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POPS e Appcc: Noções Gerais POP DEFINIÇÃO: É uma descrição detalhada de todas as operações necessárias para a realização de uma atividade. É um roteiro padronizado para realizar uma atividade. Cartilha da RDC 216-04: “É um documento que descreve passo-a-passo como executar as tarefas no estabelecimento. É como uma receita de bolo, que deve ser seguida rigorosamente para que tudo vá bem.” ABRANGÊNCIA O Pop destaca as etapas da tarefa, os responsáveis por faze-la, os materiais necessários e a freqüência em que deve ser feita. É um documento aprovado pelo estabelecimento sendo dever de cada manipulador segui-lo. OBJETIVO Garantir a uniformidade na execução dos diversos procedimentos, facilitando o monitoramento e as ações corretivas. Contribuir para melhorar as condições higiênico- sanitárias dos estabelecimentos. OBSEVAÇÃO: devem estar acessíveis aos responsáveis pela execução das operações. POP Higienização de pisos, rodapés, grelhas e ralos Executado por: auxiliar de serviços gerais Materiais utilizados: pá para recolher resíduos, sabão ou detergente, rodo, pano de chão, vassoura dura, balde, mangueira ou hidrojato, sanitizante clorado. Procedimentos: 1. Recolher os resíduos com o rodo e a pá. 2. Lavar com água e sabão. 3. Esfregar bem com a vassoura. 4. Enxaguar com água corrente. 5. Jogar a solução de cloro *. 6. Aguardar 15 minutos. 7. Retirar o excesso de água com o rodo. 8. Secar o ambiente. Frequência – diária EPIs – botas de borracha, avental impermeável, luvas de látex. Observações – não é permitido varrer a seco nas áreas de manipulação. *Preparo da solução clorada: hipoclorito de sódio a 200ppm – 25ml para 10 litros de água. Higienização de freezer e geladeira Executado por: auxiliar de copa e cozinha Materiais utilizados – esponja face dupla, pano específico, sabão ou detergente, álcool a 70°. Procedimentos: 1. Desligar o equipamento. 2. Retirar todos os alimentos e deixar as portas abertas. 3. Colocar os alimentos em outro equipamento de refrigeração ou caixas térmicas, ou no máximo 30 minutos fora da refrigeração. 4. Aguardar o descongelamento. 5. Higienizar a parte interna e externa com água e sabão utilizando a face macia da esponja. 6. Enxaguar com água corrente a parte interna do equipamento e a parte externa com pano específico umedecido. 7. Secar com pano específico. 8. Borrifar com álcool a 70° friccionando a superfície. 9. Fechar a porta e ligar o equipamento. 10. Recolocar os alimentos. Frequência: Geladeiras – semanal. Freezer – quinzenal. EPIs – botas de borracha, avental impermeável. Observações: nunca utilizar facas ou objetos cortantes para retirar o excesso de gelo; não deixar entrar água no motor. Observações Importantes!! O funcionário tem que ser treinado, habilitado e qualificado para a execução de sua tarefa. Sendo assim, escreva o que você faz e faça o que está escrito. Faça constantes análises críticas (pelo menos duas vezes por ano) sobre a aplicabilidade de seus procedimentos e se os mesmos ainda estão sendo seguidos. A linguagem utilizada no POP deverá estar em consonância com o grau de instrução das pessoas envolvidas nas tarefas, dê preferência para uma linguagem simples e objetiva. Resolução RDC 275 de 20/10/2002 (ANVS / MS) Resolução RDC 216 de 15/09/2004 (ANVS / MS) PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS Gerenciamento de alguns aspectos das Boas Práticas de Produção e Distribuição Legislação: 13 1- No Guia Passo a Passo são detalhados os POP e no Guia de Verificação (Check List) são os itens marcados como críticos. Âmbito de Aplicação da 275: Aplica-se aos estabelecimentos processadores/industrializadores nos quais sejam realizadas algumas das seguintes atividades: produção/industrialização, fracionamento, armazenamento e transporte de alimentos industrializados. Controle da Potabilidade da água Higiene das instalações, equipamentos, móveis e utensílios Higiene e saúde dos manipuladores Manejo dos resíduos Manutenção preventiva e calibração dos equipamentos Controle de vetores e pragas urbanas Seleção das matérias-primas, ingredientes e embalagens Programa de recolhimento de produtos PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS 14 1- No Guia Passo a Passo são detalhados os POP e no Guia de Verificação (Check List) são os itens marcados como críticos. Âmbito de Aplicação da 275: Aplica-se aos estabelecimentos processadores/industrializadores nos quais sejam realizadas algumas das seguintes atividades: produção/industrialização, fracionamento, armazenamento e transporte de alimentos industrializados. REQUEREM: Monitorização Registro Ações corretivas Verificação Devem ser assinados pelo: responsável técnico; ou, responsável legal; ou responsável pelas atividades. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS 15 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS POP PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO 16 Especificar freqüência, cargo e/ou função dos responsáveis pela execução de cada POP. Relacionar materiais necessários. Devem estar acessíveis aos responsáveis pela execução. Podem ser apresentados como anexo ao Manual de BP. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS 17 Logotipo Procedimento Operacional Padronizado Higienização de instalações, equipamentos e moveis Código do POP Revisão : Data: Página de Elaborado por: Verificado por: Aprovado por: CABEÇALHO RODAPÉ PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS 18 Estrutura do Documento Objetivo Documento de Referencia Campo de Aplicação Definições Responsabilidades Descrição do Procedimento Monitorização Registros Ações Corretivas Verificação Anexos Registro das Alterações 19 APPCC Introdução O QUE É O SISTEMA APPCC?? É um sistema usado para descobrir os perigos na área de Alimentos e para controlá-los. Introdução Hoje, o Sistema APPCC constitui-se na ferramenta mais eficaz para garantir a produção de alimentos seguros à saúde dos consumidores, revelando-se como o sistema lógico, prático, sistemático, econômico e dinâmico para garantir essa segurança. Introdução No Brasil, o Sistema APPCC (Análise de Perigos e pontos Críticos de Controle), faz parte de diversos documentos oficiais citados, destacam-se a Portaria 1428/93 do Ministério da Saúde (M.S.) e a Portaria nº 46/98 do Ministério da Agricultura e do Abastecimento (MAPA). Por que utilizar o sistema APPCC? Os principais benefícios que o Sistema APPCC proporciona são: Garantia da segurança do alimento; Diminuição dos custos operacionais, pela redução substancial da necessidade de recolher, destruir ou reprocessar o produto final por razões de segurança; Diminuição da necessidade de testes dos produtos acabados, no que se refere à determinação de contaminantes ; Porque utilizar o sistema APPCC? Redução de perdas de matérias-primas e produtos; Maior credibilidade; Atendimento aos requisitos legais do M.S. e de legislações Pré requisitos para a implantação do APPCC Boas Práticas Como as Boas Práticas são a base higiênico-sanitária para a implantação do Sistema APPCC, é imprescindível que a este programa esteja devidamente implantado e controlado. Em consequencia, é fundamental avaliar esse pré-requisito e, se necessário, providenciar sua implantação ou adaptação POPs Os 7 Princípios Elaboração do Plano APPCC Definições associadas ao sistema APPCC Ações corretivas – são os procedimentos a serem tomados quando o resultado do monitoramento de um Ponto Crítico de Controle (PCC) indicar que o valor da variável adotada como critério de qualidade encontra-se fora dos limites estabelecidos (limites críticos). Análise de perigos – consiste na identificação e avaliação de perigos potenciais, de natureza física, química e biológica, que representam riscos à saúde do consumidor. Limite de segurança – é o valor ou atributo próximo ao limite crítico, que deve ser adotado como medida de segurança para reduzir a possibilidadede ultrapassá-lo. Medida de controle (medida preventiva) – toda ação ou atividade que pode ser utilizada para prevenir ou eliminar um perigo à segurança do consumidor ou reduzi-lo a um nível aceitável. Ponto de controle (PC): são considerados como pontos de controle os pontos ou etapas que afetam a segurança, mas que são controlados prioritariamente por procedimentos e programas de pré-requisitos (Boas Práticas, Procedimentos-padrão de Higiene Operacional - PPHO) Ponto crítico de controle (PCC): Qualquer ponto, etapa ou procedimento no qual se aplicam medidas de controle (preventivas) para manter um perigo significativo sob controle, com o objetivo de eliminar, prevenir ou reduzir os riscos à saúde do consumidor. Particularidades: Formação da equipe multidisciplinar com representantes das áreas de aquisição, recebimento, produção, higienização, controle de qualidade, manutenção, transporte e distribuição. A equipe deve incluir pessoas que estejam diretamente envolvidas no processamento do alimento, em função de sua maior familiaridade com a diversidade e as limitações das operações. Deve-se tentar trabalhar com um número mínimo de 3 e máximo de 7 pessoas. No caso de microempresas, este número pode ser menor. Na seleção da equipe, deve-se dar ênfase às pessoas que irão: identificar os perigos e as respectivas medidas preventivas; determinar os riscos e a severidade dos perigos; caracterizar os pontos críticos de controle; verificar limites críticos e formas de monitorizar os pontos críticos de controle; estabelecer procedimentos para as situações de desvio dos limites críticos; estabelecer, revisar e conservar registros dos controles; determinar procedimentos de verificação. OS SETE PRINCÍPIOS DO SISTEMA APPCC Os sete princípios apresentados a seguir orientam a seqüência lógica na elaboração do plano APPCC. Princípio 1: identificação e avaliação dos perigos – medidas preventivas Esta etapa representa a base para identificação dos Pontos Críticos de Controle (PCC) e visa, também, estabelecer as medidas preventivas cabíveis (ICMSF, 1997). Diagrama decisório para matéria prima e ingredientes Princípio 2: Identificação dos pontos críticos de controle (PCC) Os Pontos Críticos de Controle (PCCs) são os pontos caracterizados como aqueles realmente críticos à segurança do alimento e restritos ao mínimo possível. Princípio 3: Estabelecimento dos limites críticos Os limites devem ser associados a medidas de parâmetros importantes para o controle dos PCCs, tais como temperatura, tempo, pH, atividade de água, acidez titulável, teor de substâncias químicas, etc. Princípio 4: Estabelecimento dos procedimentos de monitoração O monitoramento é a medição ou observação estruturada de um PCC relativa a seus limites críticos. Possui três funções básicas: indicar tendência para uma eventual perda de controle, determinar quando há perda de controle e ocorrência de desvios e proporcionar documentação formalizada. Princípio 5: Estabelecimento das ações corretivas As ações corretivas específicas devem ser desenvolvidas para cada PCC de forma a controlar um desvio observado nos limites críticos, garantindo novamente a segurança do processo. Princípio 6: estabelecimento dos procedimentos de verificação A verificação utiliza métodos, procedimentos ou testes suplementares àqueles usados no monitoramento, entretanto difere da monitoração, pois não permite a tomada imediata de ações corretivas. Princípio 7: estabelecimento dos procedimentos de registros Registros adequados são essenciais para o sucesso do sistema e de suma importância em situações de pendência, auditorias, etc.