Buscar

Teoria Geral do Processo 1ª Bimestre

Prévia do material em texto

PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO
Princípio constitucionais do processo: o processo deve estar em conformidade com o direito como um todo e não apenas em consonância com a lei. 
Processo nada mais é um instrumento utilizado pelo Estado e colocada à disposição dos cidadãos para a solução dos conflitos e pelo qual a próprio Estado exerce sua jurisdição. Referido instrumento é utilizado para aplicar o direito ao caso concreto resolvendo os conflitos de interesse, sendo desenvolvido com base em regras legais previamente fixadas e busca mediante aplicação do direito ao caso concreto a solução do conflito, a pacificação social e a realização da justiça. 
Procedimento: é a forma como o processo se exterioriza e se materializa no mundo jurídico; é a sequência de atos que deve culminar como declaração do poder judiciário sobre quem tem o direito material naquele conflito submetido apreciação. 
AÇÃO --- AGIR 
JURISDIÇÃO --- DIZER O DIREITO 
JURISDIÇÃO – ADA GRIWOVER
É um instrumento por meio do qual os órgãos jurisdicionais atuam para pacificar e eliminar os conflitos, fazendo cumprir o preceito jurídico pertinente a cada caso que lhe e apresente em busca de solução. 
JURISDIÇÃO – DINAMARCO
É a função de Estado destinada a solução imperativa de conflitos e exercida mediante a atuação da vontade do direito nos casos concretos. Nesse sentido, a jurisdição se justifica através de uma ação de imposição de sua decisão ao conflito posto sob sua apreciação criando um reforço das normas que compõe o direito material. 
JURISDIÇÃO – WAMBIER
Função do Estado que consiste primordialmente em resolver os conflitos que a ela seja representados pelas pessoas naturais pelas pessoas naturais ou jurídicas por meio da aplicação de uma solução prevista no sistema jurídico. 
Art. 3ª parágrafo 3, CPC: Como buscar? Que todas as partes compõem – princípio da cooperação entre as partes. 
Art. 5ª Dever de todos as partes cooperem 
 
 Civil 
 Penal 
 Comum 
Justiça RELAÇÃO A MATERIA 
 Especial 
 Eleitoral
 Trabalhista
 Militar 
DIVISÃO DA JURISDIÇÃO
Com a evolução da sociedade surgem novos fatos em novos conflitos que demandam uma atuação cada vez mais especializada do próprio poder judiciário. Tal solução criou a divisão da ideia jurisdicional surgindo a justiça comum e as justiças especializadas. 
TRIBUNAIS SUPERIORES 
2º INSTANCIA 
1º ESTANCIA = pode ser competência estadual ou federal (tribunal do júri JECRIM) 
Instancia Extraordinárias
STJ TST TSE STM
JE JF VT JEELEITORAL J. MILITAR
1º grau – justiça estadual, federal, trabalho, eleitoral e militar
2º instancia das justiças estaduais são os Tribunais de Justiça; 
 Federais são os Tribunais regionais federais; 
PRINCIPIOS DA JURISDIÇÃO
Inevitabilidade: refere-se ao próprio exercício do poder jurisdicional do estado, sendo que suas decisões são obrigatórias e não podem ser evitadas pelas partes. 
Indeclinabilidade: refere-se ao dever do Estado de solucionar o conflito de quando for provocado sendo obrigado a decidir. 
Investidura: o Estado atua através de representantes investidos no cargo por concursos públicos. OBS: Via regra. 
Territorialidade ou Aderência: refere-se a delimitação territorial da jurisdição. O juiz devidamente investido só pode exercer sua jurisdição em seu respeito território. 
Princípio da Inercia: quem possui direito de ação são as pessoas sendo que o Estado não pode agir de oficio, dependendo sempre de provação dos interessados. 
Princípio da Unicidade: a jurisdição é um abrangendo de todo o território nacional existindo uma participação administrativa e divisão desse poder judiciário em diversos órgãos cada qual com uma responsabilidade especifica. 
Indelegabilidade: o exercício da jurisdição não pode ser delegado a terceiros sendo responsabilidade única e exclusiva do Estado. 
Espécies de jurisdição 
- CIVEL E CRIMINAL 
- SUPERIOR E INFERIOR 
- COMUM E ESPECIAL 
CONDIÇÕES DA AÇÃO
É retirado do termo condições da ação do NCIC animou parcela da doutrina ao levantar a questão do afastamento deste instituto do nosso sistema processual de forma que o interesse de agir e o legitimado passassem a ser tratados como pressupostos processuais ou como mérito a depender do caso concreto.
 
 Pressupostos processuais Clássica 
Binômio 1ª legitimidade 
 Mérito trinômio 2ª interesse 
 3ª possibilidade jurídica do pedido 
Antigamente as condições de ação formaram o trinômio: legitimidade, interesse e possibilidade jurídica do pedido estando estes inclusive dispostas na superada legislação. 
Possibilidade Jurídica do Pedido: Cuja não seja mais prevista como condição da ação a PJP não deixará facilmente de existir cabendo a analise mesmo que no NCPC. São três os possíveis resultados: 
O pedido está expressamente pressuposto como apto a receber a proteção jurisprudencial; 
Não há nenhuma previsão legal a respeito do pedido; 
Existe uma expressa vedação na lei ao pedido formulado;
Interesse de Agir: A ideia de interesse de agir também chamado de interesse processual está internamente associada a intimidade da prestação jurisdicional que se pretende obter como movimentação da máquina jurisdicional. Cabe ao autor demostrar que o procedimento jurisdicional pretendido será capaz de lhe proporcionar uma melhora em uma situação fática, que não será suficiente para justificar o tempo a energia e o dinheiro que serão gestos pelo poder judiciário na resolução da demanda. 
Legitimidade: Conforme tradicional lição doutrinaria a legitimidade para agir é a pertinência subjetiva da demanda ou em outras palavras é a situação pressuposta em lei que permite a um determinado sujeito propor a demanda e a outro determinado sujeito formar o polo passivo dessa. 
Art. 18, CPC. Art. 16,17,19 e 20
Elementos da Ação 
Prestam –se a identificar a ação, tarifa de extrema importância quando se pretende comparar uma ação com outra. É impossível afirmar que duas ações são iguais, parecidas ou absolutamente diferentes sem conhecer quais são seus elementos: 
PARTES; 
PEDIDO; 
CAUSA DE PEDIR; 
PARTES: Segundo Chiovenda parte é o sujeito que pede ou contra quem se pede tutela jurisdicional, já Lebman tem conceituação mais ampla afirmando ser parte todo sujeito que participa da relação jurídico processual em contrário defendendo interesse próprio ou alheio. 
Existem 4 formas de adquirir a qualidade de parte: 
Primeira: Pela egressão da demanda; (entro com a ação)
Segunda: Pela Citação; (sou informado que sou parte do processo) 
Terceira: Da maneira voluntaria; 
Quarta: Sucessão processual; 
PEDIDO: O pedido pode ser analisado sobre a óptica processual representando providencia jurisdicional pretendida e sob a óptica material representada pelo bem da vida perseguido, ou seja, o resultado prático que o autorpretende obter com a demanda jurisprudencial. 
CAUSA DE PEDIR (ART. 322): Os fatos compõem a causa de pedir sendo que esta pode ser ativo, nada mais do que os fatos constitutivos do direito do autor enquanto a causa de pedir passiva é composta dos fatos do réu contrários dos direitos.
PROCESSO
Processo como procedimento: Foi-se o tempo em que processo era confundido com procedimento imaginando-se que os atos processuais praticados perante o poder judiciário formavam o procedimento necessário para a efetiva proteção do direito material. A partir do momento que se reconheceu a autonomia da ciência processual acabou por ser superada. 
Processo como Contrato: O fundamento dessa teoria tem origem no direito romano que representava a concordância das partes em sofrer os efeitos da demanda. Atualmente tal teoria guarda importância meramente histórica porque a história de sujeição das partes do processo e seus resultados é um dos princípios da jurisdição. 
Processo como um quase contrato: Sobre a óptica privatista no século XIX doutrina Francesa não aceitando que o processo fosse um contrato cogitou entende-lo como um quase contrato. Devido a fragilidade desse raciocínio esta teoria foi logo abandonado. 
Processo como relação jurídica: Até hoje trata-se da teoria mais aceita entendendo-se o processo como a relação jurídica de direito processual exteriorizado por meio de procedimento. 
RELAÇÃO JURIDICA PROCESSUAL
Composição: A relação jurídica de direito processual é formada por desmandamte, desmandado e pelo Estado juiz, sendo essa composição mínima. Diante da presença desses 3 sujeitos, sendo 2 parciais e 1 imparcial é tranquilo o entendimento de que a relação processual é tripere. 
Características: 
Autonomia 
Complexidade; 
Dinamismo; 
Unidade; 
 Natureza publica; 
AUTONÔMIA: É autônoma quando comparada como relação jurídica de direito material, pois mesmo não existindo a segunda existira a primeira.
Julgado improcedente o pedido do autor declara-se que o direito material alegado na petição inicial não existe o que entretanto não afeto a existência da relação jurídica formada por ele, o réu e juiz. 
COMPLEXIADADE: É decorrência dos inúmeros e sucessivos situações jurídicas que se verificar durante o tramite procedimental. 
DINAMISMO: Existe uma continuidade da relação jurídica processual que envolve um dinâmico porque esse desenvolvimento faz com que o procedimento caminhe rumo ao seu final durante certo lapso temporal. 
UNIDADE: Os atos praticados pelos sujeitos processuais está todos interligados de forma logica dependendo o posterior de como foi praticado o anterior o que forma a unidade.

Continue navegando