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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA ANTONIO VITOR SOUZA DE OLIVEIRA ELOY RAUL DA COSTA RODRIGUES FABIANNE LIS SANTOS DA SILVA REPRODUÇÃO ASSISTIDA HUMANA E SEUS ASPECTOS ÉTICOS Belém- PA Dezembro de 2018 ANTONIO VITOR SOUZA DE OLIVEIRA ELOY RAUL DA COSTA RODRIGUES FABIANNE LIS SANTOS DA SILVA REPRODUÇÃO ASSISTIDA HUMANA E SEUS ASPECTOS ÉTICOS PROJETO DE PESQUISA APRESENTADO AO CURSO DE BIOMEDICINA DA UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA, COMO REQUISITO PARCIAL PARA APROVAÇÃO NA DISCIPLINA DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO I (TCCI). Orientador: Prof. Dr: Clebson Pantoja Pimentel Belém- PA Dezembro de 2018 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 1.1. Breve Histórico da Reprodução Assistida Humana (RAH). ................... 4 1.2. Reprodução Assistida Humana ................................................................ 5 1.3. Aspectos Bioéticos da Reprodução Assistida Humana ......................... 7 2. JUSTIFICATICA .......................................................................................... 8 3. OBJETIVOS ................................................................................................ 9 3.1. Objetivo Geral. ........................................................................................... 9 3.2. Objetivos Específicos. ............................................................................... 9 4. MÉTODOLOGIA. ......................................................................................... 10 4.1. Tipo de Estudo ..................................................................................... 10 4.2. Base e Critérios para Seleção das Fontes ............................................. 10 CRONOGRAMA. ............................................................................................. 11 REFERENCIAS. ............................................................................................... 12 4 1. INTRODUÇÃO 1.1. Breve Histórico da Reprodução Assistida Humana (RAH). Historicamente a primeira Reprodução Assistida, ocorreu em 1332 realizada por árabes em equinos. No entanto em seres humanos esse método ocorreu em meados de 1494, quando foi realizado a inseminação artificial na rainda D. Joana de Portugal, sendo a mesma sem sucesso (BARBOSA 2003). Em 1978 nasce Louise Joy Brown (Figura 01), o primeiro “bebê de proveta” na Inglaterra. No ano de 1982 o parlamento inglês, na presidência de Mary Warnock, promoveu um ciclo de debates sobre a RA com a presença de vários profissionais como médicos, biomédicos, psicólogos e filósofos, onde originou o primeiro documento, que apenas foi publicado no ano de 1984 em forma de um relatório destacando os aspectos éticos e legais (UK, 1984) que se tornou referência na história de bioética (CORRÊA; 2015). Figura 01. Primeiro bebê de proveta no mundo, Louise Joy Brown. (Fonte. Adaptada de https://soumamae.com.br) No Brasil as pesquisas referentes a RA, começaram no ano de 1947, onde foi fundado no Rio de Janeiro a Sociedade Brasileira de Esterilidade (SBE) e em 1974 passou a ser denominada como Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH). No ano de 1982 é implantado na Faculdade de Medicina da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo o 1º laboratório de reprodução humana do Brasil e da América do Sul. Começou então uma atividade intensa em reprodução humana, após várias tentativas frustradas somente no ano de 1984 o Drº Milton Nakamura obteve êxito na primeira gravidez por fertilização in vitro, ocasionando em outubro do mesmo ano o nascimento do primeiro bebê de proveta Anna Paula Caldeira (Figura 02) em São José dos Pinhais no Paraná. (PEREIRA, 2011). Figura 02. Primeiro bebê nascido por RAH no Brasil, Anna Paula Caldeira. (Fonte: Adaptada de https://efemeridesdoefemello.com). 1.2. Reprodução Assistida Humana A Reprodução Assistida Humana (RAH) pode ser descrita como um conjunto de técnicas realizadas por médicos e biomédicos, no qual possibilitam pessoas com problemas de infertilidade e esterilidade o desejo de ter o filho biológico. No Brasil existem seis unidades de saúde pública que oferecem a população o tratamento destinado à infertilidade, onde a maioria das mesmas está concentrada no Estado de São Paulo. (CORREA,2001; SAMRSLA,2007) Os métodos atuais de RAH podem viabilizar que casais inférteis realizem o sonho da maternidade e paternidade, bem como, visam atender casais homossexuais que desejam constituir famílias e mulheres que desejam ser mães através da produção independente (SOUZA, ALVES,2016; BATISTA 2016). Existem diversas técnicas oferecidas no mercado sendo essas por sua vez classificadas de alta e baixa complexidade. As de baixa complexidade inclui-se a inseminação intrauterina (IIU) e coito programado, enquanto as de alta complexidade temos a fertilização in vitro, injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI) e transferência tubária de embriões. Serão tratados nesse trabalho as técnicas de Injeção intracitoplasmática de Espermatozoide (ICSI) e a Fertilização in vitro (FIV) (CORREA,2001; SOUZA, ALVES,2016). A Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides (ICSI) (Figura 03) incialmente era indicada para casos graves de infertilidade masculina, onde havia baixas concentrações de espermatozoides e alterações ou ausências de motilidade do mesmo, porém nos dias atuais é indicada para todos os casos relacionados com a infertilidade. Essa técnica injeta o espermatozoide diretamente dentro do óvulo, através de um equipamento (micromanipulador) dessa forma aumentando as chances de fertilização. (COSTA, 2016) Figura 03 - Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides (ICSI) (Fonte: Adaptada de https://www.mayoclinic.org) A Fertilização In Vitro (FIV) (Figura 04) é um método que realiza a manipulação dos gametas (feminino e masculino) em ambiente laboratorial para que ocorra a seleção e obtenção de embriões de boa qualidade. A FIV é indicada excepcionalmente em casos clássicos de obstrução tubária, porém também existem outras possíveis indicações relacionadas com: infertilidade devido ao fator masculino; infertilidade sem causa aparente; todas as causas que não responderam a outros tipos de tratamento (CORRÊA, 2001; AVELAR, 2008). Figura 04 - Fertilização In Vitro (Fonte: Adaptada de https://medicinareprodutiva.com.br) 1.3. Aspectos Bioéticos da Reprodução Assistida Humana Com a revolução da biotecnologia, esse assunto trouxe o surgimento de práticas que são utilizadas na reprodução humana que precisam de mais esclarecimentos, pois a ausência de legislações específicas destinadas a RAH implicam em graves dilemas éticos e legais. No Brasil vem sendo utilizada a Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) nº 2.168/2017 que normatiza o aperfeiçoamento de técnicas de reprodução assistida, enfatizando os princípios éticos e bioéticos, trazendo maior segurança e eficácia no seu procedimento. (MOREIRA, 2016) 2. JUSTIFICATICA Nos dias atuais casais inférteis procuram cada vez mais por métodos de reprodução assistida. Essa procura ocorre devido a diversosmotivos como: infertilidade masculina ou feminina, impossibilidades físicas de realizar o ato sexual, entre outras. Ainda existe a procura pela RAH por casais do mesmo sexo e mulheres solteiras que desejam realizar o sonho de paternidade e/ou maternidade. Porém em pleno século XXI, ainda existem mitos e desconhecimentos a respeito das técnicas de reprodução assistida humana. Diante disso nosso trabalho podemos ajudar para esclarecer melhor as técnicas de RAH, bem como, contribuir para desmistificar alguns aspectos que rondam o assunto. 3. OBJETIVOS 3.1. Objetivo Geral. Descrever os 02(dois) dos principais métodos de reprodução assistida humana no contexto atual de infertilidade conjugal. Assim como as leis estabelecidas dentro deste processo relacionado a infertilidade e suas questões ética. 3.2. Objetivos Específicos. Dissertar sobre o método de inseminação intracitoplasmática de espermatozóide, destacando suas vantagens e desvantagens; Discorrer sobre o método de fertilização in vitro, destacando os pontos positivos e negativos; Discutir sobre os aspectos éticos e legais da reprodução assistida humana no contexto atual. 4. MÉTODOLOGIA. 4.1. Tipo de Estudo Trata-se de estudo do tipo Revisão integrativa de literatura (RIL), através do modelo descritivo, com abordagem qualitativa. A revisão integrativa possibilita a síntese de vários estudos já publicados, permitindo a geração de novos conhecimentos, pautados nos resultados apresentados pelas pesquisas anteriores. (BROOME,2006). 4.2. Base e Critérios para Seleção das Fontes Para o desenvolvimento do trabalho foram selecionados trabalhos de conclusões de curso, artigos, dissertações e teses consultadas nas plataformas digitais como Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Portal CAPES e Literatura Latino-Americana en Ciencias de la Salud (Lilacs) publicados no período de 2010 a 2018. Como descritores foram utilizados os seguintes critérios de seleção, “inseminação artificial, reprodução assistida humana, reprodução assistida, bioética, técnicas de reprodução assistida, leis em reprodução assistida”. 5. CRONOGRAMA. ATIVIDADES AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL Idealização do Tema X Levantamento Bibliográfico X X Construção do Projeto de pesquisa X X X Correção e Revisão X Entrega do Projeto de Pesquisa X Apresentação do Projeto para Banca Examinadora X 6. REFERÊNCIAS. AVELAR, Ednara P. A responsabilidade civil médica em face das técnicas de Reprodução Humana Assistida. 269 f. Dissertação (Mestrado em direito) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2008 BARBOSA, R. Novas Tecnologias Reprodutivas Conceptivas: produzindo classes distintas de mulheres. In: GROSSI, M. et al (orgs.). Novas Tecnologias Reprodutivas Conceptivas: Questões e Desafios. Brasília: Letras Livres, 2003 p 41-52 BATISTA, Luiz Augusto Teixeira; BRETONES, Wagner Henrique Daibert; DE ALMEIDA, Rogério José. O impacto da infertilidade: narrativas de mulheres com sucessivas negativas pelo tratamento de reprodução assistida. Reprodução & Climatério, v. 31, n. 3, p. 121-127, 2016. BROOME, M. E. Integrative literature reviews for the development of concepts. In: RODGERS, B. L.; CASTRO, A. A. Revisão sistemática e meta-análise. 2006. Disponível em: <www.metodologia.org/meta1.PDF>. Acesso em: 20 out. 2018. CORRÊA, M. V. Novas tecnologias reprodutivas - limites da biologia ou biologia sem limites?. Rio de Janeiro: Editora UERJ; 2001 CORRÊA, Marilena CD; LOYOLA, Maria Andrea. Tecnologias de reprodução assistida no Brasil: opções para ampliar o acesso. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 25, p. 753-777, 2015. COSTA, Ivo Basílio Junior. Reprodução Humana Assistida: O acesso universal e igualitário à Fertilização in vitro no Sistema Público de Saúde como garantia do Direito Fundamental ao Planejamento Familiar. Universidade Estácio de Sá – RJ - 2016 MOREIRA, Raquel Veggi. Útero de Substituição Face à Bioética e ao Biodireito. XI jornadas latino-americanas de estudos sociais da ciência e da tecnologia, ANAIS..., Curitiba, 2016. PEREIRA, D, H, M. A história da reprodução humana no Brasil. Femina, v, 39, n. 2, p. 59-64, 2011. SAMRSLA, Mônica et al. Expectativa de mulheres à espera de reprodução assistida em hospital público do DF – Estudo bioético. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, 2007. SOUZA, Karla Keila Pereira Caetano; ALVES, Oslania de Fátima. As Principais Técnicas De Reprodução Humana Assistida. Revista Acadêmica do Instituto de Ciências da Saúde, 2016. Figura 01 – Disponível em https://soumamae.com.br/louise-joy-brown-primeiro- bebe-proveta/ - Acessado em 15 de novembro de 2018. Figura 02 – Disponível em: https://efemeridesdoefemello.com/2014/10/07/nasce-o- primeiro-bebe-de-proveta-do-brasil/ - Acessado em 15 de novembro de 2018. Figura 03 – Disponível em https://www.mayoclinic.org/tests-procedures/in-vitro- fertilization/multimedia/icsi - Acessado em 18 de novembro de 2018. Figura 04 – Disponível em https://medicinareprodutiva.com.br/fertilizacao-in- vitro/fertilizacao-in-vitro-fiv-tecnologia-a-servico-da-vida/ - Acessado em 23 de novembro de 2018.
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