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HISTÓRIA DO BRASIL 
 
CHQAO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso Preparatório Cidade - SCLN 113 Bloco C - Salas 207/210 Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 - www.iic.pro.br / cursocidade@gmail.com 
Agradecimentos 
 
Em primeiro lugar, meu agradecimento especial e minha consideração a dois professores 
extraordinários – aqueles que me levaram a gostar de ensinar com excelência – Dometildes 
Tinoco e Euzébio Cidade. (Olá, Mamãe e Papai!) 
Um agradecimento sincero aos meus queridos alunos e minha excelente e dedicada equipe 
de professores da Cadeira de História, liderada pelo Professor Ivanaldo Silva, profissional 
ímpar, e que reúne as qualidades de um verdadeiro líder, marcando sua estada no IIC com 
dedicação e muita competência. Coordena a cadeira de humanas do Curso Preparatório 
Cidade, com seu trabalho de incomensurável valor pedagógico reconhecido pela Direção do 
Curso, pela equipe que coordena e pelos demais alunos. Agradeço também ao prestativo 
colaborador de todas as horas e inestimável amigo Luan Maciel, que aliado à coordenação 
da equipe de TI executou excelente trabalho de formatação e diagramação deste material. 
Finalizando um agradecimento muito especial aos professores Djalma Augusto, Sormany 
Fernandes, Gustavo Porto, Leandro Moraes e Felício Mourão Freire, que com dedicação e 
competência auxiliaram na confecção deste Caderno de Estudos de História que apresenta 
20 questões por tópico. Necessárias e fundamentais para um adestramento simples, rápido 
e eficaz para o concurso do CA-CHQAO. 
Esperamos que você utilize esta obra, exercitando com atenção cada item apresentado e 
pesquisando na bibliografia àqueles que apresentaram maior grau de dificuldade. Traga 
para a aula as dúvidas das questões cuja resposta não esteja de acordo com seu 
conhecimento. 
A organização dos conteúdos seguiu rigorosamente o Edital de 2013. 
Aceite nossa companhia nesta viagem de treinamento Rumo ao Oficialato. 
Bons Estudos!! 
Luiz Cidade 
 Diretor 
Prezado aluno do Curso de História do Brasil 
 
O conhecimento, o entendimento e o perfeito domínio da História Brasileira, em suas 
diversas vertentes, são ferramentas essenciais para o sucesso em qualquer concurso – 
especialmente no âmbito da carreira militar, com provas cada dia mais seletivas que 
abordam diversas particularidades e singularidades da nossa história. 
Tendo em vista, essencial e prioritariamente, o sucesso de seus alunos, o Curso Cidade, por 
intermédio de sua equipe da Cadeira de História, apresenta este material. Confeccionado a 
partir de um sólido embasamento teórico, calcado na Bibliografia do concurso. O presente 
Caderno de Exercícios traz centenas de questões gabaritados, com o intuito de fortalecer e 
solidificar a teoria aprendida em sala, trabalhada no Caderno e praticada nos simulados 
semanais, cujo objetivo é ajudar a pensar com fluidez a nossa história, sem recorrer a 
estratégias mnemônicas ineficazes e ideias generalizadas, desprovidas de lógica. 
Aproveite! O material é seu: faça um ótimo uso dele! 
 
Temos certeza de que aquele que se dedicar com afinco à resolução das questões aqui 
apresentadas irá melhorar sobremaneira o seu desempenho no Concurso do CHQAO. Nosso 
principal objetivo, com este material, é contribuir para melhorar o desempenho de todo 
candidato que, de fato, queira aprender e passar no Concurso. 
Estamos aqui torcendo e trabalhando pelo seu sucesso! 
Bom trabalho e bom estudo! 
Equipe de História do Brasil 
 
 
Atenciosamente, 
Equipe IIC 
E Q U I P E 
 
Diretor Geral 
Luiz Alberto Tinoco Cidade 
 
Diretora Executiva 
Clara Marisa May 
 
Diretor de Artes 
Fabiano Rangel Cidade 
 
Coordenação Geral dos Cursos Preparatórios 
Profº Luiz Alberto Tinoco Cidade 
 
Coordenação dos Cursos de Idiomas EAD 
Profº Dr. Daniel Soares Filho 
 
Secretaria 
Evelin Drunoski Mache 
 
Suporte 
Laura Maciel Cruz 
Jefferson de Araújo 
Geraldo Luís da Silva Júnior 
 
Editoração Gráfica 
Edilva de Lima do Nascimento 
 
Fonoaudióloga e Psicopedagoga 
Mariana Ramos – CRFa 12482-RJ/T-DF 
 
Assessoria Jurídica 
Luiza May Schmitz – OAB/DF – 24.164 
 
Assessoria de Línguas Estrangeiras 
Cleide Thieves (Poliglota-EEUU) 
João Jorge Gonçalves (Poliglota-Europa) 
 
 
Equipe de Professores 
 
Professores dos Idiomas 
Luiz Cidade – Espanhol 
Maristella Mattos Silva – Espanhol (EAD) 
Monike Cidade – Espanhol (EAD) 
Genildo da Silva – Espanhol 
Leonardo dos Santos – Espanhol 
Diego Fernandes – Espanhol 
Rita de Cássia de Deus Vindo - Inglês 
Márcia Mattos da Silva – Francês (EAD) 
Marcos Henrique – Francês 
 
Professores dos Concursos 
Drº Adriano Andrade – Geografia do Brasil 
Gibrailto Soares - Geografia do Brasil (EAD) 
Drº Daniel Soares Filho – Espanhol (EAD) 
Drª Simone Tostes – Inglês (EAD) 
Edson Antonio S. Gomes – Administração de Empresas 
Tomé de Souza – Administração de Empresas (EAD) 
Sormany Fernandes – História do Brasil 
Djalma Augusto – História do Brasil 
André Luís Gonçalves – História 
Felício Mourão Freire – História Geral (EAD) 
Albert Iglésias – Língua Portuguesa e Literatura 
Valber Freitas Santos – Gramática, Redação e Literatura (EAD) 
Alexandre Santos de Oliveira – Direito 
Lúcio dos Santos Ferreira – Direito 
Emerson Marques Lima – Direito 
Ms Edson da Costa Rodrigues – Ciências Contábeis 
Genilson Vaz Silva Sousa – Ciências Contábeis 
Paulo Augusto Moreira – Ciências Contábeis 
Anderson Silva de Aguiar – Ciências Contábeis 
Jorge Basílio – Matemática Financeira 
Ricardo Sant'Ana – Informática 
Cláudio Lobo – Informática 
Eliel Martins – Informática 
Cintia Lobo César – Enfermagem 
Elaine Moretto – Enfermagem (EAD) 
Curso Preparatório Cidade - SCLN 113 Bloco C - Salas 207/210 Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 - www.iic.pro.br / cursocidade@gmail.com 
Conteúdo 
Tópico 1.1 - Os Primeiros Anos da Colonização: Administração e Bases Econômicas .......... 10 
Comentários .......................................................................................................... 10 
AS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS ................................................................................. 11 
Os Governos Gerais ............................................................................................... 11 
Primeiro Governo Geral (1549-1553) ...................................................................... 11 
As Câmaras Municipais .......................................................................................... 12 
O Segundo Governo Geral (1553-1558) .................................................................. 12 
O Terceiro Governo Geral (1558-1572) ................................................................... 12 
Dois Governos: Um no norte e outro no sul ............................................................ 12 
O Domínio Espanhol .............................................................................................. 13 
Divisão da Colônia durante o governo espanhol ...................................................... 13 
EXERCÍCIOS .............................................................................................................. 13 
Tópico 1.2 - Economia Açucareira ................................................................................... 18 
Comentário........................................................................................................... 18 
AS ATIVIDADES ECONÔMICA E A EXPANSÃO COLONIAL – AÇÚCAR MINERAÇÃO, GADO 
E COMÉRCIO ............................................................................................................. 18 
O ciclo do pau-brasil .............................................................................................. 18 
O ciclo do açúcar ................................................................................................... 19 
A pecuária ............................................................................................................. 19 
Os escravos........................................................................................................... 19 
Drogas do sertão ................................................................................................... 20 
Outras atividades econômicas ................................................................................ 20 
EXERCÍCIOS .............................................................................................................. 20 
Tópico 1.3 - Domínio Espanhol - Invasões Holandesas ..................................................... 25 
Comentários .......................................................................................................... 25 
A formação da União Ibérica .................................................................................. 26 
A campanha holandesa na Bahia (1624-1625) ........................................................ 27 
A campanha holandesa em Pernambuco (1630-1654) ............................................ 27 
Governo Nassoviano (1637-1644) .......................................................................... 28 
Insurreição Pernambucana (1644-1654) ................................................................ 29 
Exercícios .................................................................................................................. 30 
Tópico 1.4 - Expansão Territorial .................................................................................... 35 
Comentários ......................................................................................................... 35 
Expansão rumo ao Sul........................................................................................... 35 
Expansão rumo ao Norte ....................................................................................... 36 
Os Tratados e Limites ........................................................................................... 36 
A CONQUISTA DOS SERTÕES – ENTRADAS E BANDEIRAS .......................................... 37 
EXERCÍCIOS ............................................................................................................. 40 
Tópico 1.5 - Economia mineradora ................................................................................. 45 
A exploração das minas ......................................................................................... 45 
Os diamantes........................................................................................................ 45 
Transformações na colônia .................................................................................... 46 
exercícios .................................................................................................................. 47 
Tópico 1.6 – A Crise do Antigo Regime - Movimentos ativistas (Inconfidência Mineira e 
Conjuração Baiana) ....................................................................................................... 52 
Comentários ......................................................................................................... 52 
Inconfidência Mineira (1789) ................................................................................. 52 
Conjuração Carioca (1794) .................................................................................... 54 
A Conjuração Baiana (1798) .................................................................................. 54 
Exercícios .................................................................................................................. 55 
Tópico - 2.1 O Processo de Independência: A Vinda Da Corte, O Período Joanino............. 61 
A TRANSFERÊNCIA DA CORTE PORTUGUESA PARA O BRASIL E SEUS EFEITOS ........... 61 
O contexto da vinda da família real (1808) ............................................................. 61 
As transformações ocorridas no Brasil a partir da presença da corte no Rio de Janeiro
 ............................................................................................................................ 62 
A POLÍTICA EXPANSIONISTA DE DOM JOÃO .............................................................. 63 
AS LUTAS PELA INDEPENDÊNCIA ............................................................................... 64 
A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL .................................................................................. 65 
A Revolução Liberal do Porto (1820) ...................................................................... 65 
O "Fico" e o "Cumpra-se" ....................................................................................... 66 
A Independência ................................................................................................... 67 
As guerras da Independência ................................................................................. 68 
exercícios .................................................................................................................. 69 
Tópico 2.2 - O Primeiro Reinado: a constituição e a abdicação ......................................... 76 
Comentários .......................................................................................................... 76 
A Confederação do Equador (1824) e Guerra da Cisplatina (1825-1828) .................. 77 
Abdicação do trono português ................................................................................ 78 
Abdicação do trono brasileiro ................................................................................. 78 
A CONSTITUIÇÃO DE 1824 ........................................................................................ 79 
Primeiro Reinado ................................................................................................... 79 
O reconhecimento da independência ...................................................................... 79 
A Carta Outorgada de 1824 ................................................................................... 79 
Exercícios .................................................................................................................. 80 
Tópico 2.3 - O Período Regencial: instabilidade política e rebeliões ................................... 86 
Comentários .......................................................................................................... 86 
A GUARDA NACIONAL ................................................................................................ 86 
O Período regencial e a Guarda Nacional ................................................................ 86 
Regência Trina Provisória (1831) ............................................................................ 87 
A Regência Trina Permanente (1831-1834)............................................................. 87 
O ATO ADICIONAL DE 1834 ....................................................................................... 88 
A Regência Una do Padre Diogo Antônio Feijó ........................................................ 88 
A Regência de Araújo Lima ....................................................................................89 
AS REVOLTAS REGENCIAIS ........................................................................................ 90 
Rebeliões do Período Regencial ............................................................................. 90 
A Cabanagem ....................................................................................................... 90 
A Sabinada ........................................................................................................... 91 
A Balaiada ............................................................................................................ 92 
A Revolução Farroupilha ........................................................................................ 93 
exercícios .................................................................................................................. 94 
Tópico 2.4 - O Segundo Reinado: A Política Interna - A Construção Do Estado Imperial; A 
Economia: O Café, O Surto Industrial, O Fim Do Tráfico Negreiro E A Imigração - A Questão 
Da Mão-De-Obra E A Transição Para O Trabalho Livre; A Política Externa: A Guerra Do 
Paraguai ...................................................................................................................... 100 
Comentários ....................................................................................................... 100 
A CONSOLIDAÇÃO DA ORDEM INTERNA: O FIM DAS REBELIÕES, OS PARTIDOS ...... 101 
A consolidação da ordem interna ......................................................................... 101 
CENTRALIZAÇÃO X DESCENTRALIZAÇÃO ................................................................. 102 
ECONOMIA E CULTURA NA SOCIEDADE IMPERIAL ................................................... 103 
Modernização: economia e cultura na sociedade imperial...................................... 103 
A ESCRAVIDÃO, MOVIMENTO ABOLICIONISTA E A ABOLIÇÃO ................................. 105 
TRANSIÇÃO PARA O TRABALHO LIVRE .................................................................... 106 
POLÍTICA EXTERNA – AS QUESTÕES PLATINAS E A GUERRA DO PARAGUAI ............. 107 
A Guerra contra Oribe e Rosas ............................................................................ 107 
A Questão Christie .............................................................................................. 108 
A Guerra do Paraguai .............................................................................................. 109 
exercícios ................................................................................................................ 112 
Tópico 2.5 - A crise do Império: a Proclamação da República ........................................ 118 
Comentários ....................................................................................................... 118 
O MOVIMENTO REPUBLICANO ................................................................................. 118 
A Queda da Monarquia ........................................................................................ 118 
A Questão Militar ................................................................................................ 119 
O fim do Império ................................................................................................ 119 
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Deodoro da Fonseca ............................................................................................ 120 
exercícios ................................................................................................................ 120 
Tópico 3.1 - A Primeira República: Os Governos Militares e a Política do ―Café-Com-Leite‖ - 
O Coronelismo, A Questão Social (As Rebeliões) E A Economia Cafeeira ......................... 125 
Comentários ........................................................................................................ 125 
A REPÚBLICA VELHA (1889-1930) ............................................................................ 126 
O Governo Deodoro da Fonseca (1889-1891) ....................................................... 126 
Bandeira Provisória da República .......................................................................... 126 
O Congresso Nacional e a Constituinte de 1890 .................................................... 127 
Governo Constitucional: tentativa de golpe e renúncia .......................................... 129 
Governo Floriano Peixoto (1891-1894) ................................................................. 130 
Governo Prudente de Morais (1894-1898) ............................................................ 130 
A POLÍTICA DOS GOVERNADORES ........................................................................... 131 
Governo Campos Sales (1898-1902) e a Política dos Governadores ........................ 131 
CORONELISMO ........................................................................................................ 133 
OS MOVIMENTOS SOCIAIS NO CAMPO E NAS CIDADES ............................................ 134 
Governo Afonso Pena (1906-1909) ....................................................................... 135 
Governo Nilo Peçanha (1909-1910) ...................................................................... 136 
Governo Hermes da Fonseca (1910-1914) ............................................................ 136 
Governo Delfim Moreira (1919-1919) / Morte de Rodrigues Alves .......................... 138 
Exercícios ................................................................................................................ 139 
Tópico - 3.2 - As crises e o fim da Primeira República: O Tenentismo, A Crise de 1929 e a 
cisão das oligarquias - A Revolução de 1930 .................................................................. 145 
Governo Artur Bernardes (1922-1926) .................................................................. 145 
A SEMANA DE ARTE MODERNA ................................................................................ 148 
A ALIANÇA LIBERAL E A REVOLUÇÃO DE 1930 ......................................................... 149 
exercícios ................................................................................................................ 151 
Tópico 3.3 - A Era Vargas: Governo Provisório e o Estado Novo ..................................... 156 
Comentários ....................................................................................................... 156 
O GOVERNO PROVISÓRIO (1930-1934) ................................................................... 156 
O Governo Provisório e a Revolução Constitucionalista de 1932. ........................... 156 
O GOVERNO CONSTITUCIONAL ............................................................................... 159 
exercícios ................................................................................................................ 161 
Tópico 3.4 - a economia na Era Vargas: as transformações econômicas - intervenção do 
Estado e desenvolvimento industrial ............................................................................. 167 
Comentários ....................................................................................................... 167 
O ESTADO NOVO (1937-1945): POPULISMO E INTERVENÇÃO DO ESTADO NA 
ECONOMIA ............................................................................................................. 167 
exercícios ................................................................................................................ 171 
Tópico 3.5 - A Redemocratização: 1946-1964 ............................................................... 177 
Comentários .......................................................................................................177 
Governo Eurico Gaspar Dutra (1946-1951) ............................................................... 177 
A CRISE INSTITUCIONAL NOS GOVERNOS DE QUADROS E GOULART ...................... 178 
Governo Jânio Quadros (1961) ............................................................................ 178 
Exercícios ................................................................................................................ 183 
Tópico 3.6 - Segundo Governo Vargas E O Nacionalismo Econômico .............................. 188 
Comentários ....................................................................................................... 188 
Governo Getúlio Vargas (1951-1954) ................................................................... 188 
A Carta-testamento de Getúlio Vargas ................................................................. 189 
exercícios ................................................................................................................ 189 
Tópico 3.7 - JK e o Desenvolvimentismo ....................................................................... 195 
Comentários ....................................................................................................... 195 
O GOVERNO JK E O DESENVOLVIMENTISMO ........................................................... 195 
Governo João Café Filho (1954-1955) .................................................................. 195 
Governo Juscelino Kubitschek (1956-1961) .......................................................... 196 
exercícios ................................................................................................................ 197 
Gabaritos .......................................................................... Erro! Indicador não definido. 
Tópico 1.1 - Os Primeiros Anos da Colonização: Administração e Bases Econômicas;
 .................................................................................... Erro! Indicador não definido. 
EXERCÍCIOS ............................................................. Erro! Indicador não definido. 
Tópico 1.2 - Economia Açucareira;................................ Erro! Indicador não definido. 
EXERCÍCIOS ............................................................. Erro! Indicador não definido. 
Tópico 1.3 - Domínio Espanhol - Invasões Holandesas; . Erro! Indicador não definido. 
EXERCÍCIOS ............................................................. Erro! Indicador não definido. 
Tópico 1.4 - Expansão Territorial; ................................. Erro! Indicador não definido. 
EXERCÍCIOS ............................................................. Erro! Indicador não definido. 
Tópico 1.5 - Economia Mineradora; .............................. Erro! Indicador não definido. 
EXERCÍCIOS ............................................................. Erro! Indicador não definido. 
Tópico 1.6 - Crise Do Antigo Regime - Movimentos Nativistas ( Inconfidência Mineira E 
Conjuração Baiana). ...................................................... Erro! Indicador não definido. 
EXERCÍCIOS ............................................................. Erro! Indicador não definido. 
Tópico - 2.1 O Processo De Independência: A Vinda Da Corte, O Período Joanino .. Erro! 
Indicador não definido. 
EXERCÍCIOS ............................................................. Erro! Indicador não definido. 
Tópico 2.2 - O Primeiro Reinado: A Constituição e a Abdicação;Erro! Indicador não 
definido. 
EXERCÍCIOS ............................................................. Erro! Indicador não definido. 
Tópico 2.3 - O Período Regencial: Instabilidade Política e Rebeliões;Erro! Indicador 
não definido. 
EXERCÍCIOS ............................................................. Erro! Indicador não definido. 
Tópico 2.4 - O Segundo Reinado: A Política Interna - A Construção Do Estado Imperial; 
A Economia: O Café, O Surto Industrial, O Fim Do Tráfico Negreiro E A Imigração - A 
Questão Da Mão-De-Obra E A Transição Para O Trabalho Livre; A Política Externa: A 
Guerra Do Paraguai ...................................................... Erro! Indicador não definido. 
EXERCÍCIOS ................................................................. Erro! Indicador não definido. 
Tópico 2.5 - A crise do Império: a Proclamação da República.Erro! Indicador não 
definido. 
EXERCÍCIOS ............................................................ Erro! Indicador não definido. 
3.1 - a Primeira República: os governos militares e a política do ―café-com-leite‖ - o 
coronelismo, a questão social (as rebeliões) e a economia cafeeiraErro! Indicador não 
definido. 
EXERCÍCIOS ............................................................ Erro! Indicador não definido. 
Tópico - 3.2 - As Crises e O Fim Da Primeira República: O Tenentismo, A Crise De 1929 
E A Cisão Das Oligarquias - A Revolução De 1930 .......... Erro! Indicador não definido. 
EXERCÍCIOS ............................................................ Erro! Indicador não definido. 
Tópico 3.3 - A Era Vargas: Governo Provisório E O Estado NovoErro! Indicador não 
definido. 
EXERCÍCIOS ............................................................ Erro! Indicador não definido. 
Tópico 3.4 - a economia na Era Vargas: as transformações econômicas - intervenção 
do Estado e desenvolvimento industrial..................... Erro! Indicador não definido. 
EXERCÍCIOS ............................................................ Erro! Indicador não definido. 
Tópico 3.5 - A Redemocratização: 1946-1964 ............... Erro! Indicador não definido. 
EXERCÍCIOS ............................................................ Erro! Indicador não definido. 
Tópico 3.6 - Segundo Governo Vargas E O Nacionalismo EconômicoErro! Indicador 
não definido. 
EXERCÍCIOS ............................................................ Erro! Indicador não definido. 
Tópico 3.7 - JK e o Desenvolvimentismo ...................... Erro! Indicador não definido. 
EXERCÍCIOS ............................................................ Erro! Indicador não definido. 
 
Lista de Figuras 
Figura 1: Capitanias hereditárias .................................................................................... 11 
Figura 2: Chegada de Tomé de Sousa à Bahia, numa gravura de começo do século XIX ... 11 
Figura 3: Mem de Sá ..................................................................................................... 12 
Figura 4: Derrubada do pau-brasil .................................................................................. 18 
Figura 5: Moagem da Cana no Engenho ......................................................................... 19 
Figura 6: Imagem de Rugendas ..................................................................................... 19 
Figura 7: Território sob domínio de Felipe II. .................................................................. 26 
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Figura 8: Planta de restituição de Bahia .......................................................................... 27 
Figura 9: Óleo sobre tela Batalha dos Guararapes. ........................................................... 29 
Figura 10: Estátua de Antônio Raposo Tavares, um dos mais famosos bandeirantes ......... 38 
Figura 11: Domingos Jorge Velho por Benedicto .............................................................. 38 
Figura 12: O Caminho de Peabiru. .................................................................................. 38 
Figura 13: Selvagens Civilizados Soldados Índios da Província de Curitiba Conduzindo 
Prisioneiros Indígenas ....................................................................................................39 
Figura 14: Mineração de diamantes ................................................................................. 46 
Figura 15: Leitura da sentença dos inconfidentes. ............................................................ 53 
Figura 16: Vice-rei conde de Resende ............................................................................. 54 
Figura 17: Escravos exercendo vários ofícios nas ruas de Salvador. .................................. 54 
Figura 18: Paço de São Cristóvão em 1816. ..................................................................... 63 
Figura 19: Desembarque em Caiena................................................................................ 63 
Figura 20: Belém do Pará, primeira metade do século XIX ............................................... 91 
Figura 21: Bandeira dos Sabinos ..................................................................................... 92 
Figura 22: Cena da Guerra dos Farrapos. ........................................................................ 93 
Figura 23: Estudo para a sagração de Dom Pedro II. ..................................................... 101 
Figura 24: D. Pedro II .................................................................................................. 103 
Figura 25: Regiões de Produção de Café. ...................................................................... 104 
Figura 26: Negros no porão de um navio negreiro. ........................................................ 105 
Figura 27: Os três chefes de Estado do Uruguai. ........................................................... 109 
Figura 28: O Imperialismo Brasileiro. ............................................................................ 109 
Figura 29: (circa de 1867): dois cartes-de visite mostrando soldado e oficial paraguaios 
capturados por oficiais brasileiros e argentinos respectivamente..................................... 112 
Figura 30: ―Derrubado do trono‖. .................................................................................. 120 
Figura 31: Juramento constitucional. Após a promulgação da 1ª Constituição Republicana 
do Brasil, assumem o poder os Marechais Manuel Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. 
Francisco Aurélio de Figueiredo e Mello ......................................................................... 129 
Figura 32: ―A esfinge‖. ................................................................................................. 130 
Figura 33: Caricatura de Prudente de Morais e presidente Campos Sales. ....................... 132 
Figura 34: As próximas eleições... ―de cabresto‖. ........................................................... 133 
Figura 35: Charge. ....................................................................................................... 135 
Figura 36: Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon: quando Jovem, desbravando os 
ignotos sertões da Amazônia brasileira. Hoje, Patrono da Arma de Comunicações do 
Exército Brasileiro......................................................................................................... 136 
Figura 37: Marinheiros revoltosos (1910). João Cândido ao centro. ................................ 138 
Figura 38: Sobreviventes da Guerra do Contestado. ....................................................... 138 
Figura 39: ―Combatentes em torno de uma peça de artilharia após um dos combates 
travados na região de Medeiros (PR), entre novembro de 1924 e janeiro de 1925.‖ ........ 146 
Figura 40: Crash de 1929. ............................................................................................ 147 
Figura 41: Revolta dos 18 do Forte de Copacabana: da esquerda para direita, tenentes 
Eduardo Gomes, Siqueira Campos, Nílton Prado e o civil Otávio Correia. ........................ 148 
Figura 42: Getúlio Vargas (1882-1954) e João Pessoa (1878-1930) pouco antes da 
Revolução. .................................................................................................................. 150 
Figura 43: Comitiva de Getúlio Vargas (ao centro) fotografada por Claro Jansson durante 
sua passagem por Itararé (São Paulo) a caminho do Rio de Janeiro após a vitoriosa 
Revolução de 1930. ..................................................................................................... 156 
Figura 44: Almerinda F. Gama, do Sindicato dos Datilógrafos, na eleição dos representantes 
classistas para a Assembleia Constituinte. Rio, 1933. ..................................................... 159 
Figura 45: Material da ANL apreendido pela Polícia Política do D.F. Rio, 1935. ................ 160 
Figura 46: Humor de J. Carlos à atuação de Getúlio na sucessão presidencial. Rio, 1937 167 
Figura 47: Getúlio Vargas comunica ao país a instauração do Estado Novo no Rio de 
Janeiro. 10 de novembro de 1937. ............................................................................... 167 
Figura 48: Cartaz de propaganda da Ação Integralista Brasileira (AIB). .......................... 168 
Figura 49: Carteira de Trabalho de Getúlio Vargas ........................................................ 169 
Figura 50: Manifestação contra o afundamento de navios brasileiros pelos alemães. Rio, 
1942. .......................................................................................................................... 169 
Figura 51: Embarque de tropas da FEB para a Itália. Rio, 1944 ..................................... 170 
Figura 52: Manifestação "queremista" em frente ao Palácio Guanabara. Rio, 1945. ........ 170 
Figura 53: Com Paulo Baeta Neves, por ocasião da posse no Senado. Rio, 1946. ........... 177 
Figura 54: Jânio Quadros e Che Guevara no Brasil. ....................................................... 180 
Figura 55: Carta-renúncia de Jânio Quadros. ................................................................ 180 
Figura 76: João Goulart foi o último presidente da República Populista. O famoso comício da 
Central do Brasil, em 13 de março de 1964 não foi bem aceito pelos setores mais 
conservadores da sociedade brasileira. Em poucos dias ocorreria a intervenção militar. .. 181 
Figura 57: Com Leonel Brizola (de terno claro), Ernesto Dornelles e outros, na campanha 
para a presidência da República. Itaqui (RS), 1950. ...................................................... 188 
Figura 58: Manifestação contra Vargas por ocasião da missa de 7° dia do major Vaz. Rio, 
1954. .......................................................................................................................... 189 
Figura 59: Juscelino Kubitschek discursando para Benedito Valadares e Getúlio Vargas, 
durante a inauguração da Avenida do Contorno (Belo Horizonte), em 12 de maio de 1940.
 .................................................................................................................................. 196 
 
 
10 Tópico 1.1 - Os Primeiros Anos da Colonização: Administração e Bases Econômicas | Curso Preparatório Cidade 
 
Tópico 1.1 - Os Primeiros Anos da Colonização: Administração e Bases 
Econômicas 
 
Comentários 
 
Caro estudante, 
Tradicionalmente a história brasileira é contada a partir do chamado ―descobrimento 
do Brasil‖. O ano 1500 d.C. seria então o ―marco zero‖ da história brasileira. No entanto 
sabemos que essa terra já existia e era habitada por diversos povos - os índios ou 
silvícolas. 
Certamente, estimado leitor, você sabe que os rios, morros, planaltos e planícies já 
estavam aqui, mas ainda não existia o ―Brasil‖ enquanto país. 
Dessa forma uma ―completa história brasileira‖ vai além do ano de 1500. São muito 
mais que cinco séculos de história! Pesquisas recentes demonstraram que o homo 
sapiens sapiens habitava essas terras havia pelo menos dez mil anos. No Piauí, estado 
do nordeste brasileiro, pesquisadores tentam provar que, se Cabral chegou em terras 
americanascinco séculos atrás lá o homem teria chegado há cinqüenta mil anos – ou 
seja, quinhentos séculos! 
Verdadeiras ou não, tais evidências demonstram que uma "verdadeira" história do 
território brasileiro sem dúvida é anterior à chegada de Cabral no Brasil no ano de 
1500. No entanto é somente o período mais ―recente‖ da história brasileira que nos 
interessa diretamente tendo em vista os objetivos desse curso. 
Durante a passagem do século XV para o XVI as nações ibéricas lideraram a corrida 
colonial. É a partir deste contexto que iniciaremos nosso estudo. Portugal, depois 
Espanha, uniram o mundo de forma nunca imaginada anteriormente. O império 
português do qual o Brasil foi parte abrangeu áreas distantes do globo terrestre. 
Atualmente o idioma português é falado em todos os continentes. No Japão, por 
exemplo, o século XVI é conhecido como o ―Século Cristão‖. Oceania, África, América e 
Ásia foram visitadas e exploradas pelos portugueses. 
Num primeiro momento, ao se depararem com uma nova terra, os portugueses não 
colonizavam, antes optavam pela instalação de feitorias, bases militares e postos 
comerciais ao mesmo tempo. Essa estratégia foi utilizada em vários locais, inclusive no 
Brasil. Era uma forma tateante de colonização e garantia, ainda que de forma 
superficial, o domínio do território recém-descoberto. Portugal sempre teve problemas 
com o tamanho reduzido de sua população e a tarefa colonizatória exigia um esforço 
muito significativo. 
Colonizar é habitar! 
Isso não era tarefa fácil para um país pequeno e de população reduzida diante da 
vastidão das terras "descobertas". 
Vasco da Gama foi quem atingiu e completou a rota para o Oriente contornando a 
África. O Oriente era a fonte das cobiçadas e desejadas especiarias. Alguns chegaram a 
pensar que Vasco da Gama não conseguiria mais voltar e já estaria morto. A viagem 
estava demorando demais. Contrariando expectativas o experiente navegador 
português voltou e trouxe consigo boas notícias. O projeto português, iniciado em 1415 
estava finalizado. O caminho marítimo para o Oriente estava descoberto! 
A possibilidade de novos ganhos animou os portugueses. Imediatamente, D. Manuel, 
rei de Portugal em 1500, decidiu enviar uma nova expedição com destino às Índias. 
Chefiada por Pedro Álvares Cabral o objetivo principal consistia em estabelecer um 
entreposto comercial na ―terra das especiarias‖. Cabral cumpriu a missão e nesse 
percurso ―descobriu‖ o Brasil. 
A ―descoberta‖ teria sido intencional ou não? Isso é uma outra história... 
O fato é que o Brasil não interessou muito aos portugueses no primeiro momento, logo 
após a chegada de Cabral. 
No início do século XVI era no Oriente - terra das caras especiarias - onde se 
encontravam as maiores possibilidades de lucro. A longa e penosa viagem de Vasco da 
Gama proporcionara um lucro de aproximadamente 2000%. Dessa forma o Brasil, 
entre os anos 1500 e 1530, serviu basicamente como um entreposto de passagem. 
Metais preciosos não foram encontrados, nem um atrativo comercial e nada justificava 
o difícil esforço colonizatório naquele momento. O Brasil ficou em ―segundo plano‖. Era 
o Oriente que interessava aos portugueses naquela conjuntura. 
Por isso os anos iniciais da história do Brasil são classificados como período Pré-
Colonial (1500-1530). Não houve efetiva colonização nesse período. Basicamente a 
exploração de uma madeira de tinta avermelhada era o que acontecia por essas 
paragens. Não há um item específico referente a esse período no edital do concurso 
Somente a partir de 1530, com a instalação do sistema das Capitanias Hereditárias, é 
que os portugueses decidiram iniciar a colonização do Brasil. Novos fatos se 
sucederam. A mudança é a única lei da História. É justamente nesse ponto em que 
começaremos nossos estudos tendo em vista os objetivos do nosso curso. 
Quais fatos ocorreram e mudaram a postura dos portugueses diante do Brasil? Por que, 
somente depois de três décadas, eles decidiram iniciar a colonização? Trataremos 
dessas e outras questões nesse tópico. 
Sobre o assunto leia o texto a seguir. Boa leitura! 
Curso Preparatório Cidade | Tópico 1.1 - Os Primeiros Anos da Colonização: Administração e Bases Econômicas 11 
 
AS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS 
 
Portugal percebeu que não conseguiria por muito tempo manter o território que havia tomado 
posse nas terras americanas, enviando apenas expedições, pois a colônia era bastante extensa e a 
presença de navios estrangeiros no que hoje é o litoral brasileiro era muito comum. Além disso, 
havia falta de recursos do Estado português para colonizar o Brasil e um grande interesse na 
manutenção do lucrativo comércio com o Oriente. O Reino Português vai optar pela divisão da 
colônia em grandes faixas de terras que seriam doadas a nobres, fidalgos e mercadores, para que 
esses realizassem a colonização no Brasil. Assim a colônia foi dividida em grandes lotes de terras, 
as Capitanias Hereditárias. Algumas capitanias e seus donatários: 
 
Figura 1: Capitanias hereditárias 
 
Fonte: Luís Teixeira. Roteiro de todos os sinais..., c. 1586. Lisboa, 
Biblioteca da Ajuda 
 
 
 
- Primeira Capitania do Maranhão: 
donatário João de Barros 
 
- Itamaracá: Donatário Pero Lopes 
 
- Ilhéus: Jorge de Figueiredo 
Correia 
 
- Porto Seguro: Pero de Tourinho 
 
- Bahia de Todos os Santos: 
Francisco Pereira Coutinho 
 
- São Vicente: Martim Afonso de 
Souza 
 
- Pernambuco: Duarte Coelho 
 
 
Documentos que normatizavam o sistema de Capitanias: 
Carta de Doação: Título de posse dado pelo Rei, e a propriedade de 10 léguas de terra 
ao longo da costa, dividida e quatro ou cinco lotes, isentos de qualquer tributo, exceto o dízimo. 
Concedia, ainda, o privilégio de fabricar e possuir engenhos d´água e moendas. 
Foral: Dizia os direitos e deveres do donatário: 
Direitos: cobrar impostos, distribuir sesmarias (lotes doados a outros colonos), explorar a capitania, 
administrar a justiça, escravizar os índios. 
Deveres: pagar o imposto ao rei de Portugal, principalmente na extração do pau-brasil, cuidar da 
terra, não vender, trocar ou dividir a capitania. 
Como vimos pelo fato da coroa não ter condições financeiras de bancar a colonização do Brasil, 
entregou esta responsabilidade aos donatários. No entanto, o rei mantinha uma série de privilégios 
sobre a exploração da terra, tais como: monopólio sobre o comércio da capitania, direito exclusivo 
de cunhagem de moedas, direito de 1/5 sobre a produção de metais preciosos encontrados e 1/10 
(a dízima) sobre produtos exportados. 
Contudo, o projeto das capitanias não deu muito certo, só prosperando as capitanias de 
Pernambuco e São Vicente. As razões desse fracasso foram: área muito grande das capitanias, o 
que dificultava o controle do território; poucos recursos dos donatários, ataques indígenas e 
estrangeiros; dificuldades de comunicação com a Europa e entre as capitanias. 
Devido principalmente à falta de recursos, muitos donatários se quer vieram tomar posse de suas 
terras na colônia. Era preciso que o rei tomasse novas providências para viabilizar a colonização. 
 
Os Governos Gerais 
 
O fracasso das Capitanias Hereditárias forçou o governo de Portugal a elaborar uma nova forma de 
organização administrativa do Brasil. Diante das dificuldades dos donatários, a coroa portuguesa 
resolveu nomear um governador-geral para a colônia, tornando-se então participante direto da 
empresa colonial. O Governador representaria diretamente o rei e teria poderes de fiscalização 
sobre todas as capitanias. Portanto, a criação do governo-geral não destruiu o sistema de 
capitanias, mas diminuiu os poderes dos donatários. 
 
Primeiro Governo Geral (1549-1553)Em 1549, chegou ao Brasil o primeiro governador geral, Tomé de Souza, trazendo consigo 
funcionários, soldados, artesãos e padres jesuítas. 
 
Figura 2: Chegada de Tomé de Sousa à Bahia, numa gravura de começo do século XIX 
 
(Chegada de Tomé de Sousa à Bahia, numa gravura de começo do século XIX). 
12 Tópico 1.1 - Os Primeiros Anos da Colonização: Administração e Bases Econômicas | Curso Preparatório Cidade 
 
O regimento Geral era a carta que dava autoridade ao governador, suas obrigações e deveres. 
As funções do Governo Geral eram: 
- Exercer a justiça na colônia; 
- Comandar a defesa da costa brasileira; 
- Dar apoio ao processo colonizador incentivando a montagem de engenhos e auxiliando 
o combate aos índios; 
- Zelar e fiscalizar a arrecadação dos impostos que cabiam ao rei; 
- Implantar novos cargos administrativos na colônia. 
O governo-geral se estabeleceu na capitania da Bahia, onde Tomé de Souza fundou a cidade de 
Salvador, primeira capital da colônia. As capitanias continuaram existindo governadas pelos 
donatários, que ficavam agora subordinados ao governador-geral. Tomé de Souza vem com 
autorização Papal para criar no Brasil o Primeiro Bispado. O primeiro Bispo do Brasil é frei Sardinha. 
Para auxiliar o governador vieram alguns funcionários reais: 
▪ Ouvidor-mor — encarregado da Justiça. 
▪ Provedor-mor — encarregado dos impostos. 
▪ Capitão-mor — encarregado da defesa das costas do Brasil. 
▪ Alcaide-mor — responsável pela segurança. 
 
As Câmaras Municipais 
 
O poder local era exercido nas câmaras municipais e os vereadores eram escolhidos entre os 
homens-bons, que eram os grandes proprietários de terra. As Câmaras Municipais sempre 
defendiam seus interesses. O poder político estava, portanto nas mãos dos senhores de engenho. 
As Câmaras Municipais eram presididas por um juiz ordinário, também escolhido pelos ―homens 
bons‖, e acumulavam vários poderes: abastecimento de mão-de-obra escrava de acordo com as 
necessidades da região, cobrança de impostos, catequese, guerras contra os índios. 
Embora o sistema de Governo Geral tenha sido criado para centralizar o poder político, dando aos 
governadores gerais amplos poderes, eles não conseguiam, porém, impor totalmente sua 
autoridade aos senhores de engenho. A classe que dominava econômica, social e politicamente no 
Brasil colonial era a dos grandes proprietários de terras, chamada a aristocracia rural. 
 
 
O Segundo Governo Geral (1553-1558) 
 
O segundo governador geral do Brasil foi Duarte da Costa. O seu governo é tido como fraco, pois 
ocorreu a invasão francesa na Guanabara, onde foi fundada a França Antártica, em 1555 (tentativa 
de estabelecer uma colônia francesa de povoamento no Brasil, de caráter protestante). 
Também é fundado em 25 de janeiro de 1554, o colégio São Paulo de Piratininga, por José de 
Anchieta, onde hoje é a cidade de São Paulo. Porém, no seu governo, os índios se organizam na 
Confederação dos Tamoios. A tribo dos Tamoios (quer dizer mais antigo do lugar), organizados, 
impôs resistência ao domínio lusitano, não só no Rio de Janeiro, mas em todo o litoral sul, até São 
Vicente. Em 1575, Antônio de Salema, com uma força de 400 portugueses e de 700 índios aliados, 
provenientes do Espírito Santo, derrota a confederação dos Tamoios, pondo fim à primeira 
resistência organizada contra o domínio português. 
 
O Terceiro Governo Geral (1558-1572) 
 
Figura 3: Mem de Sá 
 
Retrato de Mem de Sá por Manuel Vitor Filho. 
 
 
O Governo de Mem de Sá, terceiro 
governador geral, é de pacificação da 
colônia, segue-se a proibição de escravizar 
indígenas. Durante seu governo, seu 
sobrinho, Estácio de Sá fundou a Cidade do 
Rio de Janeiro em 1º de março de 1565 e 
empreendeu a guerra definitiva que levou a 
expulsão dos franceses da Baía da 
Guanabara entre 1565 e 1567. 
 
 
Dois Governos: Um no norte e outro no sul 
 
Com a morte de Mem de Sá, o rei nomeou D. Luís de Vasconcelos para ser o quarto governador 
geral da colônia. Ele foi, porém, atacado por piratas franceses e morreu antes de chegar ao Brasil. 
Com o objetivo de administrar melhor o vasto território brasileiro, Portugal decidiu, então, dividir a 
colônia em dois governos distintos: 
▪ o governo do norte, com capital em Salvador, foi dado a D. Luís de Brito. 
▪ o governo do sul, com capital no Rio de Janeiro, foi dado a D. Antônio de Salema 
Curso Preparatório Cidade | Tópico 1.1 - Os Primeiros Anos da Colonização: Administração e Bases Econômicas 13 
 
A tentativa não teve êxito e, em 1578, Lourenço da Veiga unificou os dois governos, tornando-se o 
quinto governador geral. 
 
O Domínio Espanhol 
 
Em 1578, o rei português, D. Sebastião, faleceu sem deixar herdeiros. O rei de Portugal morreu 
lutando na batalha de Alcácer-Quibir, Norte da África, contra os muçulmanos. Seu tio, o Cardeal D. 
Henrique, assume o trono, mas já contava com sessenta e cinco anos, morrendo então dois anos 
depois que assumiu o trono. Fica então vago o trono português; o nome mais próximo na linha de 
sucessão ao trono é Filipe II da Espanha, que assume o trono português. Ele era da dinastia dos 
Habsburgo, se tornando o soberano mais poderoso que o mundo já conheceu até então. Tinha o 
apelido de diabo do meio-dia, pois o Sol nunca se punha em seu reinado. 
Apesar da unificação das coroas, Filipe II tentou preservar a imagem de Portugal, não o tratando 
como nação conquistada, mas como um reino independente, que tinha como rei o mesmo rei de 
Espanha. Este tratamento foi assegurado com a assinatura do juramento de Tomar, 1581. Ele 
garantia que Portugal continuaria com suas leis e a administração continuaria nas mãos dos 
portugueses. 
O domínio espanhol trouxe várias consequências para a evolução da colônia americana de 
Portugal: 
- Foi incentivada a ocupação do interior do território. 
- A linha de Tordesilhas na prática deixou de existir, já que todas as terras agora pertenciam à 
Espanha. 
- A primeira visitação do tribunal do Santo Ofício ao Brasil, expulsando os cristãos-novos. 
- A invasão holandesa do tribunal do Santo Ofício do Brasil em Estado do Brasil e Estado do 
Maranhão. 
 
Divisão da Colônia durante o governo espanhol 
 
Durante o domínio espanhol houve outra tentativa de melhorar a administração do Brasil e 
defender o litoral contra a invasão dos franceses. Em 1621, o território brasileiro foi outra vez 
dividido, desta vez em dois grandes estados. As diversas capitanias passaram a ser administradas 
em dois blocos que durariam até 1774. Eram eles: 
- Estado do Maranhão (da Amazônia ao Ceará): a capital era São Luís. Transformou-se 
mais tarde em Estado do Grão-Pará, com capital em Belém. 
- Estado do Brasil (do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul): a capital em Salvador. 
A partir de 1763 a capital passou a ser o Rio de Janeiro. 
EXERCÍCIOS 
 
01. (Puccamp) 
 
Erro de português 
 
Quando o português chegou 
Debaixo duma bruta chuva 
Vestiu o índio 
Que pena! 
Fosse uma manhã de sol 
O índio tinha despido 
O português 
 (Oswald de Andrade. "Poesias reunidas". 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972) 
 
Sobre o contexto histórico em que se insere o fenômeno que os versos identificam é correto 
afirmar que: 
 
(A) a descoberta de metais preciosos favoreceu o estabelecimento das primeiras relações 
econômicas entre portugueses e indígenas. 
(B) a agressividade demonstrada pelos nativos despertou o interesse metropolitano pela 
ocupação efetiva das novas terras. 
(C) a conquista da América pelos portugueses contribuiu para o crescimento demográfico da 
população indígena no Brasil. 
(D) no chamado período pré-colonial, o plantio e a exploraçãodo pau-brasil incentivaram o 
tráfico africano. 
(E) apesar de ter tomado posse da terra em nome do rei de Portugal, o interesse da 
monarquia estava voltado para o Oriente. 
 
02. (Mackenzie) A árvore de pau-brasil era frondosa, com folhas de um verde acinzentado quase 
metálico e belas flores amarelas. Havia exemplares extraordinários, tão grossos que três 
homens não poderiam abraçá-los. O tronco vermelho ferruginoso chegava a ter, algumas 
vezes, 30 metros (...) 
 Náufragos, Degredados e Traficantes (Eduardo Bueno) 
Em 1550, segundo o pastor francês Jean de Lery, em um único depósito havia cem mil toras. 
14 Tópico 1.1 - Os Primeiros Anos da Colonização: Administração e Bases Econômicas | Curso Preparatório Cidade 
 
Sobre esta riqueza neste período da História do Brasil podemos afirmar. 
 
(A) O extrativismo foi rigidamente controlado para evitar o esgotamento da madeira. 
(B) Provocou intenso povoamento e colonização, já que demandava muita mão-de-obra. 
(C) Explorado com mão-de-obra indígena, através do escambo, gerou feitorias ao longo da 
costa; seu intenso extrativismo levou ao esgotamento da madeira. 
(D) O litoral brasileiro não era ainda alvo de traficantes e corsários franceses e de outras 
nacionalidades, já que a madeira não tinha valor comercial. 
(E) Os choques violentos com as tribos foram inevitáveis, já que os portugueses arrendatários 
escravizaram as tribos litorâneas para a exploração do pau-brasil. 
 
03. (Fuvest) Foram características dominantes da colonização portuguesa na América: 
 
(A) pequenas unidades de produção diversificada, comércio livre e trabalho compulsório. 
(B) grandes unidades produtivas de exportação, monopólio do comércio e escravidão. 
(C) pacto colonial, exploração de minérios e trabalho livre. 
(D) latifúndio, produção monocultora e trabalho assalariado de indígenas. 
(E) exportação de matérias-primas, minifúndio e servidão. 
 
04. (Unirio) A colonização brasileira no século XVI foi organizada sob duas formas administrativas, 
Capitanias Hereditárias e Governo Geral. Assinale a afirmativa que expressa corretamente uma 
característica desse período. 
 
(A) As capitanias, mesmo havendo um processo de exploração econômica na maior parte 
delas, garantiram a presença portuguesa na América, apesar das dificuldades financeiras 
da Coroa. 
(B) As capitanias representavam a transposição para as áreas coloniais das estruturas feudais 
e aristocráticas européias. 
(C) As capitanias, sendo empreendimentos privados, favoreceram a transferência de colonos 
europeus, assegurando a mão-de-obra necessária à lavoura. 
(D) O Governo Geral permitiu a direção da Coroa na produção do açúcar, o que assegurou o 
rápido povoamento do território. 
(E) O Governo Geral extinguiu as Donatarias, interrompendo o fluxo de capitais privados para 
a economia do açúcar. 
 
 
05. (Unaerp) Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de ocupação do Brasil 
seria através da colonização. Era necessário colonizar, simultaneamente, todo o extenso 
território brasileiro. Essa colonização dirigida pelo governo português se deu através da: 
 
(A) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil. 
(B) criação do sistema de governo geral e câmaras municipais. 
(C) criação das Capitanias Hereditárias. 
(D) montagem do sistema colonial. 
(E) criação e distribuição das Sesmarias. 
 
06. (Unesp) A implantação do sistema de Governo-Geral, em 1548, não representou a extinção do 
anterior modelo administrativo descentralizado das Donatárias. Assinale a alternativa 
diretamente relacionada com o governo Tomé de Souza. 
 
(A) Incorporação do reino português à Coroa espanhola pela morte do Rei D. Sebastião em 
Alcácer-Quibir. 
(B) Fundação de São Paulo de Piratininga e da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. 
(C) Criação do Bispado do Salvador, o primeiro do Brasil. 
(D) Assinatura do Tratado de Madrid, restabelecendo os limites naturais previstos no Tratado 
de Tordesilhas de 1494. 
(E) Os franceses expulsos desistiram de contestar a soberania lusitana no Brasil. 
 
07. (Uece) "A armada de Martim Afonso de Sousa, que deveria deixar Lisboa a 3 de dezembro de 
1531, vinha com poderes extensíssimos, se comparados aos das expedições anteriores, mas 
tinha como finalidade principal desenvolver a exploração e limpeza da costa, infestada, ainda e 
cada vez mais, pela atividade dos comerciantes intrusos." 
(HOLANDA, Sérgio Buarque de. "As Primeiras Expedições." in: HOLANDA, Sérgio Buarque de. (org) HISTÓRIA GERAL DA CIVILIZAÇÃO 
BRASILEIRA. Tomo I, Volume 1. São Paulo: DIFEL, 1960. p. 93.) 
Com base nesta citação, assinale a alternativa que indica corretamente os principais objetivos das 
primeiras expedições portuguesas às novas terras descobertas na América: 
 
(A) expulsar os contrabandistas de pau-brasil e combater os holandeses instalados em 
Pernambuco. 
(B) garantir as terras brasileiras para Portugal, nos termos do Tratado de Tordesilhas, e 
expulsar os invasores estrangeiros. 
(C) instalar núcleos de colonização estável, baseados na pequena propriedade familiar, e 
escravizar os indígenas. 
(D) estabelecer contatos com as civilizações indígenas locais e combater os invasores 
franceses na Bahia. 
Curso Preparatório Cidade | Tópico 1.1 - Os Primeiros Anos da Colonização: Administração e Bases Econômicas 15 
 
08. (Uel) A centralização político-administrativa do Brasil Colônia foi concretizada com a: 
 
(A) criação do Estado do Brasil. 
(B) instituição do Governo Geral. 
(C) transferência da capital para o Rio de Janeiro. 
(D) instalação do Sistema das Capitanias Hereditárias. 
(E) política de descaso do governo português pela atuação predatória dos bandeirantes. 
 
09. (Pucmg) "Havia muitos destes índios pela Costa junto das Capitanias, tudo enfim estava cheio 
deles quando começaram os portugueses a povoar a terra; mas porque os mesmos índios se 
levantaram contra eles e faziam-lhes muitas traições, os governadores e capitães da terra 
destruíram-nos pouco a pouco e mataram muitos deles, outros fugiram para o sertão, e assim 
ficou a costa despovoada de gentio ao longo das Capitanias. Junto deles ficaram alguns índios 
destes nas aldeias que são de paz, e amigos dos portugueses. 
 À língua deste gentio toda pela costa é, uma: carece de três letras - não se acha nela F, 
nem L, nem R, cousa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei; e desta 
maneira vivem sem justiça e desordenadamente. 
 Estes índios andam nus sem cobertura alguma, assim machos como fêmeas; não cobrem 
parte nenhuma de seu corpo, e trazem descoberto quanto a natureza lhes deu. (...). Não há como 
digo entre eles nenhum Rei, nem justiça, somente cada aldeia tem um principal que é como 
capitão, ao qual obedecem por vontade e não por força; (...) [e que] não castiga seus erros nem 
manda sobre eles cousa contra sua vontade". 
 (GANDAVO, Pero de Magalhães. Tratados da Terra do Brasil. História da província Sta. Cruz. Belo Horizonte / São 
Paulo: Itatiaia/Edusp., 1980, p.52-54) 
 
O tema central do trecho dado pode ser resumido como sendo: 
 
(A) a violência do processo colonizador contra os índios e sua submissão aos portugueses. 
(B) a ausência da ordem política e da fé entre os povos indígenas do Brasil. 
(C) o relato do comportamento e da falta de moral do índio no tocante aos seus costumes. 
(D) a descrição da organização militar e ausência da autoridade indígena. 
(E) a resistência do gentio à colonização e o estranhamento do colonizador frente à cultura 
indígena. 
 
10. (Fuvest) No período colonial o Brasil, exemplo típico de colônia de exploração, apresentava as 
seguintes características: 
 
(A)grande propriedade, policultura, produção comercializada com outras colônias e mão-de-
obra livre. 
(B) pequena propriedade, cultura de subsistência, produção para o consumo interno e 
trabalho livre. 
(C) colonato, produção manufatureira comercialização com a Metrópole e mão-de-obra 
compulsória. 
(D) latifúndio, cultura de subsistência, produção destinada ao mercado interno e mão-de-obra 
imigrante. 
(E) grande propriedade, monocultura, produção para o mercado externo e mão-de-obra 
escrava. 
 
11. (Mackenzie) "Contudo tornava-se cada dia mais claro que se perderiam as terras americanas a 
menos que fosse realizado um esforço de monta para ocupá-las permanentemente. Este 
esforço significava desviar recursos de empresas muito mais produtivas do oriente". 
 (Celso Furtado) 
 
Para garantir sua presença em terras americanas e contornar os gastos elevados de uma 
colonização, o governo português introduziu: 
 
(A) o sistema de capitanias, que transferia a particulares, em troca de privilégios e terras, as 
despesas da colonização. 
(B) a centralização administrativa através do governo geral. 
(C) a emigração maciça de mão-de-obra livre para a colônia, tendo em vista seu povoamento 
e desenvolvimento interno. 
(D) a criação de um sistema administrativo, totalmente original, baseado em feitorias que 
incrementaram o povoamento. 
(E) o enfrentamento militar com as potências invasoras e a perda de consideráveis áreas 
coloniais. 
 
12. (Unirio) O início da colonização portuguesa no Brasil, no chamado período "pré-colonial" (1500 
-1530), foi marcado pelo(a): 
 
(A) envio de expedições exploratórias do litoral e pelo escambo do pau-brasil. 
(B) plantio e exploração do pau-brasil, associado ao tráfico africano. 
(C) deslocamento, para a América, da estrutura administrativa e militar já experimentada no 
Oriente. 
(D) fixação de grupos missionários de várias Ordens Religiosas para catequizar os indígenas. 
(E) implantação da lavoura canavieira, apoiada em capitais holandeses. 
 
 
16 Tópico 1.1 - Os Primeiros Anos da Colonização: Administração e Bases Econômicas | Curso Preparatório Cidade 
 
13. (Ufmg) "A cidade que os portugueses construíram na América não é produto mental, não chega 
a contradizer o quadro da natureza, e sua silhueta se enlaça na linha da paisagem. Nenhum 
rigor, nenhum método, nenhuma providência, sempre esse significativo abandono que exprime 
a palavra desleixo." 
 (HOLANDA, Sérgio Buarque de. "O Semeador e o Ladrilhador". In: RAÍZES DO BRASIL. Rio de Janeiro: José Olympio, 1956.) 
 
A urbanização no Brasil colonial até o século XVII é vista como sendo provisória e acanhada. Um 
dos motivos pelos quais Portugal deixou em segundo plano a questão da urbanização foi: 
 
(A) a inutilidade dos centros urbanos já que na colônia a administração ficava a cargo dos 
Donatários. 
(B) as dificuldades para contratar técnicos especializados que pudessem organizar as cidades. 
(C) as lutas com os espanhóis para a manutenção das terras coloniais que impediram o 
desenvolvimento da colônia do Brasil. 
(D) O predomínio da vida rural, nos engenhos e nas fazendas de criação, o que diminuiu a 
importância das cidades. 
 
14. (Mackenzie) "Pedro Álvares Cabral morreu na obscuridade por volta de 1520, sem nunca ter 
retornado à corte e virtualmente sem saber que revelara ao mundo um território que era quase 
um continente. Em 1521, morria também o rei D. Manuel I, o monarca que jamais se 
interessou pela terra descoberta por Cabral". 
(Eduardo Bueno - "A viagem do descobrimento") 
 
O desinteresse de Portugal pelo Brasil na época do descobrimento explica-se: 
 
(A) pela reduzida repercussão da descoberta entre as potências marítimas européias. 
(B) pelo fato dos interesses do Estado Português e da burguesia mercantil estarem voltados 
para as riquezas do oriente. 
(C) pela lógica da economia mercantilista, que valorizava acima de tudo a produção em 
detrimento do comércio. 
(D) por estas terras pertencerem à Espanha, pelo Tratado de Tordesilhas. 
(E) pelas enormes dificuldades de transportar com segurança os excedentes de produção dos 
índios brasileiros. 
 
15. (Ufes) A organização da agromanufatura açucareira no Brasil Colônia está ligada ao sentido 
geral da colonização portuguesa, cuja dinâmica estava baseada na: 
 
(A) pesada carga de taxas e impostos sobre o trabalho livre, com o objetivo de isentar de 
tributos o trabalho escravo. 
(B) unidade produtiva voltada para a mobilidade mercantil interna, ampliada pelo 
desenvolvimento de atividades artesanais, industriais e comerciais. 
(C) estrutura de produção, que objetivava a urbanização e a criação de maior espaço para os 
homens livres da colônia. 
(D) pequena empresa, que procurava viabilizar a produção açucareira apenas para o mercado 
interno. 
(E) propriedade latifundiária escravista, para atender aos interesses da Metrópole Portuguesa 
de garantir a produção de açúcar em larga escala para o comércio externo. 
 
16. (Ufpe) Na opinião do historiador Caio Prado Jr., todo povo tem na sua evolução, vista a 
distância, um certo sentido. Este se percebe, não nos pormenores de sua história, mas no 
conjunto dos fatos e acontecimentos essenciais... 
 
Assinale a alternativa que corresponde ao "sentido" da colonização portuguesa no Brasil. 
 
(A) A colonização se estabeleceu dentro dos padrões de povoamento e expansão religiosa. 
(B) A colonização foi um fato isolado, portanto, uma aventura que não teve continuidade. 
(C) A colonização foi o resultado da expansão marítima dos países da Europa e, desde o 
início, constituiu-se numa sociedade de europeus sem nenhuma miscigenação. 
(D) A colonização se realizou no "sentido" de uma vasta empresa comercial para fornecer ao 
mercado internacional açúcar, tabaco, ouro, diamantes, algodão e outros produtos. 
(E) A colonização portuguesa teve, desde cedo, o objetivo de criar um mercado nacional no 
Brasil. 
 
17. (Cesgranrio) A política colonizadora portuguesa, voltada para a obtenção de lucros do 
monopólio na esfera mercantil, tinha como principal área de produção: 
 
(A) a implantação da grande lavoura tropical, de base escravista e latifundiária caracterizada 
pela diversidade de produtos cultivados e presença de minifúndios e latifúndios; 
(B) o "exclusivo colonial", que subordinava os interesses da produção agrícola aos objetivos 
mercantis da Coroa e dos grandes comerciantes metropolitanos; 
(C) a agricultura de subsistência, baseada em pequenas e médias propriedades, utilizando 
mão de obra indígena; 
(D) a integração agropastoril, destinada ao abastecimento do mercado interno colonial, 
sobretudo ao do metropolitano; 
(E) a criação de Companhias Cooperativas envolvidas com a produção de tecidos e demais 
gêneros ligados ao consumo caseiro. 
 
Curso Preparatório Cidade | Tópico 1.1 - Os Primeiros Anos da Colonização: Administração e Bases Econômicas 17 
 
18. (Uece) A administração colonial portuguesa exercia seus poderes através das Câmaras 
Municipais. Sobre estas instituições de poder local no Brasil colônia, podemos afirmar 
corretamente que: 
 
(A) tinham funções exclusivas de aplicar as determinações da Coroa, sendo compostas por 
funcionários sem qualquer poder de decisão. 
(B) eram compostas exclusivamente pelos "homens bons", os grandes proprietários de terras, 
o que garantia a estabilidade econômica e permitia ampla autonomia local. 
(C) as câmaras detinham poderes limitados à aplicação da justiça em casos de crimes comuns 
e à arrecadação dos impostos locais, apesar de formada pelos "homens bons" da colônia. 
(D) tinham amplos poderes, tanto ao nível político como administrativo, e eram compostaspor vereadores escolhidos em eleições diretas e universais. 
 
19. (G1) Entre as realizações de Men de Sá, o terceiro governador geral do Brasil, NÃO se destaca: 
 
(A) a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro; 
(B) a construção da primeira capital do Brasil, Salvador; 
(C) o apaziguamento da Confederação dos Tamoios, através dos jesuítas; 
(D) o incentivo à agricultura e à pecuária; 
(E) a permanência no Brasil além do que havia sido determinado, devido ao bom 
desempenho. 
 
20. (Mackenzie) O sistema de capitanias hereditárias, criado no Brasil em 1534, refletia a transição 
do feudalismo para o capitalismo, na medida em que apresentava como característica: 
 
(A) a ausência do comércio internacional, aliada ao trabalho escravo e economia voltada para 
o mercado interno. 
(B) uma economia de subsistência, trabalho livre, convivendo com forte poder local 
descentralizado. 
(C) ao lado do trabalho servil, uma administração rigidamente centralizada. 
(D) embora com traços feudais na estrutura política e jurídica, desenvolveu uma economia 
escravista, exportadora, muito distante do modelo de subsistência medieval. 
(E) uma reprodução total do sistema feudal, transportada para os trópicos. 
 
 
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