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RESUMO - Direito Administrativo - 1º e 2º BI

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1º Bimestre
DIREITO PUBLICO X DIREITO PRIVADO
 Direito privado: Relacionado com interesses particulares, tendo um principio básico: autonomia da vontade, assim, as partes podem ter a vontade de se relacionar entre si. 
 Direito publico: Relacionado com os interesses da coletividade, tendo como diferencial o dever de satisfazer os interesses da coletividade, e quem tem esse papel será a Administração publica. (Principio da legalidade e supremacia). O Direito Administrativo está na esfera do direito publico tendo por função administrativa
AS FUNÇÕES DO ESTADO
 Legislativa: Caracteriza-se pela edição de leis onde o Estado dita determinada norma abstrata e sempre que, in concreto a norma for verificada irá ser aplicado.
 Jurisdicional: Aplicar a lei a casos concretos para solucionar os litígios.
 Administrativa: Caracteriza-se para atender diretamente necessidades da coletividade e que tenham interesse coletivo. É infra legal, não sobrevive acima de um embasamento legal, é preciso ter um fundamento na lei. Também, não tem definidade, ou seja, pode ser confrontada perante o judiciário.
ORIGEM DO DIREITO ADMINISTRATIVO
 Estado de direito: Relacionado ao principio da legalidade, ou seja, todos estão sujeitos a observância da lei. O direito administrativo é o ramo que por excelência impõe esta atividade, que todos se sujeitam a lei.
 Teoria da separação dos poderes: Época do Absolutismo, onde o rei deveria tripartir seu poder.
DIVERSOS CONCEITOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO
 Serviço público: Irá disciplinar prestação de serviço publico. Historicamente, tudo o que era oferecido para o cidadão se denominava serviço publico.
 Poder executivo: Este conceito seria insuficiente porque o direito administrativo não se limita a este conceito.
 Relações jurídicas
- Teleológico: É o ramo que disciplinar atividade do Estado na busca de seus fins.
- Residual: Disciplinar atividade do Estado na busca de seus fins, exceto jurisdição e legislação.
- *Administração publica: Embasado em duas concepções: Objetiva e subjetiva.
 Codificação: Codificado se pode trazer uma visão mais sistematizada, facilitando o acesso das normas em um mesmo ramo, mas por outro lado, também há pontos negativos, pois é um direito de formação recente, sendo assim, se for codificado poderá se estagnar no tempo, não abrindo espaço para mudanças.
Administração publica
SUBJETIVA
Equivale as PESSOAS aos órgãos e aos agentes de interesse público.
Detém competência legal que tem atribuição prevista em lei para exercer a função administrativa.
 Administração Publica Direta:
- União
- Estados, Distrito Federal, Municípios
 Administração Publica Indireta
- Autarquias
- Fundações
- Empresas Públicas
- Sociedade de Economia Mista
OBJETIVA
Equivale a FUNÇÃO administrativa. É a própria atividade que é exercido por estas entidades. São quatro atividades englobadas:
1ª) FOMENTO:
Atividade para a iniciativa privada que tenha interesse coletivo.
- Subvenções financeiras: É o orçamento publico, ou seja, o orçamento para incentivar o interesse público.
- Financiamento e condições especiais: Bancos que financiam os interesses públicos (Ex: BNDS)
- Favores fiscais: Zerar ou reduzir a alíquota de determinado tributo visando um fomento e incentivo a determinada área da indústria.
- Desapropriações: Algo que antecede uma atividade de fomento (EXEMPLO: Desapropriar uma região para construir indústrias)
2ª) PODER DE POLÍCIA:
Limitar direitos individuais em prol dos interesses coletivos.
- Limitações administrativas: Verifica se aquelas limitações estão sendo seguidas pelo cidadão.
3ª) SERVIÇO PÚBLICO: Atender concretamente as necessidades da coletividade.
4ª) INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO
Atuará na fiscalização a atividade privada (indireta) e participar diretamente do interesse público (direta).
- Indireta: Quando o poder público age regulando, ou seja, age fiscalizando (Ex: Agências Reguladoras).
- Direta: Atua diretamente em competição com agentes econômicos.
ADMINISTRAÇÃO PUBLICA X GOVERNO:
Governo é a esfera do poder publico onde são fixadas as diretrizes a serem recebidas em um determinado momento e tem a ideia de transitoriedade, já na Administração Pública, denota na esfera do poder público onde se encontram os agentes que irão por em praticas as diretrizes, é uma estrutura permanente.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
 Regime de Direito Privado: Estatais como Banco do Brasil deve atuar sob regras do Direito Privado mesmo sendo sociedade mista.
 Regime de Direito Publico (Regime jurídico administrativo): Tem característica de prever para a administração publica algumas prerrogativas e impor também algumas limitações.
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
 Prerrogativas: Só serão exercidos quando houver interesse público que o poder público será previsto em lei (Ex: Publicar no Diário Oficial que determinado regime jurídico está sendo realizado).
 Sujeições: Necessidade de licitação para o Estado poder contratar. Necessidade de se dar publicidade dos atos.
PRINCÍPIOS:
Os princípios tem força vinculante, ou seja, os princípios obrigam.
1) LEGALIDADE: tem que ser exercida sempre de acordo com a lei, ou seja, aplicar a lei no caso concreto.
2) SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O INTERESSE PRIVADO: Diante de um conflito que se apresente diante da sociedade sempre irá prevalecer será o interesse coletivo.
- Interesse público: Algo só pode ser interesse público se significar a busca de direitos fundamentais garantidos na Constituição Federal, embasado em seu art. 17. Por que se na pratica não ter a busca de direito fundamentais, não será interesse coletivo.
- Interesse primário e interesse secundário do Estado: O estado não pode perseguir seus interesses secundários se não tiver os primários. Os primários serão de interesse público e os secundários serão interesses do Estado como sujeito de direito.
(EXEMPLO: Tributação, não é interesse público, é um interesse secundário, pois se for em excesso não será de interesse publico, há de ter um balanço).
Reflexos do principio supremacia do interesse público:
 Imperatividade: O poder público impõe obrigações de forma imperativa, ou seja, impõe uma obrigação unilateral a alguém.
 Exigibilidade: O poder público adota medidas indiretas para ser exigido que aquilo seja cumprido (EXEMPLO: multa).
 Autoexecutoriedade: O poder público pode tomar medidas práticas se aquilo que foi determinado não foi cumprido sem antes ter uma decisão judicial (EXEMPLO: Guinchar um carro em local proibido)
3) INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO: Não esta a livre disposição do administrador, pois cabe apenas zelar do interesse coletivo, ou seja, apenas cuidar, não podendo aplicar atos de disposição acima desses interesses. O administrador não pode renunciar poderes que a lei da, pois assim seria um ato de disposição, e isto não é permitido.
4) IMPESSOALIDADE: O que move a administração não se deve visar um beneficio ou prejuízo de um individuo, e sim da coletividade. Pode ser aplicado, assim, se um agente público pratica um ato e esse ato é interpretado como pessoal, o órgão que ele regula irá responder pelo ato.
5) MORALIDADE ADMINISTRATIVA / PROBIDADE ADMINISTRATIVA: Que se de por padrões éticos, de boa administração, de honestidade e de decoro do agente publico (art. 37, 5º CF)
6) PUBLICIDADE: A atividade da administração pública deve ser transparente. (art. 37).
- Divulgação: Divulgar na forma prevista na Lei.
- Livre acesso
7) EFICIÊNCIA: Eficiente aplicação dos serviços públicos, e esta ei sempre em prol da legalidade.
8) RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE: A razoabilidade é a adequação entre meios e fins, quando os meios que a mesma escolhe se adequa aos fins que se quer atingir. E a proporcionalidade é o meio tem que ser aplicado com intensidade apenas necessário para ter o resultado que era objetivado.
- Atos discricionários: A lei diz que o administrador terá que fazer uma escolha, que é melhor ao interesse coletivo. Será quando a lei deixa esta margem de discrição e de se fazer umaescolha.
9) CONTINUIDADE DE SERVIÇO PUBLICO: O serviço público não pode paralisar.
- Greve (art. 37, VII)
- Suplência e delegação
- “Exceptionon adimpleti contractus”
- Encampação: Retomada a concessão, retomar para si o serviço público.
10) PRESUNÇÃO DE VERACIDADE DE LEGALIDADE: Diz respeito ao ato administrativo e por conta dele, há em favor dele a veracidade e a legalidade.
- “Juris Tantum”: É relativa, pois admite prova em contrario. Na pratica o efeito será o ônus da prova. (Ex: provar que eu não estava falando no celular dirigindo).
11) AUTOTUTELA (Sumulas 346 e 373): A administração pública pode anular um ato sem precisar comunicar o Judiciário. A administração pública pode anular e revogar seus próprios atos.
12) MOTIVAÇÃO: Exige que todo ato seja motivado, ou seja, indicar os fatos que levaram a pratica e os dispositivos legais admitem a edição deste ato.
13) DEVIDO PROCESSO LEGAL, AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO: Se a administração pública quiser atingir a esfera judicial do sujeito tem que seguir o devido processo legal, se permite no processo administrativo a ampla defesa e contraditório.
FONTES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
 Lei: Incluem-se decretos, resoluções, portarias, porque são atos normativos e tem a mesma característica da Lei.
 Jurisprudência: Incluem-se súmulas, acórdãos, decisões.
 Costumes: Práticas deliberadas de determinadas instituições.
 Princípios: Em cima dos princípios que tudo é construído.
 Doutrina
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
- Poder Vinculado: Diz respeito ao ato administrativo.
- Poder Discricionário: Diz respeito ao ato administrativo.
- Poder Hierárquico: A administração publica se estrutura de forma piramidal, como por exemplo, nas entidades privadas, e assim, no ápice da pirâmide será o Chefe do Executivo.
- Poder Disciplinar
- Poder Regulamentar
- Poder de política
 PODER HIERÁRQUICO (poderes que decorrem da hierarquia)
- Hierarquia: É a sobreposição harmônica dos graus e subordinação de um conforme o outro.
- Distribuição de funções
- Fixação do grau de autoridade
- Cooperação e subordinação
As funções da hierarquia, é de dar ordens, dever de obediência, de controlar, rever, delegar e avocar. Especificando as mesmas:
- Dar ordens / dever de obediência: Em relação a subordinação.
- Controlar
- Rever: Possibilidade de rever os atos dos subordinados.
- Delegar: Passar para um subordinado o que caberia para este mesmo fazer, não podendo recusar a delegação. Se delegar um subordinado se foi praticado o ato, quem deu a alegação e o subordinado responderão conjuntamente ao ato. Se for competência exclusiva prevista em lei, não poderá ser delegada a outrem.
(EXEMPLO: Procurador do Município delegar a outra pessoa que defenda o município, pois a função é dele)
- Avocar: E o superior hierárquico puxar para si que era do subordinado para si. A responsabilidade na avocação, a competência será apenas do superior hierárquico. E a regra da exclusividade de competência rege a mesma regra da delegação.
- Funções legislativa e jurisdicional (EC 45/2004 – Sumula vinculante): Quando as funções legislativa e jurisdicional entram na esfera administrativa eles se subordinam as prerrogativas da administração (dar ordens, controlar...)
 PODER DISCIPLINAR
 Vinculo especial com a administração pública: Tem que ter um vínculo especial com determinada pessoa e da administração publica.
 Poder disciplinar e hierarquia: As prerrogativas da hierarquia tem como consequência um poder disciplinar.
 Poder disciplinar e não se confunde com o poder punitivo do Estado: dentro da administração publico e se aplica aqueles casos típicos (ex: faltar em serviço) (poder disciplinar) e o poder punitivo do Estado, é fora da administração publica pelo poder judiciário titulado como crimes e contravenções.
 Caráter Discrionário?: Vige o principio da pena especifica, existindo algumas sanções possíveis, e diante disso, o agente punidor poderá escolher: advertência, punição, perda de cargo etc, escolhendo o que mais cabe ao caso concreto. Por isso pode-se dizer que tem caráter discricionário.
 Poder-dever: Diante de uma noticia de uma infração o agente publico tem o dever de apurar e aplicar a punição, se comprovado a falta administrativa. (Lei 8812/90 – art. 143) (art. 320 do CP) (Lei 8429/92 – art. 11)
 Princípios do devido processo legal, ampla defesa e contraditório: O cometimento da falta deverá ser analisado diante desses princípios, sendo garantidos ao acusado todos os meios de defesa do mesmo.
 Principio da Motivação: Tem que ser motivado, de se apontar quais são os fatos e quais os dispositivos de lei que levaram aquela decisão, sendo de condenar ou de absolver.
PODER REGULAMENTAR / NORMATIVO
 Atos normativos
- Originários: Inovar a ordem jurídica que o estado edita um direito novo.
- Derivados: Não poder inovar a ordem jurídica, não pode instituir direito novo, serve para regulamentar e explicitar a aplicação de uma lei.
 Poder regulamentar
- Chefe do executivo: O poder regulamentar é um poder do chefe do executivo (art. 84, IV CF). Pode ser de dois tipos de decreto
- Decreto de execução: Serve para fiel execução da lei (art. 84, IV CF).
Serão observados três critérios:
- “Modus operandi”: É o procedimento que será utilizado para se aplicar aquele determinado lei.
- Explicitar conceitos vagos: Hipóteses em que na lei se tem conceitos vagos em que há necessidade de criar um decreto para poder explicar o que está na lei.
- Discriminar conteúdo legal: Para facilitar é necessário discriminar o que diz na lei.
- Decreto Autônomo: Inovar a ordem jurídica, instituir normas que não são contemplados por lei.
 Poder normativo de outros agentes:
- Portaria
- Instrução
- Circular
- Resolução
- Regulamento
 Atos normativos e lei
- Semelhança ato e da lei: Generalidade e abstração, pois normativa determinada aplicação jurídica.
- Diferenças do ato e da lei
- Origem: O ato normativo vem do poder executivo, em regra, porque as vezes pode ser originado pelo judiciário.
- Posição: O regulamento está inferior à lei, por exemplo, pois só pode existir se houver uma lei.
- Inovação da ordem jurídica: Só a lei que poderá inovar a ordem jurídica, e o ato não pode instituir direito novo.
 Controle pelo Poder Legislativo (art. 49, V, CF)
 Controle pelo Poder Judiciário (art. 102, I, a, CF)
 Omissão: Através do art. 5º, LXXI, CF, será o mandado de injunção.
 PODER DE POLICIA
 Autoridade da Administração Publica e liberdade dos indivíduos
 Fundamento
- Princípio da supremacia do interesse público
 Objeto
- Direitos, atividades, bens: Todo e qualquer direito, que de alguma maneira tenha algum tipo de repercussão poderá ser objeto do poder de policia.
 Conceito: Limitar direitos individuais em prol dos interesses coletivos. Mecanismo de frenagem do abuso dos direitos individuais. Um fato que o poder público atua no poder de policia é a cobrança de taxas.
 Poderes legislativo e executivo: Se reparte em legislativo onde tudo começa com uma lei que prevê a limitação administrativa, onde será a restrição que se coloca na lei de um direito individual. E o executivo aplicará no caso concreto tais leis.
 Meios de atuação
- Atos normativos
- Lei: É lei que tem que prever a limitação do interesse individual.
- Administração Pública: Poderá a administração pública também ditar um ato normativo, para poder aplicar e facilitar aquela lei.
- Atos materiais
- Preventivos: Quando expede uma licença para exercer comercio, da uma autorização ao porte de arma, fiscalização de alimentos, p. ex. Assim, são atos para prevenir os riscos.
- Repressivos: Quando encontra alimento estrago, blitz, p. ex. Assim, são atos para reprimir os riscos causados.
 Policia administrativa e policia judiciária
A Policia administrativa irá atuar de forma preventiva, ou seja, teria como objetivo impedir a conduta antissocial, atua na prevenção e repressão do ilícito administrativo, exerce atividade repressiva ao impor, por exemplo, multas, advertências e suspender atividades. Poroutro lado, a polícia judiciária irá atuar de forma repressiva, irá apurar os fatos já ocorridos, age a partir do ilícito penal, a polícia judiciária exerce atividades preventivas, como por exemplo, inibir crimes.
 Características
- Discricionário / vinculado: Permitir que o agente escolhe qual momento de agir.
- Expedição de licenças (ato vinculado) e autorizações (ato discricionário): Se for uma licença quer dizer que, há requisitos objetivos para obte-lá e que poderá ter direitos para te-lá, sendo que preenche todos os requisitos para te-lá, e a autorização, atividades que podem implicar riscos, permitindo que o legislador analise subjetivamente, podendo outorgar ou não aquela autorização (ex: porte de arma).
São atividades que serão exercidas com o breve consentimento do poder publico.
- Coercibilidade
- Autoexecutoriedade: Por ser coercitivas elas podem ser autoexecutorias.
 Limites
- Competência: Quem poderá ditar o ato
- Forma: Para garantir o contraditório e ampla defesa.
- Motivo: Aquilo que leva a pratica do ato.
- Finalidade: Finalidade do ato que será de interesse publico.
- Objeto: Quanto ao conteúdo (atividade vinculada e dicionário).
 Delegação
- Pessoas governamentais: Admite-se a delegação das entidades da administração pública indireta: autarquia, fundações, empresa pública.
- Particulares: Não se admite a outorga de poder de polícia a particulares, pois não se pode exercer poder de policia a um outro particular, porque assim ocorrência uma superioridade e feriria o principio da isonomia.
BENS PÚBLICOS
São bens públicos todas as coisas, corpóreas ou incorpóreas, móveis ou imóveis, semoventes, créditos, etc., que pertençam às entidades estatais, autárquicas ou paraestatais. 
Celso Bandeira de Mello, ainda, inclui entre os bens públicos aqueles que, embora não pertencentes a tais pessoas, esteja afetados à prestação de um serviço público. O conjunto de bens públicos forma o ‘domínio público’, que inclui tanto bens imóveis, como móveis.
Só será serviço publico os bens que são aplicados ao serviço público.
(EXEMPLO: A caixa economia não é bem público, porque é de direito privado, não presta serviço para o Estado).
Para conceituar são dois critérios:
 TITULARIDADE: Há uma corrente que dirá que só quem tem personalidade de direito público é que terão diretos públicos, nestes casos, serão os entes da administração direta, autarquias e algumas fundações. E outra corrente, dirá que, se é estatal é bem público.
 REGIME JURÍDICO: Não importa quem é o titular do bem, o que importa é o regime jurídico que se aplica ao bem, ou seja, se o bem se aplica a alguma atividade de serviço publico, será considerado bem público. Podendo ser até bens particulares.
DOMÍNIO PÚBLICO
A expressão domínio público ora designa o poder que o Estado exerce sobre todas as coisas de interesse público (domínio eminente), ora o poder de propriedade que exerce sobre o seu patrimônio (domínio patrimonial).
CLASSIFICAÇÃO
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; (EXEMPLO: prefeitura)
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. (EXEMPLO: Terreno baldio registrado em nome do poder publico).
AFETAÇÃO E DESAFETAÇÃO DO BEM PÚBLICO
 BENS DE USO COMUM DO POVO
- Afetação: Destinação a uso comum do povo ou a uso comum especial, dando uma das duas destinações ao mesmo.
- Natureza do bem: Por sua própria natureza ele pode ser comum do povo. (EXEMPLO: as navegações usarem o mar).
- Ato formal: A lei destina aquele bem. (EXEMPLO: é a lei que diz que este terreno a partir de agora está destinado a construção de uma praça).
- Ato material: É o ato de se construir para o uso comum do povo. (EXEMPLO: se o poder público constrói uma praça, o ato material de construir a praça, já é por si, considerado uso comum do povo).
- Desafetação: Ter um bem de uso comum do povo ou uso especial, transformando de dominical, sem que ele tenha qualquer uso.
- Ato formal: A desafetação ocorre por ato formal, ou seja, a lei dirá que este bem esta desafetado passando a ser bem dominical.
 BENS DE USO ESPECIAL
- Afetação
- Ato formal: A partir da lei o bem está afetado para o uso especial (EXEMPLO: posto de saúde)
- Ato material: A partir do momento da construção e do funcionamento será afetado o bem. (EXEMPLO: o poder público constrói um posto de saúde naquele terreno, a partir do momento em que começa a funcionar, ele está automaticamente afetado aquele bem).
- Desafetação
- Ato formal: Uma lei dirá que deixará de ser uso especial e passará a ser bem dominical.
- Ato material: Qualquer ausência se exercimento da atividade publica naquele bem, poderá ser desafetado. (EXEMPLO: Retira-se o posto de saúde, assim, terreno vago).
- Fato da natureza: Enquanto aquele imóvel não estiver exercendo suas atividades, nada poderá ser feito, podendo ser desafetado. (EXEMPLO: Deu um terremoto derrubando posto de saúde, não há como funcionar).
REGIME JURIDICO
1) RESTRIÇÕES À ALIENAÇÃO:
O bem público tem limitação para sua alienação, pode ser eventualmente alienado se respeitados os termos da lei, alguns bens por sua própria natureza estão fora do comércio jurídico (EXEMPLO: mar). Mas, se tiver condições para alienação seguirá o art. 100.
Para alienação, tem que desafetar o bem, tornando-se bens dominicais e seguir os ritos de alienação.
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
2) IMPENHORABILIDADE: Não pode haver execução forçada contra bens públicos. Um processo judicial não se pode solicitar penhora de bem público, existindo uma forma especifica para executar bem públicos, através do precatório executório (art. 100 CF). Sendo uma ordem que o juiz da para o que poder público inclua o orçamento no ano seguinte para pagar aquele precatório.
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.
3) IMPRESCRITIBILIDADE:
A prescrição diz respeito a de usucapião, ou seja, não pode ser objeto de usucapião (art. 183, § 3º):
§ 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
4) AUSÊNCIA DE FORMALIDADE: Haveria em relação dessas requisições uma ausência de formalidades que existem no direito privado (EXEMPLO: Bem no direito privado será somente com escritura) (EXEMPLO: Lei 6766/79, art. 22 – é de domínio público, ruas, praças, etc)
FORMAS DE AQUSIÇÃO DOS BENS PUBLICOS
Pode adquirir bens públicos como os particulares adquirem os bens privados (EXEMPLO: compra em venda, dação em pagamento, etc).
A principal forma é a desapropriação, é uma forma especifica por parte do poder publico, ou seja, tirará o bem de alguém.
 ALIENAÇÃO: 
- Interesse Público: Deverá ser demonstrado se há interesse público em se vender o bem.
- Avaliação Administrativa: Tem que ver o valor de mercado do bem.
- Autorização Legislativa: Se quer vender um bem tem que ter autorização para vende-lo.
- Licitação: Encontrar a proposta mais vantajosa para vender o bem.
Há alguns casos que não se precisa de licitação (EXEMPLO: doação para outra entidade pública, invesditura (vender um bem publico isoladamente)).
UTILIZAÇÃO DO BEM PÚBLICO
 NORMAL/COMUM
- Bens de uso comum do povo: Esta aberto para o uso do povo, o uso é livre, porém pode ter algumas regras de utilização (EXEMPLO: ruas).
Não é porque é uso comum do povo, que é gratuito. (art. 103 - pedágio).Determinados bens, as vezes, tem limitações de utilização, para que eventualmente não haja deterioração do bem (EXEMPLO: sitio arqueológico).
- Bens de uso especial: Se da as regras a atividade que é ali exercida (EXEMPLO: Teatro Guairá, Biblioteca Pública, Posto de Saúde).
- Bens dominicais: Não se da utilização nenhuma, porque não é utilizado para nada, mas nada impede que o bem dominical não possa dar uma renda para o Município (EXEMPLO: Locação). Mas, isso precisará de licitação.
 EXTRAORDINÁRIA
- Autorização de uso: Ato unilateral, precário e discricionário através do qual se permite que alguém use transitoriamente um bem.
a) Ato unilateral: Se aperfeiçoa da vontade da administração autorizando o sujeito.
b) Precário: Pode ser revogada a qualquer tempo.
c) Discricionário: Dada com base na conveniência de se autorizar ou não. (EXEMPLO: Autorização para fechamento das ruas em virtude de corrida).
- Permissão de uso: Ato unilateral, precário e discricionário. Só que permite um uso permanente sobre aquele bem público. (EXEMPLO: os bares usam as calçadas para instalares mesas). Podem ser gratuitas ou remuneradas, a lei irá estabelecer como será essa permissão.
Se da por licitação, (se houver competição de pessoas para utilização), se não tiver não precisa de licitação.
- Concessão de uso: É um contrato através do qual se concede um prazo certo a utilização daquele determinado bem publico, é um ato bilateral. Em regra, é remunerada e precedida em licitação, pois várias pessoas tem interesse (EXEMPLO: Bancas do mercado municipal).
OUTROS INSTRUMENTOS ESPECIFICOS PARA UTILIZAÇÃO DE BENS PUBLICOS:
- Concessão de direito real de uso: A concessão de direito real de uso atribui o uso do bem público como um direito real, transferível a terceiros (EXEMPLO: Mini-distritos). Estatuto das Licitações, em seu art. 23, § 3º, cf. TCU:
§ 3º - A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, como nas concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais, admitindo-se neste último caso, observados os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País.
- Concessão de uso especial para moradia: Utilizada em casos em que o individuo usufrui de uma propriedade pública para fins para fins de moradia. Nestes casos, a propriedade não é transferida, é apenas cedida como uma forma de empréstimo por tempo indeterminado. (EXEMPLO: residentes de baixa renda).
- Cessão de uso: Trata-se de uma transferência de bem público de uma entidade ou órgão para outro, de forma gratuita. Visando a utilização do cessionário em condições estabelecidas em termo. Pode ser por tempo certo ou indeterminado, sendo um ato de repartição público, onde aquela que tem bens desnecessários cede o uso para outra que esta necessitando. (EXEMPLO: colaboração entre repartições públicas).
- Aforamento ou enfiteuse: É uma cessão vitalícia de um bem publico com retribuição pecuniária anula pela parte que celebra contrato com o ente publico.
BENS PÚBLICOS EM ESPECIE
- Terras devolutas: Não possuem destinação pelo poder público e também não integram patrimônio particular. Regulares ou não, não terras que deverão ser devolvidas ao Estado.
- Terrenos da marinha: São bens públicos pertencentes à União. Conferindo a posse em uma profundidade de 33 metros, incluindo a costa marítima, margens de rios, lagoas e contornos de ilhas.
- Terrenos marginais ou reservados: São terras banhadas por correntes navegais fora do alcance das marés. Mede-se 15 metros horizontalmente da linha média.
- Ilhas: São bens públicos ou de uso comum do povo.
- Jazidas: São consideradas bens públicos, entretanto, dependem de autorização ou concessão da União e só poderão ser dadas em interesse nacional.
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
DESCONCENTRAÇÃO
Ocorre quando há transferência de uma única pessoa jurídica, é uma transferência interna de funções, ou seja, é uma divisão feita por órgãos e agentes dentro de uma única pessoa juridica (EXEMPLO: Na União => Presidente => Ministros etc). Normalmente se da com base em três critérios:
- Matéria: Ao assunto que será tratado (EXEMPLO: Na União há uma divisão entre os Ministérios, como o da Saúde, Educação, Cidade etc).
- Grau: Conforme o grau hierárquico, havendo uma divisão de atribuições para cada cargo.
- Território: Há uma divisão de localidade para fins de transferência de atribuições.
A administração publica terá como divisão também:
- Órgão: Seria uma unidade que irá reunir pessoa e bens matérias destinada para atingir determinada finalidade. Os
- Competência: Os órgãos recebem competência, que são previstas por lei, para determinados órgãos e agentes que atuam na Administração Pública.
- Teoria do Órgão (Otto Gierke): O órgão não é sujeito de direito e obrigações, e sim, há entre os órgãos e a pessoa jurídica ao qual ele faz parte tem uma relação de imputação.
DESCENTRALIZAÇÃO
A atividade Administrativa é prestada fora da Administração central, ou seja terá mais de uma pessoa, havendo a Administração direta e uma outra pessoa com personalidade própria.
- Centralização: Quando é prestada pela Administração Pública direta.
- Diferenças da desconcentração:
- Numero de pessoas
- Hierarquia / Controle de tutela: Na desconcentração há um vinculo hierárquico como uma Secretaria e ao chefe do Executivo, decorrendo uma serie de poderes (Dar ordens, avocar etc). E quando há a descentralização, no caso a União cria uma autarquia (INSS), não se pode haver uma hierarquia e sim uma igualdade (controle de tutela).
- Tipos
- Por serviço: Uma lei leva a criação de uma determinada pessoa jurídica. As entidades passíveis de serem criadas que tenham personalidade jurídica própria: Autarquias, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista ou Fundações. Quando se cria estas entidades passa a titularidade e a execução, ou seja, se a entidade quiser tomar de volta para si estes poderes, deverá ocorrer outra criação de lei (EXEMPLO: Para retomar a seguridade social do INSS, a União deverá criar uma lei para isto). Assim, não desvia as finalidades para qual aquela Entidade foi criada.
- Por colaboração: A Administração Direta Central passará por contrato ou ato unilateral (licitação), a execução de uma determinada atividade para uma pessoa jurídica, e se faz isso através das concessões e permissões de serviço publico (Lei 8.987/1995). Só se passa a execução, não passa a titularidade.
- Administração Pública Direta
- União (Art. 76 e 84), Estado (Art. 87 e70 CE), Municípios (Art. 72 E 73 COM)
- Administração Pública Indireta
- Autarquias: São sempre pessoas jurídicas de direito publico, exercem atividade típicas de Estados, apenas diferem da União, Estados e Municípios porque não tem capacidade legislativa, tem capacidade de auto-administração (EXEMPLO: INSS, Agencias Reguladoras, Banco Central, IBAMA). Há uma descentralização por serviço.
- Fundações: Admite de direito privado e público, pelo direito público, se da pelo substrato patrimonial, ou seja, é parte de um patrimônio de alguém que destina para determinada finalidade (EXEMPLO: Universidade Federal, FUNAI, IBGE)
- Empresas públicas: São sempre pessoas jurídicas de direito privado, poderá adotar qualquer formato societário admitido em lei, o capital tem que ser integralmente público, e poderá ser criada por: prestadora de serviço público ou atividade econômica (EXEMPLO: Correios, Caixa, INFRAERO)
- Sociedades de Economia Mista: Pessoa jurídica de direito privado, obrigatoriamente por lei se constitui em forma de Sociedade Anônima, tem mistura de capital publico e privado, quem tem o controle da emprega é o poder público e poderá ser criada por: prestadora de serviço público ou atividade econômica (EXEMPLO: Petrobrás, Copel, URBS, COHAB, Banco do Brasil, SANEPAR, CIC)
Características que se aplicarápara todas as Entidades:
a) Todas tem personalidade jurídica própria, sujeito de obrigações, e responderam por todos os atos que praticarem;
b) Criação por lei, ou seja, não poderá ser feita de outra forma;
c) Todas são criadas pelo principio da especialidade, ou seja, são criadas para fins específicos, não podendo exercer atividade diferente para qual não foi criada;
d) Nenhuma delas pode se extinguir por vontade própria (simetria de formas). A extinção também exige lei.
e) Todas estão sujeitas ao controle de titule exercido pela Administração Pública Direta;
- Regime Jurídico das Entidades da Administração Pública Indireta
- Pessoa jurídica de direito público
- Pessoa jurídica de direito privado
AUTARQUIA
CARACTERISTICAS
- Lei;
- Pessoa jurídica de direito público;
- Autoadministração;
- Especialização (fins específicos);
- Controle / Tutela (não é hierarquicamente subordinada e sim controlada pela administração direta);
RELAÇÃO COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA
- Criação / Extinção: A criação tem que ser feita por lei e a extinção também se da por lei (simetria de formas).
- Controle: Não é hierarquicamente subordinada e sim controlada pela administração direta
RELAÇÃO COM TERCEIROS
- Atos: São atos administrativos, existindo assim uma presunção de legalidade e veracidade, assim, o ato prático entende-se que está de acordo com a Lei e são verdadeiros, mas poderá ter inversão do ônus da prova (até que provem o contrario será verdadeiro).
- Contratos: Precisam sempre ser precedidos de licitação (art. 7, XXI, CF).
- Responsabilidade: Os atos podem gerar dados a terceiros e esta responsabilidade quem responderá pelos atos será a própria autarquia (art. 37, §6, CF).
- Prescrição: Será de 05 anos ações de serem proposta contra o poder público (Decreto 20.910/82)
- Bens: Mesmo sendo de autarquias não podem ser alienado e nem usucapido e muito menos penhora, pois é de bem público.
- Imunidade de impostos: 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
RELAÇÕES INTERNAS
- Finanças (Lei 4.320/1964 e LC 101/2000): Deverá ser montar sob critério dessas leis.
- Pessoal: Estão sujeitas a um regime jurídico estatutário. EXCEÇÕES: OAB (quem trabalha lá não é estatutário e sim celetista).
OUTROS ASPECTOS
O chefe da Autarquia é livremente nomeado e exonerado, pelo chefe do executivo
Tem juízo privativo (art. 109, I): Se a autarquia é criada pela União irá litigar pelas varas federais.
- Prazo dilatado (em dobro)
- Sofrem controle pelo Tribunal de Contas
FUNDAÇÕES
CARACTERISTICAS
- Lei Autorizatória;
- Duração patrimonial;
- Pessoa jurídica de direito público e privado;
- Âmbito social;
- Autoadministração;
- Controle / Tutela;
FUNDAÇÃO DE DIREITO PÚBLICO
Todas as características de direito público será acima elencado.
FUNDAÇÃO DE DIREITO PRIVADO
O Estado sempre terá influencia na fundação, mesmo sendo mero fundador, podendo até alterar. O poder público poderá extinguir a fundação.
- Diferente fundação de direito privado (particulares): O particular quando cria uma criação existe uma separação da figura do particular e da figura criada, ou seja, separa o patrimônio e assim, o particular não terá mais influencia na fundação, pois adquire vida própria. O particular não pode fazer a extinção.
EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
CARACTERISTICAS
 EMPRESAS PÚBLICAS
- A criação deve ser autorizada por lei (art. 37, XIX, CF);
- Pessoa Jurídica de direito privado, tendo sua personalidade própria;
- Poderá adotar qualquer formato admito em lei;
- O capital deve ser integralmente público
- Tem juízo privativo (art. 109, I, CF);
 SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
- A criação deve ser autorizada por lei (art. 39, XIX, CF);
- Pessoa Jurídica de direito privado, tendo sua personalidade própria;
- São sociedades anônimas;
- Tem mistura de capital público e privado;
- Não tem juízo privado (Sumula 556, STF);
TIPOS
Estas empresas podem ser criadas para prestar duas funções:
 EXPLORAÇÃO DE ATIVIDADE ECONÔMICA:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS:
Atividades que são pela lei, colocadas na situação de serviço público, sejam elas essenciais e relevantes. O legislador define que o Estado tem que exercer serviço publico (EXEMPLO: serviço postal).
NORMAS DERROGATÓRIAS DE DIREITO COMUM
Dependendo da atividade exercida pela empresa estatal, o regime jurídico delas não será idêntico.
RELAÇÕES COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA
 CRIAÇÃO: Deverá ser feita por lei (art. 37, XIX, CF). Porém, não pode ser uma lei genérica, deverá ser especifica, com que finalidade a empresa será criada, quais são suas prerrogativas,
 EXTINÇÃO: Pode ser extinta, desde que seja feita por lei, não está sujeito a falências, pois quem é responsável vai responder para o que falta.
 CONTROLE: Exercido pela administração pública direta.
RELAÇÃO COM TERCEIROS
 CONTRATOS E LICITAÇÕES:
- Empresa que explora atividade econômica:
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
III – licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública;
- Prestadora de sérico público: Deverá ter licitação.
 REGIME TRIBUTÁRIO:
- Empresa que explora atividade econômica: A situação deverá se igual a qualquer empresa privada, ou seja, não poderá ter nenhum privilegio privado.
- Prestadora de sérico público: Em tese, terá a “imunidade de impostos”.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
EXCEÇÃO:
§ 3º As vedações do inciso VI, “a”, e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exoneram o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.
 BENS
- Empresa que explora atividade econômica: São considerados bens privados, sujeitos a penhora.
- Prestadora de serviço público: Os bens afetados a prestação de serviço, terá a proteção jurídico, podendo ser até impenhoráveis.
 RESPONSABILIDADE
- Empresa que explora atividade econômica: É igual a qualquer empresa privada (responsabilidade objetiva e subjetiva).
- Prestadora de serviço público:
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
RELAÇÕES INTERNAS (Lei 13.363/86 – arts. 5 ao 27)
TRAÇOS COMUNS ENTRE SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA E EMPRESA PÚBLICA
Criação autorizada por lei, pessoas jurídicas de direito privado, fins específicos, 
DIFERENÇAS
O capital, forma de organização, juízo privativo
AGÊNCIAS REGULADORAS
 LEGISLAÇÃO
Em regra não tem nenhuma lei especifica para todas elas, elas são esparsas no ordenamento jurídico.
 ATRIBUIÇÕES
São criadas para regular setores em que haja prestação de serviço publico ou empresa que explora atividade econômica, podendo ser tanto público quanto privado. 
- Atos normativos(Anatel, art. 19, XII):
- Licitar (Aneel, art. 3º, II):
- Contratar (Aneel, art .3º, IV):
- Controlar tarifas (Anatel, art. 19,XII):
- Controlar serviços (Aneel, art. 3º, IX):
- Aplicar sanções (ANS, art. 4º, XXX):
- Solucionar conflitos (Aneel, art. 3º, V):
- Ouvidor (ANS, 5º):
 NATUREZA JURIDICA
São criadas sob o formato autárquico:
- Autarquia especial: A lei dará privilégios específicos que a diferencia em relação a outras, dando assim, mais autonomia a ela.
- Autarquia financeira: Tem que estar presente em toda autarquia, pois todas tem autonomia econômica.
- Autarquia normativa: Agencia não pode exercer poder normativo diferente do que já dita em todas as outras.
- Autarquia administrativa: Aqui se da o real diferencial das autarquias.
- Dirigentes – mandato fixo: Só podem ser retidas do cargo em situações especificas. (pratica de improbidade administrativa, houver condenação penal ou descumprimento de metas, são os requisitos para retirar um dirigente antes do tempo previsto).
- Não recurso: Ajudaria nesta maior autonomia, será o fato de não haver recurso hierárquico impróprio, ou seja, porque não tem hierarquia entre a autarquia comum e a administração pública direta.
 NO BRASIL
- Contrato de gestão: As agencias são um contrato de gestão com a administração pública direta, tendo metas sejam criadas e em contra partida terá certos benefícios
- Pessoal: Quem trabalha em agências reguladoras prevalecerá o regime estatutário.
AGÊNCIA EXCECUTIVA
 LEGISLAÇÃO (LEI 9649/98 – ART. 51 E 52:
 NATUREZA JURIDICA (AUTARQUIA/FUNDAÇÃO):
Será uma autarquia ou fundação.
 QUALIFICAÇÃO PARA SER UMA AGÊNCIA REGULADORA:
- Plano estratégico de reestruturação e desenvolvimento institucional (art. 2 da lei)
- Contrato de gestão: art. 4 do decreto 2487/98 
 BRASIL (INMETRO)
2º Bimestre
TERCEIRO SETOR
Criada pelos particulares, mas tem incentivada do poder público, onde não visam lucro.
ORGANIZAÇÕES SOCIAIS
ORGANIZAÇOES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO
São pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos.
SISTEMA S – SENAI, SESI, SENAC, SESC, SEBRAE, SEST, SENAT, SESCOOP
FUNDAÇÕES DE APOIO
ATO ADMINISTRATIVO
- Fato Jurídico Lato Sensu: É todo acontecimento, dependente ou não da vontade humana, a que o Direito atribui eficácia.
Fato Jurídico Stricto Sensu: evento independente da vontade do homem e que produz efeitos jurídicos. 
- Ato Jurídico: evento dependente da vontade do homem e que produz efeitos jurídicos. 
O Ato Administrativo é um Ato Jurídico (manifestação de vontade da Administração Publica). 
ATOS DA ADMINISTRAÇÃO
Atos de Direito Privado: Atos que não são regidos pelo Direito Administrativo e que não tem a força jurídica inerente a administração. No caso, a Administração Pública sujeitar-se-á as normas de Direito Privado. Haverá influxo de normas de Direito Público, como p. ex., no que diz respeito as exigências administrativas que devem anteceder estes atos, tais como autorização legislativa, avaliação, licitação, etc., bem como no que diz respeito a medidas de controle que se exercem também nestas contratações.
Atos Materiais: Comportamentos puramente materiais, e que não contem manifestação de vontade. EXEMPLO: a varrição de uma rua por um agente administrativo.
Atos Políticos: Correspondem ao exercício de função politica e não administrativa. São praticados de modo amplamente discricionário. São expedidos em nível imediatamente infraconstitucional – ao invés de infra legal – o que lhes confere fisionomia própria. EXEMPLO: declaração de guerra, declaração de estado de emergência.
Atos de conhecimento, opinião, juízo ou valor: Não expressam vontade e sim, conhecimento, opinião, juízo ou valor. EXEMPLO: atestados, certidões, votos.
Contratos: atos bilaterais. EXEMPLO: contrato de concessão para exploração de rodovia
Atos Normativos: Atos de efeitos gerais e abstratos. EXEMPLO: decretos, portarias, regimentos.
Atos Administrativos Propriamente dito: Dependendo do critério mais ou menos amplo que se utilize para conceituar a administração, nele incluirão algumas dessas categorias de atos de Administração.
ATO ADMINISTRATIVO
Conceito: É um ato jurídico, pois é uma manifestação de vontade que produz efeitos jurídicos. São dois critérios que são utilizados para conceituar:
 Critério Subjetivo: Excluem-se os atos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário, ainda que tenham natureza de ato administrativo. Segundo este critério, ficam incluídos na categoria de ato administrativo todos os da Administração Pública, pelo só fato de serem emanados de órgãos administrativos.
 Critério Objetivo O ato administrativo aquele praticado no exercício da função administrativa, seja ele editado por entes administrativos, legislativos ou judiciais. A função administrativa caracteriza-se por prover de maneira imediata e concreta as exigências necessários ao atendimento do interesse público.
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO
O ato administrativo é uma espécie de ato jurídico.
Tem atributos que o distinguem de atos de Direito Privado.
Isto ocorre porque a Administração Pública, por ser encarregada de desenvolver atividades voltadas ao atendimento dos interesses coletivos, tem disciplina peculiar que lhe impõe e lhe confere prerrogativas. Os atributos do ato administrativo mais citado são os seguintes:
 Presunção de Legalidade e Veracidade: Significa que o ato está de acordo com a lei. Em decorrência de tal atributo, presumem-se, até prova em contrario, que os atos administrativos fora emitidos com observância da lei.
Assim, enquanto não decretada a invalidade do ato pela própria Administração Pública ou pelo Judiciário, ele produzira efeitos da mesma forma que o ato valido.
Trata-se de presunção JURIS TANTUM (RELATIVA) e, por consequência, há inversão de ônus da prova no que tange a veracidade e legalidade do ato.
A presunção de veracidade diz respeito aos fatos.
 Imperatividade: É o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente da concordância destes.
O Poder Público tem a prerrogativa de, por meio de atos unilaterais, impor obrigações a terceiro.
A Administração Pública pode editar atos que vão além da esfera jurídica do sujeito emitente, ou seja, que interferem na esfera jurídica de outras pessoas, constituindo-se unilateralmente em obrigações. EXEMPLO: se a Administração Pública constatar irregularidade de uma construção, deve notificar o proprietário para regularizar, constituindo-o na obrigação de regularização.
Assim, a imperatividade são aqueles que impõe obrigações.
 Exigibilidade: O Poder Público tem a prerrogativa de utiliza-se meios indiretos que induzam os administrados a tomar providencias que se façam necessárias para o atendimento do ato administrativo.
Trata-se da utilização de meios indiretos de coerção no caso de descumprimento de ato administrativo.
EXEMPLO: aplicação de multa a uma que, mesmo depois de notificada, não demoliu obra em ruina.
 Auto Executoriedade: É um atributo pelo qual o ato administrativo pode ser posto em execução pela própria Administração Pública, sem a necessidade de intervenção do Poder Judiciário. A auto Executoriedade acontece em dois casos:
a) Quando a lei expressamente a preveja;
b) Quando se tratar de medida urgente que, caso não adotada de imediato, possa ocasionar prejuízo maior que o interesse público. EXEMPLO: passeata que seja violenta.
 Tipicidade: É o atributo pelo qual o aa deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados.
Para cada finalidade que a AP pretende alcançar existe um ato definido em lei.
Trata-se de uma decorrência do princípio da legalidade.
Esse atributo representa uma garantia para o administrado, visando impedir que a AP pratique atos vinculando unilateralmente o particular, sem que haja previsão legal.
Afasta-se também a possibilidade de ser praticado ato totalmente discricionário, pois a lei, ao prever o ato, já define os limites em que a discricionariedade poderá ser exercida.
EXEMPLO: a formalização de uma infração – é feita através de um auto de infração, com requisitos previstos em lei; a apreensãode mercadorias – é realizada mediante a lavratura de um termo de apreensão, com requisitos previstos em lei.
 Ato Perfeito/Existente: O ato administrativo é PERFEITO (EXISTENTE) quando esgotadas as todas fases necessárias à sua produção.
Ato perfeito é o que completou o ciclo necessário à sua formação.
Perfeição é a situação do ato cujo processo está concluído. Diz respeito às etapas de formação do ato.
EXEMPLO: Decreto de declaração de utilidade pública de um imóvel para fins expropriatórios: tem que ser motivado, assinado e publicado – cumprido tal ciclo, o ato em questão está perfeito em sua formação.
 Ato Válido: O ato administrativo é VÁLIDO quando foi expedido em absoluta conformidade com as exigências do sistema normativo.
Ato válido é o que se encontra adequado aos requisitos estabelecidos pela ordem jurídica.
Validade é a adequação do ato às exigências normativas. Diz respeito à conformidade do ato com a lei.
EXEMPLO: Decreto expropriatório - a motivação deve se referir a motivos reais, a autoridade que assina deve ser competente, a publicação deve ser da forma exigida para divulgar o ato.
 Ato Eficaz: O ato administrativo é EFICAZ quando está disponível para a produção de seus efeitos próprios.
Ato eficaz ocorre quando o desencadear de seus efeitos típicos não se encontra dependente de qualquer evento posterior, como uma condição suspensiva (evento futuro e incerto12) ou um termo inicial (evento futuro e certo).
Eficácia é a situação atual de disponibilidade para produção de efeitos típicos, próprios do ato.
EXEMPLO: quando no ato se prevê um termo inicial para o início de sua eficácia – “este ato passará a produzir efeitos a partir do dia tal”.
Logo, o ato pode ser:
a) imperfeito (inexistente) – quando não completou seu ciclo de formação. EXEMPLO: decreto expropriatório que ainda não foi publicado, conforme exige a lei; casos em que a dispensa de licitação depende de homologação pela autoridade superior para produzir efeitos;
b) perfeito, válido e eficaz – quando: concluído seu ciclo de formação, encontra-se plenamente ajustado às exigências legais e está disponível para deflagração dos efeitos que lhe são típicos;
c) perfeito, inválido e eficaz – quando: concluído seu ciclo de formação; apesar de não se achar conformado às exigências normativas, encontra-se produzindo os efeitos que lhe seriam inerentes; EXEMPLO: ato assinado por autoridade incompetente;
d) perfeito, válido e ineficaz – quando: concluído seu ciclo de formação e estando adequado aos requisitos de legitimidade, ainda não se encontra disponível para eclosão de seus efeitos típicos, pode depender de um termo inicial ou de uma condição suspensiva; EXEMPLO: aguardando a data prevista para produzir efeitos;
e) perfeito, inválido e ineficaz – quando: esgotado seu ciclo de formação, encontra-se em desconformidade com a ordem jurídica e seus efeitos ainda não podem fluir, por se encontrarem na dependência de algum acontecimento previsto como necessário para a produção dos efeitos (condição suspensiva ou termo inicial). EXEMPLO: autoridade que assina é incompetente e aguarda um termo inicial previsto para produzir efeitos.
ELEMENTOS DE ATOS ADMINISTRATIVOS
 SUJEITOS:
Quem irá praticar o ato e irá ter competência para praticar um determinado ato. Deriva da Lei, é inderrogável (não pode renunciar seu exercício da competência), poderá ser delegada ou avocada.
 OBJETO:
É o conteúdo, assim, é aquilo que o ato dispõe, é o efeito pratico daquele ato in concreto. Precisa-se ser:
- Licito: De acordo com a lei;
- Possível: Realizável no mundo nos fatos e do direito;
- Certo: Determinado, com relação ao tempo, causa e destinatário;
- Moral: De acordo com padrões éticos de boa administração;
 FORMA:
Possuem duas concepções
- Restrita: A roupagem do ato, ou seja, é a maneira como o ato aparece exteriormente (EXEMPLO: Aparece de forma escrita, forma de alvará, forma de decreto, forma verbal, etc.).
- Ampla: Sentido de formalidade, não só a roupagem, mas sim todas as formalidades para que se edite um ato válido.
 MOTIVO
Aquilo que leva a pratica do ato.
- Motivação: É a apresentação dos motivos, ou seja, explicitar quais são eles. A motivação deverá ser anterior ou concomitante a pratica do ato.
- Teoria dos motivos determinantes: Os motivos apontados para a prática do ato vinculam o administrador, visto que se os motivos forem falsos apresentados por ele, terão a invalidade dos atos.
 FINALIDADE
É o resultado que se quer atingir com a prática do ato.
- Diferente de motivo: O motivo é anterior o ato e a finalidade é posterior ao ato. O motivo é a causa e a finalidade é a consequência.
Tem duas concepções
- Ampla: Só se justifica por Interesse Público. Não há ato que possa ser praticado que não tenha finalidade de interesse público.
-Restrita: Determinados resultados só conseguem ser atingidos pela Administração Pública somente com atos específicos (EXEMPLO: O ato de remover/remanejar algum agente público não tem finalidade de punição, para punir deverá ser uma advertência, suspensão, perda do cargo etc).
DISCRICIONARIEDADE
ATO VINCULADO
Quando é editado não comporta nenhuma subjetividade, porque a lei já determina.
ATO DISCRICIONARIO
Quando comporta a subjetividade, quando a lei permite ao administrador fazer uma escolha por optar por aquilo que melhor for.
ONDE HÁ A DISCRICIONARIEDADE?
- Momento da pratica do ato: Terá momentos na lei para este.
- Escolha entre agir e não agir: há vezes que o poder público não tem esta escolha de agir ou não agir (EXEMPLO: poder disciplinar).
- Sujeito: Quem tem competência para praticar o ato, não pode ter discricionariedade, necessário ser vinculado, conforme a lei prevê.
- Finalidade: Busca de interesse coletivo (sentido amplo - discricionariedade) e determinados resultados só conseguem ser atingidos pela Administração Pública somente com atos específicos (sentido restrito – vinculado).
- Forma: se a lei diz uma única possível para edição deste ato (vinculado) ou pode dizer que tem varias edições para a pratica do ato (discricionário).
- Motivo: Tudo o que leva a pratica do ato. Se o artigo estiver escrito na norma com permissão de umas (vinculada) e se a lei permitir várias análises do motivo para adequar situações concretas (discricionário).
- Objeto: É o conteúdo do ato. Se um único conteúdo for admitido (vinculado) ou se mais de um for admitido (discricionário).
MÉRITO DE ATO ADMINISTRATIVO
É a parcela discricionária da edição deste. O mérito estará naqueles elementos em que há discricionariedade.
CONTROLE DO PODER JUDICIÁRIO
- Ato vinculado: Basta fazer-se uma confrontação do ato ditado em relação aos 5 cincos elementos e com a lei e seus 5 elementos, se os mesmos coincidirem é legal.
- Ato discricionário
- Exame dos motivos: Deverá ser verificado se realmente de fato aconteceu.
- Exame da finalidade: Tem que haver na pratica um mínimo de indícios que realmente há interesse coletivo.
Estes exames podem ser verificados na lei mediante a “Conceitos jurídicos indeterminados”.
- Zonas de certeza (não há discricionariedade e sim vinculado)
- Positiva: Sob qualquer critério que se adote se tem a certeza (EXEMPLO: a pessoa pobre)
- Negativa: Sob qualquer critério que se adote, não sendo possível aquela afirmação (EXEMPLO: Eike Batista pobre).
- Exame do caso concreto: Aplicar a lei ao caso concreto.
- Razoabilidade: Só se aplica a parcela discricionária da Administração Pública, assim, o juiz poderá analisar se o agente teve a decisão adequada é a razoável diante da questão em concreto.
EXTINCAO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
MODALIDADES DE EXTINCAO
 CUMPRIMENTO DOS EFEITOS
- Esgotamento do conteúdo jurídico: Os efeitos fluem e esgota-se o conteúdo jurídico para aquele determinado ato
- Execução material: Quando esta execução será levada em pratica
- Implemento da condição resolutiva ou termo final: 
 DESAPARECIMENTO DO SUJEITO OU OBJETO:
Se extinguiu o sujeito desaparece o cumprimento do ato (EXEMPLO: O agente morre)
 RETIRADA DO ATO:- Revogação: Retirada de um ato por razoes de conveniência, por um juiz discricionário, entendendo que este ato não será mais conveniente ou oportuno.
- Invalidação ou anulação: Retira por razoes de ilegalidade, assim, havendo desrespeito a lei daquele determinado ato.
- Cassação: A pessoa tem uma situação jurídica, porem para esta situação, tem alguns requisitos, o não cumprimento deles ocorrera a cassação.
- Caducidade: Uma determinada situação que era admitida pela lei, deixa de ser admitida a luz da nova legislação.
- Contraposição: A edição de eu ato que será contraposto ao ato anterior.
 RENUNCIA
Abre-se mão da situação jurídica por ele usufruída.
 REVOGACAO
Não tem efeitos retroativos, mas sim, efeitos EX NUNC.
Somente a Administração publica poderá revogar seus próprios atos. E quem tem competência de praticar tem-se a competência para revogar.
LIMITES:
- Atos vinculados: Se houver necessidade de revoga-lo implicara direito de indenização a pessoa atingida
- Atos que exauriram os efeitos: Revogar atos que já esgotaram seus efeitos, não adiantara.
- Atos – exaurimento da competência: Perder a competência em relação ao ato, ou seja, o ato já está em outra esfera administrativa, pois não terá mais competência.
- Certidões, atestados, votos: São atos meramente declaratórios, assim, não há do que se falar em revogação.
- Atos de um procedimento: Passada a fase seguinte, não se pode revogar os atos da fase anterior.
- Atos – direito adquiridos: aquele que se originaram legalmente já se incorporaram em um patrimônio de alguém, não se pode revogar estes direitos.
INVALIDAÇÃO / ANULAÇÃO
Efeitos retroativos, atinge os atos em sua origem, assim, terá efeitos EX TUNC.
Poderá anular tanto o Poder Público e o Judiciário.
Se ter conluio desta ilegalidade não terá direito a indenização e vice versa.
DEVER de anular o ato que tenha algum tipo de ilegalidade, justamente pelo principio da ilegalidade.
VICIOS
SUJEITO
 INCOMPETENCIA
- Usurpação de função: Quando uma pessoa atribui a si a qualidade de certo funcionário público, exercendo alguma conduta típica deste, pois, se apenas intitular-se, sem atuar como um funcionário se enquadrará nas contravenções penais.
- Excesso de poder: O agente público atua além de sua competência legal, como pode se manifestar pelo desvio de poder, em que o agente público atua contrariamente ao interesse público, desviando-se da finalidade pública.
- Função de fato: Pode haver algum vicio momentâneo em sua investidura e precisa ter aparente ilegalidade e boa-fé de terceiro.
 INCAPACIDADE DE ATUAR E DETERMINADO PROCESSO
- Impedimento: lei 9789/99 art. 18
- Suspeição: art. 20 da mesma lei
OBJETO
- Ilícito: Implicar em desacordo com a lei.
- Impossível: Não pode ser realizado no mundo do direito.
- Imoral: violação moral.
- Incerto: Se houver incerteza sobre o conteúdo.
FORMA
- Não observada: Se a lei exige edital, deverá seguir o que está na lei, os prazos devem observados, ou seja, as formas devem ser observadas para a pratica do ato.
CONSEQUÊNCIA DOS VICIOS
- Nulos: Não se consegue editar o mesmo conteúdo depois sem que o vício aparece novamente, qualquer assunto que atinge o "motivo, finalidade e objeto" sempre gerará atos nulos.
- Anuláveis: Será aquele que lei expressamente prevê ou em que se consegue editar o mesmo conteúdo depois extinguindo o vício, assim, corrigindo o ato, o vício desaparece. Se o vício sumir será convalidado.
- Inexistentes: Inadmitidas pela ordem jurídica, nem sequer entra na ordem jurídica, são atos criminosos.
- Irregulares: Atos que tem vícios irrelevantes, na maioria das vezes vícios sobre a forma, mas, será aplicado mesmo assim, não impedindo a correta interpretação e sua aplicação (EXEMPLO: Erro ortográfico).
CONVALIDAÇÃO
Ato pelo qual é suprido os vícios existente em um ato legal com efeitos retroativos com a data que foi o ato ilegal praticado. Terá efeitos "EX TUNC".
 ATOS PASSÍVEIS DE CONVALIDAÇÃO
- Sujeito: Se tratar de competência não exclusiva terá convalidação.
- Objeto: Se não se tratar de forma essencial previsto em lei terá convalidação.
- Motivo: Se atingir o motivo, o ato será sempre nulo e jamais convalidado.
- Finalidade: Sempre será ato nulo.
- Objeto: Se o ato atingir o conteúdo sempre será nulo, pois é preciso editar o mesmo conteúdo depois sem o vício.
- Conversão: Edição de um ato posterior de outro conteúdo legal que acaba corrigindo a ilegalidade anterior, com efeitos retroativos. Mas, só será possível, se não prejudicar o interesse coletivo e a pessoa envolvida. (EXEMPLO: Cassação para suspensão da CNH).
 PODER OU DEVER? (Weida Zancaner): Será um dever, pois, a convalidação é uma recomposição da ilegalidade, corrigindo o que estava errado e também, dentro do possível poder aproveitar estes atos, há uma segurança jurídica.
EXCEÇÃO: Para ato discricionário praticado por alguém que não seja competente, ou seja, a autoridade incompetente analisa subjetivamente e quando haver uma ratificação a autoridade competente não necessariamente poderá concordar com aquela autoridade incompetente, tanto até que, a autoridade competente deverá analisar discricionariamente, ou seja, subjetivamente.
AGENTES PÚBLICOS
TERMINOLOGIA
 Agentes políticos: Pessoa eleitas por sufrágio, ou seja, Presidente, Governadores, Prefeitos etc.
 Servidores estatutários: Se ligam sob o regime jurídico de direito público no regime estatutário, titulares de cargo público.
 Empregados públicos: Se ligam através de contratos (CLT).
 Servidores temporários: Função pública em caráter temporário (art. 37, IX, CF).
 Militares: Ocupam cargo nas Forças Armadas e as Policias Militares e Corpo de Bombeiros.
 Parlamentares em colaboração: Mediante delegação, podendo ser Cartorários, Tradutores Juramentados etc. Ou pela requisição de serviços, determinadas pessoas tem seus serviços requisitado pela Administração Pública, podendo ser mesário, jurado etc. Ou ainda, de gestão de negócios, em situação de emergência, até que o Estado possa estar presente para auxiliar, assim o gestor faz o papel do Estado enquanto ele não chegar, podendo ser, socorrer alguém etc.
CARGO PÚBLICO
Ocupados por servidores estatutários, militares etc.
 Classificações:
- De provimento efetivo: Preenchido com o pressuposto de permanência, há limitações a eliminação deste contrato. Tem-se a permanência naquele determinado cargo. E uma vez estável, o sujeito só perderá o cargo em determinadas hipóteses (art. 169 CF)
- De provimento em comissão: Preenchido com o pressuposto de temporariedade. E só cabem para atribuições de chefia, direção e assessoramento. Não se exige concurso público.
- Isolados: É uma carreira que não está organizada, portanto não admite uma progressão.
- De carreira: Carreira organizada e permite progressão, tendo uma grande ascensão.
 Provimento
- Originário – nomeação: Ocorre quando o cargo foi criado e nunca preenchido ou quando a pessoa não tem nenhum vinculo a Administração Pública.
- Derivado: Quando a pessoa tem um vinculo passado ou presente com a Administração Pública.
- Promoção: Caberá a cargos de carreira, e se da por tempo de serviço ou merecimento.
- Readaptação: Caberá em cargo diverso daquele que o mesmo ocupava por conta de uma limitação proveniente que ele teve (física ou mental).
- Aproveitamento / Disponibilidade: Ocorre quando houver a extinção de um cargo público e a pessoa fica instável neste cargo, assim, a mesma ficará disponível e aproveitada para outro cargo compatível com o seu anterior.
- Reversão: Retorno a atividade do servidor aposentado.
- Reintegração: Se houver anulação de sua demissão, assim, ela retorna.
- Recomposição: A pessoa tinha um cargo, fez o concurso para outro cargo e não passou no estagio probatório para este novo cargo, assim, o mesmo tem direito de retornar para o antigo cargo que tinha.
 Posse
- Inicio do exercício: A posse tem que ocorrer 30 dias depois do ato de provimento.
- Vacância: Situação de estar com o cargo vago. Causas de vacância:
- Exoneração- A pedido do servidor: É um direito dele de ser exonerado do cargo.
- Por iniciava da Administração: Pode ser exonerada a qualquer tempo, bastando a perda confiança daquela pessoa.
- Perda do cargo estável: Não quer dizer que a pessoa tem um cargo estável, que nunca perderá o cargo, em alguns casos, a Administração Pública poderá cortar gastos e consequentemente o corte de cargos.
- Demissão: Uma sanção que é imposta a alguém, e que é punível com a perda do cargo.
- Anulação de investidura: Houve uma ilegalidade no ato de provimento e este ato é anulado.
- Falecimento
- Promoção: Se o sujeito foi promovido o cargo anterior dele será vago.
- Readaptação: Se o sujeito foi readaptado para outro cargo por conta de uma limitação o seu cargo anterior ficará vago.
- Aposentadoria
EMPREGO PÚBLICO
Regime de direito privado (CLT), serão os empregados públicos. Mediante concurso sob o regime de CLT.
FUNÇÃO PÚBLICA
Exerce função pública, os servidores temporários, por particulares, chefia, direção e assessoramento, pessoas estas que só podem ser ocupados se forem efetivos.
REGIME ESTATUTÁRIO
 Alteração unilateral pela administração pública
 Acessibilidade (art. 37, I, CF): Os brasileiros e estrangeiros que preencherem requisitos legais poderão ter cargo público.
 Estabilidade e vitaliciedade: Há determinados cargos que geram também, vitaliciedade, ou seja, depois de ultrapassado o “estagio probatório” (03 anos) e ao final deste, será feita uma avaliação, e se for positiva o agente público conseguirá a estabilidade neste cargo. Uma vez adquirido estabilidade o agente só poderá perder o cargo mediante os art. 41 CF.
 Institutos:
- Remoção: A administração pública remover o agente público para outro local (por pedido ou de oficio).
- Licenças e Afastamentos: Hipóteses em que o servidor deixará de exercer sua atividade local e exerce em outro local ou até deixa de exercer sua atividade por afastamento. Podem ter licenças que são remuneradas e outras não (EXEMPLO: Licença para gestante).
- Disponibilidade:
 Remuneração / vencimentos:
- Vencimentos: Remuneração total o servidor, tendo dois tipos, aqueles que recebem o vencimento + adicionais e tem aqueles que recebem os subsídios e estes não podem receber nenhum tipo de vantagem além deste.
- Por Subsidio (art. 39 §4, 73 §3, 75, 128 §5 I “C”, 135, 144 §9 CF): Vide artigos.
- Fixação e revisão (art. 37, X, CF): Vide artigos.
- Irredutibilidade (art. 37, XV): Não poderá ter redução. Vide artigos.
- Limites que se impõe ao que se paga para o servidor podem ser:
- Gerais (Lei 19.661): Procurar lei não deu pra ler a letra linda do professor.
- Individuais:
- Máximo (art. 37, XI, CF): Vide artigo.
- Mínimo (art. 7, VI, CF): Vide artigo.
- Vantagens
- Adicionais
- Gratificações
 Acumulação de cargos: Em regra, não se pode acumular cargo, emprego ou função pública.
Em algumas hipóteses poderão acumular (art. 37 XVI, 95 §único I, 125 §2 “d”, CF). Vide artigos.
 Férias e 13º (art. 39, §3, CF)
 Greve (art. 37, VII, CF)
 Sindicalização (art. 37, VI, CF): Porem não terá acordos coletivos, porque as normas estatutárias não se revogam por meros acordos coletivos.
 Aposentadoria:
- Espécies
- Invalidez permanente (art. 40, §1, I CF): Pode ser concedida a qualquer tempo, não tendo requisito de tempo mínimo do serviço público. Assim, é a perda da condição física e mental para a função de cargo público. Os proventos são proporcionais pelo tempo de contribuição.
- Compulsória (art. 40, §, II): Para que haja este tipo de aposentaria, basta atingir a idade.
- Voluntária (art. 40, §1, III): Depende de alguns requisitos que o sujeito precisa preencher. Aplica-se assim:
- Precisa ter trabalhado 10 anos (servidor público) e 5 anos (cargo)
- Homem:
- Integral (60 anos de idade + 35 anos de contribuição)
- Proporcional (65 anos de idade)
- Mulheres
- Integral (55 anos de idade + 30 anos de contribuição):
- Proporcional (60 anos de idade)
- Contagem reciproca (art. 201, §9 CF)
- Proventos (arts. 40, §3, §6, 8§, 11§, 37, XI, CF)
- Pensão (art. 40, §7, I e II, CF)
SANÇÕES DISCIPLINA
REGIME DISCIPLINAR
Atitudes do servidor no âmbito de suas atribuições e que sejam caracterizadas como infrações e, portanto, assim, sejam puníveis administrativamente.
INFRAÇÕES E SANÇÕES (PRINCIPIO DA LEGALIDADE)
SANÇÕES
- Advertência: Casos caracterizados como infração leve.
- Suspensão: Casos em que mediana, tendo no máximo de 90 dias.
- Demissão: Faltas graves que geram a demissão.
- Cassação de Aposentadoria: Quando o servidor já está aposentado ou descobrisse que quando ele estava na ativa, o mesmo fez uma infração punível com demissão, sendo possível assim, que se casse esta aposentadoria.
PRESCRIÇÃO PARA APLICAÇÃO DE SANÇÃO
Prazos de 05 anos com infrações graves (demissão e cassação) de 02 anos com infrações brandas (suspensão) e 180 dias (advertência).
MOTIVAÇÃO
Qualquer ato que foi instaurado pela Administração Pública, tudo deverá ser motivado.
PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
Implica em três possibilidades:
- Comissões Processantes: São três pessoas e deverão ter cargos efetivos com estabilidade.
1) Sindicância administrativa:
Usada em dois casos:
- Preliminar a processo administrativo disciplinar: Deverá ser feito uma apuração previa para verificar o cometimento da infração e da autoria. Assim, não se tem os fatos definidos.
- Processo simplificado: Nesta hipótese na sindicância já é o processo em si, porem deverá ter a infração e a autoria do crime (Lei 8.112/90 – Art. 146).
2) Processo disciplinar sumário: Previstos para casos específicos (Lei 8.112/90 – Art. 133 e 140). Já no começo do processo se consegue caracterizar que a infração foi cometida.
3) Processo disciplinar:
Aplica-se nas infrações mais graves.
- Instauração: Não é competência da Comissão Processante, e sim dos agentes públicos. Nesta fase, deverá ser claro, qual é a conduta do sujeito, qual sua infração etc.
- Instrução: Todos os meios de provas são admitidas.
- Defesa
- Relatório: Tem a figura da Comissão, fazendo um relatório de todo o processo. E este relatório irá ser encaminhado a autoridade competente para julgamento.
- Julgamento
* Caberá recurso administrativo.
- Afastamento cautelar do servidor: Poderá ser afastado por até 60 dias, para evitar que ele influencie na apuração dos fatos, porque ele só esta sendo investigado.
- Revisão: Caberá se houver fatos novos ou circunstancias desconhecidas que justificam a revisão da pena, não tendo prazo para esta impugnação.
- Sentença penal e processo administrativo disciplinar (Art. 935 CC): Se o juízo criminal já decidiu a autoria do fato ou que ele não é o autor da ação, isto não discute na esfera civil. Se ocorreu a sentença condenatória isto irá ter punição administrativa (demissão) também, e se for absolvido, sendo provado que ele não é o autor do crime, também terá influencia na esfera administrativa.

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