Buscar

137 Rescisão de contrato de compra e venda de imóvel na planta por atraso na entrega

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

16	SÉTIMO MODELO (rescisão de contrato de compra e venda de imóvel na planta por atraso na entrega)
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara Cível do Foro de Mogi das Cruzes, São Paulo.
H. E. T., brasileiro, casado, farmacêutico, titular do e-mail het@gsa.com.br, portador do RG 00.000.000-SSP/SP e do CPF 000.000.000-00, e J. S. de S. T., brasileira, casada, vendedora, titular do e-mail jsst@gsa.com.br, portadora do RG 00.000.000-SSP/SP e do CPF 000.000.000-00, ambos residentes e domiciliados na Rua José Malozze, nº 00, apartamento 00, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, por seu Advogado que esta subscreve (mandato incluso), com escritório na Rua Adelino Torquato, nº 00, sala 00, Centro, cidade de Mogi das Cruzes-SP, onde recebe intimações (e-mail: gediel@gsa.com.br), vêm à presença de Vossa Excelência propor ação de rescisão de contrato de compra e venda cumulada com indenização por perdas e danos, observando-se o procedimento comum, com pedido liminar, em face de QMF Empreendimentos Imobiliários Ltda., inscrita no CNPJ nº 00.000.000/0000-00, com endereço eletrônico desconhecido, sediada na Rua Sérgio Plaza, nº 00, Centro, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, pelos motivos de fato e de direito que a seguir expõem:
1. Em 00.00.0000, os autores firmaram com a ré “instrumento particular de promessa de venda e compra de bem imóvel”, tendo como objeto o apartamento 51, quinto andar, do empreendimento residencial denominado simplesmente de “Condomínio Cisne Azul”, com prazo de conclusão para abril de 0000, com cláusula de tolerância de 180 (cento e oitenta) dias, estabelecendo-se o prazo final para entrega do imóvel para outubro de 0000.
2. Segundo o referido contrato, o valor total do imóvel seria de R$ 324.138,50 (trezentos e vinte e quatro mil reais, cento e trinta e oito reais, cinquenta centavos), sendo que R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) foram pagos à vista, no momento da assinatura do contrato, estabelecendo-se ainda o pagamento de parcelas intermediárias até a efetiva entrega das chaves (boletos a serem emitidos pela ré), quando então o valor total deveria ser quitado diretamente pelos compradores, que poderiam ainda financiar junto à Caixa Econômica Federal, o saldo remanescente (documentos anexos).
3. Registre-se, desde já, que os autores sempre cumpriram pontualmente suas obrigações financeiras.
4. Infelizmente o prazo para a conclusão da obra não foi cumprido. Encerrado o prazo, a ré enviou correspondência informando que a conclusão ocorreria em setembro de 0000, ou seja, quase um ano após a data limite para a entrega, já se considerando o prazo de tolerância de 180 (cento e oitenta) dias. Mais uma vez o prazo não foi cumprido; desta feita o adiamento foi de mais seis meses.
5. Novamente não se cumpriu o prazo para a entrega do bem (agora já falam em novo prazo). No total, os autores já aguardam pelo imóvel há mais de dois anos e, francamente, chegaram a seu limite, ou seja, NÃO MAIS DESEJAM MANTER o referido acordo, visto que a ré vem de forma reiterada “descumprindo” a sua parte do negócio. Em resumo, desejam a rescisão do contrato por justa causa (culpa exclusiva da construtora).
6. Assim decididos, os autores procuraram os representantes da ré que, sem qualquer vergonha, informaram que aceitavam fazer o distrato amigável com devolução de apenas 50% (cinquenta por cento) do que foi pago. Veja-se, não houve pedido de desculpas, não se apresentou justificativas, apenas maliciosamente tentaram impor ao casal que já aguarda por seu imóvel há mais de dois anos, uma penalidade ainda maior.
7. Não só os planos e sonhos do casal foram aviltados pela ré, mas principalmente eles foram ludibriados financeiramente, visto que permanecem pagando aluguel no valor de R$ 800,00 (oitocentos reais por mês), conforme provam recibos anexos; ou seja, há 26 (vinte e seis) meses, os autores deveriam estar morando em imóvel da sua propriedade.
8. No total, os autores pagaram até o momento o valor de R$ 164.567,21 (cento e sessenta e quatro mil, quinhentos e sessenta e sete reais, vinte e um centavos), conforme documentos anexos.
Ante o exposto, considerando que a pretensão dos autores encontra arrimo nos artigos 6º, VI, e 35, III, da Lei 8.078/90-CDC, requerem:
a) a concessão de liminar, em tutela provisória de urgência, autorizando os autores a “suspender” o pagamento das parcelas do compromisso de compra e venda firmado com a ré, que deverá se abster de emitir novos boletos contra os autores, assim como negativar os seus nomes junto às instituições de proteção ao crédito;
b) a citação da ré para que, querendo, apresente resposta no prazo legal, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia;
c) a rescisão, por justa causa, do compromisso de compra e venda firmado entre as partes (culpa exclusiva da ré), determinando que esta proceda com a devolução do valor total de R$ 164.567,21 (cento e sessenta e quatro mil, quinhentos e sessenta e sete reais, vinte e um centavos), ou seja, 100% (cem por cento) de tudo o que foi pago até então, valor este que deve ser corrigido e acrescido de juros desde o efetivo desembolso;
d) a condenação da ré ao pagamento de indenização por danos materiais na proporção de R$ 800,00 (oitocentos reais) por mês, referente ao valor do aluguel que os autores ainda pagam, a partir do mês de novembro de 0000 (mês seguinte ao prazo máximo para a entrega do imóvel) até que ocorra efetivamente a devolução de todos os valores pagos pelos autores, fato que lhes permitirá então buscar outro negócio.
Observando que a responsabilidade da ré, na qualidade de fornecedora de bens, é objetiva (art. 12, Lei 8.078/90-CDC), indica que provará o que for necessário, usando de todos os meios permitidos em direito, em especial pela juntada de documentos (anexos) e oitiva de testemunhas (rol anexo).
Nos termos do art. 319, VII, do CPC, a autora registra que tem interesse na designação de audiência de conciliação.
Dá-se ao feito o valor de R$ 324.138,50 (trezentos e vinte e quatro mil reais, cento e trinta e oito reais, cinquenta centavos).
Termos em que,
p. deferimento.
Mogi das Cruzes, 00 de maio de 0000.
Gediel Claudino de Araujo Junior
OAB/SP 000.000

Continue navegando