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HIGIENE DO PACIENTE Enfª: Ana Carolina Cotrim HIGIENE OCULAR MATERIAIS: Gazes; Solução fisiológica; Luvas de procedimento. HIGIENE OCULAR 1. Reunir o material e colocar sobre a cabeceira; 2. Lavar as mãos; 3. Explicar o procedimento ao paciente; 4. Calçar as luvas; 5. Segurar a gaze com a mão direita e embebê-la em solução fisiológica; 6. Separar as pálpebras com os dedos polegar e indicador da mão esquerda; HIGIENE OCULAR 7. Pedir ao paciente que olhe para cima; 8. Remover delicadamente a secreção ocular; 9. Repetir o procedimento até remover completamente a secreção e enxugar delicadamente com gaze; 10. Desprezar o material usado e recompor a unidade; 11. Lavar as mãos; 12. Anotar o procedimento em relatório próprio. OBSERVAÇÕES Pacientes comatosos devem permanecer com compressas úmidas e pomada ou colírio prescritos, com a finalidade de proteger a córnea; Usar uma gaze para cada olho; Não esfregar as pálpebras HIGIENE ORAL A higiene oral consiste na remoção de resíduos alimentares e de outras matérias orgânicas (incluindo microorganismos) da cavidade bucal, a fim de proporcionar bem- estar ao paciente e evitar cáries. A limpeza deve ser feita nas paredes das bochechas (vestíbulo), nos dentes na gengivas, na língua e nos lábios. PACIENTES CONSCIENTES X INCONSCIENTES CONSCIENTES: Utilizar creme dental e escova de dente; Se possível deixar o paciente realizar o procedimento. INCONSCIENTES: Utilizar espátula envolvida em gaze e solução dentifrícia diluída em água; Utilizar a mesma técnica de escovação. MATERIAIS PARA HIGIENE ORAL 1. copo com água; 2. um par de luvas de procedimento; 3. escova de dentes ou espátulas envolvida em gaze; 4. cuba-rim; 5. creme dental, ou solução dentifrícia; 6. toalha de rosto. TÉCNICA 1. Lave as mãos; 2. Prepare o material; 3. Explique ao paciente o que será realizado e levante a cabeceira da cama, se não houver contra- indicação; 4. Proteja o tórax do paciente e o pescoço com a toalha de rosto; TÉCNICA 5. Considerando o grau de dependência do paciente: Disponha o material ao alcance dele para sua própria higiene; Ajude-o a escovar, limpando a face externa e interna de todos os dentes, escovando da gengiva para os dentes e a parte correspondente às superfícies de mastigação; escove para frente e para trás, escove em seguida a língua, ofereça água para o bochecho e aproxime a cuba- rim para escoar a água. TÉCNICA 6. Enxugue os lábios e o queixo com a toalha; 7. Retire o material, lave-o e guarde- o; 8. Anote o procedimento no prontuário, não esquecendo das observações realizadas quanto ao aspecto da boca e dos dentes do paciente e eventuais anormalidades. CUIDADOS COM A PRÓTESE DENTÁRIA Caso o paciente esteja impossibilitado, a enfermagem cuidará da lavagem das próteses, que também devem ser escovadas com pasta dentifrícia ou sabão, e enxaguadas em água fria. Forre a pia com papel-toalha para prevenir quebras e, assim, proteger as próteses. Deve-se oferecer ao paciente água morna para bochechar, não esquecendo de escovar a língua e as gengivas com espátulas envolvidas em gaze. CUIDADOS COM A PRÓTESE DENTÁRIA As próteses ficam sob os cuidados da enfermagem; portanto, caso o paciente não esteja usando, guardá-las sempre com identificação. A higiene oral deve ser feita pela manhã, após refeições e várias vezes ao dia em, pacientes com hipertermia, intubados, inconscientes e em jejum. HIGIENE DOS CABELOS E DO COURO CABELUDO Consiste na lavagem dos cabelos e do couro cabeludo, visando estimular a circulação sanguínea da região, a remoção de células mortas e a oleosidade, consequentemente proporcionando bem-estar ao paciente. MATERIAIS • Luvas de procedimento; • Jarros com água morna; • Bacia; • Bolas de algodão; • Toalha de banho; • Balde; • Impermeável; • Biombo S/N. TÉCNICA 1. Reunir o material; 2. Informar ao paciente o procedimento a ser realizado; 3. Desocupar a mesa de cabeceira, organizando o material sobre ela; 4. Preparar o ambiente fechando a porta e as janelas, posicionar o biombo, forrar o chão com pano de chão, onde será colocado o balde (sempre mais próximo possível do local de trabalho); TÉCNICA 5. Colocar o travesseiro sob os ombros do paciente; 6. Forrar a cabeceira com impermeável e a toalha; 7. Proteger as orelhas com as bolas de algodão; 8. Colocar a bacia sob a cabeça do paciente, segurando o pescoço com uma das mãos e, com a outra, umedeça os cabelos com água morna; TÉCNICA 9. Passar o xampu ou sabonete nos cabelos e massagear o couro cabeludo; 10. Enxaguar bem para remover todo o sabonete ou o xampu; 11. Desprezar a água da bacia no balde; 12. Repetir a lavagem quantas vezes forem necessárias até eliminar toda a sujeira; 13. Retirar o excesso de água dos cabelos; TÉCNICA 14. Retirar a bacia, apoiar a cabeça do paciente sobre a toalha e remover as bolas de algodão das orelhas; 15. Enxugar bem a cabeça para secar os cabelos; 16. Pentear os cabelos e recolocar o travesseiro, deixando o paciente confortável; 17. Recolher, lavar e guardar o material utilizado; 18. Anotar o procedimento e as observações realizadas. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES Verificar contra-indicações especiais em pacientes graves ou submetidos a cirurgias de cabeça e pescoço; O procedimento é facilitado quando executado por duas pessoas, agilizando o trabalho; Lembrar que um cabelo bem cuidado melhora a aparência e influência na auto-imagem. HIGIENE ÍNTIMA FEMININA É a lavagem externa da vulva e do períneo. MATERIAIS Jarro com água morna; Luvas de procedimento; Comadre; Algodão ou gaze; Sabonete; Saco para lixo; Toalha; Impermeável; Biombo S/N. TÉCNICA 1. Lave as mãos; 2. Explique o procedimento ao paciente; 3. Leve o material e coloque-o na mesa de cabeceira; 4. Isole o leito com biombo S/N; 5. Coloque a paciente em posição ginecológica, cobrindo-a com o lençol; TÉCNICA 6. Calce as luvas; 7. Coloque o forro e a comadre sob a paciente; 8. Coloque uma toalha pequena na região inguinal, para evitar que a água escorra; 9. Veja a temperatura da água dando para a paciente testar; 10. Molhe a região íntima; TÉCNICA 11. Com o algodão, ensaboe a região pubiana, a vulva e o períneo, de cima para baixo (sentido ântero-posterior) e desprezar o algodão após cada vez que usá-lo; 12. Enxágue e enxugue delicadamente a região com uma toalha macia; 13. Retire a comadre e o forro; 14. Retire as luvas e recolha o material; 15. Deixe a paciente confortável e a unidade em ordem 16. Lave as mãos; 17. Anote o procedimento em relatório próprio. OBSERVAÇÕES Realize a higiene íntima após as evacuações em pacientes acamadas, com assaduras, com sonda vesical de demora e antes de aplicar medicações por via vaginal; Acolchoe a comadre em pacientes emagrecidas ou com lesões, para não machucá-las; Se a paciente apresentar condições físicas favoráveis, ofereça o material para que ela mesma realize sua higiene íntima; OBSERVAÇÕES Use sempre material muito macio para higiene íntima; Teste a temperatura da água antesde derramá-la na vulva. HIGIENE ÍNTIMA MASCULINA É a higiene do meato urinário, da glande, do prepúcio, do corpo do pênis, dos pêlos pubianos e dos testículos. MATERIAIS Jarro com água morna; Luvas de procedimento; Comadre; Algodão ou gaze; Sabonete; Saco para lixo; Toalha; Impermeável; Biombo S/N. TÉCNICA 1. Lave as mãos; 2. Esclareça o paciente sobre o procedimento; 3. Reúna o material e leve-o à mesa de cabeceira ou ao carrinho de banho; 4. Proteja o leito com biombo; 5. Calce as luvas; 6. Coloque o forro e a comadre sob o paciente; TÉCNICA 7. Erga o pênis, retraia o prepúcio, exponha a glande e, em seguida, derrame um pouco de água na região genital; 8. Ensaboe toda a região, indo do meato urinário à região perineal sem retornar; 9. Enxágue e enxugue delicadamente com uma toalha macia; TÉCNICA 10. Retire a comadre e o forro; 11. Retire as luvas e recomponha a unidade; 12. Deixe o paciente em posição confortável e lave as mãos; 13. Anote o procedimento em relatório próprio. BANHO O banho proporciona bem-estar, estimula a circulação, remove odores, abre os poros e é uma boa oportunidade para observação do estado da pele e para a verificação de anormalidades, como úlceras de pressão, erupções e edema. Esse procedimento representa o principal recurso para a manutenção da integridade da pele, a qual constitui barreira de proteção contra infecções e lesões dos tecidos. TIPOS DE BANHO Banho de chuveiro (aspersão); Banho de imersão: banho na banheira, paciente imerso, exceto a cabeça (para crianças); Banho no leito: indicado para pacientes acamados; Banho com ajuda. BANHO DE ASPERSÃO Mais popularmente conhecido como banho de chuveiro. Para alguns pacientes, esta talvez seja a única atividade física efetiva que ele terá dentro do hospital; portanto, o banho deixa de ser apenas um ato cultural de limpeza e torna-se peça importante no tratamento para recuperação da saúde. Sempre que for possível para o paciente, devemos estimular sua saída do leito e o autocuidado. BANHO DE ASPERSÃO Há duas maneiras de o paciente dirigir-se ao chuveiro: deambulando, com ou sem auxílio; ou em cadeira higiênica própria para banho (quando o paciente apresenta déficit de movimento). TÉCNICA 1. Converse com o paciente sobre o procedimento a ser realizado; 2. Separe o material; 3. Encaminhe o paciente. Se necessário, apóie-o ou leve-o em cadeira higiênica; 4. Disponha toalhas, sabonete e roupas, de modo acessível ao paciente; 5. Verifique a temperatura da água; TÉCNICA 6. Se o paciente não tiver condições de permanecer em pé, sente-o em cadeira ou banquinho no chuveiro, colocando uma toalha no assento para ele não escorregar; 7. Auxilie o paciente no que for necessário, estimulando sua participação; TÉCNICA 8. Após o banho, ajude-o a vestir-se, protegendo-o de acordo com a temperatura ambiente, para evitar que ele se resfrie; 9. Recolha o material e deixe o banheiro em ordem. OBSERVAÇÕES Se a paciente estiver em condições de praticar o autocuidado, apenas oriente-o a realizar a higiene completa; Se deixá-lo sozinho no boxe do chuveiro, peça para que ele não tranque a porta; Se ele demonstrar cansaço após a deambulação e não houver cadeira higiênica disponível, coloque uma cadeira no boxe, com o assento forrado com toalha para não escorregar; OBSERVAÇÕES Se tiver curativos forre o local com plástico e fita adesiva; Se a paciente estiver menstruada, realizar higiene íntima antes; Se o paciente estiver com venóclise, controlar o gotejamento antes e após o banho e providenciar para que o cateter venoso não seja molhado (idem para drenos); OBSERVAÇÕES Não permita que o paciente ande descalço pelo hospital; providencie chinelos ou pró-pé; Só transporte o paciente totalmente vestido ou protegido com roupão. BANHO NO LEITO O banho no leito é um procedimento de enfermagem que tem por objetivo a remoção de células mortas, a fim de estimular a circulação e promover conforto e bem-estar ao paciente acamado. MATERIAIS Luvas de procedimento; Sabonete; Material para higiene oral; Jarros com água morna; Bacia; Pente ou escova de cabelos; MATERIAIS Luvas ou compressas para banho; Creme hidratante; Balde; Comadre; Toalhas; Hamper; Roupa de cama e camisola; Bolas de algodão; Biombo S/N TÉCNICA 1. Lave as mãos; 2. Providencie o material necessário; 3. Informe ao paciente sobre o procedimento a ser realizado; 4. Feche a porta e janelas e cerque o leito do paciente com biombo, se necessário; 5. Aproxime o hamper e coloque a cadeira ao pé do leito; TÉCNICA 6. Desocupe a mesa de cabeceira para colocar o material de banho; 7. Dobre a roupa de cama e coloque- a sobre o espaldar da cadeira, conforme a ordem de uso; 8. Forre o chão com papel-toalha e coloque o balde (para recolher a água usada); 9. Ofereça a comadre ou papagaio; TÉCNICA 10. Inicie com a higiene oral, conforme técnica específica; 11. Solte a roupa de cama e retire a colcha e o cobertor (deixe o paciente coberto somente com lençol, se a temperatura ambiente permitir). 12. Coloque a toalha de rosto sobre o peito do paciente; TÉCNICA 13. Utilize a luva ou o pano de banho umedecido e ensaboado para lavar o rosto, as orelhas e o pescoço; enxágue e enxugue com a toalha; 14. Retire a camisola ou pijama, evitando expor o paciente desnecessariamente; 15. Coloque a toalha de banho no tórax do paciente, deixando os braços sobre a toalha; TÉCNICA 16. Lave em seguida os braços e as axilas; 17. Após lave as mãos na bacia; 18. Lave a parte anterior do tórax e o abdome; 19. Coloque a toalha sob os membros inferiores ( da coxa ao tornozelo); lave- os, enxágue e enxugue com a toalha (iniciar pelo membro distal); 20. Repita no outro membro inferior ( o membro proximal). Após lave os pés na bacia; TÉCNICA 21. Vire o paciente em decúbito lateral, forre a cama com a toalha de banho e lave das costas ao quadril, observando sinais de úlceras de pressão, enxágue e enxugue; 22. Faça a massagem com creme para ativar a circulação; 23. Retorne para decúbito dorsal, coloque a comadre sob o quadril e ofereça a luva de banho ensaboada para a higiene íntima; jogue água para enxaguar a parte perineal ou genitais; TÉCNICA 24. Ofereça água para o paciente lavar as mãos após a higiene íntima; 25. Caso o paciente não consiga realizar a higiene íntima, faça por ele, utilizando gazes umedecidas e ensaboadas; trocar as gazes. No caso de mulheres, lave sempre da região pubiana para baixo, desprezando a gaze em cada movimento (nunca retornar a mesma gaze). TÉCNICA 26. Vista a camisola ou o pijama limpo; 27. Troque a roupa de cama e coloque a suja no hamper; 28. Penteie o cabelo; 29. Recolha o material, deixe a unidade em ordem e o paciente confortavelmente acomodado; TÉCNICA 30. Lave e guarde o material utilizado; 31. Anote o procedimento realizado e as observações verificadas (estado da pele, presença de lesões e outros indicadores de anormalidades) OBSERVAÇÕES IMPORTANTES Verificar sempre a temperatura ideal da água para o banho; Respeitar sempre a privacidade e o pudor do paciente, nãoo expondo desnecessariamente; Retirar o excesso de sabão, enxaguando bem; OBSERVAÇÕES IMPORTANTES Manter a luva de banho sempre limpa, conduzindo-a, aquecida, até as diversas áreas do corpo do paciente; Sempre que necessário, repetir o procedimento em cada parte do corpo, lavando e enxaguando; Secar bem locais como: axilas, espaços e interdigitais e região inguinal. BIBLIOGRAFIA Curso didático de enfermagem, módulo I/ Andréa Porto organizadora – 3ª ed. – São Caetano do Sul, SP, 2007 OBRIGAGA!!
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