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OO TTRRAATTAADDOO DDEE AARRCCHHIITTEECCTTUURRAA DDEE VVIITTRRÚÚVVIIOO Livro 1: Sobre os conhecimentos necessários à formação do arquiteto. No Primeiro Livro, Vitrúvio define a arquitetura e os conhecimentos necessários à formação do arquiteto. Para o autor, a “ciência do arquiteto” compreende tanto a prática quanto a teoria, sendo que a primeira requer a experiência e a segunda se faz necessária para explicar as coisas relativas ao engenho e a racionalidade. É repleta de várias disciplinas e saberes tais como geometria, filosofia e música, desta forma, o arquiteto deve atingir a técnica guiada por artis studium, ingenium e sollertia. “Nesse canteiro, a sollertia adquire posto superlativo, pois não se desliga do talento natural (ingenium), fortalecido pelo exercício e aliado ao estudo das artes, constituindo-se como uma “competência” na qual a ciência, a formação doutrinal, o domínio dos preceitos consagrados dirige plenamente a habilidade prática” (D’Agostino). Vitrúvio, além de descrever os saberes imprescindíveis ao arquiteto, ressalta ao longo do texto as qualidades e virtudes necessárias ao exercício profissional. Liberto de arrogância e avareza, características que ofuscariam os verdadeiros valores da arte, o arquiteto deve sempre buscar pela máxima qualidade e perfeição da obra, uma vez que este sim seria o seu maior bem: a ciência dos preceitos. Neste contexto, a prática de clientelismo, o oportunismo profissional e os valores ligados ao acúmulo ilimitado de fortuna são duramente criticados pelo autor. O arquiteto deve zelar pela dignidade e boa fama, uma e outra inseparáveis da competência na arte, a qual não se esgota na habilidade técnica mas requer o domínio da scientia, o aprendizado de muitas disciplinas e varias erudições. Ainda expõe as seis partes da arquitetura: ordinatio, dispositio, eurythmia, symmetria, decor e distributio. Os termos ordinatio e dispositio estão bastante ligados quanto aos seus significados. Vitrúvio define o primeiro como a adequação dos elementos da obra à justa medida, tendo como finalidade obter proporções e simetria. Dispositio entende-se como obtenção de uma obra elegante considerando a qualidade, o que, atualmente, é interpretado como correta colocação das partes tendo em conta às dimensões reais da obra a ser edificada.Symmetria entende-se como harmonia entre as diversas partes de uma obra, calculada através de uma unidade eleita como módulo, abrangendo a forma total do edifício. Muito próximo ao significado do termo anterior, eurythmia, de acordo com D´Agostino, “exacerba a distância que as especificações quantitativas ou abstratas da ordem harmônica podem guardar da consecução da beleza, sempre a se consumar no domínio qualitativo do visível”. O decor compreende a utilização das regras rígidas, ou seja a escolha adequada das colunas, da ornamentação, dos locais salubres e convenientes e da orientação solar. Distributio, por fim, seria a conveniente distribuição do terreno e dos recursos, sendo de responsabilidade do arquiteto administrar as despesas e os gastos da obra. Livro 2: Sobre os materiais e a arte da construção. Livros 3 e 4: Sobre os edifícios religiosos. Livro 5: Sobre os edifícios públicos. Livro 6: Sobre os edifícios privados. Livro 7: Sobre os acabamentos. Livro 8: Sobre hidráulica e distribuição da água. Livro 9: Sobre gnomônica nas edificações. Livro 10: sobre mecânica e os princípios das máquinas.
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