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Perspectivas e desafios na gestão de Políticas Sociais na Contemporaneidade
Ana Paula David [1: Graduação em Serviço Social Universidade Vale do Rio Verde UNINCOR 2014, especialização em Gestão de Políticas Sociais Faculdade São Luiz E-mail do autor: an.atc@hotmail.com.]
Resumo
O presente artigo, tem por finalidade levantar a discussão, sobre o momento econômico a qual nosso país está enfrentando, destacando a diminuição e falta de recursos, repassados para os municípios, e como os mesmos estão se organizando para manter o mínimo social, se tornando um desafio para manter a garantia das Políticas Sociais. 
Palavras-chave: Políticas Sociais, Desafios, Assistente Social, Garantia de direitos.
1. Introdução
O presente trabalho tem por objetivo contextualizar sobre o atual momento de governo. Em decorrência da crise econômica a qual estamos vivenciando, nos últimos dias muitos municípios Mineiros decretaram situação de calamidade financeira; diante de tal conjuntura se faz necessário a reflexão a respeito da execução das políticas sociais, é sabido que tal tarefa nunca foi fácil aos profissionais de serviço social que atuam frente a esta demanda, devido à escassez de recursos repassados para efetivar tais políticas. Perante o atual cenário econômico é de suma importância buscar novas estratégias de atuação, para que seja possível prover a garantia de direitos. Em sua primeira seção apresenta o que são as Políticas Sociais, passando a seguir, em sua segunda seção, para os desafios enfrentados para sua efetivação; na terceira seção evidencia-se a situação atual das garantias de direitos e efetivação das Políticas Públicas e em sua última seção faz-se a conclusão das análises e estudos realizados. 
2. O que são Políticas Sociais
	Conforme explicita Villalobos (2000); as políticas sociais constituem-se como um conjunto de medidas e intervenções sociais, que são estimuladas pelo Estado com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população, fazendo com que esta conquiste bons níveis de integração econômica e social, principalmente os grupos excluídos socialmente das diversas dimensões e formas de exclusão, tais como: econômica, política, territorial, social e cultural. (p.49).[2: Este conceito foi extraído por Villalobos (2000) do seguinte documento: Chile. Comitê Social de Ministros. Secretaria Executiva. Caracterización de la oferta pública dirigida a los grupos prioritários de la politica social. Santiago do Chile, 199, p 5.]
	Para Höfling (2001), as políticas sociais “se referem a ações que determinam o padrão de proteção social implementado pelo Estado, voltadas, em princípio, para a redistribuição dos benefícios sociais visando a diminuição das desigualdades estruturais produzidas pelo desenvolvimento socioeconômico” (p.31).
A partir da Constituição Federal de 1988, foi possível imaginar, uma convergência alinhada entre os aparelhos legais que foram sendo criados para a implementação do projeto da Seguridade Social brasileiro – Lei Orgânica da Saúde, Lei Orgânica da Assistência Social, legislações estas que são a base da garantia de direitos sociais e políticas públicas.
___________________________________________________________________________
3. Desafios na Efetivação das Políticas Sociais
Para que possamos analisar a respeito da efetivação das Políticas Sociais, bem como os desafios já enfrentados para sua efetivação, e seu futuro frente aos episódios econômicos Brasileiros, se faz necessário retroceder na história para relembrarmos o seu surgimento.
Segundo Kyriê Machado da Rosa.
A origem da Política Social é anterior até mesmo ao surgimento do capitalismo, pois esta apareceu como uma forma de responder à algumas demandas da população, onde o Estado e a sociedade uniram-se para dar conta dessas solicitações no período pré-capitalistas. A Igreja Católica é uma das primeiras Instituições a conceder “respostas” para a sociedade através da caridade que levaria “a Deus”. E por isso, desde o seu surgimento, a Política Social está repleta de contradições
Com o aliciamento do Capitalismo, como sistema vigente em uma ampla parte do Mundo, a Política Social adveio a suprir as necessidades da Sociedade.
A política social como um componente ou produto, que é, da velha e conflituosa relação entre Estado e sociedade, no marco das formações sociais de classe (não importam a natureza e a idade que tenham), vai sempre lidar com interesses opostos, já que ela resulta da pressão simultânea de sujeitos distintos. (PEREIRA, 2008, p.28).
Mesmo sendo direito do cidadão garantido pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 18, pode-se notar, que muitas vezes os direitos sociais não são efetivados, pois no Brasil enfrentamos muitos entraves, conforme afirma: Heloisa Helena de Oliveira, “Há uma grande dificuldade, entretanto, de implementação dessas políticas no país. Isso se deve em grande parte pela falta de interlocução entre os entes federados e, também, pela escassez de intersetorialidade das ações. ”
Mediante as apresentações elencadas destaca-se a atuação do profissional de serviço social, gestor de Políticas Sociais frente a estas questões, qual seria a perspectiva a respeito do futuro, diante do agravo dos problemas atuais já elencados. Como destaca Iamamoto (2011 p.79):
O assistente social é tido como profissional da participação, entendida como
partilhamento de decisões, de poder. Pode impulsionar formas democráticas
na gestão de políticas e programas, socializar informações, alargar os canais
que dão voz e poder decisório à sociedade civil, permitindo ampliar sua possibilidade de ingerência na coisa pública. (IAMAMOTO 2011 p.79)
Perante tal concepção constata a necessidade de contextualizações a respeito do papel do assistente social, enquanto gestor de Políticas Sociais, por se tratar de um tema ainda pouco dialogado no cenário acadêmico, necessita-se que haja uma investigação dessa atuação na profissão, que se insere em espaços de gestão de políticas. (DIJANE DA SILVA SANTOS pg. 5).
Mas o que quer se salientar e levar a reflexão neste trabalho é como o profissional, que já enfrentava dificuldades em sua atuação, em efetivar tais políticas e dar acesso aos seus direitos pelos usuários, com tão pouco recurso, conseguirá dar continuidade em seu trabalho frente as crises financeiras que assolam os municípios, o Estado e o País.
O decreto explica que o grave momento de crise financeira em todo país refletiu no Estado de Minas Gerais e nos Municípios. Esse preocupante cenário causou a redução da arrecadação habitual, a queda de transferência de receitas constitucionalmente garantidas ao Município, a redução abrupta do potencial de aplicação de recursos públicos nos mais elementares e básicos custeios e que os inúmeros cortes já realizados foram insuficientes para o equilíbrio entre receitas e despesas e que o incentivo ao aumento de receitas próprias mostra-se insuficiente frente à queda de receitas.
Um fato importante observado após os anos 2000 foi a expansão dos serviços sociais privados. Os escassos fornecimentos de serviços públicos de qualidade provocaram grande procura por versão de mercado de serviços públicos (planos de saúde, educação particular, transporte individual, previdência complementar, segurança privada etc.).
Com as mudanças ocorridas no quadro econômico, marcadas pela redução do crescimento econômico e pelo crescimento das taxas de inflação associado às políticas de ajuste fiscal, com cortes de recursos na área social, as conquistas obtidas na década passada, tanto no mercado de trabalho como nas demais áreas da política social, estão ameaçadas.
 A probabilidade de que a política social brasileira caminha em direção a um modelo social privado aponta problemas para a conservação dos direitos sociais constantes na Constituição Federal, ao alcance em que esse molde é assinalado por uma compreensão residual do Estado, com maior participação do mercado no empenho do desenvolvimento nacional.
3. ConclusãoO presente Trabalho contextualizou sucintamente o momento de grande dificuldade, que o País vem enfrentando, onde sempre foi desafiador para o profissional de Serviço Social, gestor de Políticas Sociais, conseguir implementar tais políticas, no qual os direitos constituídos em 1988, tais como: saúde, educação, salientamos que em alguns pontos do pais nunca teve atendimento de qualidade, porém na atualidade se visualiza a falta total.
Diante de tal cenário é evidente o temor dos profissionais de serviço social, frente a estas questões, onde se visualiza um grande retrocesso dos avanços que se obteve até o momento, o desafio atual do profissional de serviço social é lutar para que tal retrocesso não aconteça.
Referências
http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/BUBD-88WPT6/apsalej_diss03.pdf?sequence=1
https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia-Politica/A-politica-social-brasileira-em-tempos-de-crise/7/35573
https://congressoemfoco.uol.com.br/opiniao/colunas/os-entraves-para-a-implementacao-de-politicas-publicas-no-brasil/17/11/2018 as 13:10.
www.cnm.org.br/comunicacao/noticias/prefeitos-oficializam-situacao-de-calamidade-financeira 17/11/2018 16:00
http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/anais/sipinf/edicoes/I/22.pdf acesso em 22/11/2018 as 13:00 horas
IAMAMOTO, M. V. Serviço Social em Tempo de Capital Fetiche: Capital
Financeiro, trabalho e questão social. 6ª ed. São Paulo: Cortez, 2011.
PEREIRA, L. BENETTI, G. M. F. Janice Merigo. A importância da formação
Continuada dos assistentes sociais na atuação com as políticas públicas. 2014.
Monografia (Aperfeiçoamento/Especialização em Gestão Social de Políticas Públicas) -
Universidade do Sul de Santa Catarina.
http://repositorio.unilab.edu.br:8080/jspui/bitstream/123456789/547/1/TCC_UNILAB_GEST%C3%83O%20DE%20POL%C3%8DTICAS%20SOCIAIS.pdf acesso em 26/1/2018 as 19:30 horas.

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