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Modelo Acordo Extrajudicial

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1 
EXCELENTÍSSIMO JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO 
TRABALHO DE XXX/SP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
XXXXXXX, brasileiro, portador cédula de identidade 
RG XXXXX e da CTPS XXXXX-série 605-SP, inscrito no CPF sob o 
nº XXXXX, e no PIS sob o nº XXXXXXX, residente na rua 
XXXXXXXX, nº XXXXX, XXXXXXX, em XXXXX-SP, e XXXXXXXX, 
pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº 
XXXXXXX, com sede na XXXXXXX, XXXX, Município de 
XXXXXXX, vêm, respeitosamente a presença de Vossa Excelência, 
o primeiro pessoalmente e ambos por de seus respectivos 
procuradores abaixo nominados, para propor AÇÃO DE 
HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL, o que fazem 
com fundamento no art. 652, “f”, e art. 855-B, ambos da CLT, nos 
seguintes termos. 
 
1- O CONTRATO DE TRABALHO 
 
O 1º requerente foi admitido pela XXXXXXX em 
14/11/2006, na função de “Gerente Industrial”. 
 
Em 15/07/2019 o 1º requerente promoveu o próprio 
desligamento. Por conta disso, no dia 22/07/2019 recebeu a título 
de verbas rescisórias a quantia de R$ 109.534,75 (cento e nove mil 
reais e quinhentos e trinta e quatro reais e setenta e cinco 
centavos), conforme TRCT e respectivo comprovante de depósito, 
anexos. O valor do seu último salário foi de R$ 38.720,92. 
 
2- OS DIREITOS CONTROVERTIDOS 
 
Ainda que recebendo as verbas rescisórias descritas 
no TRCT anexo, o 1º peticionante entende que lhe são devidas 
tanto a indenização de férias, com acréscimo do terço 
2 
constitucional, quanto a sua dobra, durante todo o contrato de 
trabalho, porque nulas àquelas concedidas, porque não gozadas 
regularmente. 
 
Também reputa devidos sobre labores e seus reflexos, 
inclusive decorrentes da supressão do intervalo intrajornada, uma 
vez que excedia habitualmente o seu expediente, deixando de 
usufruir com regularidade a interrupção antes referida. 
 
Entende, ainda, que permanecia em regime de 
sobreaviso nos períodos de descanso. 
 
Além disso, sob a sua óptica, não lhe foi paga a 
totalidade das verbas prometidas pela empregadora, tal como o 
prêmio equivalente ao valor de um mês da sua remuneração, por 
ano. 
 
Por fim, entende que o seu pedido de demissão ocorreu 
motivadamente, tendo em vista que nos últimos dias do contrato a 
empregadora, através de seus diretores, passou a cobrar metas 
inalcançáveis para as próximas safras, exigindo esforços 
excessivos de sua parte, de modo a lhe impossibilitar o exercício 
das tarefas que lhe eram confiadas. 
 
Em razão disso, e aliado ao sustentado 
descumprimento dos direitos acima mencionados, o 1º 
peticionante entende ter promovido o desate contratual com vistas 
ao texto do art. 483, alíneas “a” e “b”, da CLT, caracterizando-se 
como rescisão indireta do pacto laboral, por falta grave praticada 
pelo empregador, de modo que devem ser reconhecidos os efeitos 
dessa espécie de ruptura, mediante a quitação dos haveres 
rescisórios aplicáveis à mesma. 
 
De outro lado, a 2ª peticionante discorda dos direitos 
alegados pelo 1º requerente, assegurando que as férias sempre 
foram gozadas corretamente, em conformidade com a legislação 
vigente à época do contrato, nada lhe sendo devido a tal título, 
notadamente quanto à sua dobra. 
 
Da mesma forma, entende serem indevidas horas 
extras e reflexos, inclusive intervalares, pois, além de o 1º 
requerente não exceder o expediente contratual e sempre gozar 
3 
integralmente a interrupção intrajornada, o mesmo se enquadra 
na exceção prevista no art. 62, II, da CLT, por exercer cargo de 
confiança (gerente industrial), não fazendo jus aos excessos 
sustentados, nem tampouco ao ressarcimento de intervalo 
suprimido. 
 
Na mesma esteira, a 2ª peticionante nega a sujeição 
do 1º requerente ao regime de sobreaviso. 
 
De igual modo, a 2ª peticionante também afirma que 
nunca assumiu o compromisso de pagar ao 1º requerente qualquer 
verba anual equivalente ao seu salário, notadamente sob a rubrica 
de prêmio. 
 
Por fim, a 2ª peticionante nega ter exigido, em 
qualquer tempo do contrato, esforços superiores à capacidade do 
1º requerente, o mesmo se aplicando às metas inatingíveis, de 
modo que discorda tenha incorrido em falta grave, a justificar a 
declaração da rescisão indireta do contrato de trabalho. 
 
3- O ACORDO EXTRAJUDICIAL PARA PREVENÇÃO 
DE LITÍGIO E A AUSÊNCIA DA RENÚNCIA DE 
DIREITOS 
 
Considerando-se que pairam dúvidas acerca da 
existência ou não dos direitos discutidos entre os requerentes, 
após tratativas entabuladas entre os mesmos, nos dias 
subsequentes ao desligamento do primeiro deles, por meio de seus 
respectivos advogados e procuradores que esta subscrevem, e 
visando prevenir litígio, decidiram firmar o presente acordo, 
mediante concessões mútuas que livremente estabeleceram, com 
vistas às seguintes condições: 
 
3.1. O valor do acordo e condições de pagamento 
 
A 2ª peticionante (XXXXXXXX) pagará ao 1º 
requerente (XXXXXXXXX), a quantia total de R$ 437.816,49 
(quatrocentos e trinta e sete mil e oitocentos e dezesseis reais e 
quarenta e nove centavos), em 3 (três) parcelas mensais e 
sucessivas, de R$ 145.938,83 (cento e quarenta e cinco mil e 
novecentos e trinta e oito reais e oitenta e três centavos) cada. 
4 
 
As parcelas deverão ser pagas até as seguintes datas: 
 
- 1ª parcela: 09/08/2019; 
- 2ª parcela: 10/09/2019; 
- 3ª parcela: 10/10/2019. 
 
As parcelas do acordo deverão ser pagas por meio de 
depósito na seguinte conta bancária de titularidade do 1º 
peticionante: XXXXXXXXX 
 
Em caso de mora ou inadimplemento, os peticionantes 
pactuam que se aplicará a cláusula penal de 20% (vinte por cento), 
incidente sobre o valor total do acordo, vencendo-se 
antecipadamente todas as demais parcelas, sem prejuízo de juros 
(de 1% ao mês, não capitalizáveis, computados do vencimento) e 
correção monetária (esta pelo índice do IPCA-E). 
 
O pagamento do acordo fica condicionado à inequívoca 
ciência da peticionante XXXXXX a respeito da homologação do 
acordo. Dessa forma, na hipótese de o presente acordo não ter sido 
homologado até o vencimento da primeira parcela do acordo, o 
vencimento dessa parcela ficará suspenso e, por consequência, sua 
exigibilidade. 
 
Nessa hipótese, quando sobrevier a homologação do 
acordo, deverá ser respeitado um prazo mínimo de 5 dias entre a 
ciência da homologação do presente acordo e o vencimento da 
primeira parcela, mantendo-se, inalterados os pagamentos das 
demais parcelas. 
 
Somente no caso de a homologação ocorrer após o dia 
31/08/2019, os pagamentos ficarão alterados, ocasião em que a 
primeira parcela será em um prazo mínimo de 5 dias da ciência da 
homologação do acordo pelo juízo. A segunda e terceira parcelas 
terão, respectivamente, prazo de 30 e 60 dias corridos do 
vencimento da primeira parcela. 
 
3.2.- A espécie de desligamento 
 
Para fins do presente acordo, declaram as partes que 
o 1º autor foi demitido sem justa causa pela 2ª peticionante, no dia 
5 
15/07/2019, data em que se considera extinto o contrato de 
trabalho. 
 
Diante disso, a 2ª peticionante fornecerá as guias e 
documentos necessários ao saque do FGTS, e requerimento do 
seguro desemprego, o fazendo no mesmo prazo estabelecido para o 
pagamento da primeira parcela deste acordo. 
 
A ausência da entrega oportuna da documentação 
aqui tratada atrairá a aplicação da cláusula penal, no que respeita 
à satisfação da primeira parcela da avença. 
 
3.3.- A natureza das verbas que compõem o 
presente acordo 
 
Para fins do presente acordo, os requerentes declaram 
que, do valor total acordado, R$ 185.007,65 referem-se à multa de 
40% do FGTS, e o importe remanescente às férias indenizadas, com 
acréscimo do terço constitucional e da dobra prevista no art. 137 
da CLT. 
 
3.4.- As custas processuais e honorários 
advocatícios 
 
Cada parte arcará com os honorários advocatícios de 
seus respectivos advogados. 
 
As custas processuais, devidas em razão do presente 
acordo, serão pagas pela 2ª peticionante (XXXXXXXXXX), que 
desde járequer lhe seja autorizado satisfaze-las em 3 (três) 
parcelas mensais de igual valor, vencendo a primeira no prazo de 
30 dias a contar do vencimento da última parcela do acordo. 
 
3.5.- As contribuições Previdenciárias e Fiscais 
 
Dada à natureza indenizatória das parcelas que 
compõe o presente acordo, os peticionantes declaram que não há 
incidência de encargos previdenciários ou ficais a serem 
recolhidas, requerendo seja reconhecida a ausência de 
comprovação da sua satisfação. 
6 
4.- A QUITAÇÃO AMPLA, GERAL E IRRESTRITA 
DO CONTRATO DE TRABALHO 
 
Nos termos do art. 855-B, caput e § 1º, da CLT, o 
peticionante XXXXXXXXX se declara devidamente representado e 
assistido por advogado de sua confiança, o qual lhe prestou todos 
os esclarecimentos a respeito dos seus pretensos direitos, e dos 
riscos de eventual processo litigioso lhe traria, razão de optar 
livremente pelo estabelecimento desta avença. 
 
Dito requerente declara, portanto, que nada mais tem 
a reclamar em relação ao extinto contrato de trabalho havido com 
a 2º peticionante XXXXXXXXX, igualmente se dando em relação 
à empresa XXXXXXXXX, integrante do mesmo grupo 
econômico, ressaltando, destarte, que assim ocorre no que 
respeita às verbas suscitadas na presente ação, a exemplo de 
quaisquer outras decorrentes do referido pacto, inclusive danos 
morais e eventuais prejuízos advindos de acidente ou doença do 
trabalho, estabilidade provisória no emprego, dando-se por 
plenamente satisfeito com o presente acordo. 
 
Diante de tudo o quanto acima se despendeu, com 
fundamento no texto da Orientação Jurisprudencial n. 132, da 
Subseção II, da Seção de Dissídios Individuais do e. Tribunal 
Superior do Trabalho, bem como, nos termos dos arts. art. 652, “f”, 
855-B da CLT, e do art. 840, do Código Civil c/c art. 8º, § 1º, 
também da CLT, XXXXXX, mediante o presente acordo, outorga 
ao peticionante XXXXXXXXX., plena, geral e irrestrita 
quitação do contrato de trabalho havido entre ambos, inclusive 
das verbas mencionadas na presente petição, para mais nada 
reclamar em juízo ou fora dele, em qualquer instância ou foro. 
 
A referida quitação estende-se também à empresa 
XXXXXXX, integrante do mesmo grupo econômico da 2ª 
peticionante. 
 
5. O SEGREDO DE JUSTIÇA 
 
Por se tratar de transação extrajudicial, que pode ser 
equiparada às conciliações e mediações previstas no CPC, e que 
estas, entre outros, também são baseadas no princípio da 
confidencialidade (art. 166, § 1º do CPC), os peticionantes 
7 
requerem que os autos permaneçam em segredo de justiça, 
limitando o seu acesso apenas a si e aos seus procuradores. 
 
6. OS REQUERIMENTOS FINAIS 
 
 
Diante do exposto, os peticionantes requerem seja 
homologado o presente acordo extrajudicial por r. Sentença, o 
fazendo com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, 
inciso III, alínea “a” do CPC, a fim de que produza os devidos 
efeitos legais, tendo em vista o avençado. 
 
E, caso este Juízo entenda por necessário, seja 
designada audiência para que ambos ratifiquem os seus termos, 
propiciando a homologação aqui almejada. 
 
O 1º peticionante requer ainda, que as intimações 
oriundas deste feito sejam endereçadas, exclusivamente, à 
advogada subscritora desta peça. 
 
Por derradeiro, conforme o permissivo insculpido no 
art. 830 consolidado (redação conferida pela Lei 11.925, de 
17.04.09), os patronos que esta subscrevem registram a 
autenticidade dos documentos trazidos à colação com a presente 
avença. 
 
Dá-se a causa o valor de R$ 437.816,49 (quatrocentos 
e trinta e sete mil e oitocentos e dezesseis reais e quarenta e nove 
centavos), para fins de fixação das custas processuais. 
 
Termos em que pedem deferimento. 
Londrina/Ourinhos, 25 de julho de 2019. 
XXXXXXXX 
(1º peticionante) 
P.p: 
Advogado 
OAB/SP XXXX

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