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Prestações da Previdência Social e Benefícios. Período de Carência. Salário Benefício. Renda Mensal dos Benefícios. Reajustes dos Benefícios. Pagamento dos Benefícios. Cumulação de Benefícios. Prescrição. Tempo de Serviço e Contagem Recíproca. Auxílio-Doença. Aposentadoria por Invalidez. Aposentadoria por Tempo de Contribuição. Aposentadoria por Idade. Aposentadoria Especial. Auxílio Acidente. Pensão por Morte. Pensões Especiais. Salário-Maternidade. Salário-Família. Auxílio Reclusão.
1 - PRESTAÇÕES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - Benefícios e serviços:
 
Benefícios: valores pagos em dinheiro aos segurados/dependentes em substituição ao rendimento do trabalhador quando na atividade (ex: salário).
 
Serviços: bens imateriais, ex: habilitação/reabilitação profissional, serviço social, assistência médica.
 
Prestações quanto aos segurados:
 
Aposentadoria por invalidez
Aposentadoria por idade
Aposentadoria por tempo de contribuição
Aposentadoria especial
Auxílio-doença
Salário-família
Salário-maternidade
Auxílio-acidente
 
Prestações quanto aos dependentes:
 
Pensão por morte
Auxílio-reclusão
 
Prestações quanto aos segurados e dependentes:
 
Serviço social
Reabilitação profissional
 
Prestações acidentárias:
 
Auxílio-acidente
Aposentadoria por invalidez acidentária
Auxílio-doença acidentário
Pensão por morte acidentária
 
2 - CARÊNCIA: tempo correspondente ao número de contribuições mensais indispensáveis para o beneficiário fazer jus ao benefício, a partir do transcurso do 1º dia dos meses de suas competências.
 
Wladimir Novaes Martinez entende que período de carência é “o decurso de lapso de tempo associado a contribuições periódicas, devidas ou vertidas, exigidas como condição para a definição do direito a determinado benefício”.
 
Contagem do período de carência:
 
Segurado empregado e avulso: 1º dia do mês de filiação ao RGPS.
 
Doméstico, contribuinte individual, empresário, autônomo e especial e segurado facultativo: 1º dia do mês do 1º recolhimento de contribuição sem atraso. Não são consideradas para esse fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores.
 
Período de carência:
 
12 contribuições mensais: auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.
 
18 contribuições mensais: pensão por morte a cônjuge
 
180 contribuições mensais: aposentadoria por idade, por tempo de serviço e especial.
 
10: salário-maternidade da segurada individual, segurada especial e segurada facultativa.
 
1/3 do número de contribuições anteriores para o cumprimento da carência: contado da nova filiação do segurado no RGPS, na perda da qualidade de segurado.
 
Independe de carência:
 
Pensão por morte para demais dependentes que não cônjuge.
Auxílio-reclusão
Salário-família
Salário-maternidade para seguradas empregada, avulsa e empregada doméstica
Serviço social
Reabilitação profissional
Auxílio-acidente
Auxílio-doença por acidente do trabalho
Aposentadoria por invalidez provocada por acidente do trabalho
Doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social em que for acometido, após filiar-se ao RGPS, conforme critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência, ou outro fator que exija especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado.
Auxílio-doença e aposentadoria por invalidez aos segurados do RGPS, acometidos das doenças e afecções (Portaria Interministerial 2.998, de 23.8.2001): tuberculose ativa; hanseníase; alienação mental; neoplasia maligna; cegueira; paralisia irreversível e incapacitante; cardiopatia grave; doença de Parkinson; espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estado avançado da doença de Paget (osteíste deformante); AIDS; contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada; e hepatopatia grave.
 
3 - SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO:
 
Wladimir Novaes Martinez define salário-de-benefício como a “média aritmética simples das bases da contribuição contidas num certo básico período de cálculo, quantum que se presta para a aferição da renda mensal inicial da prestação em dinheiro de pagamento continuado”.
 
Até a alteração ocorrida pela Lei 9.876, de 29/11/1999, de regra o salário-de-benefício consistia numa média aritmética simples dos últimos 36 salários-de-contribuição corrigidos monetariamente, mês-a-mês, tomando-se as mensalidades anteriores ao afastamento da atividade ou à data de entrada do requerimento. Diante de falhas de contribuições no período, esses 36 meses podiam ser buscados em 48 meses.
 
A partir da Lei 9.876/99, o salário-de-benefício sofre a influência de 2 elementos: a) alargamento do período básico de cálculo e b) emprego do fator previdenciário.
 
PERÍODO BÁSICO DE CÁLCULO (PBC): lapso de tempo durante o qual são tomados os salários-de-contribuição. As 80% maiores bases da aferição da contribuição devidas ou recolhidas nesse espaço são corrigidas monetariamente e utilizadas na apuração da média designada como salário-de-contribuição.
 
Novo período básico de cálculo: 1º mês, em todos os casos (se nele o segurado teve contribuições), será julho de 1994. A partir daí, todo o período de contribuição. E, o último mês será o imediatamente anterior ao desligamento do trabalho ou à data de entrada do requerimento.
 
Seleção dos salários-de-contribuição:
 
Não são considerados todos os salários-de-contribuição do período contributivo. Após a atualização monetária, são considerados apenas os 80% de maior importância pecuniária.
 
Em caso de falhas contributivas, o divisor considerado no cálculo da média não poderá ser inferior a 60% do período decorrido da competência entre julho de 1994 e a véspera do mês do requerimento, limitado a 100% de todo o período contributivo (Lei 9.876/99, art. 3º, § 2º).
 
É considerado para cálculo do período básico de cálculo:
 
Ganhos habituais do segurado empregado, a qualquer título, em dinheiro ou em utilidades, sobre os quais tenha incidido contribuição previdendiária.
 
Segurado que recebeu benefício por Incapacidade no período básico de cálculo, considera como salário-de-contribuição, no período, o salário-de-benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal, reajustado nas mesmas épocas e nas mesmas bases dos benefícios em geral, não podendo ser inferior ao salário mínimo, nem superior ao limite máximo do salário-de-contribuição.
 
O valor mensal do auxílio-doença integra o salário-de-contribuição, para fins de cálculo do salário-de-benefício de qualquer aposentadoria, observado limite mínimo de 1 salário mínimo e o teto máximo do benefício.
 
Não é considerado para cálculo do período básico de contribuição:
 
aumento dos salários-de-contribuição excedentes ao limite legal, inclusive o voluntariamente concedido nos 36 meses imediatamente anteriores ao início do benefício, exceto se houver homologação pela Justiça do Trabalho, resultante de promoção regulada pelas normas gerais da empresa, admitida pela legislação do trabalho, de sentença normativa ou de reajustamento salarial obtido pela categoria do obreiro.
 
13º Salário, por destinar-se ao custeio do abono anual desse benefício.
 
Exemplo da seleção dos salários-de-contribuição: Período contributivo apurado de julho/1994 a junho/2004, no total de 120 meses (ou 10 anos). O denominador nunca poderá ser inferior a 60%, ou seja, para este exemplo, nunca inferior a 72. Vejamos as 5 situações abaixo:
 
Caso o segurado tenha pago durante os 10 anos, todos os salários-de-contribuição serão corrigidos e tomada a soma dos 80% X 120 = 96 meses do período e dividida por 96.
 
No mesmo lapso de tempo (10 anos), tenha recolhido por 100 meses, todos os salários-de-contribuição serão corrigidos, obtida a soma dos salários-de-contribuição dos 80% X 100 = 80 meses do período e dividida por 80.
 
No lapso de 10 anos, ele haja aportado somente por 90 meses, todos os salários-de-contribuição serão corrigidos, usada a soma dos salários-de-contribuição dos 80% X 90 = 72 meses do período,dividida por 72.
 
Nos mesmos 10 anos, se ele cotizou por 80 meses, será colhida a soma dos salários-de-contribuição dos 80% X 80 = 64 meses do período. Como o denominador não pode ser inferior a 60% do período decorrido (60% de 120 meses = 72 meses), e como ele cotizou mais de 72 mensalidades, serão selecionados os 72 maiores salários-de-contribuição e sua soma dividida por 72.
 
60 meses de salário-de-contribuição, todos os salários-de-contribuição serão corrigidos e dividido por 72, pois o denominador não pode ser inferior a 60% do total de meses do período contributivo (60% de 120 meses).
 
Lei 9.876/99, art. 3º – Filiação até 28/11/1999: “média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição, correspondentes a, no mínimo, 80% de todo o período contributivo decorrido desde a competência julho de 1994”. Todo o tempo de contribuição do período básico de cálculo, após a correção monetária dos salários-de-contribuição, são pinçados os 80% maiores valores. Exemplos:
 
Em dezembro de 1999, eram 66 salários-de-contribuição (total de meses de jul/94 a dez/99), e foram utilizados 66 X 80 = 52,8, isto é, 52 salários-de-contribuição.
 
Em dezembro de 2000, foram 78 X 80 = 62,4, isto é, 62 salários-de-contribuição.
 
Lei 9.876/99, art. 2º, que alterou o art. 29, da Lei 8.213/91 – Filiação a partir de 28/11/1999: “média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo”.
 
Benefícios atingidos pelo período básico de cálculo criado pela Lei 9.876/99: todos os benefícios calculados comuns ou acidentários, como: aposentadoria por idade, especial, por tempo de contribuição, auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e auxílio-acidente.
 
Benefícios excluídos: salário-família, pensão por morte, salário-maternidade, abono anual e outros benefícios da legislação especial.
 
Média da soma: resultado da 1ª parte do cálculo do salário-de-benefício. A 2ª, resultará da adoção do fator previdenciário, que será usado em relação à média aritmética simples dos 80 maiores salários-de-contribuição do segurado, resultando no montante do salário-de-benefício, aplicando-se o percentual próprio de cada prestação.
 
Atividades Concomitantes – Cálculo do Salário-de-Benefício é a soma dos salários de contribuição das atividades concomitantes exercidas na data do requerimento ou do óbito, ou no período básico de cálculo, observando:
 
Se satisfeitas as condições do benefício requerido com relação a cada atividade, o salário-de-benefício será calculado com base na soma dos salários-de-contribuição exercidas, observando o limite máximo. Ex: segurado que trabalha, simultaneamente, como empregado e como trabalhador autônomo, que vem a adoecer, e permanece incapaz por mais de 15 dias, tendo mais de 12 contribuições mensais sem atraso em cada uma das atividades, o valor do salário de benefício do seu auxílio-doença levará em conta a soma dos salários de contribuição das atividades desempenhadas, obedecida a regra de inclusão no cálculo da “média” dos maiores salários de contribuição equivalentes a 80% do período contributivo.
 
Caso não verificada a satisfação de todos os requisitos em alguma das atividades exercidas simultaneamente, o cálculo observará a totalidade dos salários de baseado nos salários-de-contribuição das atividades em que foram satisfeitas as exigências, acrescido de um percentual da média dos salários de contribuição das atividades restantes, proporcionalmente à relação entre o número de meses em que houve contribuições e o número de meses exigido como carência do benefício requerido. Ex: segurado que trabalha como empregado e autônomo, como empregado trabalha há 18 meses, mas tem apenas 6 meses de contribuições sem atraso como autônomo, e fica incapacitado para o trabalho por mais de 15 dias, o seu salário de benefício consistirá na média dos salários de contribuição em valores integrais do emprego exercido (maiores salários de contribuição equivalentes a 80% do seu período contributivo, ou seja, de 18 meses), mais 6/12 (ou 50%) da média dos maiores salários de contribuição da sua filiação como autônomo, equivalentes a 80% dos 6 meses assim trabalhados.
 
Quando se trata de benefício por tempo de serviço (atualmente, aposentadoria por tempo de contribuição), o percentual de proporcionalidade será o equivalente à comparação entre os anos de serviço (hoje, contribuição) e os anos apurados para a obtenção do benefício. Ex: no RGPS não se pode receber mais de uma aposentadoria, se o segurado atinge, em uma ou mais atividades, o tempo necessário para obtenção do direito à jubilação, embora não em todas as atividades exercidas, e decide pelo recebimento do benefício, terá o salário de benefício calculado sobre a média da soma dos salários de contribuição das atividades em que implementou o tempo exigido, mais um fração da média dos salários de contribuição das atividades nas quais não completou esse tempo exigido, seno o “numerador” desta fração o número de anos de contribuição, e  “denominador” o número de anos considerado para a concessão do benefício.
 
Na incapacidade de trabalho apenas para o exercício de uma delas, é devido o auxílio-doença para a que está incapaz, devendo a perícia médica ser conhecedora de todas as atividades que o segurado esteja exercendo.
 
Recebendo o auxílio-doença o segurado se torna incapaz para as demais atividades, o valor do benefício deve ser revisto, com base nos demais salários-de-contribuição, a contar do 16º dia do novo afastamento dessas atividades.
 
FATOR PREVIDENCIÁRIO:
 
·Foi instituído pela Lei 9.876/99, combinando fatores como idade mínima, tempo de contribuição e expectativa de vida do segurado, com fundamento no art. 201 da CF, que determina a observância de critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.
 
·STF julgou que o fator previdenciário não é inconstitucional, pois a preservação do equilíbrio financeiro e atuarial está previsto na própria Lei Maior, dando respaldo ao fator previdenciário ser instituído por lei ordinária.
 
·Fator previdenciário é número decimal, em cada caso, menor ou maior do que um, que leva em consideração a idade e a expectativa de vida do segurado. Exemplo: 0,4720 (homem com 30 anos de contribuição e 44 anos de idade) ou 2,983 (homem com 56 anos de contribuição e 70 anos de idade). Esse número decimal será multiplicado pela média dos salários-de-contribuição contidos no período básico de cálculo, resultando no salário-de-benefício.
 
Fórmula matemática: F = TC x 0,31 x { 1 + ID + (TC x 0,31)}
                                               ES                        100
F: fator previdenciário.
 
ID: idade, isto é, anos completos do segurado quando da aposentação. Ex: 54 anos, 7 meses e 10 dias = 54,6027 (Cálculo: 7 x 30 = 210 + 10 = 220 dias; 220 dividido por 365 = 0,6027).
 
TC: tempo de contribuição, isto é, anos de pagamento das mensalidades. Comprovação da contribuição:
 
Empregado temporário, avulso ou servidor sem regime próprio: não necessitam comprovar o recolhimento da contribuição previdenciária, eis que beneficiam-se da presunção do desconto e do recolhimento da exação pelo empregador ou gestor, através da CTPS anotada, tendo que provar o tempo de serviço.
 
Contribuinte individual e facultativo: devem demonstrar esse tempo de contribuição pelos documentos habituais e GPS.
 
Doméstico: comprovação mediante a CTPS e a GPS.
 
A partir da EC n. 20/1998, será somente tempo de contribuição. Não haverá mais tempo de serviço. Sob esse aspecto a questão não está pacificada na doutrina. Para alguns somente após a regulamentação, por via de lei complementar, um critério substituirá o outro, não sendo suficiente a regulamentação administrativa (Portarias MPAS n. 4.882/98, 4.883/98, 4.992/99 e Ordem de Serviço INSS/DSS n. 619/98). Gera a obrigação fiscal de recolher contribuições.
 
Tempo de serviço corresponde ao tempo de contribuição, o sem contribuição, o em gozo de benefício por incapacidade, o do serviço militare o próprio tempo de serviço (trabalho), bem como os períodos fictícios (40% da conversão na aposentadoria especial).
 
ES: expectativa de sobrevida, isto é, é o tempo que os atuários, demógrafos (aqueles que se preocupam com a estatística da população) ou estatísticos pressupõem ser estimadamente a ser vivido após a aposentação, obtida a partir da tábua completa de mortalidade para o total da população brasileira, construída pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), considerando a média nacional única para ambos os sexos (Lei 8.213/91, art. 29, §7º, alterada pela Lei 9.876/99, art. 1º).
 
0,31: é alíquota de contribuição, apurada pelo cálculo da soma da contribuição patronal (20%) + alíquota máxima do empregado (11%) = 0,31.
 
Benefícios abrangidos: aposentadoria por tempo de contribuição e, em casos excepcionais, na aposentadoria por idade.
 
Benefícios excluídos: auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, aposentadoria especial, pensão por morte, auxílio-reclusão, auxílio-acidente, salário-maternidade, salário-família e o abono anual.
 
Consequências comparadas com o sistema anterior a Lei 9.876/99:
 
Aplicação do fator reduzirá a renda mensal inicial, obrigando o segurado a se retirar com idade avançada ou mais tempo de contribuição.
Pode ganhar com o fato, a jubilação de segurado com tempo de contribuição elevado e idade média ou idade avançada com tempo de contribuição média, se equivalem.
Pode haver perda, para os segurados requerentes da aposentadoria proporcional, principalmente quem se jubilar precocemente, com pouco tempo de contribuição ou baixa idade.
Quem tem direito adquirido estará excluído do sistema. Continuando a trabalhar, se com o fator o benefício resultar maior também poderá optar por ele.
 
Cálculos do fator previdenciário – Exemplos:
 
Segurado com 30 anos de contribuição e 50 anos de idade, com expectativa de sobrevida de 22,8 anos:
 
F = 30 x 0,31 x { 1 + 50 + (30 x 0,31) } = 
          22,8                         100
 
F = 9,30 x {1 + 62,3} =
      22,8              100
 
F = 0,4078 x 1,623 = 0,6618
 
Segurada com 25 anos de serviço e 48 anos de idade:
25 + 5 anos (bônus) = 30 anos
Expectativa de sobrevida = 26,8 anos
Idade = 48 anos
 
F = 30 x 0,31 x {1 + 48 + (30 x 0,31) } = 
          26,8                         100
 
F = 0,3470 x 1,573 = 0,5558
 
Obs.: bônus para mulher 5 anos; ao professor 5 anos; e professora 10 anos.
 
FÓRMULA DO CÁLCULO DO SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO
 
SB = F x Y
 
SB: salário de benefício.
F: fator previdenciário.
Y: média aritmética do período básico de cálculo de contribuições.
 
APURAÇÃO DA RENDA MENSAL INICIAL (RMI)
 
Renda Mensal Inicial:
 
É o montante do numerário quantificado em moeda corrente nacional, em princípio inalterável, protegido pela lei, divisível apenas quando mais de uma pessoa participar (ex: pensão por morte e auxílio-reclusão).
 
Corresponde à primeira parcela do benefício de prestação continuada a ser pago pela Previdência Social.
 
Estabelecida por elementos matemáticos do cálculo, institutos jurídicos próprios do Direito Previdenciário, a seguir: a) período básico de cálculo; b) salários-de-contribuição; c) correção monetária; d) salário-de-benefício; e) valor mínimo; f) valor máximo; g) coeficientes; h) regras de concomitância; e i) renda mensal inicial.
 
Não poderá ter valor inferior a 1 salário mínimo e superior a 10 salários mínimos.
 
Coeficientes (Cf) aplicáveis:
 
Cada segurado e benefício, considerados individualmente, possuem coeficiente aplicável ao salário-de-benefício para se atingir a renda mensal inicial.
 
É o percentual a ser aplicado sobre o salário de benefício, sendo que para cada benefício existe um percentual próprio.
 
Fórmula para Cálculo da Renda Mensal Inicial:
 
RMI = SB x Cf
 
Ex: SB R$ 400,00 x Cf Auxílio-doença 91% = Renda Mensal Inicial R$ 364,00
 
A renda mensal do benefício de prestação continuada, inclusive o decorrente de acidente do trabalho, será calculada aplicando-se sobre o salário de benefício os seguintes coeficientes dos benefícios:
 
Auxílio-doença: 91% do salário-de-benefício.
 
Aposentadoria por invalidez: 100% do salário-de-benefício.
 
Exceção relativa à aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar de assistência permanente de outra pessoa: acréscimo de 25%, mesmo que tenha atingido o limite máximo legal.
 
Aposentadoria por idade: 70% do salário-de-benefício, mais 1% deste por grupo de 12 contribuições mensais, até o máximo de 30%.
 
Aposentadoria por tempo de serviço ou tempo de contribuição:
 
Mulher: 100% do salário de benefício aos 30 anos de contribuição, ou 70% do salário-de-benefício aos 25 anos de serviços, mais 5%, para cada 1 novo ano completo de atividade, até o máximo de 100% aos 30 anos de serviço.
 
Homem: 100% do salário de benefício aos 35 anos de contribuição, ou 70% do salário-de-benefício aos 30 anos de serviço, mais 5% deste, para cada novo ano completo de atividade, até o máximo de 100% aos 35 anos.
 
Professora: 100% do salário de benefício aos 25 anos de contribuição e de efetivo exercício em função de magistério na educação infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio.
 
Professor: 100% do salário de benefício aos 30 anos de contribuição e de efetivo exercício em função de magistério na educação infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio.
 
Aposentadoria por idade: 70% do salário-de-benefício, mais 1% por ano de filiação até um máximo de 100%.
 
Aposentadoria especial: 100% do salário-de-benefício.
 
Pensão por morte: 100% do salário-de-benefício.
 
Auxílio-reclusão: 100% do salário-de-benefício.
 
Auxílio-acidente: 50% do salário-de-benefício.
 
Salário-maternidade:
 
Segurada empregada e trabalhadora avulsa: renda mensal igual à remuneração integral.
 
Doméstica: valor correspondente ao do seu último salário de contribuição.
 
Segurada especial: 1/12 do valor sobre o qual incidiu sua última contribuição anual.
 
Demais seguradas: 1/12 do soma dos 12 últimos salários de contribuição, apurados em um período não superior a 15 meses.
 
Em qualquer caso, é garantido o pagamento no valor de 1 salário mínimo.
 
Contribuições devidas e não recolhidas pelo empregador serão consideradas para cálculo?
 
Empregado e avulso: sim.
 
Demais segurados: computados salários-de-contribuição dos meses de contribuição recolhida.
 
Segurado Empregado e Avulso que atendem às condições para obter o Benefício e não podem comprovar seus períodos básicos de cálculos: Concessão do benefício de valor mínimo, sendo recalculada quando da apresentação da prova dos salários-de-contribuição.
 
Reajuste do Valor dos Benefícios:
 
Objetivo: preservação do valor real da data de sua concessão.
 
Reajuste pro rata, em junho de cada ano, de acordo com as respectivas datas de início ou do seu último reajustamento, com base em percentual definido em regulamento.
 
Benefícios: pagos do 1º ao 10º dia útil do mês seguinte ao de sua competência.
 
Nenhum benefício reajustado pode ser superior ao limite máximo do salário-de-contribuição ou inferior ao salário mínimo, salvo em relação ao auxílio-acidente e do salário-família.
 
Pagamento dos Benefícios:
 
Vedação sobre os Benefícios: penhora, arresto ou sequestro.
 
Considerada nula de pleno direito: venda, cessão ou constituição de ônus sobre eles e outorga de poderes irrevogáveis para seu recebimento.
 
Descontos pelo INSS:
 
Contribuições devidas pelo segurado à Previdência Social.
 
Pagamento de benefício além do devido.
 
IRRF.
 
Alimentos decorrentes de sentença judicial.
 
Mensalidade de associações e demais entidades de aposentadorias legalmente reconhecidas, desde que autorizadas por seus filiados.
 
Pagamento direto ao beneficiário, em dinheiro ou por depósito em conta corrente, exceto o pagamento de auxílio-doença e a procurador.
 
Pagamento a procurador, com mandato de prazo não superior a 12 meses, nos casos: ausência, moléstiacontagiosa ou impossibilidade de locomoção, será pago ao procurador.
 
Procuração: renovação ou revalidação pelos setores de benefícios do INSS.
 
Responsabilidade do procurador: comunicação de óbito, sob pena de incorrer em crime.
 
Pagamento ao segurado ou dependente incapaz: cônjuge, pai, mãe, tutor ou curador.
 
Pagamento com atraso pela Previdência Social: atualização monetária a partir do mês que deveria ter sido pago até o mês do efetivo pagamento.
 
Não é permitida acumulação de benefícios, exceto seguro-desemprego e pensão por morte, auxílio-reclusão ou auxílio-acidente.
 
4 - BENEFÍCIOS
 
AUXÍLIO-DOENÇA:
 
Previdência Social deve cobrir eventos de doença (CF, art. 201, I; Lei 8.213/91, arts. 59 a 64).
 
Definição: Benefício previdenciário de curta duração, renovável a cada oportunidade em que o segurado dele necessite, pago em decorrência de incapacidade temporária e parcial da pessoa, que se afastar do trabalho por mais de 15 dias consecutivos.
 
Direito: incapacidade para o trabalho por mais de 15 dias consecutivos.
 
Interrupção do contrato de trabalho:
Primeiros 15 dias de afastamento.
Pagamento do salário integral e FGTS pela empresa.
Há contagem como tempo de serviço.
 
Suspensão do contrato de trabalho:
A partir do 16º dia de afastamento do trabalho.
Pagamento do benefício efetuado pelo INSS, a partir do 16º dia do afastamento.
Renda mensal: média aritmética simples dos últimos 12 salários-de-contribuição, inclusive em caso de remuneração variável, ou, se não alcanlado o número de 12, a média artmética simples dos salários-de-contribuição existentes, obtém-se o salário-de-benefício que deste considera-se 91%, para fins do resultando da renda mensal inicial.
Não há pagamento do salário pela empresa.
Não há contagem como tempo de serviço.
 
Concessão do auxílio-doença - Carência:
12 contribuições mensais.
Não há carência, nos casos de auxílio-doença por acidente e de doença profissional ou do trabalho.
Empregado: início do direito a partir do 16º dia de afastamento da atividade.
Demais segurados: da data do início da incapacidade e até o final da incapacidade.
 
Segurado que exerce mais de uma atividade abrangida pela Previdência Social:
Auxílio-doença concedido à atividade em que estiver incapacitado
Exercício da mesma atividade profissional em ambas, destas 2 será afastado das atividades.
 
Novo requerimento de benefício pela mesma doença dentro de 60 dias da cessação do anterior:
Empresa é desobrigada do pagamento dos 15 dias de afastamento.
Benefício anterior prorroga-se, descontando os dias trabalhados, se for o caso.
 
Novo requerimento de benefício pela mesma doença em mais de 60 dias da cessação do anterior: empresa obrigada no pagamento dos primeiros 15 dias de afastamento.
 
Novo requerimento relativo à outra doença: empresa obrigada no pagamento dos primeiros 15 dias de afastamento, não decorridos os 60 dias da cessação do benefício.
 
Cessação do Auxílio-doença:
Recuperação da capacidade do trabalho.
Transformação em aposentadoria por invalidez.
Morte do segurado.
Auxílio-acidente com sequelas que implique redução da capacidade funcional, o que corresponderá a 50% do salário-de-benefício de origem do benefício do auxílio-doença.
 
Cancelamento do Auxílio-doença:
Se durante o recebimento do benefício, o segurado vier a exercer atividade que lhe garanta subsistência, a partir do retorno à atividade.
 
Impossibilidade de recuperação para atividade habitual e em gozo do auxílio-doença:
Processo de reabilitação profissional para o exercício de outra atividade, sem cessar o benefício até a reabilitação definitiva, que lhe garanta a subsistência.
Se irrecuperável, será aposentado por invalidez.
 
Empresa poderá garantir o salário integral através do pagamento do complemento de auxílio-doença, em decorrência de liberalidade, acordo ou convenção coletiva, não incidindo INSS, se pago para todos os empregados, e FGTS.
 
Empregado não poderá receber aviso prévio se afastado por auxílio-doença.
 
AUXÍLIO-DOENÇA POR ACIDENTES DO TRABALHO:
 
Definição: Benefício de prestação continuada pago pelo INSS ao segurado que ficar incapacitado temporariamente para o trabalho em decorrência de acidente ou doença do trabalho.
 
Direito: inicia a partir do 16º dia seguinte ao do acidente.
 
Segurados: empregados, avulsos, temporários e presidiários que exercem atividade remunerada.
 
Empresa: pagamento do salário dos primeiros 15 dias após o acidente.
 
Valor do auxílio-doença: 91% do salário-de-benefício, não podendo ser menos que 1 salário mínimo.
 
Carência: não há.
 
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ:
 
Previdência cobre eventos de aposentadoria por invalidez (CF, art. 201, I; Lei 8.213/91, arts. 42 a 47).
 
Definição: devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz para o trabalho e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, sendo o benefício pago enquanto permanecer nessa condição.
 
É benefício temporário, provisório, eis que o segurado pode se recuperar.
 
Carência:
 
12 contribuições mensais.
 
Não há carência, se decorrente de acidente ou para segurados especiais.
 
Concessão: por exame médico pericial pelo INSS, para verificação da incapacidade total e definitiva para o trabalho, a aposentadoria por invalidez será devida:
 
Empregado: primeiros 15 dias de afastamento da atividade por invalidez serão pagos pela empresa.
 
Empregado: a contar do 16º dia do afastamento da atividade ou a partir da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias;
 
Doméstico, individual, avulso especial e facultativo: a contar da data do início da incapacidade ou da data de entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias.
 
Necessário exame médico periódico, sob pena de ser sustado o pagamento do benefício.
 
Médico poderá considerar definitiva a aposentadoria. 
 
Suspensão do contrato de trabalho, eis que poderá haver recuperação.
 
Renda mensal:
 
100% do salário-de-benefício, a contar do dia imediato ao da cessação do auxílio-doença.
 
25% de acréscimo, total 125% do salário-de-benefício, para segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa, mesmo que o valor seja no limite máximo legal ou venham a ultrapassar este (exceção). Ex: cegueira total, perda de 9 dedos das mãos ou superior a esta, paralisia dos 2 membros superiores ou inferiores, perda de uma das mãos e de 2 pés, perda de um membro superior e outro inferior, quando a prótese for impossível, alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida orgânica e social, doença que exija permanência contínua no leito, incapacidade permanente para as atividades da vida diária.
 
Cessação da Aposentadoria por Invalidez:
 
Recuperação total e apto a retornar à atividade anterior, através de nova avaliação médico-pericial.
 
Retorno voluntário à atividade.
 
Recuperação parcial e apto a retornar à atividade diversa da anterior, aposentadoria será mantida:
 
Valor integral: durante 6 meses contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade.
 
Com redução de 50%: no período seguinte de 6 meses.
 
Com redução de 75%: período seguinte de 6 meses acima, ao término do qual cessará definitivamente.
 
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO:
 
EC 20/98 não mais prevê a aposentadoria por tempo de serviço, e sim por tempo de contribuição efetiva para o regime previdenciário e não mais haverá concessão de aposentadoria proporcional para aqueles que entrarem no mercado de trabalho depois de 16/12/1998 (publicação da EC).
 
Definição: tempo de contribuição é o período, contado data a data, do início até a data do requerimento ou desligamento de atividade abrangida pela Previdência Social, descontados os períodos, como de suspensão do contrato de trabalho, de interrupção de exercício e desligamento da atividade.
 
AposentadoriaIntegral - Requisitos alternativos: idade ou tempo de contribuição (CF, art. 201, § 7º):
Homem: 65 anos de idade ou 35 anos de contribuição.
Mulher: 60 anos de idade ou 30 anos de contribuição.
Trabalhador Rural ou em regime familiar: redução de 5 anos.
 
Regime transitório – Segurados inscritos até 16/12/1998 - Aposentadoria Integral – Requisitos cumulativos: idade e tempo de contribuição:
Homem: 53 anos de idade e 35 anos de contribuição.
Mulher: 48 anos de idade e 30 anos de contribuição.
Período adicional de contribuição equivalente a 20% do tempo que em 16/12/98 faltava para atingir o limite de tempo de contribuição.
 
Carência: 180 contribuições mensais (15 anos).
 
Início do Benefício – Segurados Empregado e Doméstico:
Data do desligamento do serviço: requerida até data do desligamento ou até 90 dias depois do desligamento.
Data do requerimento: se não houver desligamento do emprego ou se requerida depois do prazo de 90 dias do desligamento.
 
Início do Benefício – Demais Segurados: a partir da data da entrada do requerimento.
 
Renda mensal:
Homem: 70% do salário-de-benefício aos 30 anos de serviço, mais 6% deste, para cada novo ano completo de atividade, até o máximo de 100%, aos 35 anos de serviço, multiplicado pelo Fator Previdenciário.
Mulher: 70% do salário-de-benefício aos 25 anos de serviço, mais 6% deste, para cada novo ano completo de atividade, até o máximo de 100%, aos 30 anos de serviço, multiplicado pelo Fator Previdenciário.
 
Tempo de serviço prestado no estrangeiro à empresa não vinculada à Previdência Social brasileira não pode ser computada, salvo tratado de reciprocidade entre o Brasil e o Estado estrangeiro onde o trabalho, prestado em um, seja contado no outro, para os efeitos dos benefícios (CRPS En. 7).
 
Menor de 16 anos, empregado, terá direito a contagem de tempo de serviço para Previdência Social.
 
Empregado e avulso:
Contribuições consideradas presumidamente realizadas, sendo desnecessária comprovação.
Responsabilidade do empregador o recolhimento das contribuições.
 
Prova de tempo de serviço, considerado tempo de contribuição:
Documental: comprovação do exercício de atividade nos períodos a serem contados, devendo esses documentos ser contemporâneos dos fatos a comprovar e mencionar datas de início e término e, quando se tratar de trabalhador avulso, a duração do trabalho e a condição em que foi prestado.
Testemunhal: não são admitidas na esfera administrativa, mas sim no Poder Judiciário.
 
Normas de concessão e apuração do benefício: data de aquisição do direito à aposentadoria.
 
Opção do segurado pela mais vantajosa: cabe ao INSS estabelecer um comparativo entre o valor inicial da aposentadoria apurada pelas regras atuais e pelas regras anteriores.
 
APOSENTADORIA PROPORCIONAL - Segurados inscritos até 16/12/1998:
 
EC 20/98 deu nova redação aos arts. 201 e 202 da CF, que previa sobre aposentadoria por tempo de serviço proporcional ao segurado que tivesse 30 anos ou à segurada com 25 anos de serviço. Atualmente, não há mais previsão de aposentadoria proporcional.
 
Direito adquirido à aposentadoria proporcional às pessoas que em 16/12/98 já tivessem preenchido as condições para requerer o benefício, podendo fazê-la a qualquer momento (EC 20/98, art. 3º).
 
Regime transitório – Aposentadoria Proporcional - Requisitos cumulativos: idade e tempo de contribuição (EC 20/98, art. 9º, § 1º, I):
Homem: 53 anos de idade e 30 anos de tempo de contribuição
Mulher: 48 anos de idade e 25 anos de tempo de contribuição
Período adicional de contribuição equivalente a 40% do tempo em que em 16/12/98 faltava para atingir o limite de tempo de contribuição.
 
Renda mensal: 70%, acrescido de 5% por ano de contribuição, até 100% do salário do benefício.
 
APOSENTADORIA POR IDADE:
 
Previdência Social cobre eventos de idade avançada (CF, art. 201, I; Lei 8.213/91, arts. 48 a 51).
 
Benefício definitivo, resultando na extinção do contrato de trabalho (TST, En. 295).
 
Aposentadoria por Idade (RGPS - CF, art. 201, § 7º):
Homem: 65 anos de idade.
Mulher: 60 anos de idade.
Trabalhador Rural ou em regime familiar: redução de 5 anos.
 
Carência: 180 contribuições mensais (15 anos).
 
Início do Benefício – Segurados Empregado e Doméstico:
Desligamento do serviço: se requerida até 90 dias depois do desligamento;
Requerimento: não houve desligamento do emprego ou requerida depois de 90 dias do desligamento.
 
Início do Benefício – Demais Segurados: a partir da data da entrada do requerimento.
 
Renda mensal: 70% do salário-de-benefício, mais 1% a cada 12 contribuição mensais, até de 30%, multiplicado pelo Fator Previdenciário.
 
Aposentadoria Compulsória pode ser requerida pela Empresa:
Carência: 180 contribuições.
Homem: 70 anos de idade.
Mulher: 65 anos de idade.
Indenização: FGTS, mais multa de 50%, aviso prévio, 13º salário e férias proporcionais (CLT, art. 477).
Rescisão contratual: data imediatamente anterior à do início da aposentadoria.
 
Aposentadoria espontânea do empregado:
Requerimento da aposentadoria: não há necessidade do desligamento do emprego, podendo o empregado continuar a trabalhar na empresa, desde que haja a concordância do empregador.
Não será computado o tempo anterior à aposentadoria, para fins indenizatórios.
Extinção do contrato de trabalho: continuidade da prestação de serviços pelo empregado (novo pacto).
Indenização: levantamento do FGTS, 13º salário proporcional e férias proporcionais.
Indevido: multa de 50% do FGTS em relação ao período anterior (TST, SDI, OJ 177) e aviso prévio.
 
CTPS: baixa no dia da aposentadoria, podendo ser readmitido no dia imediato subsequente.
 
Aposentadoria por Idade poderá decorrer da transformação:
Aposentadoria por invalidez.
Auxílio-doença.
Por requerimento do segurado.
Cumprimento da carência.
 
Fórmula Progressiva da Regra 85/95 para obtenção de Aposentadoria Integral sem aplicação do fator previdenciário (introduzida pela Lei 13.183/2015, que incluiu o artigo 29-C e parágrafos na Lei 8.213/1991)
 
 
A Lei 13.183/2015 cria um novo cálculo para a aposentadoria, a chamada fórmula 85/95. Ela é uma alternativa aos outros tipos de aposentadoria, que continuam valendo e não sofreram mudanças.
 
O segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuição (mulher 30 anos de contribuição e homem 35 anos de contribuição) poderá optar pela não incidência do fator previdenciário no cálculo de sua aposentadoria.
 
A principal vantagem da nova regra é que, para quem se enquadra nela, o fator previdenciário não afeta o valor da aposentadoria. O fator, para alguns, pode diminuir o valor da aposentadoria.
 
A fórmula 85/95 é uma alternativa ao fator previdenciário. Quem se enquadra nessa regra para se aposentar tem direito a receber a aposentadoria integral, sem precisar do fator previdenciário.
 
Os números 85 e 95 representam a soma da idade da pessoa e do tempo de contribuição dela para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). 85 é para mulheres, e 95 para homens.
 
Isso não quer dizer que a mulher precise ter 85 anos de idade e o homem, 95 anos. É a soma da idade com o tempo de contribuição.
 
Por exemplo, se uma mulher tem 55 anos de idade e 30 anos de contribuição, ela pode se aposentar porque a soma dos dois valores dá 85 (55 + 30).
 
No caso de um homem, ele pode se aposentar, se tiver, por exemplo, 60 anos de idade e 35 anos de contribuição (60 + 35 = 95).
 
Essa combinação pode variar conforme o caso de cada pessoa. O importante é a soma dar 85 (mulheres) ou 95 (homens). Mas é obrigatório ter um mínimo de contribuição: 30 anos de contribuição para mulheres e 35 para homens.
 
Por exemplo, um homem de 59 anos de idade e 36 anos de contribuição pode se aposentar (59 + 36 = 95). Mas se ele tivesse 61 anos de idade e 34 de contribuição, não poderia, mesmo com a soma dando 95 (34 + 61). Isso porque ele não atingiu o tempo mínimo de contribuição para homens (35 anos).
 
A fórmula é progressiva,portanto, não vai ser sempre 85/95. Esses valores vão aumentar ao longo do tempo, levando em conta a expectativa de vida do brasileiro. 85/95 vai valer até 2018. Depois vai aumentando, até 2027, quando será 90/100. Veja como será a mudança nos próximos anos:
 2015 a 2018: 85 para mulheres / 95 para homens;
 2019 a 2020: 86 (mulheres) / 96 (homens);
 2021 a 2022: 87 (mulheres) / 97 (homens);
 2023 a 2024: 88 (mulheres) / 98 (homens);
 2025 a 2026: 89 (mulheres) / 99 (homens);
 2027: 90 (mulheres) / 100 (homens).
 
APOSENTADORIA ESPECIAL:
 
Previdência Social adota requisitos e critérios diferenciados para os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, a ser definido em lei complementar ainda não editada, razão pela qual aplica CF, art. 201, § 1º; Lei 8.213/91, arts. 57 e 58.
 
Definição: benefício de natureza extraordinária, decorre do trabalho realizado em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física do segurado ou riscos superiores aos normais, previstos em lei.
 
Aposentadoria Especial (Lei 8.213/91, art. 57, § 4º):
15, 20 ou 25 anos de trabalho permanente e habitual em condições prejudiciais à saúde do segurado.
Não há limite de idade para concessão da aposentadoria.
 
Carência: 180 contribuições mensais (15 anos).
 
Comprovação: trabalho em atividade que coloque em risco a saúde e a integridade física do segurado.
 
Segurado que tiver trabalhado 15, 20 ou 25 anos, sujeitos a condições especiais que prejudiquem sua saúde ou integridade física, custeada pelo seguro de acidente do trabalho (SAT), acrescido da contribuição adicional que varia entre 12%, 9% e 6% sobre os rendimentos do respectivo segurado, devida pelo empregador (Decreto n. 3.048/99, art. 202, § 1º).
 
Trabalho permanente e não ocasional (Instruções Normativas 57/2001, 78/2001 e 84/2004):
Trabalho permanente: aquele em que o segurado, no exercício de todas as suas funções, esteve efetivamente exposto a agentes nocivos físicos, químicos, biológicos ou associação de agentes.
Não ocasional: aquele que, na jornada de trabalho, não houve interrupção ou suspensão da atividade com exposição aos agentes nocivos, não exercida de forma alternada, atividade comum e especial.
 
Condições especiais prejudiciais a saúde ou a integridade física:
Agentes nocivos: químicos (poeiras, gases, fumos, névoas, óleo contendo hidrocarbonetos, etc.), físicos (ruídos, vibrações, calor, pressões anormais, radiações ionizantes, etc.), biológicos (bactérias, fungos, parasitas, bacilos, vírus, etc.) ou associações de agentes prejudiciais (minas de subsolo).
Atividade ou operação insalubre: exposição a agentes nocivos acima dos limites de tolerância em razão da natureza, intensidade do agente e do tempo de exposição aos efeitos (CLT, art. 189).
Atividade penosa: trabalho desgastante, tanto físico como mental. CF, art. 7º, XXIII, prevê o pagamento de adicional para tal atividade, porém não existe lei nesse sentido até o momento.
Atividade/operação perigosa: contato permanente com inflamáveis ou explosivos com risco acentuado.
 
Exclusão do período para cômputo da aposentadoria: eliminação e neutralização do agente por EPI.
 
Conversão do Tempo de Serviço em Condições Especiais para Tempo de Atividade Comum:
É a transformação daquele período com acréscimo compensatório pelo trabalho prejudicial à saúde.
Segurado com 2 ou mais atividades em condições especiais, sem completar em qualquer delas o prazo mínimo à aposentadoria especial, ou tempo de serviço especial e comum: períodos somados após conversão ao tempo de trabalho exercido em atividade comum.
 
Suspensão da aposentadoria especial: exercício de atividade ou operação com agentes nocivos.
 
Renda mensal: 100% do salário-de-benefício, mais 1% a cada 12 contribuições mensais, até 30%.
 
Início do Benefício – Segurados Empregado e Doméstico:
Desligamento do serviço: se requerida até 90 dias depois do desligamento.
Requerimento: se não houver desligamento ou se requerida após o prazo de 90 dias do desligamento.
 
Início do Benefício – Demais Segurados: a partir da data da entrada do requerimento.
 
Obrigações da Empresa:
Formulário expedido por médico ou engenheiro de segurança do trabalho, sobre condições ambientais para comprovação da efetiva exposição aos agentes nocivos.
Laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho.
Perfil Profissiográfico (mapeamento das condições de trabalho e do ambiente de trabalho, descrevendo as diversas atividades do empregado no exercício de seu trabalho) com atividades desenvolvidas pelo trabalhador e fornecê-lo a este na rescisão do contrato de trabalho.
 
PENSÃO POR MORTE:
 
Previdência Social cobre eventos de morte, estabelecendo pensão por morte do segurado, ao cônjuge ou companheira e dependentes, de no mínimo 1 salário mínimo (CF, art. 201, I e V; Lei 8.213/91, arts. 74 a 79, com a alteração da Lei nº 13.135/2015).
 
Definição: benefício pago aos dependentes, na falta destes aos pais, irmãos até 21 anos ou inválidos, pelo falecimento do(a) segurado(a), independente se em atividade ou aposentado, procedente ao rateio entre todos os pensionistas, em partes iguais.
 
Início do Benefício – Dependentes do Segurado falecido:
Óbito: se requerida até 30 dias depois do óbito.
Data do requerimento: se requerida depois do prazo de 30 dias do óbito.
Decisão judicial: morte presumida (Lei 8.213/91, art. 74).
 
Carência: 18 contribuições mensais.
 
Renda mensal: 100% do salário-de-benefício, rateado entre os dependentes em partes iguais.
 
Direito ao recebimento da pensão por morte:
Cônjuge ou Companheiro e Dependentes (filho de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido).
Falta de dependentes: pais, irmãos até 21 anos ou inválidos.
Cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, que recebe pensão de alimentos.
Morte presumida do segurado, declarada pela autoridade judicial, após 6 meses de ausência.
 
Perda do direito (motivos na lei):
repasse ao(s) dependente(s) que continuar(em) como pensionista(s).
o condenado pela prática de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do segurado, após o trânsito em julgado.
o cônjuge, o companheiro(a) se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa.
 
Cessação do direito:
Morte do pensionista.
Para filho, pessoa ele equiparada ou irmão, de ambos os sexos, ao completar 21 anos de idade, salvo se form inválido ou com deficiência.
Para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez, verificada em exame médico-pericial da Previdência.
Para filho ou irmão que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, pelo afastamento da deficiência, nos termos do regulamento.
Para cônjuge ou companheiro(a):
Se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pela afastamento da deficiência.
Em 4 meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 anos antes do óbito do segurado.
Transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 contribuições mensais e pelo menos 2 anos após o início do casamento ou da união estável:
3 anos, com menos de 21 anos de idade.
6 anos, entre 21 e 26 anos de idade.
10 anos, entre 27 e 29 anos de idade.
15 anos, entre 30 e 40 anos de idade.
20 anos, entre 41 e 43 anos de idade.
Vitalícia, com 44 anos de idade.
Aplicam-se as mesmas regras, se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, independentemente do recolhimento de 18 contribuições mensais ou da comprovação de 2 anos de casamento ou união estável.Extinção da parte do último pensionista.
 
SALÁRIO-MATERNIDADE (licença-maternidade, licença à gestante):
 
Definição: remuneração paga pelo INSS à segurada gestante durante seu afastamento de 120 dias de licença-maternidade, mediante comprovação médica.
 
Natureza jurídica: benefício previdenciário, por ser pago pelo INSS.                                                                                                                                                                             
 
Renda mensal:
Segurada empregada e avulsa: remuneração integral.
Doméstica: valor do último salário-de-contribuição.
Segurada especial: 1/12 do valor que incidiu sua última contribuição anual.
Demais seguradas: 1/12 da soma de 12 últimos salários-de-contribuição, em período de 15 meses.
13º salário proporcional correspondente à licença-maternidade é paga pelo INSS.
Aumento salarial no curso dos 120 dias de licença: pagamento com respectivo reajuste.
2 empregos: direito ao salário-maternidade de cada emprego.
Valor mínimo: 1 salário mínimo.
Há incidência de IRRF.
 
Direitos e Seguradas abrangidas:
Gestante: 120 dias de licença, computados no tempo de serviço para fins de férias e aposentadoria.
Adotante ou guarda judicial: 120 dias, se criança de até 1 ano de idade; 60 dias, criança entre 1 e 4 anos; e 30 dias, criança de 4 a 8 anos de idade (Lei 8.213/91, art. 71-A; CLT, art. 392-A, § 4º).
Aborto não-criminoso: 2 semanas de licença, mediante atestado médico (CLT, art. 395).
Seguradas: empregada urbana e rural ou temporária, doméstica, avulsa, autônoma, equiparada à autônoma, eventual, empresária, segurada especial e facultativa.
 
Carência:
Segurada empregada, avulsa e doméstica: não tem.
Segurada autônoma, eventual, empresária e especial: 10 contribuições mensais.
Parto antecipado: carência reduzida em número de contribuições dos meses de antecipação do parto.
 
Documentos: arquivo pela empresa por 10 anos, para fins de fiscalização.
 
Cumulação do Salário-maternidade com outros Benefícios:
Benefício por incapacidade: não serão cumulados. Suspende-se ou adia-se o pagamento do benefício por incapacidade até o término do salário-maternidade.
Auxílio-doença: vedada acumulação.
 
Contribuição previdenciária sobre o salário-maternidade:
Empresa: 20%.
Segurada: contribuição de sua parte.
 
SALÁRIO-FAMÍLIA:
 
Definição: auxílio à manutenção dos dependentes dos segurados de baixa renda, com renda bruta igual ou inferior ao valor previsto e atualizado anualmente.
 
Natureza jurídica: benefício previdenciário, por ser pago pelo INSS.                                                                                                                                                                                                                                                                
 
Beneficiários: empregado, avulso, temporário; aposentado por invalidez, por idade e demais aposentados com 65 anos de idade ou mais, se homem, ou 60 anos ou mais, se mulher, sendo reduzida a idade em 5 anos quando tratar-se de empregado rural.
 
Não tem direito: autônomo, equiparado a autônomo, empresário e segurado facultativo.
 
Dependentes:
 
Idade: no máximo 14 anos ou inválido, sem limite de idade.
 
Considera-se dependente: filho natural, enteado, tutelado e adotivo.
 
Comprovação: dependência econômica do dependente.
 
É devido:
 
Para cada dependente, se pai e mãe forem segurados empregados ou avulsos.
 
Salário integral de cada um dos empregadores, se tiverem mais de um contrato de trabalho com diferentes empregadores.
 
Carência: não há.
 
Início do Benefício – Documentos:
 
Certidão de nascimento de seus filhos.
 
Documentação relativa ao equiparado ou inválido.
 
Atestado de vacinação anual (criança até 6 anos de idade).
 
Comprovação semestral de frequência à escola do filho ou equiparado (a partir dos 7 anos).
 
Suspensão do Benefício: Não apresentação nos prazos do atestado de vacinação e frequência escolar.
 
Pagamento:
 
Empregado: pela empresa com o salário, a qual será reembolsada pelo INSS.
Avulso: pelo sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra.
Empregado e avulso aposentados por invalidez ou em auxílio-doença: pelo INSS com o benefício.
Demais empregados e avulso aposentado (65 anos homem/60 anos mulher): pelo INSS com aposentadoria.
Não se incorpora ao salário ou ao benefício e não há incidência de INSS, IRF e FGTS.
 
Renda mensal: valor fixo dependendo da faixa salarial.
 
Cessação do Pagamento:
Morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao do óbito.
Aos 14 anos filho ou equiparado, salvo se inválido, a contar do mês seguinte ao da data do aniversário.
Recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido, mês seguinte ao do fim da incapacidade.
Desemprego do segurado.
Morte do segurado.
 
AUXÍLIO-RECLUSÃO:
 
Definição: devido nas mesmas condições da pensão por morte aos dependentes do segurado de baixa renda, recolhido à prisão, com o cumprimento da pena em regime fechado ou semi aberto (desde que a execução da pena seja em colônia agrícola, industrial ou similar), desde que o recluso não receba remuneração da empresa, nem esteja em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço.
 
Para que os dependentes tenham direito, é necessário que o último salário recebido pelo segurado esteja dentro do limite previsto pela legislação (atualmente, R$ 1.212,64). Caso o último salário do segurado esteja acima deste valor, não há direito ao benefício.
 
Requerimento: Possuir qualidade de segurado na data da prisão e solicitação com certidão do recolhimento à prisão da autoridade competente.
 
Carência: não há.
 
Renda mensal: 100% do valor do salário-de-benefício e não poderá ser menos que 1 salário mínimo.
 
Início do Benefício: recolhimento do segurado à prisão e mantido enquanto tiver detido ou recluso, devidamente comprovado através da apresentação trimestral de atestado da autoridade competente.
 
Cessação do Pagamento: soltura do segurado e a não comprovação do segurado recolhido à prisão.
 
Suspensão do pagamento: fuga do segurado, sendo restabelecido na recaptura.
 
Conversão do auxílio-reclusão para pensão por morte: morte do segurado detento ou recluso.
 
ABONO ANUAL (13º SALÁRIO):
 
Previdência Social deve pagar ao segurado ou dependente o 13º salário com base na remuneração integral ou no valor do auxílio-acidente, auxílio-doença, aposentadoria, pensão ou auxílio-reclusão, tomando por base os proventos do mês de dezembro de cada ano (CF, arts. 7º, VIII, e 201, § 6º).
 
Beneficiários: empregado, avulso, doméstico, temporário, autônomo, equiparado a autônomo, empresário e facultativo.
 
Não há pagamento, à quem recebe:
 
Abono de permanência em serviço.
 
Renda mensal vitalícia.
 
Pensão da Síndrome de Talidomida.
 
Salário-maternidade.
 
Pagamento:
 
Integral: se percebido benefício no ano todo.
 
Proporcional: se não percebido no ano todo.
 
Data: preferencialmente até o dia 15 de janeiro de ano seguinte ao do exercício vencido.
 
5 - DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS
 
Decadência (Lei 8.213/91. art. 103): 10 anos o prazo decadencial de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do primeiro mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão de indeferimento definitiva no âmbito administrativo.
 
O direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis aos seus beneficiários decai em 10 (dez) anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má fé (Lei 8.213/91. art. 103-A).
 
Prescrição (Lei 8.213/91. art. 103, § único): 5 anos de prescrição, para pleitear pagamentos de prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Previdência Social, contados da data:
 
Da data em que deveriamter sido pagas as prestações.
 
Exceção aos direitos dos menores, incapazes e ausentes, contra os quais não corre a prescrição.
 
Prescreve em 5 (cinco) anos as ações referentes a prestações por acidentes de trabalho, contados da data do acidente, quando dele resultar morte ou incapacidade temporária verificada por perícia médica a cargo da Previdência Social, ou da data em que for reconhecida pela Previdência Social a incapacidade permanente ou o agravamento das sequelas resultantes do acidente (Lei 8.213/91, art. 104).
 
6 - SERVIÇOS
 
Serviços são prestações previdenciárias de natureza imaterial postas à disposição dos segurados e dos dependentes do RGPS. Podem ser:
Serviço social
Habilitação
Reabilitação profissional
 
SERVIÇO SOCIAL: visa esclarecer aos beneficiários seus direitos sociais e meios de exerce-los, além de estabelecer conjuntamente com eles o processo de solução dos problemas que emergirem da sua relação com a Previdência Social, tanto no âmbito interno da instituição como na dinâmica da sociedade.
 
HABILITAÇÃO AO TRABALHO E REABILITAÇÃO PROFISSIONAL: propicia ao beneficiário incapacitado parcial ou totalmente para o trabalho, e às pessoas portadoras de deficiência, os meios para a (re)educação e (re)adaptação profissional e social indicados para participar do mercado de trabalho e do contexto em que vivem (Lei 8.213/91, arts. 89 a 93 e Decreto 3.048/99, arts. 136 a 141).
 
Programa de Habilitação e Reabilitação Profissional é destinado a:
 
Segurados, inclusive os aposentados, em caráter obrigatório.
 
Dependentes, de acordo as disponibilidades administrativas, técnicas e financeiras e as condições locais do órgão.
 
Pessoas portadoras de deficiência, sem vínculo com a Previdência Social, de acordo com as disponibilidades administrativas, técnicas das unidades executivas, por intermédio de convênios e/ou acordos de cooperação técnico-financeira.
 
Atendimento: atenderá ordem de prioridade. 1º segurado acidentado do trabalho e de acordo com as disponibilidades técnico-financeiras.
 
Habilitação ao Trabalho: É a preparação do inapto para exercer atividade, em decorrência da incapacidade física adquirida ou deficiência hereditária.
 
Objetivo: educação técnica ou a adaptação do indivíduo para participar do mercado de trabalho e da vida social.
 
São compulsórios aos seguintes segurados:
 
em auxílio-doença
aposentadoria por invalidez, e
aos dependentes inválidos
 
Maior parte dessas funções é executada por entidades patronais: SENAI, SENAC, SENAT, SENAR, SESI e SESC.
 
Reabilitação Profissional:
 
Definição: significa a pessoa ter tido aptidão e tê-la perdido por motivo de enfermidade ou acidente. É a repreparação da pessoa para o exercício da atividade, sua reeducação ou readaptação profissional.
 
Compreende: fornecimento de aparelho de prótese, órtese e instrumentos de auxílio para locomoção quando a perda ou redução da capacidade funcional puder ser atenuada por seu uso e o dos equipamentos necessários à habilitação e à reabilitação social e profissional, e, quando necessário, o transporte do acidentado do trabalho.
 
Objetivo: ao final do procedimento de reabilitação profissional, o órgão gestor expede certificado no qual indica a função para a qual o reabilitado está apto. É a reintegração ao trabalho.
 
É realizada por meio do atendimento individual e/ou em grupo, por profissionais das áreas de medicina, serviço social, psicologia, sociologia, fisioterapia, terapia ocupacional e outras afins, objetivando a definição da capacidade laborativa e da supervisão por parte de alguns desses profissionais para acompanhamento e reavaliação do programa profissional.
 
Encaminhamento das pessoas é feito pelos:
 
órgãos periciais do  INSS
Serviço Social do INSS
Empresas e entidades sindicais
Órgãos e instituições que firmarem convênio e/ou acordo de cooperação técncio-financeiro.

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