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Levantamento_de_lesoes_fundamentais.pdf

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Stomatos 37
Levantamento epidemiológico
de lesões fundamentais analisadas
no Centro de Saúde de Caxias do Sul
Epidemiologic survey of fundamental lesions analysed at the Health
Center in Caxias do Sul
José Carlos Bertotto
Patrícia Thomasi Macedo
_____
Endereço para correspondência: José Carlos Bertotto
Rua Alfredo Chaves 1657 Ap. 22 Caxias do Sul/RS 95020-460
E-mail.josecb@terra.com.br
RESUMO
Este trabalho, através da revisão de literatura científica tem a finalidade de auxiliar o clínico a
ordenar as lesões para o diagnóstico das afecções bucais. Descreve clinicamente as lesões fundamen-
tais detectadas na análise de 50 prontuários, num universo de 250. Estes 50 pacientes, portadores de
alguma lesão bucal, são oriundos da região Nordeste do Estado. O período de análise foi de junho de
1999 a junho de 2001. Os dados foram comparados quanto ao tipo de lesão fundamental, a localiza-
ção anatômica, o sexo, a raça e a idade dos pacientes. Foi constatada maior prevalência de nódulos
(20%) como lesão fundamental, e a língua (28%) como local preferencial das lesões analisadas.
Palavras-Chave: Lesões fundamentais, afecções bucais, língua.
ABSTRACT
This work, through a review of scientific literature, has the objective of helping the clinic to put
in order the lesions for the diagnostic of mouth desease. It describes clinically the fundamental
lesions detected in the analysis of 50 (fifty) profiles, in a universe of 250 (two handred and fifty).
These fifty patients, bearers of some mouth lesion, are from the Northeast region of the state. The
period of analysis was from June / 1999 until June / 2001. The dates were compared taking into
account the type of fundamental lesion, the anatomic localization, the sex, the race and the age of
_____
José Carlos Bertotto é Professor Regente do Curso de Odontologia da Universidade Luterana do Brasil nas Discipli-
nas de Semiologia e Estomatologia.
Professor Titular do Curso de Medicina da Universidade de Caxias do Sul, na Disciplina de Otorrinolaringologia.
Patrícia Thomasi Macedo é Acadêmica do Curso de Odontologia da Universidade Luterana do Brasil.
Stomatos Canoas V. 7 n.12/13 Jan./dez. 2001 p.37-42
38 Stomatos
INTRODUÇÃO
Atualmente, nos deparamos com as trans-
formações que vêm ocorrendo no campo da odon-
tologia, em que diagnósticos precoces são solu-
ções para inúmeras enfermidades, evitando, as-
sim, que quadros progridam para patologias mais
avançadas e oferecendo aos pacientes tratamen-
tos mais simples e curativos.
As alterações morfológicas dos tecidos são
características em muitas lesões e podem ser clas-
sificadas como lesões básicas, elementares ou fun-
damentais.
Existem, pelo menos, sete tipos de lesões fun-
damentais que podem aparecer na boca. São as
manchas, placas, úlceras, erosões, vesículas ou
bolhas, pápulas e nódulos. Tais lesões são o fun-
damento básico para que se possa diagnosticar,
tratar e acompanhar a evolução das doenças.
A finalidade do conhecimento macroscópico
de cada uma delas serve para a análise e o co-
nhecimento de seu aspecto clínico. As hipóteses
diagnósticas fundamentam-se, especialmente, na
história e características clínicas de cada uma destas
lesões.
O objetivo do presente trabalho é apresen-
tar os principais aspectos clínicos, etiológicos, lo-
calizações anatômicas preferenciais e tratamento
destas entidades fundamentais que ocorrem na
boca. São descritos exemplos de cada uma, de
modo que possa facilitar o processo de elabora-
ção do diagnóstico.
CONCEITO - LESÕES FUNDAMENTAIS
Castro (1995) diz que lesões fundamentais
são alterações dos tecidos causadas por processos
inflamatórios, degenerativos, circulatórios, tumo-
rais, metabólicos ou por defeitos de formação. O
processo patológico pode ser observado com o
reconhecimento prévio dos aspectos normais e de
suas variações.
Colemann, Nelson (1996) salientam que a clas-
sificação inicial da lesão bucal é baseada nos tecidos
afetados como também na superfície da mucosa,
nos tecidos moles subjacentes ou no osso. Além disso,
algumas condições são caracterizadas por anorma-
lidades múltiplas afetando diferentes tecidos ou locais
anatômicos. Para uma anormalidade ser considera-
da de lesão primária, a classificação deve ser feita
com base na aparência da lesão.
Mancha ou Mácula
Segundo Tommasi (1998), mancha ou má-
cula é a modificação da coloração normal da mu-
cosa, sem que haja elevação ou depressão tecidu-
al. Apresentam cor, tamanho e forma bastante
variadas, podendo sua origem ser devido à pre-
sença de melanina ou outras causas (Figura 1).
Placa
Tommasi (1998) diz que placa são lesões ele-
vadas em relação ao tecido normal, são mais exten-
sas que espessas, consistentes à palpação e a super-
fície pode ser rugosa, verrucosa, ondulada, lisa ou
apresentar diversas combinações desses aspectos.
Para Castro (1995), as placas tem tamanho
variável, são bem nítidas e preferentemente de cor
branca ou o branco amarelado (Figura 2).
the patients. It was noted the higher prevail of nodules (20%) as fundamental lesions, and the
tongue (28%) as the preferential place of the analyzed lesion, mouth desease, tongue.
Key words: Fundamental lesions, mouth desease, tongue.
Figura 1: Aspecto clínico da mancha.
Stomatos 39
Úlcera
Tommasi (1998) afirma que as úlceras são
lesões de solução de continuidade da mucosa, com
exposição do tecido conjuntivo subjacente. Para
Tommasi (1998), o termo úlcera é para designar
lesão de caráter crônico (persistem por semanas
ou meses); ulcerações correspondem a lesões de
curta duração. Já, Tommasi (1998), classifica úl-
ceras e ulcerações como lesões secundárias de-
correntes da evolução de lesões primárias como
bolhas/vesículas/nódulos.
Para Boraks (1996) a úlcera, em geral, é
acompanhada de halo eritematoso com exsudato
na porção mais central, sendo dolorida e podendo
sangrar (Figura 3).
da mucosa, tornando-a fina, plana e de aparên-
cia frágil (Figura 4).
Vesícula ou Bolha
Tommasi (1998) considera vesícula as lesões
que não ultrapassam a cinco milímetros de diâmetro
e a bolha é de tamanho maior que cinco milímetros.
Castro (1995) reforça que o estudo em con-
junto destas lesões se justifica por apresentarem
características semelhantes em que o acúmulo de
líquido intra ou subepitelial propicia uma eleva-
ção localizada no epitélio. Seu conteúdo pode ser
saliva, sangue ou líquido cístico e a membrana
que reveste a vesícula ou bolha pode ser mais ou
menos espessa (Figura 5).
Pápula
Para Boraks (1996), pápula trata-se de uma
elevação circunscrita de conteúdo sólido, de pe-
quenas dimensões, de até três milímetros de di-
mensão.
Segundo Tommasi (1998), podem ser únicas
ou múltiplas de superfície lisa, rugosa ou verrucosa,
Figura 2: Aspecto clínico da lesão da placa.
Figura 3: Aspecto clínico de uma úlcera.
Erosão
Para Tommasi (1998), erosão é a perda par-
cial do epitélio sem exposição do tecido conjunti-
vo. É uma das lesões mais freqüentes em que apa-
recem vários processos patológicos, predominan-
temente de origem sistêmica, produzindo atrofia
Figura 4: Aspecto clínico da lesão da placa.
Figura 5: Aspecto clínico de uma vesícula.
40 Stomatos
arredondadas ou ovais, ponteagudas ou achatadas.
Quando aglomeradas, constituem a chamada placa
papulosa. Diferenciam-se dos nódulos, particular-
mente, quando são pápulas únicas apenas pelo ta-
manho. É importante notar que todo nódulo foi em
determinada época de sua evolução uma pápula que,
ao crescer, deu lugar ao nódulo (Figura. 6).
Nódulos
Para Boraks (1996) nódulos consistem uma
elevação circunscrita, de conteúdo sólido, maior
que três milímetros.
Já Castro (1995) afirma que a formação dos
nódulos é arredondada ou ovalada, subcutânea ou
submucosa. Pode localizar-se na profundidade dos
tecidos, mais próxima da superfície (Figura7).
dem apresentar superfície papilar, verrucosa ou lisa.
A designação tumor costuma ser utilizada para de-
signar nódulos com diâmetro superior a dois centí-
metros. Como esta terminologia caracteriza um gru-
po bem específico de entidades mórbidas e apenas
parte das lesões nodulares são, na realidade, tumo-
res, prefere-se aplicar a palavra nódulo em sentido
bem mais amplo, sem especificar limites, baseados
em dimensões da lesão.
MATERIAIS E MÉTODOS
Amostra
Foram objeto deste estudo cinqüenta pron-
tuários, num universo de duzentos e cinqüenta
pacientes, selecionados aleatoriamente, oriundos
da região Nordeste do Estado. Os pacientes pro-
curaram atendimento no Serviço de Diagnóstico
Bucal do Centro de Saúde do município de Caxias
do Sul, Rio Grande do Sul, no período de junho
de 1999 a junho de 2001.
Todos os pacientes analisados apresentavam
algum tipo de lesão fundamental em diferentes
regiões da boca.
Procedimento
Realizada a anamnese, os dados de identifi-
cação eram catalogados e os pacientes, submeti-
dos à ectoscopia (inspeção extrabucal) e orosco-
pia (inspeção intrabucal). Os exames complemen-
tares solicitados foram: o micológico, o sorológi-
co, laboratoriais e a biópsia.
Materiais Utilizados
Ficha clínica, jaleco, luvas de procedimen-
tos, máscaras descartáveis, abaixadores de lín-
gua descartáveis, gaze e material de expediente.
Instrumento de Coleta de Dados
Na coleta de dados foi utilizada a ficha clíni-
ca, realizado o exame físico e solicitados exames
complementares.
Análise de Dados
Primeiramente, foram analisados separada-
mente os achados clínicos de cada paciente. As
lesões foram classificadas como lesões fundamen-
tais, entre elas: mancha, placa, úlcera, erosão,
bolha, pápula e nódulo. Os dados foram agrupa-
dos e comparados quanto ao tipo de lesão funda-
mental, região anatômica, sexo, idade e raça.
Figura 7: Aspecto clínico da lesão do nódulo.
Tommasi (1998) diz que os nódulos podem ser
pediculados quando o seu maior diâmetro é superior
ao da base de implantação ou séssil quando a base é
maior. Quando a origem é conjuntiva, normalmente
apresentam a superfície da lesão recoberta por epi-
télio de aspecto normal, já os de origem epitelial po-
Figura 6: Aspecto clínico da lesão de pápula.
Stomatos 41
RESULTADOS
Prevalência quanto ao Tipo de Lesão
Fundamental
Quanto ao tipo de lesão fundamental, a
maior ocorrência é sob a forma de nódulo com
20% das lesões analisadas. As bolhas tiveram 18%
e 16% dos casos eram placas, seguidos de 14% de
úlceras e 12% de pápulas. As lesões fundamentais
de menor prevalência foram as manchas e ero-
sões com 10% cada uma (Gráfico 1).
Em nossa amostra, foram encontradas as
seguintes lesões: mucocele – 8 (oito); leucopla-
sia – 8 (oito); papiloma – 6 (seis); carcinoma
epidermóide – 5 (cinco); granuloma piogênico
– 5 (cinco); fibroma – 3 (três); língua geográ-
fica – 3 (três); mancha azul – 3 (três); ranula
– 1 (um); impetigo infeccioso – 1 (um); para-
coccidioidomicose – 1(um); granuloma de cé-
lulas gigantes – 1(um); mancha vermelha – 1
(um); lipoma – 1 (um); líquen plano erosivo –
1(um); eritroplasia – 1 (um); úlcera traumáti-
ca – 1 (um).
Prevalência das Lesões quanto à Região
Anatômica
Quanto à região anatômica de maior ocor-
rência das lesões na boca, tem-se a língua com
28% dos casos, seguidos da mucosa jugal com
22% e o lábio inferior com 20%. Encontramos
lesões bucais não tão intensas na gengiva com
12%, no palato duro com 6%, seguido do palato
mole com 4%. Os locais de menor ocorrência das
enfermidades bucais foram o assoalho de boca, o
lábio superior, a mandíbula e a área retromolar
com 2% cada área (Gráfico 2).
Prevalência quanto ao Tipo de Lesão 
Fundamental
20%
18%
16%14%
12%
10%
10%
nódulo
bolha
placa
úlcera
pápula
erosão
mancha
Gráfico 1: Prevalência quanto ao tipo de lesão fundamental.
Prevalência das Lesões quanto ao Sexo
58%
42%
Feminino
Masculino
Gráfico 3: Prevalência das lesões quanto ao sexo.
Prevalência das Lesões quanto ao Sexo
Numa comparação entre os sexos, as lesões
manifestam-se em uma proporção quase igual.
Observa-se uma pequena pré-disposição do sexo
feminino com 58% em relação ao sexo masculino
com 42% (Gráfico 3).
Prevalência das Lesões quanto a Raça
Analisando a raça dos pacientes, verificou-
se uma alta prevalência de lesões na raça branca,
com 94%, diferente da raça negra com 6% de
ocorrência dos casos (Gráfico 4).
Prevalência das Lesões quanto à Raça
94%
6%
Branca
Negra
Gráfico 4: Prevalência das Lesões quanto a Raça.
Prevalência das Lesões quanto a Idade
Comparando-se as idades dos pacientes,
Prevalência das Lesões quanto à Região 
Anatômica
28%
22%20%
12%
6%
4%
2%
2%
2%
2%
língua
mucosa jugal
lábio inferior
gengiva
palato duro
palato mole
área retromolar
assoalho de boca
lábio superior
mandíbula
Gráfico 2: Prevalência das lesões quanto à região anatômica.
42 Stomatos
constatou-se que a faixa etária de maior ocorrên-
cia de lesões na boca é entre 21 e 40 anos, com
36% das lesões; seguidos da faixa etária acima dos
60 anos com 26%; de 41 a 60 anos com 20%.
Com menor prevalência de lesões as idades de 0 a
20 anos com 18% (Gráfico 5).
As lesões do tipo úlceras localizam-se pre-
ferencialmente na língua e no lábio inferior, con-
firmando o que relata a literatura segundo Araú-
jo, Araújo (1984).
Analisando a ocorrência das lesões quanto a
raça, constatou-se alta prevalência das afecções
bucais na raça branca. Estes dados podem estar
correlacionados ao fato de a Região na qual as le-
sões foram analisadas ser de colonização italiana.
CONCLUSÃO
Com base nos dados coletados no desen-
volvimento deste trabalho, pode-se afirmar que:
As lesões mais freqüentes que acometem a
boca são em forma de nódulo.
A localização anatômica preferencial das
lesões analisadas é a língua.
A faixa etária de maior ocorrência dos ca-
sos situa-se entre 21 a 40 anos, com predomínio
na terceira década de vida.
A raça branca foi a mais atingida, e a distri-
buição entre os sexos foi praticamente a mesma.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, N.S.; ARAÚJO, V.C.. Patologia Bucal. São Paulo:Artes
Médicas, 1984. p. 58.
BORAKS, S. Diagnóstico Bucal. São Paulo: Artes Médicas,
1996. 
CASTRO, A.L. Estomatologia. 2ª ed. São Paulo: Santos, 1995.
COLEMAN, G.C.; NELSON, J.F. Princípios de Diagnóstico
Bucal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996. p.
182-186.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Disponível em: www@altavista.com.br
Acesso em 2001.
REGEZI, J.A.; SCIUBBA, J.J. Patologia Bucal Correlações
Clínico Patológicas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
1991. p. 0-19; 0-36.
TOMMASI, A.F. Diagnóstico em Patologia Bucal. 2ª ed. 3ª re-
impressão. São Paulo: Poncast Editorial, 1998. p. 82-90.
TORREÃO, A.C.R.; RABELO, M.L.M.; SOARES, P.L.; NU-
NES, R.B.; ANDRADE, E.S. S. Levantamento Epide-
miológico de Biópsias da Região Buco-maxilo-facial En-
caminhadas ao Laboratório de Patologia Bucal da Fa-
culdade de Odontologia de Pernambuco. Disponível em:
www@altavista.com.br Acesso em: 2001.
Prevalência das Lesões quanto a Idade
36%
26%
20%
18%
21 a 40 anos
acima de 60 anos
41 a 60 anos
0 a 20 anos
Gráfico 5: Prevalência das lesões quanto a idade.
DISCUSSÃO
Após obtidos os resultados da pesquisa reali-
zada no Serviço de Saúde Bucal de Caxias do Sul,
encontraram-se alguns aspectos relevantes na dis-
tribuição das lesões na boca. Entre eles está o fato
de que a maior ocorrência das lesões fundamen-
tais do tipo nódulo (20%), o quedifere do estudo
realizado por Torreão et al. (2001), no qual as
manchas tiveram a maior prevalência com 11,94%
dos casos verificados.
Analisando as lesões do tipo placa, consta-
tou-se que, quanto a faixa etária, 75% das pla-
cas acometeram indivíduos abaixo dos 50 anos
ao contrário do que relata o MINISTÉRIO DA
SAÚDE (2001) que diz que as placas ocorrem
com maior freqüência em indivíduos com mais
de 50 anos de idade.
Nos casos de lesões sob a forma de erosão
analisados, houve uma leve predominância pelo sexo
feminino numa proporção de 2:1, concordando com
a literatura segundo Regezi, Sciubba (1991).
De todos os casos verificados, constatou-se
que a idade de maior ocorrência das lesões na boca
situa-se entre 21 e 40 anos, com predominância
pela terceira década, concordando com o estudo
de Torreão et al. (2001), em que as lesões por eles
estudadas tiveram predominância na terceira dé-
cada de vida.

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