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DOENÇAS DO TRATO GENITAL FEMININO 1 VULVA Anatomia - pele, grandes e pequenos lábios, glândulas de Bartholin. 2 VULVA DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DST) •Sífilis (cancro duro) •Herpes genital (HSV-2) •Condiloma acuminado (Papiloma vírus humano: principalmente HPV 6 e 11) 3 VULVA DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DST) •Linfogranuloma venéreo (Chlamydia trachomatis) •Vulvo-vaginites por gonococo •Bartholinite e cistos da glândula de Bartholin (gonococo) 4 VULVA HERPES GENITAL (HSV-2): INCIDÊNCIA: •Apresentou aumento da incidência nas últimas duas décadas, especialmente entre adolescentes e jovens. •Atualmente é uma das principais DSTs. 5 EVOLUÇÃO CLÍNICA: •Lesões aparecem de 3 a 7 dias após contato sexual e são representadas por pápulas avermelhadas, dolorosas que evoluem para vesículas que ao romperem formam úlceras coalescentes. 6 EVOLUÇÃO CLÍNICA: •Podem se estendem a vagina e colo-uterino, levando a intensa leucorréia (lesões com alta carga viral). •Após uma a três semanas a lesão regride e fica latente (infectante, mas muito menos que anteriormente). •2/3 das mulheres terão infecções recorrentes. •Conseqüência mais grave: Transmissão para neonato durante o parto. 7 VULVA LESÕES NÃO VENÉREAS NEOPLASIA INTRA-EPITELIAL VULVAR (NIV OU VIN DO INGLÊS) •Freqüência crescente em mulheres jovens, abaixo dos 40 anos, relacionada à infecção pelo HPV. •Evolução: regressão espontânea ou carcinoma invasivo 8 NEOPLASIAS MALIGNAS: •Carcinoma epidermóide: 90% das neoplasias malignas da vulva, idosas. •Carcinoma verrugoso (HPV: grande volume, recorrências, rara metástase). •Melanoma maligno: menos de 2 %. 9 COLO UTERINO Anatomia e histologia: variação com a idade, Zona de Transformação, Junção escamo-colunar (JEC). 10 PROCESSOS INFLAMATÓRIOS CERVICITES AGUDAS E CRÔNICAS: ETIOLOGIA: a) agentes etiológicos inespecíficos: infecções por bactérias (estreptococo, enterococos, E. coli, estafilococos). b) infecções por agentes específicos: gonococo, vírus como HSV2, HPV, fungos como Cândida albicans, protozoários como Trichomonas vaginalis; eventualmente Chlamydia trachomatis. c) não infecciosas: traumatismos, lavagens vaginais com substâncias irritantes, corpo estranho. 11 CERVICITES AGUDAS E CRÔNICAS: FATORES PREDISPONENTES: •Atividade sexual, gravidez. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: •Corrimento com aspecto variado (leucorréia) 12 CORPO UTERINO ENDOMÉTRIO: Aspectos normais e variações fisiológicas - ciclo menstrual 13 PROCESSOS INFLAMATÓRIOS ENDOMETRITES: - colo uterino como barreira - condições facilitadoras: período menstrual •Retenção de produtos da gravidez •Corpo estranho (DIU Actinomyces) •Leiomiomas (assépticas) 14 ENDOMETRITES AGUDAS: Pós-aborto provocado, puerperal. •Útero gestacional como meio de cultura •Via ascendente de infecção AGENTES ETIOLÓGICOS: •Estreptococo hemolítico, estafilococo, gonococo, Gram negativos. SINTOMAS E EVOLUÇÃO: •Febre, loquiação purulenta e com mau cheiro, mal estar, presença de conteúdo intra-uterino, falta de involução uterina no pós-parto. 15 ENDOMETRITES AGUDAS: MACROSCOPIA: •Depende da gravidade: edema, hiperemia, pseudomembrana, exsudato purulento. MICROSCOPIA: •Exsudato de leucócitos neutrófilos, pseudomembrana, propagação para o miométrio, tromboflebite séptica, êmbolos sépticos. 16 ENDOMETRITES AGUDAS: COMPLICAÇÕES: •Miometrite, tromboflebite, embolia, abscessos e septicemia. TRATAMENTO: •Curetagem, antibioticoterapia, histerectomia. 17 ENDOMETRIOSE: DEFINIÇÃO: •Presença de glândulas ou estroma endometriais em localização anormal, fora do útero. OCORRÊNCIA: idade reprodutiva (20 a 40 anos) 18 ENDOMETRIOSE: LOCAIS MAIS FREQÜENTES: •Ovários, ligamentos uterinos, septo reto-vaginal, peritônio pélvico, cicatrizes cirúrgicas, umbigo, vagina, vulva. 19 ENDOMETRIOSE: MACROSCOPIA: •Nódulos de 1 a 2 cm de diâmetro, alguns císticos com conteúdo hemorrágico (cistos achocolatados). MICROSCOPIA: •3 elementos: glândulas, estroma endometrial, macrófagos com hemossiderina (diagnóstico histológico definitivo: pelo menos 2 dos 3 elementos). SINTOMAS: •Dismenorréia, dor pélvica (aderências), esterilidade, disúria 20 HIPERPLASIA ENDOMETRIAL: DEFINIÇÃO: •Proliferação exagerada da mucosa endometrial, relacionado a estímulo estrogênico aumentado, com amplo espectro de variantes morfológicas. 21 HIPERPLASIA ENDOMETRIAL: OCORRE EM: •Períodos peri-menopausa, tumores produtores de estrógenos, hiperfunção da cortical da supra-renal, estrógenos exógenos. SINTOMAS: •Hemorragia abundante, ciclos irregulares, hemorragia pós- menopausa. 22 CARCINOMA DO ENDOMÉTRIO FREQÜÊNCIA: •Neoplasia mais freqüente do TGF em países desenvolvidos •No Brasil: 2o lugar entre as neoplasia do TGF •Mulheres idosas FATORES DE RISCO: •Obesidade, diabete, irregularidade menstrual, baixa paridade, idade, hipertensão, câncer de mama, condições com aumento de estrógeno. - Pós-menopausa: produção aumentada de androstenediona pela supra-renal (precursor de andrógeno) no tecido adiposo (obesidade) se transforma em estrona. 23 CARCINOMA DO ENDOMÉTRIO MACROSCOPIA: •Nodular, difuso, invasão miometrial. 24 MICROSCOPIA: •Adenocarcinoma endometrióide bem diferenciado (grau I), moderadamente diferenciado (II) ou pouco diferenciado (III). ESTÁGIO CLÍNICO X PROGNÓSTICO (Sobrevida em 5 anos = SV) •I: limitado ao corpo uterino (80% dos casos ao diagnóstico) 80% de SV •II: extensão ao colo uterino, porém limitado ao útero 40% de SV •III: além do útero, porém confinado à pelve 25% de SV. •IV: invasão da bexiga, reto ou órgãos distantes 10% de SV. 25 METÁSTASES: •Via linfática para linfonodos pélvicos e para-aórticos, ovário, vagina, epíploon. •Via transtubária para a cavidade peritonial •Via hematogênica: pulmão, fígado, intestino, vértebras. 26 MIOMÉTRIO: LEIOMIOMA •São os tumores mais comuns nas mulheres, compostos por massas benignas de células musculares lisas. FREQÜÊNCIA: 20 a 30% das mulheres com mais de 30 anos; neoplasia uterina mais comum. LOCALIZAÇÃO: •Corpo uterino 90% dos casos; •no colo é muito raro. Submucoso, Intramural, Subseroso. 27 SINTOMAS: •Hemorragia, dor pélvica, sensação de peso, poliúria, infertilidade. MACROSCOPIA: •Nódulo único ou múltiplo, fasciculado, esbranquiçado, firme, limites precisos, áreas de hemorragia, cistos, necrose, calcificação, fibrose. MICROSCOPIA: •Células semelhantes às células normais. 28 TROMPAS DE FALÓPIO SALPINGITES: Quase sempre fazem parte da Doença Inflamatória Pélvica (DIP) DIP: • resulta da infecção genital por gonococos, clamídias ou bactérias entéricas. • É caracterizada por dor pélvica, febre e corrimento vaginal. • Pode se complicar com peritonite, aderência e obstrução intestinal, bacteremia, infertilidade. 29 OVÁRIOS DOENÇA DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS INCIDÊNCIA: Mulheres jovens: 2a. ou 3a. décadas (de 3 a 7% das mulheres) MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Amenorréia ou Oligomenorréia, obesidade, hirsutismo,infertilidade, anovulação crônica, hiperandrogenemia, raramente virilização. 30 OVÁRIOS DOENÇA DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS: Macroscópicas: ovários aumentados de volume (2 X o volume normal); múltiplos cistos na superfície, cápsula espessa e fibrosa. 31 PATOGÊNESE: •Defeito da regulação do mecanismo Hipotálamo-Hipófise aumento do Fator Liberador de LH aumento do LH constante estimulação ovariana pelo LH LH estimula as células da teca a produzirem estrógenos e andrógenos (androstenediona) que, em níveis constantemente elevados, bloqueiam a produção do FSH pela hipófise, completando o ciclo anovulatório. 32 PLACENTA Definição: Órgão fetal transitório responsável pelos intercâmbios materno-fetais e pela produção de hormônios (gonadotrofina coriônica). O sangue materno banha o espaço interviloso e dentro das vilosidades coriais existe a circulação fetal. 33 DISTÚRBIOS DA CIRCULAÇÃO MATERNA: •INFARTO PLACENTÁRIO: •ocorre com freqüência em 25% das placentas normais, porém ocupando pequena área (até 5% da superfície placentária). •É muito freqüente em hipertensão materna e em toxemia da gravidez (infartos extensos que comprometem as trocas materno-fetais). 34 •INFARTO PLACENTÁRIO: •PATOGÊNESE: Trombose de vasos útero-placentários em pacientes hipertensas, diabéticas ou renais crônicas, por lesão da parede vascular. COMPLICAÇÕES: infartos extensos, em mais de 10% da superfície placentária estão associados à hipóxia fetal, retardo do crescimento e morte fetal. 35 •HEMATOMA RETRO-PLACENTÁRIO: ocorre principalmente nos casos de toxemia da gravidez, hipertensão essencial, associado à história clínica de descolamento prematuro da placenta (DPP). 36 •HEMATOMA RETRO-PLACENTÁRIO: PATOGÊNESE: rotura de arteríola decidual materna, que sofreu as alterações da hipertensão. É 3 vezes mais comum em hipertensas. Pelo sangramento há formação do hematoma que vai descolando a placenta da parede uterina. COMPLICAÇÕES: dependendo do volume do hematoma e da extensão do infarto associado pode levar a morte fetal (envolvimento de 40 a 50% das vilosidades). 37 •HEMATOMA RETRO-PLACENTÁRIO: 38 ABORTOS ESPONTÂNEOS: INCIDÊNCIA: •Ocorrem em 10 a 15% das gestações diagnosticadas. CAUSAS: •Implantação inadequada, morte embrionária por anormalidades genéticas (presentes em quase 50% dos embriões abortados), doenças inflamatórias, traumatismos, infecções (Toxoplasma, Mycoplasma, Listeria, vírus). 39 TOXEMIA DA GRAVIDEZ: DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GRAVIDEZ QUADRO CLÍNICO: Caracterizado por: •Hipertensão, proteinúria e edema: Pré-eclâmpsia. •Hipertensão, proteinúria, edema , convulsão e coma: Eclampsia INCIDÊNCIA: Ocorre em cerca de 6% das grávidas, no último trimestre da gravidez, mais comum em primíparas. 40 COMPLICAÇÕES: •Pela hipertensão, há importante lesão da parede dos vasos, com trombose e as complicações de infarto, hematoma retro- placentário, DPP, sofrimento fetal, desnutrição e óbito intra- uterino. A mortalidade perinatal é alta. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: •Em geral a pré-eclâmpsia se inicia após a 32 semana de gravidez, com hipertensão, edema e proteinúria, eventualmente cefaléia e distúrbios visuais. •A eclâmpsia se desenvolve por comprometimento do SNC, com convulsões e coma. A proteinúria e a hipertensão desaparecem dentro de 1 a 2 semanas após o parto. 41
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