 * Anti HAV IgM: anticorpo produzido contra proteínas do capsídeo viral
Sorologia e epidemiologia 
- Anti HAV IgG: promove a imunidade protetora contra hepatite A (permanece por toda a vida)
Tratamento, prevenção e controle 
- Vacina vírus da hepatite A inativado
- Saneamento básico, cloração de água, evitar a ingestão de água e alimentos contaminados, lavagem adequada das mãos
* Hepatite B – família Hepadnaviridae 
- Vírus icosaédrico e envelopado
- DNA de fita parcialmente simples e circular
- Oferece resistência ao: éter, pH baixo, congelamento e aquecimento moderado (susceptível à autoclavação)
- Infecção -> induz superprodução de proteínas de superfície 
Antígenos do vírus da hepatite B
- Antígeno do envelope viral: HBsAg
- Antígeno do cerne do vírus: HBcAg e HBeAg
Manifestações clínicas e patologia
- Infecção dos hepatócitos
- Transmissão: parenteral (transfusões e agulhas contaminadas), contato sexual, vertical, exposição à secreções contaminadas 
- Período de transmissibilidade: 2-3 semanas antes dos 1°s sintomas. O portador cônico pode transmitir por vários anos
- Fase de incubação (período assintomático)
- Fase prodrômica (ou pré-icterícia)
- Fase ictérica (urina escura – bilirrubina; fezes claras; palidez de membranas mucosas; dor hepática)
- Convalescência 
Sorologia 
- HBsAg (antígeno de superfície do HBV): primeiro marcador da infecção (quando persiste além de 6 meses, caracteriza infecção crônica) 
- Anti-HBc IgM (anticorpos de classe IgM contra o antígeno do núcleo do HBV): marcador de infecção recente (confirma diagnóstico de hepatite B aguda)
- Anti-HBc total: anticorpo contra o antígeno do núcleo do HBV das classes IgM e IgG
- Anti-HBs (anticorpos contra o antígeno de superfície do HBV): confere imunidade ao HBV (indicador de cura e imunidade; presente em pessoas vacinadas)
Tratamento, prevenção e controle
- Interferon-alfa-1b, lamivudina, adefovir dipivoxil (tratamento)
- Vacina contra hepatite B (constituída de HBsAg altamente purificados)
- Imunoglobulina (indicada a pessoas não vacinadas após exposição ao vírus)
* Hepatite C – família Flaviviridae 
- Gênero: Hepacivirus -> responsável pelos casos de hepatite não-A e não-B
- RNA fita simples de polaridade + 
- Envelopado
- Transmissão: parenteral ou exposição sexual
- A maioria dos casos é assintomática
* Hepatite D 
- Gênero: Deltavirus
- Nucleocapsídeo amorfo, não icosaédrico 
- Envelopado
- RNA circular de polaridade - 
- O vírus da hepatite D replica-se apenas na presença do vírus HBV, utilizando proteínas do seu envelope -> vírus de RNA incompleto
- Aparece em pessoas com exposição parenteral múltipla (uso de drogas endovenosas, hemofílicos)
* Hepatite E
- Doença viral aguda e autolimitada 
- Pode apresentar-se de forma assintomática ou c/ sintomas semelhantes à hepatite A
- Período prodrômico: mal-estar, cefaleia, febre baixa, anorexia, fadiga intensa, artralgia, náuseas, vômitos, desconforto abdominal
- Período ictérico: icterícia, urina escura, fezes esbranquiçadas e hepatomegalia, c/ desaparecimento da febre, artralgia e cefaleia
- Convalescença: retorna da sensação de bem-estar
- Transmissão: oro-fecal, por água e alimentos contaminados, via vertical e parenteral
- Período de transmissibilidade: 2 semanas antes do início dos sintomas, até o final da segunda semana da doença
FAMÍLIA FLAVIRIDAE 
ARBOVÍRUS – DENGUE 
- Gênero: Flavivirus 
- Vírus transmitido por artrópodes hematófagos 
- 4 sorotipos 
- Morfologia esférica, capsídeo icosaédrico , c/ envelope lipoproteico
- RNA fita simples de polaridade +
- Transmissão: picada do mosquito Aedes aegypti infectado (hábito urbano e doméstico)
- Período de transmissibilidade: o homem infecta o mosquito durante o período de viremia, que começa um dia antes da febre e perdura até o 6° dia da doença 
Picada do mosquito, que abriga o vírus em suas glândulas salivares vírus na corrente sanguínea células endoteliais (células-alvo), monócitos e macrófagos viremia picada de um segundo mosquito, que ingere o vírus replicação do vírus no tubo digestivo do mosquito infecção das glândulas salivares do mosquito
Ciclo de replicação do vírus 
1) Ligação e endocitose mediada por receptores
2) Fusão do vírion c/ a membrana do endossomo
3) Desnudamento
4) Tradução e processamento
5) Replicação do RNA 
6) Morfogênese viral em vesículas intracelulares 
7) Transporte do vírus, maturação de glicoproteínas 
8) Fusão vesícula c/ MP
9) Liberação viral (exocitose) 
Manifestações clínicas: febre, cefaleia, dor retroorbitária, mialgia, artralgia, prostração, exantema
* Dengue hemorrágica 
- Indivíduos c/ anticorpos heterólogos preexistentes não neutralizantes: infecção prévia c/ sorotipo diferente 
- Vascularidade capilar aumentada hemorragia e trombocitopenia 
- Dificuldade respiratória, perdade consciência, confusão mental, agitação, insônia, sangramento na boca, nas gengivas e no nariz, vômitos intensos, boca seca e muita sede, pulso fraco, fortes dores abdominais contínuas
Diagnóstico laboratorial
- Prova do laço: indicativo indireto de fragilidade capilar
- Teste sorológico ELISA detecta anticorpos antidengue (IgM)
Tratamento, prevenção e controle 
- Hidratação, repouso, analgésicos e antitérmicos (dipirona sódica e paracetamol)
- Combate ao vetor
- Vacina: Dengvaxia (p/ os sorotipos 1, 2, 3 e 4 – vírus atenuado vivo)
FAMÍLIA TOGAVIRIDAE 
ALFAVÍRUS – CHIKUNGUNYA 
- Principais transmissores do vírus: A. aegypti e A. albopictus
- Causa artralgia intensa (predomina sobre os demais sintomas)
- Não há vacina imunidade de longa duração obtida somente por meio da infecção natural
- Doença aguda febre de início súbito, cefaleia, dor difusa nas costas, mialgia, náusea, vômito, poliartrite, erupção cutânea e conjuntivite 
FAMÍLIA FLAVIRIDAE 
YELLOW FEVER VIRUS – FEBRE AMARELA 
- Gênero: Flavivirus 
- Morfologia esférica, capsídeo icosaédrico, c/ envelope lipoproteico 
- RNA fita simples de polaridade + 
- Doença febril aguda, de curta duração e gravidade variável 
- Febre amarela urbana X febre amarela silvestre diferenciadas pela localização geográfica, espécie vetorial e hospedeiro 
* Febre amarela urbana 
- Transmissão: picada do mosquito Aedes aegypti infectado, que mantem-se infectado por toda a vida 
- Disseminação via corrente sanguínea baço, fígado (órgão alvo) – dano hepatocelular, rim, medula óssea e gânglios linfáticos 
- Fase inicial: febre alta, calafrios, cefaleia intensa, mialgias, prostração, náuseas, vômitos. Após essa fase há cura ou evolução p/ forma mais grave
- Forma grave: aumento da febre, diarreia, vômitos (aspecto borra de café), insuficiência hepática e renal, icterícia, manifestações hemorrágicas, prostração intensa e coma
Diagnóstico laboratorial
- Isolamento do vírus
- Estudos histopatológicos 
- Detecção de antígenos ou ácidos nucleicos virais
- Sorologia 
Tratamento, prevenção e controle
- Não há antiviral específico
- Vacinação 
 
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