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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENDO DE CIÊNCIA EXATAS E TECNOLÓGICAS ENGENHARIA QUÍMICA DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE CALORIMÉTRICA DO CALORÍMETRO E DO CALOR ESPECÍFICO DE UMA SUBSTÂNCIA JOAN SANTANA SANTOS (201310767) JOSÉ JOAQUIM B. A. R. DE OLIVEIRA (201311000) PAULO SIMÕES NETO (201311198) ILHÉUS – BAHIA 2015 JOAN SANTANA SANTOS (201310767) JOSÉ JOAQUIM B.A.R. DE OLIVEIRA (201311000) PAULO SIMÕES NETO (201311198) DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE CALORIMÉTRICA DO CALORÍMETRO E DO CALOR ESPECÍFICO DE UMA SUBSTÂNCIA Relatório apresentado como parte dos critérios de avaliação da disciplina CET941 - FÍSICO QUIMICA I. Turma P06. Dia de execução do experimento: 25/03/2015. Professor: Miriam Tokumoto ILHÉUS – BAHIA 2015 INTRODUÇÃO Para fenômenos que envolvem trocas de calor, costuma-se usar um calorímetro, que idealmente deve ser construído de maneira que não haja trocas de calor com o ambiente, constituindo um sistema isolado, pois também não permite trocas de massa. Estudando calorimetria, surgem dois componentes importantes: o calor específico e a capacidade calorífica. “O calor específico (c) de uma substância é a quantidade de calor necessária para elevar de um grau Celsius a temperatura de um grama da substância. A capacidade calorífica (C) de uma substância é a quantidade de calor necessária para elevar de um grau Celsius a temperatura de dada quantidade da substância” [1]. Define-se calor Q liberado ou absorvido por uma dada substância como: sendo a massa e a variação de temperatura devido à transferência de Q. Seguindo os princípios de termodinâmica com um sistema isolado, é possível fazer: Logo, num sistema com duas substâncias em um calorímetro: Desta maneira é possível determinar a Capacidade calorífica (CCALORÍMETRO) por meio da inclinação (derivada) da curva Q x ∆T: Para determinação do calor específico de um sólido A, conhecendo a Capacidade calorífica do calorímetro, faz-se: OBJETIVO Determinar a constante calorimétrica do calorímetro. Determinar o calor específico do Cobre e do Vidro, a partir do calor específico da água. MATERIAIS E MÉTODOS Materiais Água destilada; Cobre metálico; Vidro; Pipeta graduada 50mL; Pipeta graduada 25mL; Tubo de ensaio; Béqueres; Calorímetro; Aquecedor; Balança analítica; Métodos PARTE A Colocou-se no calorímetro 50,0mL de água destilada a temperatura ambiente. Aqueceu-se 50,0mL de água destilada até a temperatura aproximada de 70ºC. Estas temperaturas foram monitoradas. Adicionou-se rapidamente essa água quente à água fria no calorímetro, tampou-se, agitou-se para homogeneizar a solução resultante. Aferiu-se a temperatura de equilíbrio. O processo repetiu-se 3 vezes. PARTE B Pesou-se aproximadamente 3g da amostra sólida a ser utilizada (cobre ou vidro). O sólido foi colocado em um tubo de ensaio, e este levado a Banho Maria até que a água presente no béquer atingisse fervura, e por mais 5min. Adicionou-se 25mL de água destilada ao calorímetro. A temperatura foi monitorada a cada 15s, durante 1:45min. No instante t=2min, transferiu-se o metal quente ao calorímetro. Monitorou-se a temperatura por mais 3min a cada 15s. RESULTADOS E DISCUSSÃO PARTE A As temperaturas T1 da água fria, T2 da água aquecida, Te de equilíbrio, e suas devidas variações, aferidas em tréplica no experimento encontram-se explícitas na Tabela1. As massas m1 e m2, da água fria e quente, respectivamente, também são exibidas na tabela e foram calculadas considerando a densidade da água d=1g/ml. Tabela 1 – Dados do experimento na parte A. (i) 50g 50g 24ºC 70ºC 48ºC 24ºC 22ºC -4,16 cal/ºC (ii) 50g 50g 24ºC 72ºC 48ºC 24ºC 24ºC 0,00 cal/ºC (iii) 50g 50g 26ºC 76ºC 50ºC 24ºC 26ºC 4,16 cal/ºC MÉDIA 24ºC 24ºC 0,00 cal/ºC Utilizando as equações (1) a (3), temos que: Considerando que o calorímetro estava à mesma temperatura que a água fria antes da reação, e gozava da mesma temperatura de equilíbrio após a reação, temos que . Considerando também que o calor específico da água . Isto posto, a constante calorimétrica do calorímetro dar-se-á por: Desta forma, foi possível calcular os valores de exibidos na Tabela1. Diante do fato que as variações de temperatura e foram, em média, aproximadamente iguais, calcula-se que o calorímetro se aproxime de um ideal, com , com desvio padrão de . PARTE B Primeiramente pesou-se as amostras de vidro e de cobre: As temperaturas foram monitoradas em intervalos de 5 minutos e encontram-se na Tabela2: Tabela 2 – Monitoramento da temperatura: Cobre. Massa do Cobre: 5,8451g Tempo (min) T(ºC) Tempo (min) T(ºC) Tempo (min) T(ºC) 0:15 26 2:00 26 3:45 26 0:30 26 2:15 26 4:00 26 0:45 26 2:30 26 4:15 26 1:00 26 2:45 26 4:30 26 1:15 25 3:00 26 4:45 26 1:30 26 3:15 26 5:00 26 1:45 26 3:30 26 5:15 26 A partir dos valores obtidos na tabela 2, é possível elaborar um Gráfico 1: Para obter o calor específico do cobre, utiliza-se a equação 5. De acordo com a Parte A, temos que . Temos também que , já que foi pipetado 25mL; [2]; , já que o cobre foi colocado em banho-maria em água em ebulição; ), pois 24 era a temperatura ambiente da água. Comparando com o valor encontrado na literatura [3]: Calculando o erro relativo: Da mesma maneira, a variação de temperatura do vidro foi monitorada. Os valores obtidos encontram-se na tabela 3: Tabela 3 – Monitoramento da temperatura: Vidro. Massa do Vidro: 5,8613g Tempo (min) T(ºC) Tempo (min) T(ºC) Tempo (min) T(ºC) 0:15 22 2:00 26 3:45 25 0:30 22 2:15 26 4:00 25 0:45 23 2:30 26 4:15 25 1:00 23 2:45 26 4:30 25 1:15 22 3:00 25 4:45 25 1:30 23 3:15 25 5:00 25 1:45 23 3:30 25 5:15 25 Organizando em forma de gráfico: De maneira análoga à obtenção do calor específico do cobre, sabendo que , já que a água em temperatura ambiente estava a 24, a temperatura de equilíbrio era de 26 e , já que o vidro foi colocado em banho-maria em água em ebulição. Comparando com o valor encontrado na literatura [4]: CONCLUSÃO O valor encontrado para a capacidade calorífica foi de , com desvio padrão de , se aproximando de um calorímetro ideal, o que não é um absurdo devido a existência do erro experimental. O valor encontrado para a capacidade calorífica do cobre foi de , comparando-se com o valor teórico de , com um erro relativo de 25,79%, sendo considerado um valor alto. Encontrou-se para a capacidade calorífica do vidro . Comparando com o valor teórico de , obtém-se então um erro relativo de 68,31%, também considerado como um erro elevado. Os erros encontrados para a capacidade calorífica do cobre e do vidro foram elevados, o que pode ser explicado pela imprecisão do termômetro utilizado, em vista que na montagem do gráfico 1, por exemplo, obteve-se a mesma faixa de temperatura, tornando a curva quase constante, porém deveria haver uma leve variação no decorrer do experimento. Outra justificativa dá-se na graduação do termômetro, que era graduado em intervalos 2, aumentando a imprecisão na leitura. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] CHANG, Raymond. Química Geral – Conceitos Essenciais. São Paulo. Quarta Edição. 2001 [2] WolframAlpha. Specific Heat of water. Disponível em: http://www.wolframalpha.com/input/?i=specific+heat+of+water Acesso em: 13/04/2015 [3] WolframAlpha. Specific Heat of copper. Disponível em: http://www.wolframalpha.com/input/?i=specific+heat+of+copper Acesso em: 13/04/2015 [4] WolframAlpha.Specific Heat of glass. Disponível em: http://www.wolframalpha.com/input/?i=specific+heat+of+glass Acesso em: 13/04/2015
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