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Resumo filosofia geral e juridica av1

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O que é filosofia?
È a pratica da análise, reflexão e critica na busca do conhecimento do mundo e do homem, uma releitura critica do mundo, da realidade e do destino do homem no tempo. Questiona e investiga com rigor metodológico a essência e natureza das coisas, surgindo assim, a pesquisa científica.
A filosofia pode ser considerada uma ciência?
A filosofia caminha pelos pés da ciência, e se situa no mesmo ramos das ciências naturais, física, química, astronomia e biologia. O da filosofia seria desse modo, um trabalho de composição unitária das pesquisas de cada um e de todos cientistas, para proporciar a cada cientista a abertura de novas perspectivas, e a todos uma compreensão total, mais positiva do universo.
A ciencia prova um fato, a filosofia contesta, pergunta como provar, qual a possível analise, como chegou-se a tal resultado.
Objetos de estudo da filosofia
Metafisica- estudo do ser 
Lógica- estudo da estrutura do raciocínio
Teoria do conhecimento- pesquisa cientifica
filosofia prática- estudo sobre ética, moral e politica 
Estetica- Estudo do belo e da arte, aquilo que agrada aos sentidos
O interesse primordial da Filosofia é com problemas não resolvidos, o assombro do homem perante a natureza e o mistério, os fenômenos naturais, tentando captar e renovar os problemas universais, no esforço sincero e na procura inteligente de soluções para os problemas que afligem a época em que vivemos, ou seja, a própria sociedade. O objeto da filosofia tem o grande valor de mostrar que esta não pode se estiolar em um sistema cerrado, onde tudo já esteja pensado, muitas vezes antecipadamente resolvido, pois se agarra sempre as novas possibilidades.
Origem da filosofia
Surgiu na grécia, momento do florescimento do pensamento racional fora da esfera teológica, afastando o mito, as crendices, as lendas, onde buscava-se uma pura razão.
Qual a utilidade da filosofia?
Transcender, nos permite ter mais de uma dimensão dos fins que eles se destinam, dessa forma, aprendemos a identificar nossos pensamentos, as ideias e teorias que os sustentam.
No ramo juridico, onde a filosofia se encaixa?
O Direito como fenômeno cultural está sujeito a vários olhares. Pode ser estudado sob a ótica da história, da antropologia, da psicologia, da filosofia, da economia e também da arte.
Em todas as épocas se meditou sobre o problema dos fundamentos do direito e da justiça. É um saber critico a respeito das construções das normas jurídicas e praticas da justiça e suas mudanças no decorrer da história e do tempo, fazendo uma reavaliação dos valores da sociedade, questionando-se sobre a legitimidade das normas, de forma que não se pretenda ter apenas uma visão e aplicação técnica e pratica, imediatista como o positivismo, maleando assim os objetos fáticos.
Se divide em dois planos de reflexão:
Epistemológica= se observa o conceito de direito 
axiológico= reflexão valorativa, estudo dos valores, fundamentos do agir correto.
O que é o jurisfiloso?
È aquele que conhece as correntes filosóficas na lógica do direito, verificando adequação do Direito positivo às necessidades sociais atuais.
O que é Aristocracia:
Aristocracia significa nobreza. É a classe social superior. O termo aristocracia tem origem no grego “aristokrateia”, que significa “governo dos melhores”.
O poder político era exercido por uma elite, um pequeno grupo de cidadãos escolhidos pela nobreza, prestígio social ou privilégios herdados de determinadas áreas científica, religiosa, artística etc..
Para Aristóteles, a aristocracia era o governo de poucos, dos melhores cidadãos no sentido de possuírem melhor formação moral e intelectual para atender aos interesses do povo. 
Justiça no período pré-socrático
O surgimento da pólis configurou um novo momento para os gregos, foi a ruina das organizações tribais, foi uma nova forma de convivência humana. O termo pólis propiciou o aparecimento da palavra politica, e consequentemente a ideia de justiça. Surge a democrácia, a pólis valorizou o humano, a discussão, a persuasão, a força do melhor argumento, enfim, o próprio desenvolvimento do discurso, surge os sofistas. 
Cada pólis(estado-estados) apresentava independência jurídico-política, cada pólis tinha suas próprias leis de cidadania, cunhagem de moedas, costumes, festivais, cada uma delas protegida por um pluralismo de deuses, por isso, suas normas tradicionais e modo de regulamentar as cidades tinham fundamento fortemente religioso. Sócrates surge nesse contexto de romper com o mito. Sócrates queria fazer uma defesa da democracia, mas para isso, era preciso que ele fizesse com que as pessoas parassem de acreditar nos discursos retóricos, sofistas, demagogos, para que assim nascesse a democracia pura. Sócrates foi o responsavel por fazer com que seus concidadãos se esforçassem para se interessar por politica, para que isso não fosse posse apenas de um grupo de elite.
Andava pelas ruas e praças fazendo perguntas sobre o universo, sobre a justiça, ouvia as respostas e começava a dialogar, principalmente sobre a organização politica de Atenas(onde vivia). Começou a promover debates com diálogos aporéticos(quase nunca concluídos). Ele não queria estabelecer verdades, mas queria deixar as pessoas sempre num estado de se indagar, queria estimular o pensamento autônomo. Usava o método de perguntas e respostas em dialéticas(argumentos com conflito de ideias) até desnudar a superficialidade e imprecisão de certas opiniões ou juízos proferidos pelo senso comum.
Sua critica ao regime democrático de Atenas em conjunto com seu método que denunciava a superficialidade intelectual de alguns homens concitou em inimigos poderosos e perigosos. Sócrates foi acusado de traidor da patria, e acusado de colocar a moralidade ateniense em risco por dissuadir a crença nos deuses. Foi condenado a morte, tomou cálice de cicuta- veneno extraído de uma planta que paralisa gradualmente o corpo. Teve muitos discípulos, não deixou nada escrito, pois para Sócrates a filosofia só tinha sentido se ela fosse falada, praticada oralmente. Se fosse escrita, para ele, seriam como pensamentos congelados. Platão foi um dos discípulos de Sócrates, e este se encarregou de registar as ideias do mestre em forma de diálogos.
Quem eram sofistas?
Os sofistas se compunham de grupos de mestres que viajavam de cidade em cidade realizando aparições públicas (discursos, etc) para atrair estudantes, de quem cobravam taxas para oferecer-lhes educação. O foco central de seus ensinamentos concentrava-se no logos ou discurso, com foco em estratégias de argumentação. Os mestres sofistas alegavam que podiam "melhorar" seus discípulos, ou, em outras palavras, que a "virtude" seria passível de ser ensinada.
Após o surgimento da democracia na Grécia antiga, vários transformações ocorreram na sociedade, exigindo novas formas de se relacionar. A democracia era o sistema de governo que pressupunha a escolha periódica de executores e elaboradores das leis. E para isso, não havia nenhum critério.
Neste período, em que já estão avançadas as questões cosmológicas, a busca pelo ser das coisas deixa de ser o foco principal das questões filosóficas, que agora se ocupa com o homem e suas potencialidades. Era preciso saber falar para fazer valer seus interesses nas assembleias. Surgem, então, os famosos oradores denominados Sofistas, palavra que significa sábio em grego.
Platão e a justiça
Platão entende que existe dois mundos- o mundo físico(ou sensível) é o mundo dos sentidos, aquele captado por nossos cinco sentidos(tato, cheiro, paladar, audição e visão), esse mundo é criado a partir das coisas relativas, da matéria e tudo o que existe na terra, que nasce, cresce, perece, coisas mutáveis, corruptíveis e transitórias. O outro mundo é o mundo das ideias( ou ideal), é o mundo da memória, criado a partir das “ideias absolutas”, concretas, perfeitas, que estão na essência das coisas, por isso não estão sujeitas as mudanças nesse sentido tentava entender o mundo
enquanto realidade.
Platão exemplifica bem seu pensamento, em uma das passagens mais clássicas da filosofia “o mito da caverna”, que conta a história de dois prisioneiros que vivem acorrentados desde criança em uma caverna escura, sem jamais sair dali e sem poder se mexer. A entrada da caverna permite que a luz de uma imensa fogueira situada do lado de fora penetre e projete reflexos do que se passa do lado de fora nas paredes internas. Como jamais viram as coisas como elas são, os prisioneiros imaginam que as coisas que enxergam são as próprias coisas, e não as sombras delas. Para Platão a caverna é o mundo em que vivemos, e as sombras o modo como enxergamos tudo.
Platão vê o espirito humano como um peregrino que esta neste mundo prisioneiro na caverna do corpo(mundo dos sentidos) e que deve transpor este mundo e libertar-se dos sentidos do corpo para realizar o seu fim, isto é, chegar na contemplação do inteligível, intangível e absoluto mundo das ideias.
No processo de buscar a essência pelo método da discussão, Platão apela para o mito como recurso, sendo assim, qual a função do mito no pensamento platônico?
O mito exerce um papel importante em seus diálogos, uma vez que a tradição mitológica mantêm-se como referência cultural; era o que o povo de seu tempo tinha como referencia, dai o motivo de ele recorrer ao mito.
A republica (politeia), O politico (politikós) e as leis (normal) são diálogos que nos oferecem a medida da importância da filosofia politico- jurídica no pensamento de Platão
e sua desilusão com a vida publica, visto que os homens públicos são dominados pelos interesses particulares. Platão compreendeu a corrupção como um dos fenômenos de sua época e acreditou que a filosofia poderia resgatar a ordem e a justiça nas relações sociais.
A obra “A Republica”, contempla a ideia de uma comunidade alternativa aquelas existentes. Platão formula nela uma cidade ideal, onde para ele, haveria a tão sonhada justiça. Essa cidade era fundamentada na divisão do trabalho. Para isso ele dividiu os homens em três classes diferentes, a primeira seria dos magistrados e governantes, que seriam aqueles dotados da razão, filosofos guiados pela sabedoria. A segunda classe seria dos guerreiros, responsáveis pela ordem interna e externa e pela proteção da cidade contra invasores; e a terceira classe seria dos artesãos, que seriam os comerciantes, agricultores, costureiros, construtores, etc... seriam aqueles que constituiriam a base economica da cidade. 
Na comunidade ideal de platão a família deveria deixar de existir, os casamentos seriam coletivos, sem casais fixos, não teria discriminação entre homens e mulheres, podendo até mesmo as mulheres ocuparem cargos militares.filhos ao nascer deveriam ser retirados de seus pais e serem criados pelo Estado, assim não existiria egoismo, e as crianças seriam alheias aos maus habitos; e para isso seria preciso um sistema educativo que desenvolvesse as virtudes( sabedoria, coragem, temperança e justiça).
Todos estudariam e mediante o resultado do teste prático e teórico que fariam aos 20 anos, culminaria na divisão das pessoas para suas respectivas classes. Homens e mulheres poderiam pertencer a qualquer uma das classes, de acordo com a sua capacidade e aptidão. Não deveria existir normas positivadas, pois julgariam cada caso em particular segundo as circunstâncias.
Platão dizia necessário a criação de um método capaz de impedir que a incompetencia e a corrupção existisse no governo publico. Por isso, a cidade ideal, só poderia ser governada por aqueles que possuíssem a habilidade da sabedoria; para isso era preciso a reconstrução de uma nova estrutura social a partir de uma reestruturação do homem para essa nova sociedade, tendo por fundamento o ideal de justiça para além das aparencias e do sentido mesquinho que por ora corrói o tecido da vida coletiva.
Aristóteles e a justiça
Aristóteles foi discípulo de Platão, embora tenha aprendido muito com seu metre se tornou também o seu maior critico, pois não acreditava no mundo imperfeito, das ideias apresentadas no Mito da Caverna. 
Aristóteles formulou a idéia das hipóteses, propôs a metodologia da pesquisa cientifica, fundou o pensamento lógico, foi o primeiro pesquisador cientifico, pois ele apoiou-se no espirito da observação, próprio das ciências em sentido empírico. Se preocupou em estudar muitas obras anteriores as quais citou no seu livro. Compreendeu a necessidade de integrar o pensamento anterior a sua própria pesquisa.
Para Aristóteles o homem é um ser gregário por natureza , e por isso vivem em comunidades de maneira buscar mais segurança, companheirismo e proteção, tendo como objeto a pratica do bem, para ele, assim nasce o Estado. O homem tinha que praticar o bem até tal atitude se tornar um hábito, e assim, um indivíduo torna-se virtuoso, chegando a felicidade ultima que é a felicidade. Essa felicidade nada mais é que uma atividade virtuosa da alma, pois ela não é tida pela posse de bens materiais, mas sim no desenvolvimento e ação de bons valores internos advindos da moral e da ética, que seria o conjunto dos meios necessários para a formação das virtudes nos cidadãos.
A justiça para ele, é a virtude completa, porque a pessoa que a possui pode exercer sua virtude não só em relação a si mesmo, como também em relação ao próximo.

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