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APS - ADULTO I

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Atividade Prática Supervisionada (APS)
 
EST. EM CLÍNICA INTEGRAL DO ADULTO I
Aluna: Roberta Helena Oliveira Cabral
Ra: 8084410
ATIVIDADE 1 : O aluno deverá fazer um relatório das principais alterações de normalidade da cavidade oral, por meio de pesquisa em bases de dados, onde deverá cumprir, da forma como melhor lhe convier, todos os itens descritos a seguir:
a) Pesquisar, em ambientes virtuais ou presenciais, as alterações de normalidade da cavidade oral, informando a fonte da informação. 
b) Analisar os resultados que você espera que estas ações gerarão para a rotina de atendimento na clínica odontológica.
c) Estabelecer uma relação conceitual entre ação, os resultados esperados e o que foi aprendido em aula.
d) Formatar o trabalho conforme normas da ABNT e postar na BlackBoard. 
As alterações de normalidade da mucosa bucal são aquelas que não apresentam obrigatoriamente caráter de doença, tratando-se tão somente de um “desvio de normalidade”, mesmo assim, essa condição não exime o profissional de efetuar um exame clínico detalhado e completo referente à alteração diagnosticada. Representadas por Grânulos de Fordyce, Varicosidades, Tórus Mandibular e Palatino, Língua fissurada, Glossite Romboidal Mediana, Leucoedema, Língua Pilosa, Glossite Migratória Benigna, entre outras, as alterações de normalidade são relativamente comuns, apresentando componentes genéticos e tendo sua frequência aumentada conforme a idade. O seguinte estudo teve o objetivo de verificar as mais frequentes alterações de normalidade, abordando suas características clínicas e histológicas, observadas em pacientes adultos atendidos no componente curricular de Diagnóstico VI e Clínica Integrada I, da Universidade do Oeste de Santa Catarina, entre os anos de 2012 e primeiro semestre de 2013. Foram analisados sessenta e sete prontuários (67), observando-se que 11,9% dos pacientes atendidos apresentaram algum tipo de alteração de normalidade, prevalecendo as varicosidades, que representaram 4,4% das alterações encontradas, seguida de Glossite Migratória Benigna, em 2,9% dos pacientes atendidos pela clínica. Foi encontrado também Língua Pilosa (1,4%), Lábio Duplo (1,4%) e Glossite Romboidal Mediana (1,4%). O estudo das alterações de mucosa que ocorrem na cavidade bucal é de grande relevância para a prática clínica odontológica, nesse contexto, o cirurgião-dentista deve estar apto a reconhecer e diferenciar as estruturas bucais normais e as variações de normalidade além das alterações patológicas que podem estar presentes da cavidade bucal, verificando-se os possíveis fatores associados com a sua ocorrência.
Martins, J. B., da Silva, A. P. R., Bandeira, A. P., Bellaver, F., Broering, F., & Lenzi, D. (2013). PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DE NORMALIDADE DA MUCOSA BUCAL NA UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA (UNOESC). Ação Odonto, 1(1), 15. Recuperado de https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/acaodonto/article/view/3887
LÍNGUA GEOGRÁFICA
Glossite migratória benigna, eritema benigno ou língua geográfica é uma alteração de etiologia desconhecida, embora acredita-se que possa estar relacionada ao stress ou distúrbios psicogênicos. Possui predileção por crianças e adultos jovens, sendo encontrada aproximadamente em 2% da população dos estados unidos, sendo ligeiramente mais frequente nas mulheres que nos homens (3).
Clinicamente apresente-se como múltiplas áreas planas avermelhadas com despapilação das papilas filiformes, formando figuras circinadas. São delimitadas por uma linha branca ou branca-amarelada de bordas bem definidas. Nas áreas de despapilação das papilas filiformes, permanecem como pequenas pápulas avermelhadas, as papilas fungiformes. Caracteristicamente ocorre uma repapilação das áreas despapiladas e uma despapilação de áreas anteriormente normais. Esse fenômeno de despapilação-repapilação dá um aspecto de “mapa” sendo por isso denominada de língua geográfica .
Usualmente a língua geográfica é uma condição assintomática. Em alguns casos, porém, os pacientes podem relatar irritação ou sensibilidade relacionados ao consumo de alimentos condimentados e bebidas alcoólicas. Uma alteração normalmente associada a língua geográfica é a língua fissurada e nesses casos a sintomatologia tende a ser mais evidente, graças a um excesso de crescimento de c. albicans nas fissuras. Devido a condição benigna e assintomática desta condição não é necessário tratamento. Nos casos onde haja sintomatologia dolorosa, a administração de anti-inflamatórios esteróides de uso tópico pode levar a uma melhoria do quadro. Embora tenha sido proposto, o tratamento com vitaminas do complexo B, não se mostrou eficaz quanto a sua atuação. No brasil estudos confiáveis dão conta que essa normalidade compromete 5% dos adultos jovens, não apresentando maior significado clínico .
 
GLOSSITE ROMBÓIDE MEDIANA
Antigamente, considerava-se a glossite rombóide mediana como sendo uma anomalia congênita resultante da não fusão das metades laterais, antes que o tubérculo ímpar se interpusesse entre elas. Hoje acredita-se que sua etiologia esteja relacionada com uma infecção crônica causada pela c. albicans. Seu papel no aparecimento da lesão ainda não foi precisamente determinado. Segundo Gallina, 1968, não tem predileção por sexo ou raça, estando presente em aproximadamente 3,35% da população. É uma alteração que existe desde o nascimento, mas sua observação só pode ser feita com o crescimento da criança.
Clinicamente apresenta-se como uma zona avermelhada, despapilada, de forma rombóide ou oval, localizada na linha média do dorso lingual, imediatamente à frente das papilas valadas.
Frequentemente, forma uma massa composta por vários nódulos de limites irregulares, lisos e indolores. Deve ser considerado como diagnóstico diferencial o carcinoma espino celular de dorso de língua. Não existe tratamento para a glossite rombóide mediana a não ser a aplicação de anti-fúngicos, mesmo estes não tendo efetividade comprovada.
 
LÍNGUA FISSURADA
A língua fissurada é a alteração mais comum da língua e que segundo Gallina ( 1968 ) está presente em cerca de 5,92% da população . Não tem predileção por sexo e sua incidência parece aumentar com a idade. A irritação crônica e as deficiências vitamínicas são consideradas como possíveis fatores etiológicos, mas são necessários dados mais conclusivos. Aceita-se a etiologia da língua fissurada como sendo uma anomalia de desenvolvimento.
Manifesta-se clinicamente por um sulco central profundo no dorso, associado a numerosas fissuras secundárias que partem deste para as bordas da língua. O sulco central geralmente é mais profundo que os secundários que possuem simetria entre si.
Na maior parte dos casos é uma característica que passa sem ser notada pelo paciente, a não ser que inicia-se um processo de glossodinia e macroglossia com consequente edentação nas bordas.
É uma alteração usualmente indolor mas que pode apresentar sintomatologia graças ao acumulo de alimentos nos sulcos. Havendo a fermentação dos restos alimentares, instala-se um quadro de ardor e irritação, consequente à instalação do processo inflamatório.
Não existe tratamento especifico para a língua fissurada, mas deve se orientar o paciente a promover higienização através de escovação e bochechos.
LEUCOEDEMA
Até o momento ainda não foi estabelecida a causa ou etiologia do leucoedema, apesar de ser um achado clínico comum, em cerca de 70% da população negra (9). Parece ser uma anomalia de desenvolvimento, se bem que alguns autores relacionam essa anomalia com má higiene bucal e padrões anormais de mastigação. Leucoedema é usualmente um achado acidental. é assintomático , de distribuição simétrica e encontrado na mucosa jugal. apresenta-se como um área esbranquiçada ou leitosa . Nos casos mais acentuados pode-se notar uma alteração textural da superfície.
Um elemento clínico extremamente importante no diagnóstico do leucoedema é o fato de que ao se distender a mucosa jugal , a lesão desaparece, retornando quando deixamos de exercer a tração. O leucoedemanão tem significado patológico, nem requer tratamento por ser inócuo.
Doenças como o nevo branco esponjoso, leucoplasia e líquen plano devem fazer parte das hipóteses diagnosticas tendo em vista sua semelhança com o leucoedema.
TOROS E EXOSTOSES
Os toros e exostoses são protuberâncias localizadas na superfície perióstica da maxila e mandíbula do osso adulto, cuja designação precisa depende da localização anatômica. embora, possa ocorrer na maxila e mandíbula em qualquer localização e idade, a maior prevalência é evidenciada na língua mediana do palato (20%), sendo que nessa região recebe o nome de toros palatinos (1,9). Esse tipo de toro predomina nas mulheres, normalmente antes da terceira década.
A segunda localização mais comum é na mandíbula (8%), onde há anormalidade se situa na face lingual da região de pré-molares e molares, sendo denominado nessa localização de toros mandibulares, afetando ambos os sexos igualmente (1,9).
Clinicamente os toros se caracterizam por massa óssea de crescimento lento e assintomático, revestido por mucosa normal. Os toros formam configurações variadas referidas como nodular, fusiforme, lobular ou achatada de tamanho variado (1,6,8,9,11). As exostoses são excrecências ósseas múltiplas que ocorrem menos comumente que os toros . São nódulos ósseos assintomáticos, que estão presentes ao longo da face vestibular do osso alveolar. essas alterações são notadas com maior frequência nas porções posteriores da maxila e mandíbula. Radiográficamente se apresentam como áreas radiopacas circunscritas ou difusas. A etiologia dessas anormalidades permanece obscura, embora tenham sido apresentadas evidencias sugerindo uma condição hereditária dos toros. Já nas exostoses, tem sido sugerido que esses crescimentos ósseos representam uma reação aumentada às forças oclusais dos dentes nas áreas envolvidas. Essas lesões são de pouco significado clinico . O tratamento dos toros e exostoses é desnecessário, a menos que seja exigido por questões protéticas ou tramas freqüentes à mucosa suprajacente.
 
PIGMENTAÇÃO RACIAL
Pigmentação racial , pigmentação melânica ou melanose racial são denominações de manchas de coloração escura localizada em área da mucosa bucal de indivíduos da raça negra . Apesar de serem extremamente comuns, alguns indivíduos não as apresentam . A maior prevalência da pigmentação racial é em áreas de gengiva inserida, seguida da mucosa jugal, palato e língua.
Em alguns casos, as lesões localizadas na mucosa jugal língua podem deixar dúvidas quanto ao diagnóstico e prognóstico, razão pela qual indica-se a realização de biópsia para exclusão de outras patologias.
Por se tratar de alteração benigna e sem maiores consequências , não requer tratamento. Nem tanto , quando a pigmentação for única, de bordas irregulares e ulcerada, devemos afastar a hipótese de melanoma.
GRÂNULOS DE FORDYCE
São glândulas sebáceas ectópicas, pois estes são anexos naturais da pele e não da mucosa bucal. Clinicamente aparecem como pequenas pápulas amareladas, pouco elevadas de diâmetro não superior à 2mm ( desde que não estejam coaptadas ). Usualmente encontram-se unidas formando conglomerados que localizam-se com mior frequência na mucosa jugal ( região posterior ) e na mucosa labial.
Há um aumento significativo da prevalência dos grânulos de fordyce com a idade. Não apresenta nenhum significado patológico e portanto não deve ser tratado. A importância do correto diagnóstico é o fato de poder-se orientar os pacientes quanto ao aspecto benigno desta alteração.
CONCLUSÕES
A análise e estudo das alterações bucais não patológicas, nos permitiu chegar a algumas conclusões a saber :
– O conhecimento profundo da anatomia bucal é de fundamental importância para a elaboração de um diagnóstico correto,
– O exame clinico detalhado e completo é fundamental na elaboração de hipótese diagnóstica confiável,
– O conhecimento de alterações comuns da cavidade bucal é necessário para que o cirurgião-dentista tranquilize seus pacientes quanto ao seu prognóstico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BHASKAR, S. N. PATOLOGIA BUCAL. 5.ED. SÃO PAULO, ARTES MÉDICAS, 1993.
2. CERRI, A. ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA PREVALÊNCIA DE POSSÍVEIS DOENÇAS PROFISSIONAIS EM CIRURGIÕES-DENTISTAS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. 63p. SÃO PAULO, 1991. TRABALHO DE DOUTORADO – FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA USP.
3. GALLINA, L. “ESTATÍSTICA SOBRE FREQUENCIA DE LÍNGUA ESCROTAL, LÍNGUA GEOGRÁFICA, LÍNGUA NEGRA PILOSA, GLOSSITE ROMBÓIDE MEDIANA, ANQUILOGLOSSIA EM 3274 ESTÔMATO-PACIENTES.” RESSEGNA INTERNAZIONALE DI STOMATOLOGIA PRÁTICA, 19 : 261-67, 1968.
4. JANUTZ, E.; MELNIK, J. L.; ADEBURG, E. A. MICROBIOLOGIA MÉDICA. RIO DE JANEIRO, GUANABARA KOOGAN, 1982.
5. LEVENE, G.M. & CALNAN, C.D. ATLAS DE DERMATOLOGIA. RIO DE JANEIRO, ATHENEU, 1978
6. REGEZI & SCIUBBA PATOLOGIA BUCAL – CORRELAÇÕES CLINICO PATOLÓGICAS GUANABARA KOOGAN, RIO DE JANEIRO, 1991
7. ROBBINS, S.L.; COTRAN, R.S.; ZUMAR, Y. PATOLOGIA ESTRUTURAL E FUNCIONAL. 3 ed. RIO DE JANEIRO, GUANABARA KOOGAN, 1984.
8. SONIS, S.T.; FAZIO, R.C.; FANC, L. MEDICINA ORAL. RIO DE JANEIRO, INTERAMERICANA, 1985
9. TOMMASI, A. F. DIAGNÓSTICO EM PATOLOGIA BUCAL. 2.ed. SÃO PAULO, PANCAST, 1989
10. WOLOSKER, M. & MURACO, B. CLÍNICA MÉDICA 3.ed. RIO DE JANEIRO, GUANABARA KOOGAN, 1984
11. ZEGARELLI, E.V.; KUTSCHER, A.H.; HYMAN, G.A. DIAGNÓSTICO DAS DOENÇAS DA BOCA E DOS MAXILARES. 2ed. RIO DE JANEIRO, GUANABARA KOOGAN, 1981
12. ZWEMER, J.D. & WILLIANS, J.E. LOURNAL OF THE AMERICAN COLLEGE OF DENTISTS, 54 (4) : 07-13, 1987

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