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Didactica Magna slides

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João Amós Comênio
( / )
História da Didática ligada ao ensino 
como atividade planejada e intencional 
da instrução
• Até meados do século XVII – formas elementares de 
instrução e aprendizagem. Não se pode falar de Didática 
como teoria do ensino.
• Século XVII - com Comênio, “formação da teoria didática 
para investigar as ligações entre ensino e aprendizagem e 
suas leis” (LIBÂNEO, 2004, p. 58).
• Século XVIII – Ideias de Rousseau e Pestalozzi –
naturalismo; método intuitivo e psicologia da criança
• Século XIX – Johan Friedrich Herbart – moral – pedagogia 
conservadora.
• Século XX – Escola Nova: John Dewey e Anísio Teixeira -
educação pela ação.
“[...] três princípios, para que tudo 
seja ensinado com solidez, segurança e 
prazer:
• Analogia com o método natural; 
• Caráter gradual e cíclico do ensino (que deve ser o das 
escolas, dos livros e das crianças); 
• Vínculo entre palavras e coisas: tudo deve partir do 
sensível e do sabido, indo do conhecido para o 
desconhecido, do próximo ao distante, do concreto ao 
abstrato, da parte ao todo, do geral ao particular.” 
(COMENIUS, 2002, p.9).
• “Que a proa e a popa da nossa didática sejam: 
buscar e encontrar um método para que os 
docentes ensinem menos e os discentes 
aprendam mais; que nas escolas haja menos 
conversa, menos enfado e trabalhos inúteis, 
mais tempo livre, mais alegria e mais proveito; 
que na república cristã haja menos trevas, 
menos confusão, menos dissensões, mais luz, 
mais ordem, mais paz e tranquilidade.” 
(COMENIUS, 2002, p.12)
A TODOS AQUELES QUE PRESIDEM ÀS COISAS 
HUMANAS, AOS MINISTROS DOS ESTADOS, AOS 
PASTORES DAS IGREJAS, AOS DIRETORES DAS 
ESCOLAS, AOS PAIS E AOS PRECEPTORES DOS 
JOVENS, SEJA DADA A GRAÇA E A PAZ DE DEUS 
PAI DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, EM 
NOME DO ESPÍRITO SANTO.
“As Santas Escrituras nos ensinam 
primordialmente que não há caminho mais 
eficaz para corrigir a corrupção humana 
que a correta educação da juventude” 
(COMENIUS, 2002, p.27).
Utilidade da arte da didática
• “1. AOS PAIS: até hoje a maioria deles não sabia com certeza 
o que esperar para os filhos” (COMENIUS, 2002, p.37).
• “2. AOS PRECEPTORES: destes, a maioria sempre ignorou a 
arte de ensinar” (COMENIUS, 2002, p.37).
• “3. AOS ESTUDANTES: que serão conduzidos sem 
dificuldade, sem enfado, sem gritos e pancadas, 
praticamente brincando e divertindo-se, aos mais elevados 
graus do saber. (COMENIUS, 2002, p.37).
• “4. ÀS ESCOLAS: com um método mais eficaz, não só 
poderão manter-se em plena florescência como também 
melhorar indefinidamente” (COMENIUS, 2002, p.38).
• “5. AOS ESTADOS: o fundamento de todos os Estados é a 
educação dos jovens.
• 6. À IGREJA: porque somente escolas bem fundamentadas 
poderão evitar que à igreja faltem doutores instruídos e a 
estes, discípulos capazes.
• 7. Finalmente, é de interesse do CÉU que as escolas sejam 
reformadas para promover a educação idônea e universal 
das almas”. (COMENIUS, 2002, p. 38).
CAPÍTULO I
“Todos os que têm a tarefa de formar 
homens devem educá-los de tal forma 
que vivam lembrados de sua dignidade 
e de sua excelência: que procurem, 
pois, orientar seus esforços para esse 
supremo fim.” (COMENIUS, 2002, p.42)
CAPÍTULO II
“[...] quem assiste à morte de um homem sábio e piedoso 
acredita estar vendo o desfazer-se do limo da terra: 
quem o ouve acredita estar ouvindo um anjo e é 
obrigado a reconhecer que se trata apenas de um 
hóspede que se prepara para deixar um casebre prestes 
a ruir.” (COMENIUS, 2002, p.46)
“[...] Portanto, a primeira e a segunda morada são como 
duas oficinas em que se forma: na primeira o corpo para 
uso na vida futura, na segunda a alma racional para uso 
na vida eterna; a terceira morada contém a perfeição e 
o verdadeiro gozo de ambas.” (COMENIUS, 2002, p.47).
CAPÍTULO III
“6. Assim como é certo que o tempo transcorrido no 
útero é uma preparação para a vida no corpo, 
também o tempo transcorrido no corpo é 
preparação para a vida que dará continuidade à 
vida presente e durará por toda a eternidade. 
Bem-aventurado aquele que sai do útero materno 
com os membros bem formados; mil vezes bem-
aventurado aquele que deixar esta vida com a 
alma limpa.” (COMENIUS, 2002, p.52)
CAPÍTULO IV
“6.Segue-se que os requisitos genuínos do homem 
são: 1) conhecer todas as coisas; 2) dominar as 
coisas e a si mesmo; 3) reconduzir a si mesmo, 
levando consigo todas as coisas para Deus, que é 
fonte de todas as coisas. Esses três aspectos, 
designados de modo mais usual, são...
CAPÍTULO IV
• instrução;
• virtude, ou seja, costumes honestos;
• religião, ou seja, piedade.
CAPÍTULO IV
• Entendo por INSTRUÇÃO todo conhecimento das
coisas, das artes e das línguas;
• Por COSTUMES, não só a correção do
comportamento externo, mas o equilíbrio interno
e externo dos movimentos da alma;
• Por RELIGIÃO, a interna veneração com que o
espírito humano se liga e se vincula à divindade
suprema.
CAPÍTULO IV
7. Nessas três coisas consiste toda a excelência do 
homem, porque só elas constituem a base da vida 
presente e futura.” (COMENIUS, 2002, p.55).
CAPÍTULO V
“2.[...] Portanto, é certo que também o homem foi criado 
com aptidão para entender as coisas, para a harmonia 
dos costumes, para o amor a Deus acima de todas as 
coisas (já vimos que a isso estava destinado) e é tão 
certo que as raízes dessas três coisas estão nele quanto 
é certo que cada árvore tem suas próprias raízes.” 
(COMENIUS, 2002, p.58).
CAPÍTULO VI
“10. Fique estabelecido, pois, que a todos os que 
nasceram homens a educação é necessária, para 
que sejam homens e não animais ferozes, não 
animais brutos, não paus inúteis. Segue-se que 
alguém só estará acima dos outros se for mais 
preparado que os outros.” (COMENIUS, 2002, 
p.76).
CAPÍTULO VII
“4. A natureza de todas as coisas que nascem é tal que 
se plasmam e se moldam com grande facilidade 
quando ainda são tenras, ao passo que, endurecidas, 
se recusam a obedecer.” (COMENIUS, 2002, p. 78).
“7. No homem, é sólido e duradouro apenas o que foi 
absorvido na primeira idade.” (COMENIUS, 2002, 
p.80).
CAPÍTULO VIII
“Para orientar e guiar as crianças, são mais úteis os 
exemplos do que as regras: se algo é ensinado a uma 
criança, pouco fica gravado, mas se for mostrado o que 
os outros fazem, ela logo os imitará, sem precisar de 
ordens.” (COMENIUS, 2002: p.86).
“9.[...] E assim como se devem preparar os pesqueiros 
para os peixes e os pomares para as plantas, também se 
devem preparar as escolas para os jovens.” (COMENIUS, 
2002: p.87).
CAPÍTULO IX
“1. As considerações abaixo demonstram que devem ser confiados à 
escola não só os filhos dos ricos ou das pessoas mais 
importantes, mas todos em igualdade, de estirpe nobre ou 
comuns, ricos e pobres, meninos e meninas, em todas as cidades, 
aldeias, povoados, vilarejos.” (COMENIUS, 2002, p.89).
“2.[...] Portanto, todos quantos forem devidamente instruídos nas 
letras, nas virtudes e na religião devem tornar-se capazes de 
levar a vida presente de modo útil e de preparar-se dignamente 
para a vida futura. [...] Porque quanto mais conhecemos mais 
amamos.” (COMENIUS, 2002, p.89).
“[...] não defendemos a instrução das mulheres para induzi-las à 
curiosidade, mas à honestidade e à bem-aventurança. Sobretudo 
com relação às coisas que lhes convém saber e obrar: para 
administrar bem a casa e para promover seu próprio bem, o do 
marido, dos filhos e de toda a família. (COMENIUS, 2002, p. 92).
CAPÍTULO X
“3. Com grande sabedoria falou quem disse que as escolas 
são as oficinas da humanidade: elas transformam os 
homensem homens de verdade, ou seja (visando aos fins 
já estabelecidos): 
uma criatura racional; 
uma criatura senhora das outras criaturas (inclusive de si 
mesma); 
uma criatura deleite de seu criador. 
Isso acontecerá se as escolas se esforçarem por tornar os 
homens sábios na mente, prudentes nas ações, piedosos 
no coração.” (COMENIUS, 2002, p. 96).
CAPÍTULO XI
“7. Para instruir os jovens, ademais, a maioria 
adota ainda um método tão duro que as 
escolas geralmente são consideradas 
espantalhos para crianças e tortura para a 
mente: a maior parte dos alunos, enojada da 
cultura e dos livros, precipita-se para as lojas 
dos artesãos ou para alguma outra ocupação.” 
(COMENIUS, 2002, p. 105).
CAPÍTULO XII
“2. Propomos uma organização escolar tal que:
I Toda a juventude nela seja educada (exceto aqueles aos 
quais Deus negou inteligência).
II Seja educada em todas as coisas que podem tornar o 
homem sábio, honesto e piedoso.
III Essa educação, que é a reparação para a vida, seja 
concluída antes da idade adulta.
IV E seja tal que se desenvolva sem severidade e sem 
pancadas, sem nenhuma coarctação, com a máxima 
delicadeza e suavidade, quase de modo espontâneo [...].
CAPÍTULO XII
V Todos sejam educados para uma cultura não vistosa mas 
verdadeira, não superficial mas sólida [...]
VI Que essa educação não seja cansativa, mas facílima: que aos 
exercícios de classe não sejam dedicadas mais de quatro horas, de 
tal modo que um só preceptor possa ensinar até cem alunos 
simultaneamente com um trabalho dez vezes menor do que o 
atualmente necessário para ensinar apenas um.” (COMENIUS, 2002, 
p.109-110).
“18. Apresenta-se aqui a ocasião de dizer algo sobre a diversidade 
dos engenhos [...].
I Em primeiro lugar, há os engenhos agudos, ávidos de saber, 
condescendentes, os únicos, em relação a todos os outros, aptos de 
fato aos estudos; [...] é preciso cautela para que não se entreguem 
com excessiva avidez e assim declinem ou se tornem estéreis antes 
do tempo.
CAPÍTULO XII
II Há os engenhos agudos, sim, mas lentos e não obstante 
plasmáveis. Estes só precisam de estímulos adequados.
III [...] há os engenhos agudos, sequiosos de saber, mas 
orgulhosos e obstinados.Costumam ser muito odiados na 
escola, e a maioria os considera irrecuperáveis; no entanto, 
transformam-se em grandes homens se educados 
corretamente. [...].
IV [...] há os engenhos condescendentes e sequiosos de saber, 
mas tardos e obtusos.[...] é preciso ter generosidade para 
com a sua fraqueza [...] dando-lhes apoio, confiança, 
entusiasmando-os para que não percam o ânimo.[...] uma 
vez aprendido algo, dificilmente esquecem: por isso, não 
cabe afastá-los das escolas.
CAPÍTULO XII
V [...] há alguns não só obtusos como indolentes e preguiçosos. 
Estes também, desde que não sejam obstinados, podem ser 
corrigidos. É mister, porém, grande prudência e paciência.
VI Finalmente, há os idiotas, que também têm natureza 
deformada e má: destes a maior parte se perde. Todavia 
[...] não se deve perder a esperança, mas procurar pelo 
menos vencer e afastar a obstinação. Se isso não for 
possível, então que se abandone essa madeira nodosa e 
torcida [...]. Engenho assim degenerado, ademais, 
encontra-se um em mil, e esse também é um importante 
testemunho da bondade divina. (COMENIUS, 2002, p. 117-
119).
CAPÍTULO XIII
• “15. Portanto, a arte de ensinar não exige mais que uma 
disposição tecnicamente bem feita do tempo, das coisas e 
do método. Se formos capazes de estabelecê-las com 
precisão, ensinar tudo a todos os jovens que vão à escola, 
sejam quantos forem, não será mais difícil que imprimir 
mil páginas por dia com bela escrita em caracteres 
tipográficos [...]”(COMENIUS, 2002, p. 127)
CAPÍTULO XIV
“8.[...] São cinco os obstáculos em vista dos quais poucos alcançam o 
cume das ciências: 
1) a brevidade da vida [...] 
2) a quantidade enorme de coisas que se submetem ao nosso intelecto 
[...]; 
3) a falta de ocasião para aprender as artes e as ciências [...]; 
4) a obtusidade de nosso engenho e a obscuridade de juízo [...] 
5) finalmente, se alguém quisesse realmente aprender a essência das 
coisas por meio de longa observação e repetidos experimentos, 
tudo isso seria trabalhoso, além de incerto e inseguro 
[...]”(COMENIUS, 2002, p.132).
CAPÍTULO XV
“13. Quem observar essas três regras (alimentar-se com 
moderação, exercitar o corpo e ajudar o 
desenvolvimento da natureza) seguramente manterá a 
saúde e a vida durante o maior tempo possível, salvo 
disposição superior. Por isso, parte da correta 
organização escolar residirá na cuidadosa distribuição 
do cansaço e do repouso, ou seja, dos trabalhos, das 
férias, das recreações.” (COMENIUS, 2002, p. 142).
CAPÍTULO XVI
“2. [...] aqueles que educam a juventude têm 
apenas a tarefa de espalhar bem as sementes 
das ciências nos espíritos, e de irrigar 
cuidadosamente as plantinhas de Deus: o céu 
se encarregará de fazê-las crescer e 
amadurecer.” (COMENIUS, 2002, p. 145).
PRINCÍPIOS/REQUISITOS
PRIMEIRO PRINCÍPIO
SEGUNDO PRINCÍPIO
TERCEIRO PRINCÍPIO
QUARTO PRINCÍPIO
QUINTO PRINCÍPIO
SEXTO PRINCÍPIO

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