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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA - UESB CURSO: BACHARELADO EM QUÍMICA DISCIPLINA: QUIMICA INORGANICA EXPERIMENTAL I PROFESSOR (A): MARLUCIA BARRETO ALUNO: RAFAEL BRAGA VIEIRA EXPERIMENTO Nº 01: Hidrogênio e água JEQUIÉ- BA DEZEMBRO 2018 RESULTADO E DISCUSSÃO 3.9) Obtenção do hidrogênio 4.1.1) Foi adicionado em um tubo de ensaio 3,00 mL de solução de ácido clorídrico 1,0 mol/litro e 3 grânulos de zinco. Ao inserir os grânulos de zinco na solução de ácido clorídrico pode perceber o surgimento de bolhas na superfície da apara de zinco, caracterizando a liberação de um gás (hidrogênio). Esta reação ocorreu porque o zinco é muito mais reativo que o hidrogênio, e sendo mais reativo tem um poder redutor maior do que o hidrogênio podendo então desloca-lo do ácido clorídrico, produzindo o cloreto de zinco e hidrogênio gasoso. Essa reação ocorreu lentamente por conta da pequena superfície de contato do zinco em grânulo. A reação de zinco e solução de ácido clorídrico é expressa abaixo: Zn(s) + 2HCl(aq) ZnCl2(aq) + H2(g) Essa reação é chamada de reação de deslocamento porque o íon em solução é deslocado pela oxidação de um elemento. O zinco metálico reage quimicamente com o ácido clorídrico, produzindo cloreto de zinco e liberando gás hidrogênio, devido a sua grande tendência de perder elétrons formando íons positivos Zn2+. Como o zinco é um metal mais reativo que o hidrogênio, ele doa elétrons para o cátion H+, que se reduz, formando gás hidrogênio (H2), sendo agente oxidante, enquanto o Zn é oxidado formando o íon Zn2+ (agente redutor) no composto cloreto de zinco (ZnCl2). A reação de oxirredução e os cálculos da força eletromotriz é expressa abaixo: Semi-reação de oxidação – Ânodo: Zn(s) + Zn+2(aq) + 2e- E0 = +0,76 V Semi-reação de redução –Cátodo: 2H+(aq) + 2e- H2(g) E0 = 0,0 V Equação global Zn(s) + 2H+(aq) Zn+2(aq) + H2(g) ΔE0 = +0,76 V E0célula = E0cátodo – E0ânodo E0célula = 0 – (+0,76 V) E0célula = – 0,76 V Após os cálculos, é provado que essa reação aconteceu de maneira espontânea, mostrando que é viável para obtenção de hidrogênio. 4.1.2) Em um tubo de ensaio colocou-se 3 aparas de alumínio e 7,0 mL de solução de hidróxido de sódio a 30%(m/v). Ao adicionar as aparas de alumínio na solução de hidróxido de sódio em solução aquosa, houve formação de bolhas sobre apara de alumínio, que caracteriza a liberação de um gás (hidrogênio) e logo em seguida a formação de uma névoa branca dentro do tubo, como também houve uma reação exotérmica, ou seja, liberando calor. Após alguns minutos a solução escureceu e foi produzido o aluminato de sódio (NaAlO2) e o hidrogênio molecular (H2). A equação de alumínio e solução de hidróxido de sódio é expressa abaixo: 2NaOH(aq) + 2Al(s) + 6H2O(l) 2Na[Al(OH)4](aq) + 3H2(g) Na[Al(OH)4](aq) NaAlO2(aq) + 2H2O(l) (Aluminato de Sódio) Equação de oxirredução: Semi-reação de oxidação – Ânodo: 2Al(s) 2Al3+(aq) + 6e- E0 = +1,66 V Semi-reação de Redução – Cátodo: 6H+(aq) + 6e- 3H2(g) E0 = +0,00 V Equação global 2Al(s) + 6H+(aq) 2Al3+(aq) + 3H2(g) ΔE0 = +1,66 V E0célula = E0cátodo – E0ânodo E0célula = 0 – (+1,66 V) E0célula = – 1,66 V Diante dos cálculos pode-se afirmar que que a reação é espontânea, pois ela libera energia alcançando também a energia potencial mínima, pode-se afirmar, portanto que ela é uma reação exotérmica. O hidróxido de sódio é uma base forte, ele remove a camada protetora que se forma na superfície alumínio, a água entra em contato com o alumínio formando aluminato de sódio com liberação de hidrogênio. O hidrogênio oxida o alumínio, e por sua vez é reduzido em hidrogênio gasoso. A reação é espontânea e extremamente exotérmica. 3.10) Atividade do hidrogênio molecular. 4.2.1) Acrescentou-se em um tubo de ensaio 10,00 mL de solução de ácido sulfúrico 4,0 mols/litro e 10 gotas de solução de permanganato de potássio 0,01 mol/litro. Foi obtido uma coloração rósea característica do permanganato e nenhuma reação foi observada. Em outro tubo de ensaio colocou-se 10,00 mL de solução de ácido sulfúrico 4,0 mols/litro, 10 gotas de solução de permanganato de potássio 0,01 mol/litro e 3 grânulos de zinco. Ao adicionar as aparas de zinco na solução houve liberação de gás, formou gotículas de água na parede do tubo de ensaio e mudança na sua coloração, de violeta para incolor. A equação de ácido sulfúrico, permanganato de potássio e zinco é expressa abaixo: 2KMnO4(aq) + H2SO4(aq) 2MnO4-(aq) + K2SO4(aq) + 2H+(aq) 8H+(aq) + MnO4- (aq) + 6e- 2MnO2(aq) + 4H2O(l) Cátodo E0 = +1,51 V 6H+(aq) + 6e- 3H2(g) Ânodo E0 = 0,00 V 2H+(aq) + 2MnO4-(aq) + 3H2(g) 2MnO2(aq) + 4H2O(l) ΔE0 = +1,51 V O ácido sulfúrico ao reagir com o zinco e o hidrogênio atômico formado, produziu gás hidrogênio. Zn(s) Zn2+ + 2e- (Ânodo) 2H+(aq) + 2e- H2(g) (Cátodo) Zn(s) + 2H+ Zn2+(aq) + H2(g) Reação do hidrogênio atômico: 2H+(aq) + 2e- 2H 2H H2(g) + 435,9 KJ Reação geral: H2SO4(aq) + Zn(s) ZnSO4(aq) + H2(g) Nessa reação foi gerado o hidrogênio atômico, simultaneamente parte desse hidrogênio logo que formado se combina e dá origem ao hidrogênio molecular gasoso. Isso pode ser explicado pelo fato de o hidrogênio molecular ser pouco reativo, diferente do hidrogênio atômico. É um elemento de grande instabilidade e, consequentemente, muito reativo, que tende a ajustar seu estado eletrônico de diversas formas. Quando perde um elétron, constitui um cátion H+ que é um próton. Em outros casos se produz por meio do ganho de um elétron para formar o anion hídrico H-, presente apenas em combinações com metais alcalinos e alcalinos-terrosos. Quando o zinco foi adicionado ao tubo, observou-se uma efervescência que tornou a solução incolor e esquentou o tubo, isso porque o zinco reduz o cátion manganês (Mn+7) no permanganato que tem cor violeta, para o cátion Mn+2, que é incolor, em soluções ácidas e funciona como catalisador reagindo com o íons H+, reduzindo-o fornecendo elétrons e liberando gás hidrogênio em forma molecular. 3.11) Hidratos 4.3.1) Ao aquecer o sulfato de cobre pentahidratado houve uma mudança na sua coloração, que era azul e passou a ficar branco, com gotículas de água condensada na parede do tubo de ensaio. A equação da reação de desidratação é expressa abaixo: [CuSO4(H2O)5]2+(s) + calor CuSO4(S) + 5H2O(g) (azul-hidratado) (branco-anidro) Os sais hidratados contem moléculas de água que estão ligadas ao que seja a parte metálica ou cristalizadas com o complexo metálico. Os cristais azuis do sulfato de cobre tornam-se brancos após o aquecimento. Logo após o esfriamento foi adicionado água ao tubo. Quando adicionamoságua, observou- se a volta da cor azul. CuSO4(s) + 5 H2O(l) [CuSO4(H2O)5]2+(s) (azul-hidratado) (branco-anidro) Esta coloração é característica dos íons de cobre de carga 2+ na presença de água. A água contida nos cristais de sulfato de cobre é conhecida como água de hidratação. Após ter colocado água no tubo de ensaio, novamente ele foi levado a chama de forma a evaporar a água. Em seguida esse tubo resfriado tendo como consequência a formação de cristais. Quando os cristais se formam, muitas vezes são incorporadas moléculas de água que estavam ao redor do soluto na estrutura cristalina. Ao se aquecer o cristal, pode-se remover a água de hidratação formando o composto anidro (sem água). 4.3.2) O cloreto de cobalto hexahidratado apresenta uma coloração violeta, ao aquece-lo observou-se que sua coloração mudou para azul. A reação de cloreto de cobalto hexahidratado + calor é expressa abaixo: [Co(H2O)6]2+ + calor CoCl22+(s) + 6H2O(g) (violeta-hidratado) (azul-anidro) Depois da adição de água a solução voltou a ficar violeta. A reação de cloreto de cobalto hexahidratado + água é expressa na reação abaixo: CoCl2(s) + 6H2O(l) [Co(H2O)6]2+ (azul-anidro) (violeta-hidratado) Após ter adicionado água no tubo de ensaio, mergulhou a ponta de um palito na solução e escreveu sobre um papel filtro. Levou-se ao bico de Bunsen e aqueceu o papel filtro. Em seguida observou-se que houve mudança na sua cor, que de violeta passou para azul. Posteriormente colocou o papel filtro que continha o sal desidratado em frente ao ar condicionado e pode-se observar que sua cor ficou violeta. O princípio de Le Chatelier diz que quando é causado algum tipo de perturbação num sistema em equilíbrio, este se deslocará no sentido que tende a anular essa perturbação, procurando retornar ao estado de equilíbrio. O aquecimento faz com que o meio libere H2O(g) para estabelecer o equilíbrio químico perturbado pela diminuição da concentração. O sistema favoreceu a decomposição de cloreto de cobalto hexahidratado em cloreto de cobalto anidro fazendo com que o equilíbrio se desloque em sentido aos produtos. Ao adicionar água ao sal anidro, este se tornou violeta devido a contração do sistema. Após a adição de H2O o equilíbrio se desloca e, sentido aos reagentes, favorecendo o aumento de concentração [Co(H2O)6]2+ que possui coloração violeta. Eflorescência é uma propriedade característica dos sais hidratados e consiste na liberação de moléculas de água por exposição dos sais ao ar. Os sais perdem toda ou uma parte da sua água de cristalização, tornando-se pulverulentos (pó seco). O sulfato de cobre pentahidratado e o cloreto de cobalto (II) são sais eflorescentes, pois observou-se cristais na parede interna do tubo de ensaio quando os deixou expostos após a realização do experimento. 3.12) Anexo 1. Cite outras maneiras de obter hidrogênio. A partir de combustíveis fósseis: Os métodos para a produção de hidrogênio a partir de combustíveis fósseis são o seguinte: Craqueamento térmico de gás natural, oxidação parcial de hidrocarbonetos pesados, gaseificação do carvão e reforma catalítica do gás natural. Biofotólise: A biofotólise da água é um processo biológico que converte energia solar em energia química armazenada, útil para a célula. A biofotólise acontece quando um sistema biológico sofre a ação da luz, resultando na decomposição de um substrato (quase sempre água) e na produção de hidrogênio. Hidrogênio a partir do gás natural: o hidrogênio é obtido quebrando as moléculas de hidrocarboneto que compõem o combustível. Grande parte da produção de hidrogênio hoje é feita a partir da reforma catalítica do gás natural (cerca de 90%). 2. O que é um sal hidratado? Sal hidratado é um sal em que os íons do composto incorporam moléculas de água em seus retículos cristalinos, o que faz essas moléculas passarem a integrar o cristal salino. A fórmula química de um sal hidratado segue um padrão, no qual temos a presença de um cátion qualquer (X+), um ânion qualquer (Y-) e uma certa quantidade (n) em mol de água. 3.13) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. LEE, J.D. Química inorgânica não tão concisa. 5º Ed. Inglesa: Henrique E. Toma, Koiti Araki, Reginaldo C. Rocha – São Paulo: Blucher, 1999. 2. Dias, S. C.; BRASILINO, M. G. A. Aulas Práticas de Química Inorgânica. FPB. Departamento de Química. PB. 3. DIAS, Diogo Lopes. "O que é sal hidratado?"; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/quimica/o-que-e-sal-hidratado.htm>. Acesso em 09 de dezembro de 2018.
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