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CRISTA NEURAL

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Os primórdios da crista neural
Lucas Tadeu da Silva Junior
Pedro Henrique Mendes da Costa
Vanessa Rodrigues de Oliveira
São joão del rei – outubro 2018
Introdução
A crista neural é uma estrutura transitória constituída por um conjunto de células com grandes capacidades multipotenciais, formada entre o tudo neural e a ectoderme.
Primeira pessoa a descreve-la foi o embriologista Wilhelm His.
As células da crista neural (CCN) possuem propriedades mesenquimatosas e um comportamento migratório seguindo diversas rotas pelo corpo.
É formada durante a neurulação. 
Formação da Crista Neural
Técnicas para seguir a migração das CCN e descobrir seu destino 
Ablação do tubo neural e da crista neural;
A aplicação de corantes vitais
Construção de quimeras embrionárias
O sistema de marcadores de codornas
Aplicação dos marcadores de codornas na ontogênese da crista neural
Análise da plasticidade do desenvolvimento de precursores neurais do sistema nervoso periférico.
A Crista Neural e a  contribuição para a cabeça dos vertebrados.
Umas das primeiras análises da contribuição da Crista Neural, foi obtida pela utilização de enxertos isotópicos advindos das pregas neurais de galinhas, mas este trabalho proporcionou a constatação da sua participação, e não identificou a contribuição da crista neural para estruturas da cabeça. 
No ano de 2002 realizaram experimentos, para estudar em qual medida a crista neural auxiliava o esqueleto da cabeça, esses estudos também foram feitos com objetivo identificar o papel da ectoderme e mesoderme na constituição dos tecidos conjuntivos e estrutura encefálica. 
Para sua realização usaram embriões de codornas, nos quais foram feitas a troca de suas vesículas, possibilitando analisar se os ossos são derivados parcialmente ou inteiramente da crista neural. Assim, mostrando que a crista neural contribui para formação da cabeça dos vertebrados, através da ligação do ectomesenquima e mesoderma em diferentes estruturas cefálicas. 
A Crista Neural e a  contribuição para a cabeça dos vertebrados.
Com origem na crista neural encontra-se tecidos esqueléticos e conjuntivos e adipócitos, sendo os dois últimos da região da face. Outras estruturas derivadas da crista neural cefálica, são os miócitos estriados, estroma e endotélio da córnea. 
A figura mostra a origem tripla do esqueleto da cabeça, da crista neural (vermelho), mesoderme cefálica (azul) e mesoderme somítico anterior (verde). Todos os ossos faciais e cartilagens e parte do crânio derivam da crista neural enquanto o esqueleto posterior e occipital é principalmente de origem mesodérmica.
Figura 1 - Contribuição respectiva do NC, mesoderma cefálico e somitos rostrais ao esqueleto da cabeça.
A Crista Neural e a evolução dos vertebrados.
Figura 2. Mapa de destino da placa neural inicial no embrião aviário. Em vermelho, esqueleto facial derivado inteiramente da crista neural.
Conceito de New Head (1983);
Anfioxos filtradores x vertebrados com órgãos sensoriais desenvolvidos;
Construção do mapa destino como referência para investigações sobre o prosencéfalo em mamíferos, aves;
Mudança no estilo de vida dos vertebrados;
Crista neural e a  regulação do cérebro precoce 
Experimentos feitos no ano de 2002 buscavam entender se com a substituição de um determinado domínio da crista neural o desenvolvimento do esqueleto da cabeça continuava normal.
O resultado foi negativo devido à ação dos genes hox, a especificidade regional ao longo do eixo antero posterior e a retenção da informação posicional (programa genético) nas células da crista neural.
Fate map of NC derivatives in the avian embryo as determined by quail-chick chimeras. (A) Fate map of neural and non-neural derivatives of the NC along the neural axis, represented in the cephalic NC (left, 7-somite stage embryo) and trunk NC (right, 28-somite stage embryo). The rostro-caudal levels of origin of the various NC phenotypes are shown with color-coded vertical bars. While the whole (cephalic and trunk) NC gives rise to pigment cells (grey bars), the origin of mesenchymal derivatives (including skeletal and connective tissues) (green bar) is confined to the cephalic NC from mid-diencephalon down to r8, corresponding to the level of somite 4 (S4). Definite regions of the NC yield PNS derivatives, including sensory (blue bars), parasympathetic (ciliary ganglion) (yellow bar), sympathetic (red bar) and enteric (orange bars) ganglia. Endocrine (adrenomedullary) cells originate from
the trunk NC between somites 18 and 24 (purple bar).
Cultura celular de células da crista neural ajudando na demonstração da multipotencialidade dessas células.
O entendimento da diversificação de linhagens de células da crista neural, assim como a tentativa de identificar o destinos adotados das células enfrentam muitos obstáculos. 
Primeiro experimento realizado teve como base culturas clonais in vitro, nele foi evidenciado que células iguais se diferenciaram em diversos tipos de células como: células gliais, neurônios autonômicos, melanócitos e células cartilaginosas.
Cohen e Konigsberg em 1975, desenvolveram uma técnica de cultura onde um tubo neural explantado era cultivado in vitro.
As células da crista neural após a migração diferenciam-se em diversos outros tipos celulares.
Conclusão
As células da crista neural mostraram-se importantes para o desenvolvimento de uma grande variedade de células e tecidos no embriao vertebrado.
Suas rotas de migração são dificeis de identificar devido à extensão dos nervos periféricos e terminais nervosos.
A coordernação de suas funções fisiológicas através do sistema nervoso periférico e melhores formas de adaptação ao meio como: vasomotricidade dos vasos sanguineos periféricos e tela de proteção contra efeitos UV. 
Referências Bibliográficas
Le Douarin, N.M., Developmental Biology (2018), https://doi.org/10.1016/j.ydbio.2018.07.019 
NASSAR JÚNIOR, Antônio Paulo; MIRANDA, Paulo de; MACÉA, José Rafael. Uma revisão sobre as células da crista neural - Parte I: histórico e embriogênese. 2002. Disponível em: <http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?id_materia=2027&fase=imprime>. Acesso em: 12 out. 2018. 
 GILBERT, Scott F.. Biologia do Desenvolvimento. 5. ed. São Paulo: Funpec, 2003.

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