AULA 2 DIGESTÃO E ABSORÇÃO

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DIGESTÃO & ABSORÇÃO
PROCESSOS BIOLÓGICOS NO ORGANISMO ANIMAL
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
PROFESSORA CAMILA SERINA LASTA
DIGESTÃO E ABSORÇÃO
NUTRIENTES
SUBSTÂNCIAS SIMPLES: AMINOÁCIDOS, AÇÚCARES, ÁCIDOS GRAXOS, 
MINERAIS, VITAMINAS,...
ALIMENTOS
SUBSTÂNCIAS COMPLEXAS: MILHO, SOJA, CARNE, ...
DIGESTÃO E ABSORÇÃO
DIGESTÃO DE:
CHOs, proteínas, gorduras
ABSORÇÃO DE:
água, matéria mineral, ácidos graxos, açúcares 
simples, aminoácidos, vitaminas
CONJUNTO DAS TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS E FÍSICAS QUE OS ALIMENTOS PARA SE CONVERTEREM 
EM COMPOSTOS MENORES HIDROSSOLÚVEIS E ABSORVÍVEIS. TEM A FUNÇÃO DE MANTER O 
SUPRIMENTO DE ÁGUA, ELETRÓLITOS E NUTRIENTES DO ORGANISMO
TRATO GASTRINTESTINAL (TGI)
1 - DIGESTÃO
2 - ABSORÇÃO
3 - METABOLIZAÇÃO
4 - EXCREÇÃO
• FEZES
•URINA 
•SUOR 
•RESPIRAÇÃO
TRATO GI DE ALGUMAS ESPÉCIES
5
Herbívoro
ruminante
Herbívoro não
ruminante
Carnívoro
TIPOS DE DIGESTÃO
HIDROLÍTICA
X
FERMENTATIVA
ONÍVOROS/CARNÍVOROS
X
HERBÍVOROS
MECANICAMENTE
DILACERADO
(MASTIGAÇÃO)
ENZIMAS ORIGEM MICROBIANA
FERMENTATIVA
ALIMENTO
PEQUENAS
PARTÍCULAS
HIDROLÍTICA
ENZIMAS ORIGEM ANIMAL
FERMENTATIVA
PRODUTOS DA
HIDRÓLISE
FERMENTAÇÃO 
ANAERÓBICA
Proteína microbiana
ABSORÇÃO
ÁC. ACÉTICO
ÁC. PROPIÔNICO
ÁC. BUTÍRICO
+
CO2 + CH4
(Produtos de 
Excreção)
HIDROLÍTICA
DIGESTÃO: ESTÔMAGO
PEPSINA ATIVAPEPSINOGÊNIO
• ÁCIDO CLORÍDRICO  CÉLULAS PARIETAIS
pH 1,6 A 3,2  DESNATURAÇÃO PROTEICA
• PEPSINOGÊNIO (ZIMOGÊNIO INATIVO) => PEPSINA => POLIPEPTÍDEOS
HCL
Pepsina: destrói estrutura terciária e quaternária da proteína, aumentando a 
suscetibilidade dos aminoácidos à ação das enzimas pancreáticas 
DIGESTÃO: ID_DUODENO
 Duodeno: Enzimas pancreáticas e NaHCO3 (suco 
pancreático)
 Amilase pancreática
 Lipase pancreática, colesterol esterase
 Tripsinogênio => tripsina
 Quimotripsinogênio => quimotripsina
 Carboxipeptidases
 Enterócitos  borda em escova (absorção)
SUCO PANCREÁTICO
PRODUZIDO NO PÂNCREAS, SECRETADO NO DUODENO
CONTÉM ENZIMAS PARA A DEGRADAÇÃO DOS ALIMENTOS + NaHCO3
SUCO BILIAR
 Produzido pelo fígado
 Armazenado na vesícula biliar
 Vesícula biliar sobre ação da CKK
Função:
 Desdobrar gorduras
 Alcalinizantes
Colecistoquinina (do grego chole, 
"bile"; cysto, "saco/vesícula"; kinin, 
"mover")
DIGESTÃO: INTESTINO DELGADO
• Enzimas da Mucosa
• Oligossacarídios e pequenos 
peptídios são oxidados a 
monossacarídios e aminoácidos
Sacarase
Maltase, isomaltase
Lactase
Oligo-1,6-glicosidase
Aminopeptidases
Dipeptidases
 Absorção de água (a maioria absorvida no ID)
 Absorção de eletrólitos
 Fermentação de fibras
 Absorção de AGV
 Absorção de vitaminas grupo B e K
DIGESTÃO: INTESTINO GROSSO
DIGESTÃO DOS CHO’S
-Monossacarídeos: são os mais
simples
-Dissacarídeos: união de dois
monossacarídeos
-Polissacarídeos: união de centenas
ou milhares de monossacarídeos
INTESTINO DELGADO => ABSORÇÃO
Contém: maltase, sacarase, lactase
 Amilase pancreática e bicarbonato secretados 
pelo pâncreas
DIGESTÃO NOS MONOGÁSTRICOS
AMILASE 
SALIVAR (?)
BOCA
ACIDEZ 
INATIVA 
AMILASE
ESTÔMAGO
ENZIMAS 
PANCREÁTI
CAS
DUODENO
ESTÔMAGO
INTESTINO  Ação da amilase e…….
Função de misturar as partículas dos alimentos com 
as secreções gástricas
 Estômago não possui enzimas específicas para a 
quebra do carboidrato
SACARASE: SACAROSE → GLICOSE + FRUTOSE 
LACTASE: LACTOSE → GLICOSE + GALACTOSE
MALTASE: MALTOSE → GLICOSE + GLICOSE 
ABSORÇÃO 
COMO AÇÚCAR 
SIMPLES
Câmara fermentativa: omaso, abomaso, rúmen, retículo.
METABOLISMO DOS CH NOS RUMINANTES
HIDROLÍTICA
FERMENTATIVA
PRODUTOS DA
HIDRÓLISE
FERMENTAÇÃO 
ANAERÓBICA
Proteína microbiana
ABSORÇÃO
ÁC. ACÉTICO
ÁC. PROPIÔNICO
ÁC. BUTÍRICO
+
CO2 + CH4
(Produtos de 
Excreção)
Ruminantes: bovinos, ovinos, caprinos, girafas, veados, camelos, 
lhamas...
METABOLISMO DOS CH NOS RUMINANTES
 Equivalente ao dos monogástricos
 Até que o rúmen se desenvolva anatômica e bioquimicamente
METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS NOS RUMINANTES 
LACTENTES
DEPENDE DA 
INGESTÃO DE 
FORRAGENS
CELULOSE INSOLÚVEL
COMO 
QUEBRAR?
CELULASE
MICRO-ORGANISMOS DO RÚMEN
INTESTINO GROSSO DE CAVALOS E 
COELHOS
METABOLISMO DOS CH NOS RUMINANTES
METABOLISMO DOS CH NOS RUMINANTES
• O rúmen fornece o ambiente propício e fonte alimentar para o crescimento e 
reprodução dos microrganismos. 
• A ausência de oxigênio no rúmen favorece o crescimento de algumas bactérias 
que conseguem degradar a parede celular das plantas (celulose) em simples 
açúcares (glicose).
• Os microrganismos fermentam a glicose para obter energia para crescer e 
durante o processo de fermentação eles produzem ácidos graxos voláteis (AGV).
• Os AGV podem atravessar a parede ruminal – sendo o PROPIONATO a 
principal fonte de energia dos ruminantes.
• A taxa e a extensão da digestão no rúmen dependem, entre outros fatores, da 
natureza e do teor dos constituintes da parede celular e da disponibilidade 
ruminal de nitrogênio. 
METABOLISMO DOS CH NOS RUMINANTES
MICROORGANISMOS 
DO RÚMEN 
FERMENTAM 
ALIMENTOS FIBROSOS 
E SINTETIZAM 
NUTRIENTES
METABOLISMO DOS CH NOS RUMINANTES
Digestão de carboidratos produz AGVs, CO2, CH4
 Acético: 60 a 70%
 Propiônico: 15 a 25%
 Butírico: 10 a 20%
 30% da produção de gás metano: bovinos 
 Alta eructação; alta flatulência
DEPENDE DA DIETA!!
METABOLISMO DOS CH NOS RUMINANTES
CELULOSE; HEMICELULOSE; PECTINA; AMIDO (MILHO, SORGO, TRIGO, ...) 
GLICOSE
PIRUVATO
LACTATO
PROPIONATO
ACETIL CoA
BUTIRATO
OAA →SUCCINIL METANO
ACETATO
ENZIMAS 
BACTERIANAS NO 
RÚMEN
AGVs
Características:
 Libera energia a partir de 
açúcares e outras moléculas 
orgânicas
 Não requer O2, CK ou 
fosforilação oxidativa 
 Produz pequena quantidade de 
ATP
METABOLISMO DOS CH NOS RUMINANTES_FERMENTAÇÃO
METABOLISMO DOS CH NOS RUMINANTES_FERMENTAÇÃO
TODOS AGVs SÃO 
FORMADOS A PARTIR 
DO PIRUVATO
DIGESTÃO DOS LIPÍDEOS
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE LIPÍDEOS
Ação de lipase lingual e gástrica em lactentes
Intestino - são 4 fases:
1. Emulsificação;
2. Hidrólise ou digestão;
3. Formação de micelas;
4. Absorção
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE LIPÍDEOS
1. EMULSIFICAÇÃO
Quebra da gordura em gotas menores
facilitando a ação das lipases 
BILE
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE LIPÍDEOS
1. Emulsificação;
2. Hidrólise ou digestão;
3. Formação de micelas;
4. Absorção
TAG sofre ação das lipases:
→ Co-lipase retira os sais biliares que recobrem as gotículas
→ Lipase quebra os TAG
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE LIPÍDEOS
1. Emulsificação;
2. Hidrólise ou digestão;
3. Formação de micelas;
4. Absorção
• Os produtos da digestão dos lipídeos e outras 
moléculas (colesterol, lipoproteínas, vitaminas 
lipossolúveis) se juntam e formam as MICELAS
TAG
H20
H20
H20
H20
GRANDE GOTA DE TAG EMULSÃO LIPÍDICA
SAIS 
BILIARES
MICELAS 
HIDROSSOLÚVEIS
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE LIPÍDEOS
DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS
AMINOÁCIDOS: COMPOSTOS SIMPLES QUE CONTÊM UM GRUPAMENTO AMINA 
(-NH2) E UM ÁCIDO CARBOXÍLICO (-COOH).
PROTEÍNAS & AMINOÁCIDOS
C
O OH
CNH2 H
C
C
H H
H
HH



grupo ácido carboxílico
grupo amina
parte da molécula que 
diferencia os 20 aminoácidos
carbono 
PROTEÍNAS & AMINOÁCIDOS
INGESTÃO
&
ABSORÇÃO
“QUEBRA”
&
EXCREÇÃO
PROTEÍNAS moléculas muito grandes para serem absorvidas, necessidade de clivagem
ENZIMAS DIGESTIVAS  hidrolisam as ligações peptídicas
DIGESTÃO PROTEÍNAS
PEPSINA ATIVAPEPSINOGÊNIO
COMEÇA NO ESTÔMAGO
• ÁCIDO CLORÍDRICO  DESNATURAÇÃO PROTEICA
• PEPSINA  DESTRÓI ESTRUTURA TERCIÁRIA E QUATERNÁRIA DA PROTEÍNA, 
AUMENTANDO A SUSCETIBILIDADE DOS AMINOÁCIDOS À AÇÃO DAS ENZIMAS 
PANCREÁTICAS (TRIPSINA, CARBOXIPEPTIDASES)
HCL
enterócito
Proteína
polipeptídeos
peptídeos peptidases citoplasmáticas
di, tri AA+ AA + AA
AA AA
sangue
Transporte ativo
DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS
DIGESTÃO DE PROTEÍNAS NOS RUMINANTES
A PROTEÍNA MICROBIANA PODE SUPRIR DE 50 A 100% DA PROTEÍNA 
METABOLIZÁVEL EXIGIDA PARA BOVINOS
AMÔNIA, NITRATOS E UREIA
Fontes baratas de nitrogênio a partir de 
derivados de petróleo
São utilizados pelos microrganismos para 
síntese de suas proteínas no rúmen
É necessário aporte energético para que os 
microrganismos possam sintetizar proteínas a 
partir dos NNP
NITROGÊNIO NÃO 
PROTEICO (NNP)
DIGESTÃO DE PROTEÍNAS NOS RUMINANTES
Enzimas proteolíticas microbianas semelhantes à tripsina
Síntese de proteína microbiana no rúmen
No intestino sofrem hidrólise através das enzimas pancreáticas
Aminoácidos são absorvidos 
 Após a síntese proteica por parte da microbiota ruminal o 
processo passa a ser como nos monogástricos
DIGESTÃO DE PROTEÍNAS NOS RUMINANTES
Ingestão 
Fibras 
Vegetais
Protozoários 
fungos e 
bactérias
Degradação 
da proteína 
vegetal
Produção de 
proteína 
‘verdadeira’
Síntese 
Proteína 
Bacteriana
Digestão 
Bacteriana
Absorção
DIGESTÃO DE PROTEÍNAS NOS RUMINANTES
E APÓS A ABSORÇÃO?
AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS
As PROTEÍNAS sofrem contínua degradação no organismo.
Não há armazenamento de aminoácidos
Usados na síntese proteica ou....
Oxidados e excretados pela urina
http://www.patasdadas.com.br/
DÚVIDAS???
PARA PRÓXIMA AULA....
CHAMPE, P.C; HARVEY R.A.; FERRIER, D.R. Bioquímica Ilustrada. 5 Ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2012.
Unidade 5_Integração do Metabolismo
Efeitos Metabólicos da Insulina e do Glucagon
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