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exercicios poetica

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Um epitalâmio é um gênero poético que apresenta:
	
	a.
	Um diálogo entre pastores em que um deles chora a perda da amada.
	
	b.
	Temas variados desenvolvidos por meio de dois quartetos e dois tercetos.
	
	c.
	Rigorosa organização formal, e se constitui apenas por versos decassílabos.
	
	d.
	Uma homenagem em tom grandiloquente a um herói ou feito histórico.
	
	e.
	Uma súplica aos deuses que concedam a bênção aos noivos.
?Sobre gêneros pode-se dizer que:
I – São formas relativamente estáveis, que possuem traços distintivos.
II – Trata-se de um conceito exclusivo da teoria da literatura.
III – Os gêneros poéticos são, diferente dos outros, imutáveis do ponto de vista da forma.
IV – Os gêneros, sua organização e seu objetivo comunicativo são elementos que produzem sentido.
Está correto o que se diz em:
	
	a.
	II e IV.
	
	b.
	I, II e III.
	
	c.
	II, III e IV.
	
	d.
	I, III e IV.
	
	e.
	I, IV.
Um idílio é um gênero poético que apresenta
	
	a.
	A idealização da vida rústica.
	
	b.
	Uma rigorosa organização formal, e se constitui apenas por versos decassílabos.
	
	c.
	Uma homenagem em tom grandiloquente a um herói ou feito histórico.
	
	d.
	Um diálogo entre pastores em que um deles chora a perda da amada.
	
	e.
	Um teor narrativo, pois é feito para ser cantado.
Leia atentamente o texto a seguir e indique a sequência de palavras que preenche corretamente as lacunas:
Na visão clássica, gêneros são diversas produções artísticas que, essencialmente, obedecem aos seguintes critérios: o da _____________ – se são dispostos em verso ou em ________; o dos ____________ – se são objetivos ou subjetivos; o da ______________– se são expositivos, ___________ou mistos (expositivos/representativos) (TAVARES, 1989).
	
	a.
	composição / forma / representativos / prosa / conteúdos.
	
	b.
	forma/ prosa/ conteúdos/ composição/ representativos.
	
	c.
	prosa / forma / conteúdos/ composição/ representativos.
	
	d.
	forma/ prosa/ representativos / composição / conteúdos.
	
	e.
	composição / prosa/ representativos / forma / conteúdos.
Uma écloga é um gênero poético que se apresenta:
	
	a.
	Por meio de um mote e estrofes que glosam esse mote chamadas voltas.
	
	b.
	Por duas quadras e uma quintilha, cujo primeiro ou os dois primeiros versos da primeira quadra se repetem no início ou no fim da composição.
	
	c.
	Em forma de diálogo ou de solilóquio e trata de temas rústicos.
	
	d.
	Como um poema curto, de oito versos, com apenas duas rimas utilizadas por toda parte. A primeira linha é repetida nas linhas de quarta e sétima, a segunda linha é repetida na linha final, e apenas os dois primeiros finais das palavras são usados para completar o esquema de rimas apertado.
	
	e.
	Em seis sextetos e um terceto final chamado coda.
PERGUNTA 2
  Associe os poemas a seguir ao gênero a que pertencem, assinalando a alternativa correta:
 
	I 
	Suave fonte pura, 
Que desces murmurando sobre a areia, 
Eu sei que a linda Glaura se recreia 
Vendo em ti dos seus olhos a ternura; 
Ela já te procura; 
Ah! como vem formosa e sem desgosto! 
Não lhe pintes o rosto: 
Pinta-lhe, ó clara fonte, por piedade, 
Meu terno amor, minha infeliz saudade. 
 
Silva Alvarenga. 
	II 
	MÚSICA DA MORTE 
A música da Morte, a nebulosa,
estranha, imensa música sombria,
passa a tremer pela minh'alma e fria
gela, fica a tremer, maravilhosa ...
 
Onda nervosa e atroz, onda nervosa,
letes sinistro e torvo da agonia,
recresce a lancinante sinfonia
sobe, numa volúpia dolorosa ...
Sobe, recresce, tumultuando e amarga,
tremenda, absurda, imponderada e larga,
de pavores e trevas alucina ...  
E alucinando e em trevas delirando,
como um ópio letal, vertiginando,
os meus nervos, letárgica, fascina ... 
Cruz e Souza 
	III
	A um seu amigo a quem não podia encontrar
MOTE
Qual terá culpa de nós
neste mal, que todo é meu?
Quando vindes, não vou eu;
quando vou, não vindes vós.
VOLTA
Reinando Amor em dois peitos,
tece tantas falsidades
que, de conformes vontades,
faz desconformes efeitos.
Igualmente vive em nós;
mas, por desconcerto seu,
vos leva, se venho eu,
me leva, se vindes vós. 
Luís de Camões 
	IV 
	 
Que novas tristes são, que novo dano, 
que mal inopinado incerto soa, 
tingindo de temor o vulto humano? 
 
Que vejo as praias húmidas de Goa 
ferver com gente atónita e torvada 
do rumor que de boca em boca soa. 
 
É morto D. Miguel – ah, crua espada! – 
e parte da lustrosa companhia 
que se embarcou na alegre e triste armada, 
 
e de espingarda ardente e lança fria 
passado pelo torpe e iníquo braço 
que nessas altas famas injuria. 
 
Não lhe valeu rodela ou peito de aço, 
nem ânimo de Avós altos herdado, 
com que se defendeu tamanho espaço; 
 
não ter-se em derredor todo cercado 
de corpos de inimigos, que exalavam 
a negra alma do corpo traspassado; 
 
não com palavras fortes, que voavam 
a animar os incertos companheiros 
que, fortes, caem e tímidos viravam. 
Luís de Camões 
	
	a.
	I – Madrigal; II – soneto; III – ode; IV - elegia.
	
	b.
	I – Balada; II –ode; III – elegia; IV - soneto.
	
	c.
	I – Écloga; II –soneto; III – ode; IV - epitalâmio.
	
	d.
	I – Madrigal; II –soneto; III – vilancete; IV - elegia.
	
	e.
	I – Idílio; II –soneto; III – vilancete; IV - elegia.
PERGUNTA 1
Nos versos do texto “Flor do cafezal”, que está no material teórico dessa unidade:
Passa-se a noite vem o sol ardente bruto
Morre a flor e nasce o fruto no lugar de cada flor
É possível entender que o sol:
	
	a.
	É metáfora de morte, pois acaba com a flor.
	
	b.
	Caracterizado como “ardente bruto”, é sinônimo do fim da existência humana.
	
	c.
	É um elemento transformador, pois converte a flor em fruto, o que equivale ao processo natural de maturação.
	
	d.
	É um elemento que transforma a flor, beleza, em fruto, elemento que representa o aspecto econômico, o único desejável na fazenda.
	
	e.
	É metáfora da razão, que ilumina o sujeito e o faz perceber que o amor da juventude era algo muito emocional.
É fundamental que você leia o texto antes de analisá-lo. Por isso, pedimos que releia a letra da música antes de responder à questão a seguir. Com esse objetivo, vamos transcrevê-la novamente: 
Flor do Cafezal (Luiz Carlos Paraná)
Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal Ai menina, meu amor, minha flor do cafezal Ai menina, meu amor, branca flor do cafezal Era florada, lindo véu de branca renda Se estendeu sobre a fazenda, igual a um manto nupcial E de mãos dadas fomos juntos pela estrada Toda branca e perfumada, pela flor do cafezal Meu cafezal em flor, quanta flor do cafezal Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal Ai menina, meu amor, minha flor do cafezal Ai menina, meu amor, branca flor do cafezal Passa-se a noite vem o sol ardente bruto Morre a flor e nasce o fruto no lugar de cada flor Passa-se o tempo em que a vida é todo encanto Morre o amor e nasce o pranto, fruto amargo de uma dor Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal
Considerando-se a leitura do texto “Flor do Cafezal”, especialmente os versos e a utilização dos tempos verbais, podemos entender que:
	
	a.
	 O texto todo apresenta um único tempo: o presente do indicativo, isso porque a poesia veicula impressões atemporais e espaciais.
	
	b.
	O texto alterna presente e passado, pois o sujeito poético pretende falar do seu desencanto em relação à vida, por isso recorre à narrativa de sua desilusão amorosa, que não tem paralelo com nenhuma outra desilusão amorosa, já que se trata de um texto poético e subjetivo.
	
	c.
	Ao misturar presente e passado, o texto extrai de uma experiência pessoal, a narrativa sobre a união do sujeito poético com sua amada e as várias fases dessa união ao longo da vidadeles, a ideia universal da passagem do tempo e das dores ou mudanças que vêm com ela.
	
	d.
	O sujeito funde presente e passado porque, tratando-se de uma letra de música popular, provavelmente o autor não teve acesso ao ensino da norma culta da língua, o que faz com que ele tenha pouca preocupação com a padronização dos tempos verbais, recomendável em textos  formais.
	
	e.
	A análise dos tempos verbais não tem relevância no texto, já que se trata de poesia, textos em que deve predominar a expressão de impressões e não a narração.
Considerando, ainda, a leitura dos primeiros versos do texto “Flor do cafezal”, que está no material teórico dessa unidade: Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal
Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal
Ai menina, meu amor, minha flor do cafezal
Ai menina, meu amor, branca flor do cafezal
Podemos afirmar que:
	
	a.
	Não há nenhum fenômeno sintático digno de nota no fragmento.
	
	b.
	Há o cruzamento sintático entre os referentes: “Cafezal em flor” e “flor do cafezal” com “menina, meu amor” e “flor do cafezal”, que reforça a construção da metáfora: a menina é a flor do cafezal.
	
	c.
	O excesso de repetições serve apenas para caracterizar o refrão da música, não tendo relevância na construção do sentido.
	
	d.
	Estabelecer a analogia entre a flor do cafezal e a menina branca, e portanto pura, reflete a ideia machista do sujeito do interior que ainda prefere a mulher virgem.
	
	e.
	Pode-se dizer que, sintaticamente, as repetições caracterizam falta de progressão no texto, uma vez que as informações são dadas mais de uma vez.
Nos versos do texto “Flor do cafezal”, que está no material teórico dessa unidade:
Passa-se o tempo em que a vida é todo encanto
Morre o amor e nasce o pranto, fruto amargo de uma dor
É possível entender que:
	
	a.
	O sujeito poético afirma que todos nós nos desiludimos.
	
	b.
	Existe uma releitura do amor: na primeira fase, era flor, agora é fruto amargo, isso porque o amor da menina era por puro interesse, já que podemos pressupor que o sujeito poético era dono de uma grande fazenda.
	
	c.
	Há uma relação entre o amor como sentimento, representado pela flor, e o fruto amargo como mercadoria que se vende para produzir o café, um crítica às questões econômicas que predominam sobre as afetivas na existência humana.
	
	d.
	O amor é fruto amargo da dor, portando devemos evitar nos envolver sentimentalmente com as pessoas, devemos nos concentrar no trabalho, esse é um dos temas do poema.
	
	e.
	A passagem do tempo e a morte do amor revelam a efemeridade desse sentimento ambíguo, que causa prazer, mas também dor (representada pelo gosto amargo da fruta em sua fase final de produção), quando o sujeito se desencanta com ele.
1997):
Símile: figura de pensamento, até certo ponto sinônimo de comparação, o símile dela se distingue na medida em que se caracteriza pelo confronto de dois seres ou coisas de natureza diferente, a fim de ressaltar um deles. Constitui, por isso, uma espécie de amplificação. Regra geral, vem expresso o elemento de coordenação dos membros comparativos (como, tal como, assim como).” (p. 477)
Comparação: “...base explícita ou implícita, próxima ou remota, da metáfora, a comparação consiste na aproximação de dois termos que se assemelham no todo ou em parte. [...] Quando o cotejo se realiza entre dois elementos da mesma natureza, temos a comparação pura e simples. [....] Quando a analogia se efetua entre seres ou objetos distintos, temos o símile.”(p. 94-95).
Considere um conceito básico de metáfora, do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (http://houaiss.uol.com.br):
Metáfora: designação de um objeto ou qualidade mediante uma palavra que designa outro objeto ou qualidade que tem com o primeiro uma relação de semelhança (p.ex., ele tem uma vontade de ferro, para designar uma vontade forte, como o ferro)
Partindo dos fragmentos transcritos a seguir, do texto “Flor do cafezal”, que está no material teórico dessa unidade: 
    
    Era florada, lindo véu de branca renda
    Se estendeu sobre a fazenda, igual a um manto nupcial
    E de mãos dadas fomos juntos pela estrada
    Toda branca e perfumada, pela flor do cafezal
Podemos dizer que há, nos versos dados:
	
	a.
	Uma metáfora: florada era um véu de renda branca; um símile a florada é igual ao manto nupcial.
	
	b.
	Duas metáforas: florada era um véu de renda branca; a florada é era o manto nupcial.
	
	c.
	Dois símiles: florada era como um véu de renda branca; a florada é era igual ao manto nupcial.
	
	d.
	Duas comparações: florada era como um véu de renda branca; a florada era igual ao manto nupcial.
	
	e.
	Nenhum símile, apenas uma metáfora: florada era um véu de renda branca; e uma comparação: a florada era igual ao manto nupcial.
A segunda parte do poema “Rios sem discurso” diz que o rio cortado raramente se refaz, salvo se houver “a grandiloquência de uma cheia lhe impondo interina outra linguagem”. Uma leitura possível desse fragmento seria:
	
	a.
	A linguagem interina e grandiloquente pode ser vista como o discurso alheio, talvez o político, que invade a vida do cidadão de forma tão violenta e abrupta quanto a cheia invade o rio.
	
	b.
	A linguagem interina seria aquela que viria de uma educação autêntica, acadêmica, que fornecesse ao homem do sertão subsídios para se defender.
	
	c.
	Linguagem grandiloquente e interina seria aquela que viria salvar o cidadão do seu isolamento, resgatando sua dignidade social, por isso mesmo ela é desejável.
	
	d.
	O sertanejo deve desenvolver um discurso grandiloquente, já que tem condições para isso. Basta se conscientizar de que ele tem tanta força quanto a correnteza de um rio cheio.
	
	e.
	A grandiloquência de uma cheia, ou seja, a linguagem empolada e interina, seria a única forma de o cidadão sair de seu isolamento.
PERGUNTA 2
A última parte do poema “Rios sem discurso” composta pelos versos - “se reatando, de um para outro poço,/ em frases curtas, então frase a frase,/até a sentença-rio do discurso único/ em que se tem voz a seca ele combate”- sugere que o modo mais eficaz de se combater a seca é:
	
	a.
	O governo enviar recursos para o sertanejo, ainda que poucos, pois a fusão desses valores é que constituirá a grande sentença que poderá combater a seca.
	
	b.
	A natureza mandar chuva, pois só com a cheia é que se conseguirá a união.
	
	c.
	O sertanejo mudar para a cidade grande, porque é lá que se unirá a outros cidadãos-poços e poderá ter voz.
	
	d.
	Ganhar voz, por meio da união com outras vozes, pois só por meio de um discurso articulado é que se consegue combater as causas estruturais da miséria advinda da seca.
	
	e.
	Unir-se aos políticos grandiloquentes, ouvir os discursos deles, ainda que interinos, ou seja, provisórios, como forma de ganhar recursos para combater a seca.
“Rios sem discurso” fala de rio que corta, de água isolada. Podemos dizer que:
	
	a.
	trata-se de um isolamento geográfico, apenas.
	
	b.
	trata-se de um isolamento econômico.
	
	c.
	o isolamento citado no poema é mais geográfico do que linguístico.
	
	d.
	o isolamento é exclusivamente linguístico, não agravado por nenhum outro fator.
	
	e.
	tanto o Isolamento linguístico quanto o social são dois tipos de problemas que se interseccionam para compor a crítica social.
Estanque: estagnada;
grandiloquência: modo afetado de se expressar, que se utiliza de palavras rebuscadas;
interina: passageira, provisória, temporária.
O título “Rios sem discurso”, no plural e no contexto do poema sugere que:
	
	a.
	o texto trata-se de uma fábula.
	
	b.
	todos os rios secam sempre.
	
	c.
	o significante rio deve ser lido de modo ambíguo: como rio e como homem.
	
	d.
	o significante rio deve ser entendido como fluxo de água, apenas.
	
	e.
	o significante aponta para um rio sujo
Leia o primeiroterceto do poema “Busque amor novas artes, novo engenho” de Camões:
Mas, conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê. 
No trecho “Mas, conquanto não pode haver desgosto Onde esperança falta”, a conjunção “conquanto” poderia ser substituída, sem prejuízo do sentido por:
	
	a.
	Portanto
	
	b.
	Mesmo que
	
	c.
	Porque ou pois
	
	d.
	Por que
	
	e.
	No entanto
Releia o poema de Camões prestando atenção para as referências que o poeta faz ao sujeito Amor:
Busque Amor novas artes, novo engenho,
Para matar-me, e novas esquivanças;
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho. 
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho. 
Mas, conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê. 
Que dias há que n'alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei porquê. 
As referências ao Amor no texto caracterizam-no antropomorficamente como um ser:
	
	a.
	Terno e doce, porque traz sempre esperança.
	
	b.
	Inofensivo, porque não pode tirar as esperanças do poeta.
	
	c.
	Intransigente, porque matou o poeta.
	
	d.
	Manhoso, porque maquina engenhos contra o sujeito poético.
	
	e.
	Ignorado, porque o poeta não sabe quem ou o quê é nem de onde vem.
Leia o poema de Camões apresentado a seguir: 
Busque Amor novas artes, novo engenho,
Para matar-me, e novas esquivanças;
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho. 
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho. 
Mas, conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê. 
Que dias há que n'alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei porquê. 
(Luís de Camões)
O texto de Camões pertence a um gênero chamado:
	
	a.
	Cantiga, porque há bastante musicalidade sugerida pela rima.
	
	b.
	Soneto: forma clássica de expressão poética que possui dois quartetos e dois tercetos.
	
	c.
	Idílio, porque a temática é o amor.
	
	d.
	Encômio, porque faz o elogio ao amor a aos seus efeitos.
	
	e.
	Epitalâmio, porque se trata de um poema que canta o amor nupcial.
Leia o segundo quarteto do poema “Busque amor novas artes novo engenho” de Camões:
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho. 
Sabendo-se que a palavra “lenho” vem de lenha, podemos encontrar, no trecho em que há o emprego desse termo “Andando em bravo mar, perdido o lenho”, a figura de linguagem:
	
	a.
	Hipérbato
	
	b.
	Hipérbole
	
	c.
	Metáfora
	
	d.
	Sinonímia
	
	e.
	Metonímia

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