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1 A BUBALINOCULTURA NO BRASIL: CRIAÇÃO, MELHORAMENTO E PERSPECTIVAS. JOSÉ R. F. MARQUES1 , RAIMUNDO N. C. CAMARGO JR.2 , LARISSA C. MARQUES3, ALESSANDRA EPIFÂNIO RODRIGUES4 1. Pesquisador Embrapa Amazônia Oriental, marques@cpatu.embrapa.br; 2. Médico Veterinário Curso PG – Ciência Animal / UFPA / bolsista CAPES; 3. Médica Veterinária Curso PG – Ciência Animal / UFPA; 4. Enga. Agra. Curso PG – Ciência Animal / UFPA RESUMO Os bufalos foram introduzidos no Brasil, há pouco mais de cem anos, oriundos, principalmente, da Itália e do continente Asiático. Até o momento não há, claramente, no país um trabalho efetivo para o melhoramento genético da espécie, que vem apresentando os mesmos índices produtivos de muitos anos atrás. Os búfalos são criados no Brasil para a produção de carne e leite, principalmente, servindo, ainda, como animal de trabalho (sela, tração, aração e afins), meio de transporte; atração turística, dentre outras. É um animal de múltiplas aptidões! Pertencem à espécie Bubalus bubalis e em todo o mundo são conhecidos como búfalos d'água (water buffalo), sendo descritas três subespécies: a) Variedade bubalis - é o búfalo preto que apresenta cariótipo 2n = 50 cromossomos, denominado de búfalo de rio (river buffalo), abrangendo os rebanhos da Índia, Paquistão, China, Turquia e de vários países da Europa e América, inclusive os italianos e, no Brasil, está representado pelas raças Jafarabadi, Mediterrâneo e Murrah, todas reconhecidas pela Associação Brasileira de Criadores de Búfalos - ABCB; b) Bubalus bubalis, variedade kerebao - é o búfalo da Malásia, Indonésia, Filipinas, Tailândia, etc., apresentando cariótipo 2n = 48 cromossomos. Está representado pela raça Carabao ou Rosilha (como era denominado, no passado, na ilha de Marajó, como referência à pelagem nesse tom). É conhecido na literatura mundial como búfalo de pântano (swamp buffalo) e, c) Bubalus bubalis, variedade fulvus - é o búfalo nativo da região Nordeste da Índia, especialmente do Assam, vivendo geralmente em estado selvagem ou semi-doméstico, sendo um animal de porte menor que os das subespécies anteriores. É de coloração pardacenta ou avermelhada, tendo alguma semelhança com o tipo Baio do Brasil. Este trabalho tem por objetivo abordar esses animais como um expoente de uma pecuária alternativa, pelas suas características produtivas e qualidade de seus produtos diferenciados e, alertar para a falta de programas de melhoramento e alternativas de manejo reprodutivo mais eficazes e modernos, que permitam um salto qualitativo, afastando-o de um patamar produtivo perigoso para a espécie, sem alternativas de animais melhoradores, necessitando de ações efetivas para reverter a situação. ABSTRACT The buffaloes are in Brazil there is not very more than a hundred years from mainly, of Italy and Asian continent. Until the moment there is not, clearly, in the country an effective job for the animal breeding of the species, that comes presenting the same productive indexes of many years ago. In Brazil the buffaloes produce meat and milk production, mainly, serving, still, as work animal, means of transportation; tourist attraction, and others. It is an animal of multiple aptitudes! They belong to the species Bubalus bubalis and all over the world they are known as water buffalo, being described three subspecieses: the) Variety bubalis - it is the black buffalo that presents 2n = 50 chromosomes, denominated of river buffalo, embracing the herds of India, Pakistan, China, Turkey and of several countries of Europe and America, besides the Italians and, in Brazil, it is represented by the breeds Jafarabadi, Italian or Mediterranean and Murrah, whole recognized by the Brazilian Association of Bredeers of Buffaloes - ABCB; b) Bubalus bubalis, variety kerebao – it´s the 2 buffalo from Malaysia, Indonesia, Philippines, Thailand, presenting 2n = 48 chromosomes. In Brazil it composes the Carabao or Rosilha breed (as it was denominated, in the past, in the Marajó island as reference to the coat tone). It’s known in the world literature as swamp buffalo and, c) Bubalus bubalis, variety fulvus - it is the native buffalo of the Northeast of the India, especially in the Assam, generally wild or semi-domestic, being an animal of smaller load than the one of the previous subspecies. It is of reddish coloration, tends some likeness with the Baio type of Brazil. This work has for objective to approach those animals as an exponent of animal production alternative, for productive characteristics and quality of its differentiated products and, to alert for the lack of the animal breeding programs and more effective and modern alternatives of reproductive biotechnologies, that they allow a qualitative jump, moving away it of a dangerous productive landing for the species, without alternatives of the animal breeding, needing urgent actions to revert the actual situation. INTRODUÇÃO Há pouco mais de cem anos os búfalos foram introduzidos no Brasil provenientes dos continentes europeu (Itália) e asiático (Índia). Ao longo do tempo várias importações, principalmente da Itália ocorreram, destacando-se, assim, um grande efetivo da raça Mediterrâneo, que forma a base da população de búfalos do País, no entanto, pouco tem sido trabalhado geneticamente. Algum tempo depois, já no início da década de sessenta, foram introduzidos animais das raças Murrah e Jafarabadi, tendo como foco, além da região Norte a região Sudeste (MARQUES, 1999 e MARQUES, 2000). A criação de búfalos vem se difundindo mundialmente devido à superioridade que pode apresentar, em relação a outros ruminantes domésticos, principalmente a rusticidade e adaptação às variadas condições climáticas e de manejo. A população de búfalos do mundo aumentou em 91% entre 1961 e 2001 (FAO, 2005). Segundo dados mais recentes da FAO (FAO, 2005) o Brasil apresentava um rebanho bubalino de 1.200.700 cabeças em 2004. Já os dados do Ministério da Agricultura (BRASIL, 2005) e do Censo agropecuário (IBGE, 2005), relativo ao ano de 2003, apresentam valores do efetivo do rebanho bubalino de 1.149 mil cabeças, sendo que esses animais se distribuem pelas cinco regiões do país, nas seguintes quantidades/proporções: Norte 722.299 / 62,9%; Nordeste 106.117 / 9,2%; Sudeste 104.449 / 9,1%; Sul 151.071 / 13,2% e Centro-Oeste 64.872 / 5,6%. Entretanto, segundo outras estimativas (SILVA et al., 2003; MARIANTE et al., 2003), o rebanho nacional de búfalos atinge cerca de 3,5 milhões de cabeças, sendo que somente o Pará detém cerca de um milhão e meio de animais. Desse rebanho nacional, 15% se destinam à produção de leite e 85% para corte. A mesma fonte informa que a taxa anual de crescimento do rebanho é superior a 12%, mais de cinco vezes a de bovinos no Brasil, embora existam estimativas de que esta taxa possa chegar aos 16%. 3 Este trabalho tem por objetivo abordar esses animais como um expoente de uma pecuária alternativa, pelas suas características produtivas e qualidade de seus produtos diferenciados, mas, ainda, alertar para a falta de programas de melhoramento e alternativas de manejo reprodutivo mais eficazes e modernas, que o fazem permanecer num patamar produtivo perigoso para a espécie, sem alternativas de animais melhoradores, ao ponto de, num espaço de vinte anos, os seus índices produtivos e reprodutivos, serem bastante semelhantes, necessitando de ações efetivas para reverter a situação. REVISÃO DE LITERATURA Criação Os búfalos são criados no Brasil para a produção de carne e leite, principalmente, servindo, ainda, como animal de trabalho (sela, tração, aração e afins), meio de transporte; atração turística, dentre outras. É um animal de múltiplas aptidões! Pertencem à espécie Bubalusbubalis e em todo o mundo são conhecidos como búfalos d’água (water buffalo), sendo descritas três subespécies: a) Variedade bubalis – é o búfalo preto que apresenta cariótipo 2n = 50 cromossomos, denominado de búfalo de rio (river buffalo), abrangendo os rebanhos da Índia, Paquistão, China, Turquia e de vários países da Europa e América, inclusive os italianos e, no Brasil, está representado pelas raças Jafarabadi, Mediterrâneo e Murrah, todas reconhecidas pela Associação Brasileira de Criadores de Búfalos - ABCB; b) Bubalus bubalis, variedade kerebao – é o búfalo da Malásia, Indonésia, Filipinas, Tailândia, etc., apresentando cariótipo 2n = 48 cromossomos. No Brasil compõe a raça Carabao ou Rosilha (como era denominado, no passado, na ilha de Marajó, como referência à pelagem nesse tom). É conhecido na literatura mundial como búfalo de pântano (swamp buffalo) e, c) Bubalus bubalis, variedade fulvus – é o búfalo nativo da região Nordeste da Índia, especialmente do Assam, vivendo geralmente em estado selvagem ou semi-doméstico, sendo um animal de porte menor que os das subespécies anteriores. É de coloração pardacenta ou avermelhada, tendo alguma semelhança com o tipo Baio do Brasil (MARQUES, 2000). Quatro raças são criadas no Brasil para a produção de carne e leite, sendo reconhecidas oficialmente pela ABCB, com sede em São Paulo. De acordo com Marques (2000) são as seguintes: Carabao (CA): É conhecida como o "trator vivo do oriente", foi uma das primeiras a serem introduzidas no país. No Brasil, hoje, há poucos rebanhos desses animais, sendo 4 considerado um grupo genético com risco de extinção e/ou descaracterização. A maior população dessa raça está concentrada na Ilha de Marajó, no estado do Pará. Suas características raciais segundo a Associação Brasileira de Criadores de Búfalos são: cabeça na posição fronto-nasal, perfil craniano retilíneo, com chanfro, também, reto. Chifres: longos, grandes e fortes, de seção triangular, emergindo lateralmente da cabeça e dirigindo-se em posição horizontal para fora e depois para trás e para cima. Sua pelagem é cinza escura ou rosilha, sendo portadores de manchas de tonalidade clara ou branca nas patas, na forma de uma a três coleiras no pescoço, logo abaixo da mandíbula e próximo ao peito, dispostas em listras circulares e paralelas, além de tufos claros nas arcadas orbitarias superiores, nas comissuras labiais e no ventre. Apresenta temperamento nervoso, sem ser bravio. O número pequeno de animais do rebanho fundador e os cruzamentos desordenados com outras raças, puseram o grupamento genético em vias de extinção e descaracterização, no Brasil. Apresenta porte de médio a grande e as principais mensurações corporais são (cm): Peso médio nas fêmeas adultas de 550 kg e dos machos 750 kg; altura do Anterior (AA) - 132; Altura do posterior (AP) - 130; Comprimento do Corpo (CC) - 158; Comprimento da Garupa (CG) - 38,33; Largura da Garupa (LG) - 24; Perímetro Torácico (PT) - 207 cm e Circunferência Escrotal (CE) – 27. É uma raça especializada para a produção de carne e para o desenvolvimento de trabalhos de tração. A raça Carabao é uma importante força de trabalho nos países pantanosos da Ásia, nas plantações de arroz. Após a introdução desta raça, através da ilha de Marajó, os animais multiplicaram-se através de cruzamentos desordenados, principalmente com a raça Mediterrâneo, predispondo-a a uma descaracterização que culminou com poucos animais considerados puros (2n = 48). Quando em cruzamento com as outras raças bubalinas, o produto apresenta fenótipo dominante em relação a algumas particularidades, como: pelos mais claros na região das patas, lábios e no pescoço, bem como conformação corporal mais compatível com o padrão da raça Carabao. Deve ser utilizado para cruzamentos visando produção de carne, devido dada à alta heterose, fato comprovado pela precocidade dos F1. É um conjunto gênico bem consolidado e homogêneo e, mesmo nos rebanhos mais fechados, não se percebe grande variação fenotípica, não havendo, inclusive, registros de surgimento de doenças hereditárias. A criação de rebanhos puros deve ser considerada, pois a raça Carabao apresenta excelente desempenho, quando submetida às provas de ganho em peso. Em condições naturais de pastagens nativas de boa qualidade, em terra inundável, pode atingir 450 kg com idade entre 18 e 24 meses de idade. 5 A raça Carabao se adapta muito bem às áreas abertas, alagadas e/ou pantanosas, em sistema extensivo, sendo insuperável na movimentação nessas áreas em função da sua anatomia já adaptada a essas condições, visto que possui uma articulação a mais na região do boleto e da quartela. Em condições naturais apresenta bom convívio com as espécies silvestres e, apresar de possuir cornos longos e pontudos, não há registro de acidentes desses animais por quaisquer tipos de ataques. Por ser bastante andarilha necessita de grandes áreas, adaptando-se muito bem às criações extensivas, apresentado excelente desempenho na sua eficiência reprodutiva. Jafarabadi (JA): É originário da Floresta de Gir, península Kathiavar, oeste da Índia. Caracteriza-se pela forma peculiar da cabeça com os chifres longos, caídos e voltados para cima. A pelagem é preta e bem definida. No Brasil há duas variedades bem distintas a Gir búfalo, mais delicada e de ossatura leve, habitava as áreas de florestas e a Palitana. É um animal de ossatura mais pesada, possuindo grande carapaça na região frontal, sendo artifício de defesa legado pela seleção natural, imposta pela necessidade de enfrentamento que esses animais deveriam ter para se protegerem dos leões, que viviam em grande número pelas pradarias indianas. Segundo a ABCB o padrão da raça Jafarabadi, no Brasil, é a seguinte: a cabeça tem posição fronto-nasal, com perfil craniano ultraconvexo e chanfro de retilíneo a sub-convexo. Seus Chifres são longos, fortes e grossos, de seção ovalada ou triangular, dirigidos para trás e para baixo, com curvatura final para cima e para dentro, em harmonia com o perfil craniano. O peso médio é de 500 a 1.200 Kg nos machos (às vezes até 1.500 kg) e nas fêmeas de 450 a 900 kg. A pelagem possui forte correlação entre a cor dos pêlos e da pele em todo o corpo, sendo pretos os pêlos e a pele. É uma raça de aptidão mista, carne e leite e, no Brasil, é o mais pesado dos bubalinos, todavia apresenta o mais baixo rendimento de carcaça (por volta de 46%). Pelo seu porte, no Ocidente, pode ser considerado pelos mais desavisados como um animal produtor de carne, todavia, apresenta-se muito bem nos torneios leiteiros, a exemplo do seu País de origem, a Índia, onde se pode encontrar excelentes reprodutoras, com bons níveis de produção de leite. Pode ser criada pura, pois é de aptidão mista, isto é, leite e carne, e/ou para cruzamentos, com as raças Murrah e Mediterrâneo. Apresenta grande variabilidade no fenótipo, mostrando variadas gradações na forma, quando submetido aos acasalamentos entre as duas variedades, a Gir e a Palitana. Transmite com grande força características produtivas, principalmente, o porte e caixa óssea, “levantando” os rebanhos pouco expressivos. 6 Quando em cruzamento com as outras raças bubalinas, o produto apresenta características da cabeça pesada e inserção de chifres característicos desta raça. O rebanho bubalino da raça Jafarabadi no Brasil é pequeno, porém é uma raça bastante utilizada em cruzamentos. Apresenta excelente performance produtiva, contudo, o rendimento de carcaça é menor de 4 a 7%, dependendo da variedade, comparando-se com as outras raças bubalinas. Em condições naturais de pastagens nativas de boa qualidade, em terra inundável,pode atingir 500 ou mais quilos com idade entre 18 e 24 meses de idade. Esta raça, devido ao seu grande porte, tem como principal inconveniente a alimentação, em virtude de exigências quantitativa e qualitativa. Deve ser criada em condições mais intensivas, em pastagens cultivadas ou em sistemas integrados de várzea / alagados e terra firme, conquanto que sejam de boa qualidade. Deve ser mineralizada e, se for o caso, quando se tratar de exploração leiteira, deve ser suplementada com ração contendo 18 % de PB e, no mínimo, 70 % de NDT. Não obstante a isso se adapta muito bem às áreas de campos naturais abertos, em sistema extensivo, convivendo sem problemas com o ambiente natural. É de temperamento bastante dócil e impressiona pelo tamanho e formato da cabeça. Mediterrâneo (ME): De origem italiana os animais desta raça apresentam porte médio e são medianamente compactos. Devido sua origem, é também conhecido como búfalo preto ou italiano, importado, em diversas épocas, da Itália para Ilha de Marajó e, mais tarde, para diversos pontos do País. É de aparência intermediária entre o Murrah e o Jafarabadi, e a pelagem, também, é preta. O padrão da raça Mediterrâneo, no Brasil, de acordo com a ABCB, é: cabeça na posição fronto-nasal, com perfil craniano convexo e chanfro de retilíneo a sub-côncavo. O peso médio das fêmeas é de 550 kg e dos machos 750 kg. Apresentam pelagem com forte correlação entre a cor dos pêlos e da pele em todo o corpo, sendo pretos os pêlos e a pele. A cor preta estende-se também aos chifres, cascos, espelho nasal e mucosas aparentes. É uma raça de dupla aptidão (leite e carne), embora os mediterrâneos brasileiros sejam utilizados para a produção de carne. Por ter uma origem com base em várias raças apresenta grande variabilidade fenotípica, mostrando grande adaptação aos processos de seleção natural, oriundos de vários conjuntos gênicos introduzidos, há muitos séculos, nas regiões paludinosas do Sul da Itália. O rebanho fundador no Brasil apresentou um número considerável de animais, demonstrado pelas numerosas importações realizadas pelos criadores do Pará e, mais recentemente, de outros estados, principalmente, conferindo uma variabilidade que muitas 7 vezes está evidenciada na conformação corporal e níveis de produção de leite, ou seja, aquelas que são resultantes de fortes interações entre o genótipo e o ambiente. As introduções mais recentes da Itália, com base em germoplasma conhecido, provocaram uma ampliação na variabilidade genética da base do rebanho brasileiro, permitindo, inclusive, a mensuração da produção através do progresso genético das características produtivas, principalmente, carne e leite. Pode ser criada pura, pois é de aptidão mista, isto é, leite e carne, e/ou para cruzamentos, com as raças Murrah e Jafarabadi, visando leite e com a Carabao, quando a intenção for produzir carne. O rebanho de búfalos Mediterrâneo no Brasil é o maior dentre todos e tem participado de vários cruzamentos, principalmente, com a raça Murrah, compondo a base do rebanho brasileiro desta raça. Apresenta excelente desempenho produtivo. Em condições naturais de pastagens nativas ou cultivadas de boa qualidade, atinge 450 quilos com idade entre 18 e 24 meses de idade. Esta raça foi introduzida no ambiente dos campos da ilha de Marajó, adaptando-se muito bem às grandes extensões de pastagens nativas, sendo bastante produtiva nos sistemas extensivos e por ser, também, uma raça andarilha, integra- se muito bem aos ecossistemas naturais. Responde, ainda, positivamente aos sistemas integrados de pastagens cultivadas de terra firme e pastagens nativas de boa qualidade. É, também, de temperamento dócil. Deve ser mineralizada e, se for o caso, quando explorada para leite deve ser suplementada com ração, contendo 18 % de PB e, no mínimo, 70 % de NDT. Murrah (MU): É uma raça oriunda do Norte da Índia. No Brasil distribui-se uniformemente por diversas regiões, principalmente nos sistemas de criação mais intensivos e/ou controlados, adaptados ao temperamento mais calmo desses animais. O nome Murrah significa caracol em hindu, numa clara referência ao formato espiralado dos chifres desta raça. A conformação dos animais é bem acabada e compacta. A cabeça é leve e chifres curtos, espiralados, enrodilhando-se em anéis na altura do crânio. São animais profundos e de boa capacidade digestiva, elementos muito importantes para as produtoras leiteiras. Seu padrão racial no Brasil, segundo a ABCB é: cabeça na posição fronto-nasal, com perfil craniano retilíneo ou levemente sub-convexo e chanfro de retilíneo a sub-côncavo. O peso médio dos machos é de 450 a 900 kg e as fêmeas na faixa de 350 até 700 kg. A pelagem tem forte correlação entre a cor dos pêlos e da pele em todo o corpo, sendo pretos os pêlos e a pele. A cor preta estende-se também aos chifres, cascos, espelho nasal e mucosas aparentes. A vassoura da cauda é branca, preta ou, ainda, mesclada. 8 A raça Murrah, nos rebanhos mais fechados, apresenta-se com a morfologia corporal “melhor acabada” em conformação, porém, com pouca variabilidade de forma. O rebanho fundador, no Brasil, teve uma base bastante estreita, o que é demonstrado pelas poucas importações realizadas, contudo, em muitos casos, foi ampliada pela introdução de genes da raça Mediterrâneo que confere uma variabilidade que muitas vezes está clara na conformação corporal, caracterizando-se como uma variedade distinta. Quando fechado, o conjunto gênico Murrah, apresenta muitos problemas congênitos (atresias, paralizações, espasmos, dentre outros), resultado da endogamia, sendo reflexo direto da pouca variabilidade existente na base genética do rebanho Murrah brasileiro. Algumas novas introduções, denominadas de “nova opção”, aumentaram esta base e, consequentemente, a variabilidade da raça, todavia, não se conhece a procedência desse germoplasma, dificultando uma análise mais profunda e concreta das gerações futuras. Para que os efeitos de um trabalho de melhoramento seja sentido deve-se efetuar rigorosa seleção dentro do grupo genético que está sendo trabalhado, principalmente usando animais o menos aparentados possível. Pode ser criado como raça pura, pois produz satisfatoriamente leite, além de excelente performance de ganho em peso. A raça Murrah, apesar de produzir sem problemas em sistemas extensivos, convivendo sem problemas em ambientes naturais, é mais adaptada aos sistemas mais controlados de pastagens cultivadas de terra firme de boa qualidade, aproveitando-se a grande aptidão leiteira. É, também, de temperamento dócil. Deve ser mineralizada e, se for o caso, quando explorada para leite deve ser suplementada com ração, contendo 18 % de PB e, no mínimo, 70 % de NDT. Além destas há o tipo Baio, um búfalo que integra o trabalho de conservação de recursos genéticos da Embrapa Amazônia Oriental, encontrando-se no Banco de Germoplasma Animal da Amazônia Oriental – BAGAM, em Salvaterra, na ilha de Marajó, no estado do Pará. Tipo Baio (BA): não é considerada raça, havendo poucos espécimes no Brasil. Alguns autores se referem a esse grupo genético como animais oriundos do Assam, na Índia, pertencente à Subespécie Fulvus, sem, portanto, comprovação científica de tal assertiva. Foi introduzido no Brasil em 1961/62, através da Usina Leão, Alagoas. Hoje, há pouquíssimos animais Baios no Brasil, sendo o rebanho do BAGAM / EMBRAPA, na ilha de Marajó, um dos únicos do País. No Brasil há pouca literatura e/ou informações sobre esse grupo, sendo o Pará, talvez, o único estado que dispõe de informações a respeito da performance desses animais. Estes animais estão catalogados pela FAO/UNEP(2000), 9 dentro dos grupos em perigo de extinção, estando mantidas em programa de conservação. Os machos adultos pesam em média aproximadamente 750 kg e as fêmeas 550 kg, com um comprimento e uma altura média de 139 cm e de 133 cm respectivamente. São animais de coloração pardacenta, de pelagem baia e possui dupla aptidão, leite e carne. Seu padrão racial pode ser resumido da seguinte maneira: cabeça leve e perfil retilíneo a ligeiramente côncavo a mediano; corpo mediano a grande; garupa mediana a grande e larga; membros medianos e fortes. Fenotipicamente, assemelha-se a raça Murrah ou apresenta características de animais mestiços entre a raça Murrah e a Mediterrâneo. Os búfalos apresentam, mesmo em condições adversas, índices satisfatórios na sua eficiência reprodutiva, do mesmo modo que produzem, satisfatoriamente, leite e carne, o grande problema é a falta de programas de melhoramento genético, seja em nível institucional, nas associações de classe e nas próprias fazendas. Há pouco mais de vinte anos encontrava-se, em alguns locais, bons níveis de produtividade que, hoje, apenas se mantém ou não se repetem, tanto nas instituições de pesquisa, quanto nas fazendas, as quais submetiam seus rebanhos a um processo de seleção com base nos primeiros reprodutores importados, de bom padrão genético, que imprimiram características produtivas de carne e leite aos seus descendentes que, todavia, não tiveram continuidade ao ponto de, hoje, não haver em todo o território nacional animais provados como melhoradores da espécie. Abaixo se observa, numa seqüência de informações (Tabela 1), o que vem ocorrendo com os dados de produção de leite, disponíveis na literatura, há mais ou menos de vinte anos, e no momento atual. 10 Tabela 1. Características produtivas de búfalos, no Brasil, há alguns anos. Autor Ano Produção de leite total (kg) ( C ± s) 1979b 1616,1 ± 16,7 (221,4 dias) VILLARES et al. 1983 Variação de 1184,9 a 1329,5 (305 dias) ( C ± s)1655,60 ± 306,60 (274,20 ± 64,60) ME 1526 ± 29,30 ½ MUME 1715,90 ± 29,90 ¾ MUME 1627 ± 40,50 MARQUES 1984 = ? MU 1623,90 ± 59,10 Autor Ano Produção de gordura Total (kg) VILLARES et al. 1979b 113,1 Autor Ano Gordura (%) 1979b 6,98 VILLARES et al. 1983 6,4 MARQUES 1984 7,10 ± 0,8 VILLARES e RAMOS 1983 6,28 Autor Ano Produção de leite/dia (kg) 7,625 ( C ) JA 9,707 ME 8,136 VILLARES e RAMOS 1983 MU 6, 969 BARBOSA et al. 1987 Variação de 3,36 a 6,95 Mestiças 13,951 JA 13,876 MU 9, 517 ME 9,111 Grupo genético (ELITE) C Máximo Mínimo Mestiças 14,747 22,483 6,333 JA 16,003 18,370 14,050 MU 14,995 18,733 13,833 RAMOS 1990 ME 11,933 13,833 10,000 11 Exaustivos estudos foram desenvolvidos no País sobre a capacidade e o manejo dos búfalos como produtores de carne e leite, bem como o seu aproveitamento como animal de tração (MARQUES, 2000). Tonhati et al. (1988a), no Vale do Ribeira, em São Paulo, a partir de 688 produções de leite de búfalas Murrah puras e mestiças, obtiveram média de 725,45 ± 228,81 kg. Vasconcellos e Tonhati (1996), estudando 1.011 observações de duração de lactação, provenientes de 374 animais, em Sarapuí, São Paulo, coletadas entre os anos de 1983 e 1994, obteve média igual a 271,02 ± 37,32 dias. Vasconcellos (1998), estudando aspectos genéticos de traços produtivos e reprodutivos em búfalos da raça Murrah, analisando 1.020 informações colhidas de um rebanho criado no estado de São Paulo entre os anos de 1975 a 1995, reportaram média de 1496,30 ± 60.70 kg para 271.0±37.30 dias de lactação. Toledo et al., (1998) com o objetivo de conhecer a produção de leite (PL) e seus constituintes dos bubalinos criados na região do Vale do Ribeira / SP, analisando 682 lactações de 519 búfalas da raça Murrah e seus mestiços. A média de PL foi igual a 1.171,68 ± 253,67 kg (CV = 21,67%), com coeficiente de repetibilidade igual a 0,42 ± 0,068. As médias para os teores de proteína, gordura, acidez e densidade foram: 3,774 ± 0,712%; 6,504 ± 1,315%, 16,848 ± 3,556 °D e 1,034 ± 0,002, respectivamente. Estudando 277 lactações de búfalas Mediterrâneas e mestiças em Belém, no Pará, Nunes (1982) encontrou média igual a 1.513,18 kg de leite por lactação. Destacam-se, ainda, alguns rebanhos nos municípios de Santa Isabel do Pará, Nova Timboteua, onde animais de excelente padrão racial já estão produzindo acima de 12 kg de leite/dia em uma ordenha diária, com suplementação de baixo custo (BARBOSA, 2005). Pode-se observar que os valores encontrados na literatura mais recente são semelhantes e em alguns casos mais baixos que os da Tabela 1, os quais foram obtidos há vinte anos ou mais. Evidentemente, que são locais, manejo e conjunto de dados diferentes, contudo que chamam atenção, até pelo fato de não se possuir, no momento, em todo o país, linhagens diferenciadas oriundas daquelas produções iniciais. O mesmo fato ocorre com as características reprodutivas (Tabela 2), onde alguns dos índices disponíveis mostravam-se mais satisfatórios, em muitos casos, há algum tempo, do que nos momentos atuais. 12 Tabela 2. Dados reprodutivos de búfalos, em vários locais, há alguns anos. Autor Ano IPC (meses) ( C ± s) ME 37,70 ± 1,10 NOGUEIRA et al. 1989 JA 35, 29 ± 1,79 39,80 ± 5, 10 ½ MUME 39,7 ± 0,9 ME 41,6 ± 1,1 ¾ MUME 43,2 ± 0,9 MARQUES et al. 1985 = ? MU 43,9 ± 1,1 Autor Ano IDP (dias) ( C ± s) Vale do Tietê 390,4 ± 15,4 VILLARES et al. 1979a Vale do Ribeira 396,4 ± 4,1 462,9 ± 104,2 ½ MUME 450,20 ± 8,40 ¾ MUME 471,50 ± 13,30 = ? UM 484,4 ± 21,70 MARQUES 1986 ME 491,20 ± 10,5 Autor Ano ER (%) (C ± s) Vale do Tietê 92,2 VILLARES et al. 1979a Vale do Ribeira 93,5 Amazônia: 78,2 ½ MUME 74,5 ¾ MUME 81,1 = ? UM 77,5 MARQUES 1984 ME 75,6 Assim, realizou-se, também, uma revisão na literatura atual do país sobre esses assuntos e/ou índices de performance reprodutiva e reprodutiva dos rebanhos de búfalos e observa-se que não houve melhoramento ou, se houve, foi pouco significativo. Isso é mais grave, pois envolve características que dependem basicamente de manejo de campo, como é o caso da reprodução e alimentação dos rebanhos, onde se poderia encontrar melhor posição, e não é isso o que vem ocorrendo, pelo menos com os índices mais importantes do manejo reprodutivo como a idade à primeira cria, intervalo de partos, dentre outros. Por outro lado, isto fica mais evidente quando se estima que, hoje, menos de 1% da população desses animais são inseminados em todo o país. 13 A utilização da Inseminação Artificial é o caminho mais promissor para um ganho genético real e, consequentemente, produtivo do rebanho bubalino. É, mais ou menos, o que afirma Vale (1995). Outros autores diminuem a confiabilidade sobre a inseminação quando relatam que os resultados obtidos pela inseminação artificial com detecção visual de cio relatados na literatura são muito variados, porém, demonstram índices de fertilidade em média de 51,8% (BARUSELLI et al., 1994; BARNABE et al., 1995a; BARNABE et al., 1995b; BARUSELLI et al., 1995). Entretanto outros trabalhos, em ambiente de pesquisa, têm reportado índices de prenhez de 75% a 80% (BARUSELLI et al., 1997; BARUSELLI, 1998). Apesar de alguns relatos a respeito dos avanços tecnológicos alcançados no manejo de criação de búfalos e de técnicas de melhoramento genético, em que se pode tomar como referência a InseminaçãoArtificial, ainda nos deparamos com baixo desempenho reprodutivo, relacionados com problemas intrínsecos dos búfalos, em menor proporção, e a fatores externos como, estresses térmicos, nutricionais e manejos inadequados. Poucos trabalhos foram desenvolvidos relacionando resultados concretos obtidos com estação de monta / Inseminação Artificial e época de cobertura / inseminação, contudo diversos autores concordam que devem existir requisitos básicos para se obter sucesso na cobrição / inseminação. Dentre estes, o fator nutricional merece destaque (BARUSELLI, 1992; BARUSELLI, 1993; HEGAZY et al. 1994; RIBEIRO 1996), bem como o momento ideal de inseminação a partir da detecção do cio (VALE, 1997) e o clima (SILVA & GRODZIK, 1991). Além dos dados da Tabela 2 acima, obtidos há mais de dez anos, observe-se, a seguir, o que acontece com os dados mais recentes. Sampaio Neto et al. (2001) obtiveram, a partir da observação de 87 partos, para a característica Idade a Primeira Cria média de 1.132,69 ± 166,99 dias, (37,14 meses), com coeficiente de variação de 14,74% e coeficiente de determinação 0,36. O intervalo de partos apresentou média de 430,79 ± 100,44 dias, com coeficiente de variação de 17,69%, calculado em 160 intervalos de partos, provenientes de 53 búfalas Murrah. Traad da Silva et al. (1991) estudaram a performance do búfalo Murrah no estado do Paraná, no período de 1986 a 1989, com os animais mantidos em regime de pastagem contínua de Paspalum notatum e Hyparrhenia rufa, predominantemente, com suplementação “ad libitum”, foram relatados dados médios de idade à primeira cria, 38,28 meses; intervalo de partos, 399,22 dias; fertilidade, 89,08%; taxa de nascimento, 86,06%; eficiência reprodutiva, 91,54%. Cassiano et al. (2003) estudaram rebanhos de bubalinos do Campo Experimental do Baixo Amazonas, da Embrapa Amazônia Oriental durante o período de 1977 a 1995 e 14 encontraram um período de serviço de 191,30 dias (de 86 a 191 dias), idade ao primeiro parto de 1.088,03 dias (de 1.040 a 1.156 dias) e intervalo entre partos de 380,32 dias (de 373 a 392 dias). Observações semelhantes foram relatadas por Marques et al. (1985) que encontraram a duração média da idade a primeira cria para animais das raças Murrah e Mediterrâneo, bem como em mestiços dessas raças de 1.194,6 dias. Baruselli (1997), doze anos mais tarde, encontra resultados semelhantes referentes à idade a primeira cria de novilhas da raça Murrah criadas em regime de campo e com bom manejo nutricional, por um período de cinco anos, ou seja, média de 1.068,9 dias para idade a primeira cria. Pereira & Tavares (2000) estudando o comportamento reprodutivo de búfalos das raças Murrah e Mediterâneo em Porto Velho-RO, obtiveram 1.132,21 ± 214 dias para idade a primeira cria. Barros & Moura (1999) estudando índices produtivos e reprodutivos de 387 informações referentes a dados reprodutivos de um rebanho bubalino da raça Murrah, no Estado do Ceará, encontraram idade média a primeira cria de 33,9 + ou - ± 5,01 meses. Os dados de intervalo entre partos do rebanho da Estação de Zootecnia do Vale do Ribeira encontram-se na Tabela 3. Apesar do rebanho se encontrar estabilizado e ser selecionado para fertilidade, a média se encontra num “ranking” semelhante aos citados anteriormente por outros autores, pois, entre 1988 e 1992 foi encontrado um valor de 375,6 ± 35,4 dias variando de 320 a 508 dias para a característica. Tabela 3. Intervalo de partos na Estação de Zootecnia do Vale de Ribeira Intervalo de partos (dias) Número de búfalas Frequência (%) 305 a 334 9 7,5 335 a 364 33 27,5 365 a 394 57 47,5 395 a 424 9 7,5 425 a 454 9 7,5 > 454 3 2,5 Total 120 100,0 Fonte: Baruselli et al. (1993). Com a produção de carne ocorre o mesmo e, apesar de se encontrar algumas iniciativas no país , que demonstram interesse em “marketing” na qualidade do produto (Baby Búfalo, no Pará é um exemplo), isso não é traduzido em termos de disponibilidade, no mercado, de animais provados para carne. A literatura mostra que os búfalos são animais produtores de carne. Existem animais excelentes produtores tanto de carne quanto de leite, com destaques no primeiro segmento 15 para o X-Búfalo e o Arlequim, ambos do município de Bujarú, recordistas em ganho de peso, que chegaram a atingir 540 e 498 Kg respectivamente, aos 15 meses de idade em regime alimentar exclusivo a pasto. O X-Búfalo é descendente de animais oriundos de sêmen importado da Bulgária, filho de Vulcão do CPATU, uma grande promessa que está sendo perdida pela falta de publicação dos dados existentes sobre a sua produção. Por sua vez, os rendimentos da carcaça e dos cortes da carcaça em relação ao peso de abate são maiores nos bovinos Nelore e ½ Nelore x Sindi que nos búfalos: carcaça (60,6 e 59,9 vs. 54,1%). Os bovinos apresentaram maior rendimento de carcaça que bubalinos devido ao menor peso do couro, cabeça, patas e vísceras (RODRIGUES et al., 2003) O peso ao nascer foi observado por Nascimento & Guimarães (1970), que encontraram média de 31,90 kg, independente de sexo, com búfalos de rio. Villares et al., (1979a,b) observaram efeito do ano do parto sobre o peso ao nascer de búfalos Mediterrâneo, onde a média foi de 33,9 e 33,7 kg para machos e fêmeas, respectivamente. O peso ao desmame está diretamente associado ao sistema de criação, e no Brasil é realizada, normalmente, aos sete meses. Nascimento et al., (1979) observaram peso médio ao desmame de 150,30 kg, com animais no sétimo mês de vida. Efeito do sexo sobre o peso ao desmame foi observado por Pacola et al., (1979) tendo os machos e as fêmeas, médias de 155,00 ± 32,00 e 140,00 ± 28,00 kg, respectivamente. Aos doze meses, pesos médios de 244,0, 250,3 e 213,40 kg foram observados por Nascimento et. al., (1979). A média do peso ao nascer foi de 32,17 ± 5,92 kg para todo o rebanho, sendo 33,09 ± 5,50 e 31,28 ± 6,6 kg, para machos e fêmeas, respectivamente. A média de peso aos 90, 205 e 365 dias para machos e fêmeas foram respectivamente, 99,35, 168,30 e 214,85 kg. (PEREIRA e TAVARES, 2000). Muitas informações sobre produção de carne, rendimento de carcaça e performance produtiva dos búfalos para produção de carne são encontradas em vários autores, em todos os tempos e locais não se observa um resultado de um programa de melhoramento, muito embora mostre, indiscutivelmente, que os búfalos são animais com grande capacidade de produção (MOURA CARVALHO, et al., 2002, LOURENÇO JUNIOR, J. B. et al., 2002a, b, COSTA, et al., 2002a, b, LOURENÇO JUNIOR et al., 2000). Melhoramento genético Um grande problema da bubalinocultura, no momento, segundo informações dos principais criadores do país, é a falta de reprodutores selecionados, sobretudo que imprimam ganho genético para leite e carne, possibilitando um efetivo melhoramento 16 genético dos rebanhos e, adicionalmente, o acesso às alternativas de manejo reprodutivo, principalmente, às biotécnicas atuais, inclusive a inseminação artificial. Segundo Silveira (2001) o conhecimento de parâmetros genéticos é necessário na estimativa de valores genéticos, na combinação de características em índices de seleção, na otimização de esquema de seleção, bem como na previsão de respostas à seleção. Só se obtém esses parâmetros com registros de fazenda, ou seja, com as anotações sobre o que acontece na fazenda, dados sobre os animais e suas produções, e isso é algo quase utópico na maioria do território nacional. Cassiano et al. (2004) destacam a importância das características reprodutivas, em programas de melhoramento genético, relacionando principalmente com as taxas de ganho genéticoanual. Os mesmos autores estudaram 2.884 registros de búfalos de diversas raças, a saber: Carabao, Jafarabadi, Mediterrâneo e Murrah, com características genéticas e fenotípicas particulares. Nesse estudo, estimaram-se componentes de variância e parâmetros genéticos, incluindo correlações genéticas, fenotípicas e herdabilidade das características produtivas e reprodutivas de búfalos. Recomenda-se a implantação da Inseminação Artificial para o desenvolvimento de um programa de melhoramento genético, seja o mais simples que for. Pode-se enumerar algumas iniciativas de melhoramento genético da espécie bubalina no Brasil, contudo, todos com muitas limitações ou mesmo sem resultados práticos, pois muitos se deparam, ou na falta de dados em nível de fazenda, na falta de recursos para subsidiarem os programs de pesquisa, na falta de cobrança ou exigência das associações de classe. Perpectivas A bubalinocultura no país, dentro de pouco tempo, caso não sejam tomadas providências de se apoiar algumas iniciativas já existentes, em alguns casos, ou mesmo implantar programas sólidos de melhoramento genético, apoiado nas biotécnicas disponíveis e embasado em informações de marcadores genéticos, principalmente do DNA, como microssatélites e outros recursos mais modernos, pode enveredar por um “buraco negro genético”, onde as alternativas de produtividade serão cada vez mais difíceis e complicadas. 17 CONSIDERAÇÕES FINAIS Apesar dos búfalos serem animais rústicos, produtivos, de múltiplas aptidões sente- se a falta de direcionamento para um efetivo melhoramento genético, para embasar o salto de qualidade que a atividade precisa. Algumas sugestões podem ser referenciadas: - Criar um programa nacional de melhoramento genético, envolvendo as associações estaduais; - Disponibilizar no mercado animais melhoradores que sejam oriundos de provas oficiais, principalmente, o teste de progênie; - Exigência pelas associações de classe de dados ou registros sobre os animais e suas produções; - Importação de germoplasma melhorador, orientada e direcionada para os rebanhos onde é realizada escrituração zootécnica confiável; - Fortalecer o sumário de touros da Faculdade de Zootecnia – UNESP - Botucatu; - Estabelecer com os Órgãos de pesquisa de cada região as necessidades básicas, fortalecendo linhas de pesquisas essenciais como Nutrição, Saúde e Melhoramento; - Implantar um grupo de trabalho permanente para formatar um direcionamento para a bubalinocultura do país, enfocando temas como, qualidade dos produtos, o que se pretende, aonde se quer chegar, qual o caminho a seguir, até onde se vai com a genética quantitativa, o que seguir dentre os recursos da genética molecular, engenharia genética e transgenia, dentre outros.; - Instituir um Prêmio Padrão para produtores de carne e leite; - Fortalecer o sele de produtos como o leite e a carne; - Criar e/ou fortalecer conselhos técnicos estaduais atuantes; - Fortalecer, significando padronizar, visando o “marketing” de produtos já existentes e dos que virão; - Criar um evento nacional técnico-científico sobre o tema Bubalinocultura; - Lutar por incentivos aos projetos que visam à produção de alimentos oriundos da bubalinocultura. 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