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AULA HIV

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FISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA NO HIV/SIDA
 Faculdade IBGM/IBS
Departamento de Nutrição/Campus II
Professora: Crislaine Gonçalves
Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)
Caracteriza-se pela perda da imunidade, em consequência da imunossupressão progressiva, o organismo torna-se altamente susceptível ao desenvolvimento de tumores e infecções oportunistas
Vírus da família Retroviridae, ou seja, um retrovírus
Agente etiológico HIV (Human Immunodeficiency vírus)
Para se multiplicar necessita de uma enzima denominada transcriptase reversa
Transforma o RNA em DNA e posteriormente se incorpora ao material genético da célula atacada
Intensa replicação viral  destruição de células CD4  IMUNODEFICIÊNCIA
Patogênese
Estágios
Após 2 – 4 semanas
Intensa replicação viral
Aumento da carga viral e redução CD4
Após 3 – 12 semanas
Fase Assintomática
Estabilização da viremia e normalização dos linfócitos CD4
Fase de latência pode durar 2-10 anos (média 10 anos)
Estágio I - INICIAL
Estágio II- INTERMEDIÁRIO
↓ linfócitos T CD4 para abaixo do seu valor normal (<200 células/mm3)
Estágios
Aumenta novamente sua capacidade replicativa 
 ↓ contagem CD4 de forma mais rápida
Declínio da função imunológica
Infecções oportunistas
SIDA ou AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)
Levam o paciente a óbito 1,5 ano depois
Estágio III - FINAL 
Estágio IV
Estágio inicial da doença:
- Contagem de células CD4 > 500cel/mm³
- Sintomatologia: Linfadenopatia (nódulos linfáticos) e dermatite
Estágio Intermediário da doença:
- Contagem de células CD4 entre 200 e 500cel/mm³
- Sintomatologia: Candidíase oral e varginal (infecção por fungo), Herpes Zoster e febre
Estágio final da doença:
- Contagem de células CD4 < 200cel/mm³
- Sintomatologia: doenças neurológicas, Infecções oportunistas, tumores
Transmissão e profilaxia
Principais formas de transmissões: CONTATO SEXUAL (HETERO OU HOMO), ATRAVÉS DO SANGUE E SEUS DERIVADOS, TRANSMISSÃO VERTICAL
| CONTATO SEXUAL |
SEXO ANAL RECEPTIVO – MAIOR ATIVIDADE DE RISCO
Sexo anal receptivo – chance de transmissão: 0,1-3%
Sexo vaginal receptivo– chance de transmissão: 0,1-0,2%
Transmissão mulher → homem é 8 vezes menor (risco de 0,015-0,025% de contrair vírus) que a transmissão homem → mulher
Principal forma de contágio em todas as partes do mundo
1) Maior chance de trauma 
2) Fina e frágil camada de mucosa retal separa o sêmen contaminado das células hospedeiras que residem na mucosa 
Quanto maior a promiscuidade sexual maior o risco de desenvolver a infecção HIV
O risco de contágio pode aumentar na dependência de certos fatores
Há 3 maneiras comprovadas de reduzir a transmissão sexual do HIV:
Reduzir (ou ‘zerar’) o número de parceiros
Tratar prontamente qualquer infecção 
USAR PRESERVATIVOS
| DROGAS INTRAVENOSAS E ACIDENTES COM 
MATERIAL PERFUROCORTANTE |
Usuários de drogas costumam compartilhar agulhas, seringas e outros materiais
O HIV não encontra dificuldade para se disseminar
Infusão venosa, subcutânea e intramuscular podem transmitir o HIV
Acidentes com materiais perfuro cortantes diz respeito principalmente aos profissionais de saúde
Risco infecção: 0,3%
| TRANSMISSÃO PERINATAL OU VERTICAL |
Pode ocorrer por via transplacentária (35%) ou no momento do parto (65%)
Aleitamento materno: representa risco adicional de transmissão de 7 a 22%
A carga viral elevada e a ruptura prolongada das membranas amnióticas são os principais fatores associados à transmissão vertical do HIV
Alterações Nutricionais
Baixa ingestão alimentar
Má absorção de nutrientes
Alterações metabólicas
Infecções oportunistas
Fatores psicossociais e neurológicos
Interação droga-nutriente
Deficiências nutricionais
Estado nutricional
Síndrome consumptiva
Síndrome lipodistrófica do HIV
Síndrome Consumptiva
PP não intencional de 10% em 12 meses;
PP não intencional de 7,5% em >6 meses;
5% de perda de massa celular corporal (MCC) em 6 meses;
Homens: MCC < 35% do PC total e IMC <27kg/m2;
Mulheres: MCC <23% do PC total e IMC <27kg/m2;
IMC <20kg/m2
Critérios para diagnóstico:
Prevalência
Diagnóstico
20 %
Óbito
70 %
Polsky et al., 2001
Síndrome Consumptiva
Etiologia:
Citocinas inflamatórias
Disfunção do sistema endrócrino
Degradação protéica
Diarréia crônica
Presente em + 50% dos pacientes
Outras condições clínicas
Deficiências nutricionais
Desnutrição 
Sistema imunológico
Desfecho desfavorável
Síndrome Lipodistrófica do HIV
Alteração da distribuição de gordura corporal por alterações metabólicas associadas à TARV, à infecção crônica provocada pelo HIV, a fatores genéticos e hábitos de vida.
Lipoatrofia (perda de gordura) ou
Lipohipertrofia (ganho de gordura) ou ambas em áreas localizadas, freqüentemente associadas com dislipidemia e distúrbios no metabolismo da glicose, conhecida como lipodistrofia
Mudança na forma do corpo
Aumento no tamanho da cintura 
Afinamento das extremidades
Mudanças na face (perda de gordura)
Aumento da gordura dorsocervical (Buffalo Hump)
Nas mulheres aumento das mamas e diminuição das coxas
Tratamento 
 Papel primordial no controle do HIV, tendo como principais objetivos a redução da carga viral para níveis indetectáveis e o aumento, se possível da contagem CD4+ para valores acima da faixa considerada imunossupressão grave
Terapia antiretroviral
Inibidores de transcriptase reversa  Drogas que bloqueiam a ação da enzima transcriptase reversa que age convertendo o RNA viral em DNA, inibindo a replicação do HIV
Inibidores de protease  Drogas que agem no último estágio da formação do HIV impedindo a ação da enzima protease, fundamental para a clivagem das cadeias proteicas produzidas pela célula infectada em proteínas virais e enzimas que formarão cada partícula do HIV.
ANTIRETROVIRAIS x ALIMENTOS
Zidovudina  Alimentos gordurosos diminuem a absorção
Estavudina  A ingestão com alimentos pode diminuir os efeitos colaterais
Lamivudina  A ingestão com alimentos pode reduzir efeitos colaterais
Nelfinavir  Recomenda-se ingerir com uma refeição completa
Produção das enzimas lipase sublingual e amilase salivar
Comprometimento do TGI
DistúrbiosGI
%
Alteraçãodedeglutição
47
Dorecólicaabdominal
20
Diarréia
77
Doençaoral e perianal
74
Lesõesorais
54
Candidíaseoral
34
Xerostomia
29
Infecções, medicamentos e desidratação
Saliva
Digestão
Produção de anticorpos
Imunológica
 Inibidores de protease salivar de leucócitos
 bactérias e vírus
Diarréia crônica pode exacerbar os sintomas de desidratação
Atrofia de vilosidades
Comprometimento do TGI
DistúrbiosGI
%
Alteraçãodedeglutição
47
Dorecólicaabdominal
20
Diarréia
77
Doençaoral e perianal
74
Lesõesorais
54
Candidíaseoral
34
Xerostomia
29
HIV
Reduzindo superfície de absorção
Diminuição da ativ. enzimática
Má digestão, mais desnutrição e esteatorréia
Perda de células T CD4
Comprometimento do TGI
HIV
Comprometimento da barreira intestinal
Migração de bactérias da microbiota normal
Ativando o sistema imunológico local e sistêmico
Maior replicação do HIV
Alterações metabólicas
Aumento do gasto energético
 Alterações proteicas e lipídicas
Aumento da lipogênese, hipertrigliceridemia e Hipercolesterolemia
Diminuição da lipase lipoproteica e hiperglicemia
** Essas alterações se exacerbam pela interação entre a infecção pelo HIV e o tratamento utilizado
Objetivos da TN
Detectar, prevenir e reduzir a ocorrência de problemas nutricionais;
Recuperar o estado nutricional;
Fornecer aporte adequado de nutrientes, a fim de evitar deficiências ou excessos, de acordo com as condições clínicas do paciente;
Contribuir para eficácia da terapia medicamentosa;
Auxiliar no alívio de sintomas e nas complicações relacionadas ao HIV e às infecções oportunistas;
Colaborar para o manejo dos transtornos associados à terapia medicamentosa;
Promover educação nutricional em todas as fases da doença;
Contribuir para melhorar a qualidade de vida.
Recomendações nutricionaisRecomendação de Energia
Estágio
Energia
EstágioA-assintomático, pesoestável
30-35 kcal/kg de pesoatual/dia
EstágioB-sintomáticocomcomplicaçõesdo HIV,necessidadedeganhode peso
35-40 kcal/kg de pesoatual/dia
EstágioC-infecçãooportunistae/ouAids(CD4<200)
40-50 kcal/kg de pesoatual/dia
EstágioC-comdesnutriçãograve
Iniciarcom 20 kcal/kg de pesoatual/dia,aumentandogradualmenteparaevitarasíndromederealimentação
Obesidade
20-25 kcal/kg de pesoatual/dia
Fonte: adaptado de CFNI, 2004; Polo et al, 2007
Cuppari, 2014
Recomendação de Proteína
Estágio
Proteínas
EstágioA-assintomático, pesoestável
1,1 a 1,5 g/kg de pesoatual
EstágioB-sintomáticocomcomplicaçõesdo HIV,necessidadedeganhode peso
1,5 a 2,0 g/kg de pesoatual
EstágioC-infecçãooportunistae/ouAids(CD4<200)
2,0 a 2,5/kg de pesoatual
EstágioC-comdesnutriçãograve
Aumentaraofertagradativamente,conformeaevoluçãodascalorias
Obesidade
Utilizaro pesoajustadoparacálculodasnecessidadesprotéicas
Fonte: adaptado de CFNI, 2004; Polo et al, 2007
Cuppari, 2014
Recomendação de Lipídios
População em geral -> 20-35% VET
CHO -> 45-65% VET
Fibras -> 25 a 30g/dia
Restrição de CHO simples na presença de resistência à insulina ou diabetes
Ajustar a quantidade e tipo de fibra de acordo com a presença de diarreia e constipação
Recomendação de CHO
Recomendação de Micronutrientes
Zinco
Selênio
Vit do complexo B
Ácido Ascórbico
Tocoferol
Deficiências comuns:
Não existe recomendação de suplementação de vitaminas e minerais
Diretrizes Brasileiras de Terapia Nutricional (2012)
Há necessidade especiais de micronutrientes como vit. A, B, C, E, zinco e selênio, as quais não devem ser inferiores a 100% dos valores de ingestão dietética de referência.
Cuppari (2014)
Aconselhamento Nutricional
Importância e os princípios de uma alimentação saudável;
Segurança higiênica e sanitária da água e dos alimentos;
Manejo de sintomas clínicos e efeitos colaterais de medicações;
Manejo nutricional de comorbidades: dislipidemia, diabete, osteoporose.
Interação droga-nutriente;
Importância de hábitos de vida saudáveis.
Leitura sugerida
Cuppari, Lilian. Guia de medicina ambulatorial e hospitalar da EPM-UNIFESP – Nutrição Clínica – Clínica no adulto. 3º ed. Barueri, SP: Manole, 2014;
Mahan, L. Kathleen; Escott-Stump, Sylvia. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia. 13º ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
CHEMIN, S.M.S.S.; MURA, J.D.P. Tratado de Alimentação, Nutrição e Dietoterapia. 2ªed. Editora Roca, 2010.

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