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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL GCI016 MECÂNICA DOS SOLOS 6ª PRÁTICA DE LABORATÓRIO – ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA Turma: Grupo: Alunos: Uberlândia, outubro de 2018. INTRODUÇÃO O Índice de Suporte Califórnia (ISC) ou CBR (Califórnia Bearing Ratio), é um ensaio empírico para verificar as características mecânicas de um solo, e é adotado por grande parcela de orgãos rodoviários do Brasil no dimensionamento de pavimentos flexíveis. Essa determinação ocorre por meio de um método, exemplificado pela ABNT NBR 9895:1987, em que acontece um ensaio de penetração em uma amostra inundada (imersão do corpo de prova em água) e compactada. Logo, o objetivo deste relatório é descrever o ensaio CBR realizado em laboratório. A definição do Índice de Suporte Califórnia é indicar uma relação entre a pressão necessária para produzir uma penetração do pistão na amostra do solo e pressão necessária para produzir a mesma penetração em uma amostra de brita de elevada qualidade, e também é possivel obter o índice de expansão do solo, quando saturado, através da imersão do corpo de prova. Assim, por meio de fórmulas estabelecidas é possível prescrever o valor do CBR, expresso em porcentagem. RESULTADOS E ANÁLISES Levando em conta que não foi possível a utilização do solo deste grupo pois o experimento não conseguiu ser concluído por conta do solo não suportar a pressão do pistão, a professora nos aconselhou e permitiu a utilização dos dados do grupo de mesmo horário no laboratório. Durante o ensaio de expansão do solo, foi observado os seguintes dados expressos na Tabela 1 : Tabela 1 : Dados da expansão Data Hora Leitura do relógio (mm) Altura inicial do corpo de prova (mm) Expansão (%) 16/06/2018 15:40 77 14,61 0,068 23/06/2018 15:40 78 A expansão do solo foi calculada por: Entretanto, durante o ensaio CBR, constatou-se que a amostra fornecida não foi capaz de apresentar resistência suficiente para a realização do mesmo, o pistão perfurou o solo e não houve nenhuma marcação no relógio comparador, portanto, foi utilizado os dados de outro grupo, de mesmo horário no laboratório, que conseguiu realizar o ensaio. Os dados do outro grupo são expressos a seguir : Área do cilindro é igual a 19,06cm² Altura do cilindro : 15,31 cm . Seguindo o procedimento descrito, foram registrados os valores de penetração - considerando a precisão do extensômetro igual a 0,01 mm/div- e de carga - para uma constante de anel dinamométrico igual a 1,5587 kgf /div. Os resultados estão expressos na Tabela 3 : Tabela 3 : Dados do ensaio CBR Tempo (min) Penetração Carga Pressão (MPa) (div) (mm) (div) (kgf) 0,0 16 0,16 0 0,00 0,0 0,5 59 0,59 0 0,00 0,0 1,0 127 1,27 4 6,23 0,0 1,5 190 1,90 16 24,94 0,1 2,0 253 2,53 33 51,44 0,3 2,5 316 3,16 44 68,58 0,4 3,0 379 3,79 57 88,85 0,5 3,5 452 4,52 70 109,11 0,6 4,0 518 5,18 80 124,70 0,7 5,0 648 6,48 107 166,78 0,9 6,0 767 7,67 127 197,95 1,0 7,0 903 9,03 144 224,45 1,2 8,0 1039 10,39 164 255,63 1,3 9,0 1160 11,60 180 280,57 1,5 10,0 1291 12,91 192 299,27 1,6 Sendo pressão (P) dada por P = carga (kgf) / Área (mm) Assim, determinados os valores, a curva penetração x pressão, fica apresentada a seguir: Para obter o valor de CBR ,determinou- se o fator de correção ( c= 0,6 mm) através da curva construída: traçou-se uma reta tangente ao ponto em que a curva muda de concavidade e prolongou-se essa reta até o eixo x; o valor de intersecção corresponde ao fator de correção. Conhecido esse fator, corrigiu-se os valores de penetração de 0,1 in ( 2,54 mm) e 0,2 in ( 5,08 mm) - somando o fator de correção - e suas pressões correspondentes. Penetração (mm) Pressão Padrão (MPa) Penetração corrigida (mm) Pressão corrigida (MPa) CBR (%) 2,54 6,9 3,14 0,5 7,24638 5,08 10,35 5,68 0,9 8,69565 Sendo assim, o valor de CBR do solo está entre 7,2 % e 8,7%. Para determinar a umidade do solo após o ensaio, foram anotadas as massas das cápsulas e dos conjuntos: cápsula+solo úmido e cápsula+solo seco. Registrados em gramas, esses valores permitiram calcular a massa de água e a de solo presente em cada cápsula e consequentemente, determinar a umidade de cada uma e a umidade média do solo. Determinação 1 2 3 Nº da cápsula 32 39 100 Massa da cápsula (g) 13,9 12,39 12,24 Massa da cápsula + solo úmido (g) 23,99 22,11 21,25 Massa da cápsula + solo seco (g) 22,72 20,69 20,1 Teor de umidade (%) 14,39 17,11 14,63 Teor de umidade médio (%) 15,38 Fonte: Autores Assim determinou-se uma umidade média do solo de 15,38%. Entre as possíveis fontes de erro presentes nesse experimento, citam-se os erros estatísticos e sistemáticos, os quais interferiram na exatidão e precisão dos dados obtidos. Os erros estatísticos provêm de cálculos e arredondamentos. Os sistemáticos, por sua vez, provêm de erros instrumentais, humanos e ambientais. Sendo os humanos, referentes a erros de leitura e interpretação; os ambientais, de variação de temperatura, pressão ou correntes de ar presentes durante o experimento. 3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS Para amostra de solo analisada não houve expansão durante os 7 dias em que esteve submersa, a umidade foi a esperada, já que, a quantidade de água adicionada ao solo ao preparar o corpo de prova foi uma quantidade esperando-se uma umidade de 15%. A curva de Pressão por Penetração, acredita-se que não foi a esperada devido o solo não ser muito apropriado, como a curva deveria se aproximar de uma curva exponencial e a curva plotada se aproxima de uma reta. Porém, através da curva plotada encontramos os valores CBR do solo entre 7,2 % e 8,7%. É importante ressaltar que dentre os três corpos de prova da turma apenas um corpo de prova apresentou resultados no ensaio de resistência à pressão. 4 - BIBLIOGRAFIA CONSULTADA PINTO, C.S. Curso básico de mecânica dos solos. São Paulo: Oficina de textos,2006. APOSTILA. GEORGETTI, G.B. Apostila de Laboratório de Mecânica dos Solos. Uberlândia, 2018. SUPORTE. Ensaios geotécnico - ISC ou CBR - o ensaio mais utilizado pelo engenheiro de pavimento. Dísponível em: . Acesso em: 04 dez. 2018 �
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