Buscar

Biologia protozoários

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

BIOLOGIA SANITÁRIA
DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS
Amebíase
	A amebíase é uma infecção do intestino causada pelo parasita Entamoeba histolytica.
	Existem várias espécies de amebas que podem ser encontradas no Homem e entre elas a Entamoeba histolytica e a Entamoeba coli. A única espécie patogênica, em determinadas condições, é a E. histolytica embora em um grande número de casos viva como comensal no intestino grosso. A E. histolytica tem ampla distribuição geográfica, sendo encontrada praticamente em todos os países do mundo. Aflinge, de um modo geral, 10% da população mundial.
	A entamoeba histolytica pode viver no intestino grosso (cólon), sem causar doença. No entanto, às vezes, ela invade a parede do cólon, causando colite, disenteria aguda ou diarreia constante (crônica). A infecção também pode se espalhar através do sangue para o fígado e, raramente, para os pulmões, cérebro ou outros órgãos.
	A amebíase ocorre em todo o mundo, mas é mais comum em áreas tropicais com alta concentração populacional e falta de saneamento. África, México, partes da América do Sul e Índia têm problemas de saúde significativos associados à amebíase.
	A entamoeba histolytica é transmitida através de alimentos ou água contaminados com fezes. Essa contaminação é comum quando dejetos humanos são usados como fertilizante. Também pode ser transmitida de pessoa para pessoa - especialmente pelo contato com a boca ou área retal de uma pessoa infectada.
	A maioria das pessoas com essa infecção não apresenta sintomas para a amebíase. Quando aparecem sintomas, eles são vistos de 7 a 10 dias após a exposição ao parasita.
	Sintomas leves da amebíase incluem:
	Cólicas abdominais; Evacuação de 3 a 8 fezes semiformadas por dia; Evacuação de fezes pastosas com muco e sangue ocasional; Fadiga; Gases em excesso; Dor retal durante evacuação (tenesmo); Perda de peso involuntária.
	Sintomas graves da amebíase:
	Sensibilidade abdominal; Evacuação de fezes líquidas, às vezes com sangue; Evacuação de 10 a 20 fezes por dia; Febre; Vômitos.
	O tratamento depende da gravidade da infecção. Geralmente, é administrado metronidazol por via oral por 10 dias. Se apresentar vômito, pode ser preciso administrar medicamentos através da veia (via intravenosa), até que possa tomá-los por via oral. Medicamentos antidiarreicos geralmente não são prescritos porque podem piorar o quadro.
	Após o tratamento da amebíase, as fezes devem ser reexaminadas para se ter certeza de que a infecção foi eliminada.
Leishmaniose
	Doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo, chamadas macrófagos. Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar. A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior freqüência nas partes descobertas do corpo. Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Essa forma de leishmaniose é conhecida como "ferida brava". A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois, acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Esse tipo de leishmaniose acomete essencialmente crianças de até dez anos; após esta idade se torna menos freqüente. É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano.
	A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos. Os flebótomos medem de 2 a 3 milímetros de comprimento e devido ao seu pequeno tamanho são capazes de atravessar as malhas dos mosquiteiros e telas. Apresentam cor amarelada ou acinzentada e suas asas permanecem abertas quando estão em repouso. Seus nomes variam de acordo com a localidade; os mais comuns são: mosquito palha, tatuquira, birigüi, cangalinha, asa branca, asa dura e palhinha. O mosquito palha ou asa branca é mais encontrado em lugares úmidos, escuros, onde existem muitas plantas.
	As fontes de infecção das leishmanioses são, principalmente, os animais silvestres e os insetos flebotomíneos que abrigam o parasita em seu tubo digestivo, porém, o hospedeiro também pode ser o cão doméstico.
Na leishmaniose cutânea os animais silvestres que atuam como reservatórios são os roedores silvestres, tamanduás e preguiças. Na leishmaniose visceral a principal fonte de infecção é a raposa do campo.
Sintomas de Leishmaniose:
	Leishmaniose visceral: febre irregular, prolongada; anemia; indisposição; palidez da pele e ou das mucosas; falta de apetite; perda de peso; inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço.
	Leishmaniose cutânea: duas a três semanas após a picada pelo flebótomo aparece uma pequena pápula (elevação da pele) avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção purulenta. A doença também pode se manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca.
	O diagnóstico da leishmaniose é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais e, assim como o tratamento com medicamentos, deve ser cuidadosamente acompanhado por profissionais de saúde. Sua detecção e tratamento precoce devem ser prioritários, pois ela pode levar à morte.
Doença de Chagas
	É uma doença causada pelo protozoário parasita Trypanosoma cruzi que é transmitido pelas fezes de um inseto (triatoma) o popular barbeiro, inseto de hábitos noturnos, o nome do parasita foi dado por seu descobridor, o cientista Carlos Chagas. A doença de Chagas não é transmitida ao ser humano diretamente pela picada do inseto, que se infecta com o parasita quando suga o sangue de um animal contaminado (gambás ou roedores). 
	A transmissão ocorre quando a pessoa coça o local da picada e as fezes eliminadas pelo barbeiro penetram pelo orifício que ali deixou, também pode ocorrer por transfusão de sangue contaminado, transplante de órgãos, amamentação e por exposição laboratorial acidental, pode ser passada de uma mulher grávida para seu filho (transmissão congênita) através da placenta, 
	No Brasil, foram registrados casos da infecção transmitida por via oral nas pessoas que tomaram caldo-de-cana ou comeram açaí moído. Embora não se imaginasse que isso pudesse acontecer, o provável é que haja uma invasão ativa do parasita diretamente através do aparelho digestivo nesse tipo de transmissão.
	Os sintomas são febre, mal-estar, inflamação e dor nos gânglios, vermelhidão, inchaço nos olhos, aumento do fígado e do baço sendo esses os principais sintomas. O indivíduo pode saber que tem a doença, 20 ou até 30 anos depois de ter sido infectado, ao fazer um exame de sangue de rotina.
	O Trypanosoma cruzi afeta os gânglios, o fígado e o baço, depois se localizam no coração, intestino e esôfago, nas fases crônicas da doença, pode haver destruição da musculatura e sua flacidez provoca aumento desses três órgãos, o que causa problemas como cardite chagásica (aumento do coração), megacólon (aumento do cólon que pode provocar retenção das fezes) e megaesôfago, cujo principal sintoma é a regurgitação dos alimentos ingeridos. 
	A doença de Chagas pode não provocar lesões importantes em pessoas que apresentem resposta imunológica adequada, mas pode ser fatal para outras. O período de incubação vai de cinco a 14 dias após a picada e o diagnóstico é feito através de um exame de sangue, que deve ser prescrito, principalmente, quando um indivíduo vem de zonas endêmicas e apresenta os sintomas.
	A doença apresenta dois estágios em seres humanos: uma fase aguda, que ocorre pouco tempo após a infecção, e uma fase crônica que se desenvolve ao longo de muitos anos. A fase aguda ocorre durante as primeiras semanas ou meses desde a infecção, não é notada por ser assintomática ou por exibir apenas sintomas moderados que não são únicos da doença de Chagas. A doença crônica sintomática (determinada) afeta vários sistemasdo organismo, como nervoso, digestório e cardíaco. Cerca de dois terços das pessoas com sintomas crônicos apresentam danos ao coração.
	A medicação precisa ser com acompanhamento médico no hospital devido aos efeitos colaterais que a mesma provoca, e deve ser mantida, no mínimo, por um mês. O efeito do medicamento costuma ser satisfatório na fase aguda da doença. As manifestações clínicas da doença de Chagas se devem à morte de células nos tecidos envolvidos no ciclo infeccioso do parasita, induzindo a efeitos inflamatórios, lesões celulares e fibrose. Ainda não existe uma vacina contra a doença de Chagas e a prevenção é, em geral, focada em eliminar o inseto vetor com a utilização de sprays e tintas contendo inseticidas e em melhorar as condições de saneamento e habitação nas áreas rurais.
	O tratamento antiparasitário é mais eficiente no início da infecção, mas não está limitado à fase aguda. As drogas de escolha incluem os derivados azóis e nitro, tais como obenznidazol e o nifurtimox. Ambos os agentes são limitados na sua capacidade de atingir a cura parasitológica (uma eliminação completa do T. cruzi do organismo), especialmente em pacientes cronicamente infectados, e já foram relatados casos de resistência a essas drogas.
Malária
	Malária ou paludismo é uma doença infecciosa aguda ou crônica causa da por protozoários parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada do mosquito Anopheles. A malária mata três milhões de pessoas por ano, é a principal parasitose tropical e uma das mais frequentes. 
	É transmitida pela picada das fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles, geralmente ocorre em regiões rurais e semi-rurais, mas pode ocorrer em áreas urbanas, os mosquitos tem maior atividade durante o período da noite. Contaminam-se ao picar os portadores da doença, tornando-se o principal vetor de transmissão desta para outras pessoas. O risco maior de aquisição de malária é no interior das habitações, embora a transmissão também possa ocorrer ao ar livre.
	Quando um Anopheles fêmea pica um ser humano e suga seu sangue, os plasmódios existentes em suas glândulas salivares, os chamados esporozoítos, caem na corrente sanguínea, chegando ao fígado, alojam-se nas unidades funcionais do mesmo, as células Hepatócitos e reproduzem-se assexuadamente por alguns dias, formando os Merozoítos. Nessa fase a doença é assintomática, mas quando os parasitas abandonam as células hepáticas caem na corrente sanguínea e infectam as Hemácias.
	Nos glóbulos vermelhos, os merozoítos se reproduzem novamente assexuadamente e por isso o homem é seu hospedeiro Intermediário rompem as hemácias e entram no sangue novamente infectando outras células, num ciclo regular. A ruptura das hemácias e a consequente liberação de toxinas no plasma produzem intenso mal estar e febre alta.
	O Ciclo do Plasmodium se completa quando o sangue da pessoa é sugado por um mosquito-prego não infectado, que suga os gametas do protozoário que se unem no tubo digestório do mosquito, ocorrendo à reprodução sexuada e por isso ele é o hospedeiro definitivo. No seu estômago ainda acontece uma reprodução assexuada e os parasitas resultantes, os esporozoítos migram para as glândulas salivares do inseto de onde irão para a corrente sanguínea do próximo indivíduo picado.
O diagnóstico clínico é realizado na presença de sintomas de malária, como febre alta, acompanhada de calafrios, sudorese profusa e cefaléia, em padrões cíclicos, podem apresentar sinais prodrômicos, como náuseas, vômitos, astenia, fadiga e anorexia. Outros sintomas são: anemia hipocrômica, com hematócrito elevado no início do período febril, esplenomegalia dolorosa, quadro clínico associado à história epidemiológica de residência ou procedência de área endêmica, e a resposta rápida ao uso de antimaláricos podem concluir o diagnóstico.
	O diagnóstico laboratorial específico de rotina é realizado mediante demonstração de parasitos, através do método da gota espessa ou esfregaço (sendo usado preferencialmente o método da gota espessa) ou testes imunocromatográficos (testes rápidos) em áreas de baixa endemicidade ou difícil acesso. Existem ainda os testes de imunodiagnóstico, como a imunofluorescência indireta (IFI), imunoabsorção enzimática (ELISA), aglutinação, precipitação e radiodiagnóstico, não sendo, entretanto utilizados na prática diária. Outro método desenvolvido é a captura de antígeno através anticorpos monoclonais que, apesar de baixo custo e fácil realização, é de auxílio apenas para malária por P. falciparum, não fornecendo resultados quantitativos, o que pode levar a resultados falsos positivos. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Amebíase. Disponível em: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/Amebiase.php acesso em: 22 out 2014.
Amebíase. Disponível em: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/amebiase acesso em: 22 out 2014.
Leishmaniose. Disponível em: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/leishmaniose acesso em: 22 out 2014.
Malária. Disponível em: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/malaria acesso em: 23 out 2014.
Doença de Chagas. Disponível em: http://drauziovarella.com.br/letras/c/doenca-de-chagas/ acesso em 23 out 2014.

Outros materiais