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Feminismo na sociedade atual e conceitos

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO 
FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA - CAMPUS 
SANTO AUGUSTO 
 
 
 
 
CURSO TÉCNICO INTEGRADO EM ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
 
 
PIETRA BARIQUELO 
 POLYANA FUCILINI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FEMINISMO: HISTÓRIA, CONCEITOS BÁSICOS E INFLUÊNCIAS MIDIÁTICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTO AUGUSTO 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Addison: Onde você encontrou... A sua 
força? 
Vivian: nós somos mulheres, querida. A 
força nos encontra. 
 ​(Private ​Practice​) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.INTRODUÇÃO 4 
2.DESENVOLVIMENTO 4 
2.1. Contexto histórico 5 
2.2 Machismo, feminismo, femismo e humanismo. 5 
2.3 Barbie: influência e contexto de criação 6 
3.CONCLUSÃO 7 
3.1 Parecer 8 
4.REFERÊNCIAS 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.INTRODUÇÃO 
 
Nos dias atuais, o feminismo representa uma grande luta das minorias contra uma 
sociedade patriarcal e machista. Durante muitos anos diversos grupos feministas atuaram 
fortemente buscando por direitos igualitários entre homens e mulheres. Mesmo com uma 
luta justa, muitas vezes, as feministas são mal vistas pela sociedade, isso é gerado por 
visões distorcidas de uma sociedade patriarcal que está em fase de habitação diante da 
constante mudança do mundo em relação a temas desse âmbito. 
No fim do século XIX, a luta feminista se intensificou com a Revolução Francesa que 
trouxe com ela muitos movimentos sociais que pregavam a igualdade. Esse período foi 
considerado a primeira onda do feminismo. 
Esse trabalho é uma dissertação argumentativa com o intuito de trazer a temática 
feminista a debate, e trazer o esclarecimento da real condição da feminista perante a 
sociedade atual. 
Mesmo com toda a facilidade que atualmente encontramos para disseminar 
conhecimento, é importante ressaltar que essa liberdade abre portas para a difusão de 
uma visão negativa, como as ​fake news​, que por muitas vezes podem trazer uma ideia 
errada de um movimento, inferiorizando-o, o que acontece muito com o feminismo, onde 
uma visão distorcida é passada perante a sociedade, diminuindo a importância do 
movimento, e o tratando como algo banal. 
Ressaltando isso, podemos ver a importância da discussão desse tema, para que 
todo esse viés de importância seja ressaltado, trabalhando na construção de uma 
sociedade menos machista e na amplificação da voz da mulher no âmbito social. 
A luta feminista nos dias de hoje está no seu pico de desenvolvimento, com grandes 
avanços e direitos conquistados durante as últimas décadas, Mesmo com toda essa luta, 
há muito que se discutir sobre esse tema. A construção de uma sociedade mais justa e 
igualitária depende exclusivamente de uma disseminação de informação e da ação das 
minorias. 
 
2.DESENVOLVIMENTO 
 
2.1. Contexto histórico 
 
A primeira onda feminista surgiu no século XIX, quando a luta por direitos se 
intensificou durante a Revolução Francesa, nesse meio, o enfoque era na igualdade 
jurídica (direito de voto, de instrução, de exercer uma profissão ou poder trabalhar). O 
aparecimento do feminismo emancipacionista está associado às contradições que 
permeavam a sociedade liberal da época, onde as leis em vigor formalizavam 
juridicamente as diferenças entre os sexos masculino e feminino (Cancian 2008). 
Nesse contexto, surge um grupo que ficou muito famoso no meio feminista por sua 
forte atuação as ​sufragetes ​como ficaram conhecidas, promoveram grandes protestos em 
Londres, são oprimidas diversas vezes e até presas, sua luta foi válida pois em 2018, foi 
concedido o direito ao voto à mulher no Reino Unido. 
No Brasil, o feminismo aparece com redirecionamento a principalmente o direito ao 
voto, em 1932, depois de muita luta feminista, é aprovada uma nova constituição, pelo 
presidente Getúlio Vargas, que assegura o voto feminino, isso foi só o começo de uma 
série de lutas que são travadas até os dias de hoje pelas feministas. 
Durante os séculos essa luta se intensificou no Brasil, principalmente durante e após 
a ditadura, onde o movimento teve seu pico de evidência em países desenvolvidos como 
os Estados Unidos e países do continente europeu. 
Durante a ditadura, mesmo com a segunda onda se intensificando no país, se 
observa uma grande dificuldade na exposição de ideias, gerada por um governo 
autoritário e conservador que mantinha um discurso que se baseava na preservação dos 
modelos hegemônicos femininos. Com isso houve grande censura direcionada a esse 
grupo, o que representa até hoje um grande atraso na disseminação das ideias 
feministas no país. 
Atualmente estamos presenciando uma grande visibilidade no movimento, com lutas 
muito importantes relacionadas a esse âmbito sendo colocadas em pauta perante a mídia 
e a própria massa, mesmo sendo necessário muito diálogo e informação para que esse 
movimento chegue até as pessoas de uma forma correta e trazendo a tona as reais 
intenções para que o movimento seja válido perante a sociedade. 
A construção de conhecimento relacionada ao tema nos dias atuais se deve muito 
ao contexto histórico, durante os séculos houve muito sangue derramado para que pelos 
direitos igualitários cheguem até as mulheres com êxito, e ainda há muito a se construir 
para que efetivamente cheguemos a igualdade de gênero. 
 
2.2 Machismo, feminismo, femismo e humanismo. 
 
Quando falamos de feminismo é importante ressaltar que ele não é o contrário de 
machismo, mas sim um movimento social que busca a igualdade entre homem e mulher 
na sociedade. 
 
Os dois termos não são, nunca serão, não podem ser análogos. É uma falsa simetria. é como 
reclamar de não haver um dia da Consciência Branca. (​CASTRO, Alex. 2012.Feminismo para homens, um 
curso rápido; p3.) 
 
Quando falamos em igualdade não estamos nos referindo a diferenças físicas e 
biológicas, mas sim acabar com a ideia de superioridade intelectual de um ou de outro 
grupo, de conquistar direitos iguais e acabar com privilégios, não apenas na teoria, mas 
na prática - como exemplo a desigualdade salarial. 
Com isso, nos referimos a ideia de superioridade masculina de machismo e a de 
superioridade feminina de femismo. A confusão é muito comum, geralmente devido a falta 
de informação e a ideia preconceituosa que se gerou em torno dessas mulheres 
empoderadas na sociedade atual, pois quando falamos de empoderamento feminino 
estamos falando da mulher buscar o espaço dela na sociedade, um espaço que lhe foi 
tirado e uma voz que lhe foi abafada desde o princípio. 
Entrando em discussão a confronto de opiniões e de ideias, algumas pessoas 
diminuem a causa com uma frase já considerada clássica: “Nem machista nem feminista, 
eu sou humanista”. Porém o humanismo é uma filosofia moral que coloca a raça humana 
como centro do mundo, em âmbito de importância, então, sendo humanista, ainda 
pode-se ser machista, feminista ou femista.2.3 Barbie: influência e contexto de criação 
 
A cunho de curiosidade, podemos citar a boneca Barbie como um dos principais 
exemplos de estética e de padrões sociais do que se é esperado da mulher. 
Quando foi criada, a maior preocupação e incentivo de ​Ruth Handler, sua criadora, 
foi de que as meninas não tivessem outra opção de brinquedo que não se referisse a 
brincar de casinha e cuidar de bebês, já que ela vivia constantemente com esse conflito 
em seu dia a dia, pois seu filho tinha uma enorme variedade de brinquedos que 
remetesse a profissões e ao seu futuro, enquanto todos os brinquedos de sua filha se 
remetiam a brincar de casinha e cuidar de bebês. 
Impulsionada por isso, a inspiração veio em uma viagem de férias para a Europa, 
onde ela se inspirou na famosa boneca alemã ​Bild Lilli, feita especialmente para homens. 
Em 1959, quando foi apresentada a sociedade, em uma feira de brinquedos em 
Paris a sua venda foi um fracasso, pelos motivos de a boneca ter peito e fazer referência 
voluptuosa ao corpo da mulher. A concorrência de Handler na feira era completamente 
masculina, o que trazia a negação de um brinquedo feito especialmente para meninas, 
que não se referiam aos modelos tradicionais da época. 
Para não deixar a ideia morrer então foi lançado o namorado da Barbie e em sua 
primeira versão ela apareceu como noiva, prometendo que seria a boneca que ensinaria 
as crianças a se vestir e se comportar como uma verdadeira moça. E a partir daí ela foi 
um sucesso de vendas e faz sucesso até hoje. Em uma entrevista Handler afirma: 
 
“É um produto muito educativo: as crianças aprendem combinações de cores, desenhos de moda, cuidados 
pessoais, penteados, boas maneiras, e relacionamentos interpessoais - elas interagem 
por meio de situações sociais” (GERBER, 2009, p. 158, apud CECHIN E SILVA, 2012, p.6). 
 
A boneca foi então, influenciando e demonstrando, pouco a pouco, não só como a 
menina deveria se vestir, mas também se comportar e os padrões de beleza que deveria 
se seguir e o que era para ser uma nova porta de possibilidades para as meninas, acabou 
sendo mais um jeito de introduzi-las nesse “universo feminino”, criando metas, na maioria 
das vezes inalcançáveis. Criando diversos padrões para a feminilidade, um estereótipo 
nada natural do que é “ser mulher”. 
 
“​Se observarmos as propagandas de brinquedos dirigidas às meninas, também veremos que elas investem 
de forma importante na ideia de cultivo à beleza como algo inerente ao feminino, aliada sempre ao 
supérfluo, ao consumo. Felipe (2003, p. 125) 
 
3.CONCLUSÃO 
Desde muito tempo atrás as mulheres lutam para conquistar seus direitos, direitos 
esses que não se restringem somente a âmbito político ou trabalhista, mas sim um direito 
que se aplica no dia a dia. Pelo simples direito de andarmos na rua vestidas como bem 
entendermos, sem medo de sofrer algum abuso e ainda por cima, ser culpada por tal 
abuso, também como de não sermos taxadas como “vagabundas” e “vadias” pelo simples 
ato de exercer nossa sexualidade livremente, ou ainda “como um homem”. 
Acreditamos em nosso trabalho como uma breve síntese, que busque informar e 
conscientizar as pessoas do tema tratado. As mulheres precisam do feminismo, pois é a 
luta que garante a todas seus direitos, como diz Simone de Beauvoir (2016) “Basta uma 
crise política, econômica e religiosa para que os direitos das mulheres sejam 
questionados.” 
 E para quem não acredita, a história comprova que só não precisamos lutar hoje, 
pelo direito ao voto - conquistado em 1927, pelo direito de trabalhar sem a autorização do 
marido - 1962, pela lei que mudava a condição da mulher casada como incapaz - 1962, 
pela lei do divórcio - 1997, pela Lei Maria da Penha- 2006 e tantas outras; pois tiveram 
várias mulheres que lutaram por nós no passado, para que garantirmos os nossos direitos 
hoje. 
 
3.1 Parecer 
Concluímos que o presente trabalho foi muito importante para nossa aprendizagem 
acadêmica, pois tivemos a chance de pesquisar e nos aprofundar sobre determinado 
tema, de nossa preferência e ainda tivemos a chance de ter uma pequena experiência de 
como vai ser escrever nosso RCC, pois se trata, igualmente, de um trabalho longo e 
demorado. 
Também de aprendermos diversos aspectos sobre edição dos trabalhos, que vai 
ser muito útil para trabalhos futuros de outras disciplinas, e a referenciar, que, se não nos 
fosse ensinado aprenderíamos com muito sofrimento mais tarde. 
 
4.REFERÊNCIAS 
 
ALVES, Ana Carla Farias; ALVES, Ana Karina da Silva. As Trajetórias e Lutas do 
Movimento Feminista no Brasil e o Protagonismo Social das Mulheres​​. IV Seminário 
CETROS, Neodesenvolvimento, Trabalho e Questão Social - Fortaleza, CE 2013. 
Disponível em < 
http://www.uece.br/eventos/seminariocetros/anais/trabalhos_completos/69-17225-080720
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FAHS, Ana C, Salvatti. Movimento Feminista. 2016. Disponível em 
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WOLK-WEISS, Brian;STERN, Tom.​ Brinquedos que Marcam Época​​; ep 2: Barbie; 
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https://www.netflix.com/search?q=brinquedos%20que&jbv=80161497&jbp=0&jbr=0​ >

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