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RESUMO PROVA 1/ Aulas Marcelo/ Imunologia/Veterinária/UFPEL/2021

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Imunoglobulinas: estrutura e funções 
 Anticorpos são moléculas de glicoproteínas chamadas de imunoglobulinas (IG´s). . 
 Os anticorpos são altamente diversificados e específicos na sua capacidade de reconhecer 
antígenos. 
 Anticorpos circulantes = imunidade humoral (Linfócito B). 
 Linfócitos T = imunidade celular 
 Anticorpo não se ‘CRIA’, eles são induzidos. De que forma? Sist. Imune reconhece um 
antígeno imunogênico e, esse antígeno estimula o sist. imunológico a secretar anticorpos. 
COMO OCORRE A RESPOSTA HUMORAL: 
O receptor de linfócito B são Ig. Cada molécula de Ig reconhece um epítopo especifico de um Ag. 
Quem circula é o Ac, normalmente os LB estão nos órgãos linfóides, (baço, linfonodos, etc). 
Apenas um número muito pequeno de LB está circulante. Toda vez que um antígeno entrar no 
organismo, será drenado para um órgão linfoide e lá vai estimular o LB. Após, o LB sofre mitose 
(expansão clonal), dando origem a várias células B iguais a ela. Linfonodo aumentado de 
tamanho é um caso que se explica pela mitose dos linfócitos B, esta acontecendo expansão 
clonal nesse linfonodo e, por consequência, um processo inflamatório (resposta imunológica). 
Após, LB da origem a célula PLASMÓCITO (que secreta anticorpos, os quais circulam no soro). 
O anticorpo secretado é direcionado para o epítopo que o LB reconheceu. 
OBS1: A célula (LB) fica residente no órgão linfoide, quem é secretado e circula é ANTICORPO. 
EX: Para 10 epítopos diferentes existirão 10 anticorpos diferentes. Cada um reconhece 
ESPECIFICAMENTE o epítopo que entrou em contato com LB. 
OBS2: Parte dos LB que se diferenciam em plasmócitos dão origem às células de memória, que 
circulam no organismo durante muito tempo. Um dos principais objetivos de uma vacina, por 
exemplo, é induzir resposta imunológica específica. Estimula LB que, por sua vez, faz expansão 
clonal -> se diferencia em plasmócito -> secreta anticorpos. Além disso, também produz células 
de memória (LB). 
OBS3: Quem tem memória é o LB, NÃO o anticorpo! 
Estrutura molecular básica de uma molécula de Ig: 
Possuem estrutura tridimensional. Qualquer imunoglobulina possui duas cadeias pesadas e duas 
cadeias leves. Cada uma das cadeias pesadas está unida a uma cadeia leve por duas pontes de 
enxofre e as duas cadeias pesadas estão unidas entre si. Existem cinco tipos de cadeias pesadas 
e estes tipos são caracterizados pela sequência de aminoácidos na cadeia. Para cada tipo de 
cadeia pesada há uma classe de Ig (IgM, IgG, IgY...). Existem dois tipos de cadeia leve. A Região 
Variável determina a especificidade para cada antígeno (FAB). 
Isotipos ou classes de Ac: IgM, IgA, IgG, IgE, IgD e IgY (em aves, repteis). 
O que muda entre as classes de Ig é a cadeia pesada. Uma é diferente da outra, aí que vem as 
diferentes classes, a cadeia pesada da IgG em relação a IgD ou IgA é diferente, por exemplo. 
Uma IgG e uma IgD visualmente são iguais, mas se analisarmos em detalhes, elas têm cadeias 
pesadas diferentes (região constante). As células do SI têm a habilidade de reconhecer isso. A 
IgY é de anfíbios, répteis e aves. 
Imunoglobulina G (IgG). 
É a mais encontrada no sangue (aprox. 80%). No soro se busca IgG. 
Principal associada a mecanismos de defesa humoral; 
Secretada por plasmócitos no baço, linfonodos e medula óssea. Esses linfócitos estão residentes, 
o que circula é Ac. 
Interação Ag-Ac 
Região variável da Ig é o que se liga ao Ag (porção FAB). Na parte constante das 
imunoglobulinas, não muda nada. Existem, dentro da cadeia leve, regiões que são altamente 
variáveis e isso explica porque diferentes IgA’s, diferentes IgG’s reconhecem epítopos diferentes. 
Subclasses de IgG 
Tem IgG1, 2, 3, 4, todas são IgGs, só um pouco diferentes no que se refere a estrutura da cadeia 
pesada. A IgG1 é a mais abundante na circulação. 
Funções: 
Neutralização: pode ser de ações de vírus, bactérias, toxinas. A Ig recobre proteínas de um vírus 
que tâm habilidade iniciar o processo infeccioso na célula. EX: Um animal recebeu vacina 
antitetânica, o que acontece no SI? Produziu Ac contra a toxina tetânica. Se por acaso algum dia 
ele entrar contato com a bactéria que produz a toxina e ele já tem Ac, o Ac neutraliza a toxina e 
ela não exerce sua função na célula. 
Opsonização: Quando tiver IgG recobrindo patógeno, o macrófago reconhece a porção FC (da 
IgG) e fagocita muito mais rápido o antígeno. O macrófago não sabe quem é o patógeno, ele 
reconheceu a porção FC da imunoglobulina, se ligou, fagocitou e eliminou o patógeno. 
- ADCC: Em uma célula infectada por vírus ou bactéria, por exemplo, a Ig reconhece antígenos 
específicos nesta célula. No momento que a célula esta sinalizada por moléculas de Ig a célula 
NK (macrófago, eosinófilo e neutrófilo também podem fazer isso) reconhece a porção FC da 
imunoglobulina e exerce a sua função (pois possuem receptores para a porção Fc): desgranula 
perfurinas e granzimas para eliminar o patógeno. Esse trabalho feito pela NK é muito parecido 
com o trabalho feito pelo Linfócito T citotóxico, porém é realizado de uma forma inespecífica, 
enquanto o LTC é específico. 
- Fixação do Complemento (via clássica): IGg ativa o Sistema Complemento; 
- Aglutinação; 
- Citotoxicidade celular dependente de anticorpo e mediada pelo sistema complemento 
 
Imunoglobulina E - IgE (Infecção alérgica e infestação por helmintos) 
Encontrada em concentrações muito baixas no soro. 
Toda vez que encontrar alta concentração de IgE ou solicitar uma dosagem de IgE é sinal de 
reações alérgicas ou infecções parasitárias (principalmente por helmintos). Como ocorre: 
mastócito em repouso revestido de IgE -> Antígeno - mastócito ativado (se liga IgE que estimula 
ele a desgranula) ->libera histamina (resposta vascular aumenta permeabilidade) libera também 
citocinas (reação inflamatória) -> mata o agente. 
IgE não fixa complemento e tem meia vida muito curta, começa a circular nesses casos e, em 
dois ou três dias não está mais presente no soro. Então são picos, associados SEMPRE a reação 
alérgica e infestação parasitária. 
Imunoglobulina D - IgD 
Única não detectada em todas as espécies de mamíferos. Em equinos não tem IgD no soro, não 
se detectou ainda. A principal função é ser receptor de linfócito B. 
Imunoglobulina M – IgM (MARCADOR DE INFECÇÃO AGUDA/RECENTE) 
 Papel muito grande em aglutinação (aglutina TUDO) 
 Baixa capacidade de neutralização 
 Opsonização 
 2ª maior concentração no soro 
 Marcador de infecção aguda 
 Extremamente eficiente em fixação de complemento, pois tem 10 sítios de ligação; 
o IgM alta e IgG baixa: infecção aguda 
o IgM baixa e IgG alta: infecção foi há algum tempo. 
Imunoglobulina A (secretada na mucosa) 
Produzida a partir de plasmócitos e localizadas na parede intestinal, trato respiratório, urinário, 
pele e glândula mamária (acúmulos linfoides desses locais). 
Ela está nas MUCOSAS, exercem suas funções nesses locais. Não fixa complemento e não faz 
opsonização. Na mucosa ela faz principalmente neutralização, ela não fixa complemento porque 
não está no soro. A importância dela é a imunidade das mucosas, fazendo aglutinação, se 
ligando a epítopos específicos e não deixando esses agentes ou Ag exercer suas funções. 
OBS: nos ruminantes a imunoglobulina das mucosas é IgG. 
Imunoglobulina Y 
 Em repteis, anfíbios e aves, a Ig que tem é IgY, e não a IgG. Não tem região de dobradiça, 
não fixa complemento, muito parecida com IgG ou IgE. Presente em altas concentrações 
no soro e na gema do ovo. 
Considerações sobre testes diagnósticos 
Considerações gerais: 
Métodos diretos de diagnósticos: detecção do agente, antígenos ou ácidos nucléicos. 
Métodos indiretos de diagnóstico: detecção de anticorpos específicos, não determinaa doença 
determina se o indivíduo entrou em contato com o agente. Mas por exemplo: AIE (anemia 
infecciosa equina) é doença crônica e, se o animal entrou em contato com agente, ele estará 
infectado e, consequentemente, terá imunoglobulinas no soro. 
Sorologia pareada: amostra coletada durante dois períodos distintos, uma durante a fase aguda e 
a outra cerca de 3-4 semanas depois (fase convalescente). Neste período, se observa a 
soroconversão ou conversão sorológica (ou seja, um aumento igual ou superior a 4X nos níveis 
de anticorpos). Isto significa estimulação específica do sistema imunológico, confirmando o 
diagnóstico SOROLÓGICO da infecção. 
Propriedades das técnicas de diagnóstico: 
Pensando em qualquer teste de diagnóstico, é importante a praticidade, simplicidade, custo baixo, 
sensibilidade, especificidade, repetibilidade, rapidez, capacidade de automatização. 
Sensibilidade e especificidade são números. 
A sensibilidade é a capacidade de identificar verdadeiramente positivo nos animais 
verdadeiramente doentes. 90 (negativo) 10 (falso negativo) 
A especificidade é capacidade de identificar os verdadeiros negativos nos indivíduos 
verdadeiramente sadios. 90 (negativo) 10 (falso positivo) 
Doença e teste de diagnóstico: 
* Quando o animal tem mesmo a doença (já se sabe que tem) e o teste dá positivo, isso é 
verdadeiro +. 
* Quando o animal tem a doença e o teste dá negativo, isso é resultado falso -. 
* Quando o animal não tem a enfermidade ou não tem Ac específicos e o teste dá positivo, isso é 
um falso +. 
* Quando o animal não tem a doença e o teste da negativo ele é um verdadeiro -. 
 
Não existe nenhum teste de diagnóstico 100% que de verdadeiro positivo e verdadeiro 
negativo, sempre tem alguma falha. Essa falha é sensibilidade e especificidade. Então dentro 
desse conceito, tem o que se chama de teste padrão ouro. O que é isso? É aquela técnica que é 
reconhecida por órgãos internacionais, mas NENHUMA dessas provas são 100% sensíveis e 
100% específicos. 
 
PROPRIEDADES DOS ANTÍGENOS: 
 
A resposta imune inata é a primeira resposta, é inespecífica, não importa “quem” está 
causando o problema. Os antígenos na resposta imune inata estão associados com os 
“PAMP’s”: padrões moleculares associados a patógenos. Já na resposta imune específica os 
antígenos são reconhecidos pelo sistema imunológico (SI), capturado, processado e apresentado 
de forma específica às células de defesa. 
Antígenos são estruturas moleculares estranhas que são reconhecidas pelas células do 
sistema imune ou por anticorpos (Ac) específicos. Os antígenos próprios (das nossas células) ou 
“self” também são antígenos. Uma proteína celular, uma célula, componente de células, 
componentes do soro, são ótimos antígenos, a diferença é que durante o processo de formação 
do SI lá na vida fetal, todos os clones de linfócito T ou B que reconhecem com alta afinidade 
antígenos próprios, são excluídos. Então, nós nascemos com uma diversidade muito grande de 
linfócitos T e B que são capazes de reconhecer algo que não é nosso (antígeno estranho), porque 
todos os clones de Linfocitos que reconheceram algo próprio lá no sistema de formação foram 
eliminados. 
Quando o sistema imunológico responde, eventualmente, contra algo próprio ocorrem as 
chamadas doenças autoimunes. Os antígenos estão presentes em bactérias, vírus, parasitas, 
fungos, antígenos ambientais e, no momento que entram em contato com os animais, o SI (dos 
animais) são aptos a reconhecer e responder contra isso. 
Epítopo: é a menor porção do antígeno capaz de reagir (se ligar) com células do SI ou com 
anticorpos, e se isso (o epítopo) for imunogênico vai induzir resposta imunológica. As 
células do SI ou Ac vão reconhecer uma pequena porção dos antígenos (o epítopo) e responder 
só contra ela, isso é habilidade do SI adquirido. 
 
Conceitos básicos: 
Antigenicidade: Capacidade de reação com os produtos de uma resposta imune específica, ou 
seja, é a capacidade de ser reconhecido por células e/ou anticorpos especificos. 
Imunogenicidade: Capacidade do antígeno de estimular as células do sistema imunológico a 
responder. 
Nem tudo que é antigênico é imunogênico, mas o que é imunogênico provavelmente é antigênico. 
Em uma vacina, comumente dizemos que contém quantidade alta de antígenos. Esses antígenos 
são imunógenos, capazes de induzir uma resposta imune específica. 
 
Estrutura físico-química dos antígenos: 
Composição química: Proteínas, polissacarídeos, lipídios, ácidos nucléicos, são combinações 
entre moléculas. 
Por que lipídeos e ác. Nucleicos não são bons antígenos? Porque são moléculas estruturalmente 
bastante simples. Proteínas e/ou glicoproteínas são os melhores antígenos, pois são moléculas 
complexas. 
Os constituintes de vacinas normalmente ou 100% são proteínas ou agentes inteiros, vírus, 
bactérias, proteínas específicas desses agentes infecciosos ou combinação de moléculas (uma 
glicoproteína, por exemplo, açúcar + proteína). Não existe vacina que contenha uma molécula de 
DNA, RNA, lipídio ou açúcar sozinho, por que essas moléculas podem ser ANTIGÊNICAS, mas 
não são IMUNOGÊNICAS. 
 
Antígenos virais: São estruturas moleculares de um vírus (proteínas ou glicoproteínas) que são 
capazes de induzir resposta imune no animal ou organismo humano. 
- Epítopo: é um pedacinho do vírus ou bactérias que é reconhecido por células específicas 
(linfócitos B e T). 
* O SI reconhece o vírus inteiro, a proteína inteira ou pedaço da proteína? Pedaço da proteína (o 
epítopo), ele responde especificamente a cada porçãozinha (cada epítopo). Então, para 
reconhecer uma partícula viral inteira o SI requer dezenas ou centenas de células diferentes 
respondendo exatamente contra cada “região”. 
Pode-se usar apenas o epítopo para fazer uma vacina viral, ao invés de usar o vírus inteiro. Por 
que não se usa só o epítopo como vacina? Porque normalmente a proteção precisa reconhecer 
outras regiões de um vírus, normalmente não é correlacionada a uma coisa só. não existem 
vacinas constituídas de apenas um epítopo. 
Antígenos bacterianos: 
Se compararem uma bactéria ao vírus ela é mais complexa em termos estruturais, todas as 
estruturas de proteínas, lipopolissacarídeos, funcionam como antígenos ou imunógenos. 
Fimbrias, flagelos, são antígenos e excelentes imunógenos. 
 
Tipos de epitopos 
Epítopo linear: constituído de uma sequência linear de aminoácidos 
Epítopo conformacional: presentes em antígenos livres. 
Exemplo: a vacina da parvovirose diz para armazenar de 2 a 8 graus. Nessa vacina existem 
proteínas ou vírus do parvovírus íntegro, inativado, porém íntegro. A vacina imita ou mimetiza o 
vírus que irá infectar o animal. Então, o animal irá responder contra todos os epítopos lineares e 
conformacionais presentes na vacina. Se deixar, por exemplo, a vacina a 38 graus, no banco do 
carro, vai ocorrer desnaturação proteica. Com isso, alguns epítopos conformacionais podem ser 
perdidos, ou seja, a vacina não vai induzir resposta no animal contra aqueles epítopos perdidos, 
simplesmente porque a proteínas desfazem a conformação delas. O animal vai estar protegido, 
mas a proteção não será tão garantida. Isso é um detalhe, mas muito importante. 
 
Epítopos e regiões imunodominantes: são regiões reconhecidas primeiro e respondem 
preferencialmente. 
Exemplo: numa combinação de 10 ou 12 micro-organismos diferentes, contendo carga de 
proteínas muito grandes e diferentes, o sistema imune obviamente irá responder contra algumas 
regiões de forma mais rápida e intensa em detrimento de outras. Por quê? Porque esses agentes, 
essas proteínas, contêm regiões imunodominantes. 
Antígeno completo: Antigênico e imunogênico. 
Antígeno incompleto: Antigênico, mas não imunogênico, é um hapteno. São capazes de gerar 
uma resposta imune específica quando associadosàs proteínas mais complexas. São 
antigênicos mas não são imunogênicos, pois são moléculas muito simples. Em alguns casos, 
quando se ligam a proteínas do soro, por exemplo, podem passar a induzir uma resposta 
imunológica. Um exemplo é a penicilina. 
Ag endógeno: produzido intracelularmente. Proteínas produzidas por um vírus dentro da célula 
do hospedeiro, por exemplo. 
Ag exógeno: derivado do meio extracelular. Ex: bactéria fagocitada por macrófago – antígeno 
veio de fora. 
 
Quais os fatores que influenciam a antigenicidade/imunogenicidade de uma molécula? 
 Tamanho da molécula: quanto maior for, tem mais epítopos, dessa forma ativa de uma 
forma mais intensa o SI. 
 Complexidade: (diversidade de aminoácidos na molécula) quanto mais diferente for a 
sequência de Aas, melhor para o SI. Moléculas simples normalmente não são bons 
imunógenos. 
 Relação filogenética: uma proteína de uma espécie normalmente é muito mais 
imunogênica numa espécie diferente do que dentro dela mesma (mesma espécie). 
Proteínas de soro de um equino, por exemplo, podem ser usadas como soro antitetânico 
ou antiofídico injetadas em outra espécie. Porém, isso pode, em longo prazo, gerar uma 
resposta intensa no SI. Uma proteína humana para outro humano tende a ser menos 
imunogênica do que a de um equino inoculada em um humano. 
 Acessibilidade: Se existe uma partícula viral com a sua proteína exposta, o SI responde 
rapidamente àquilo. Algo que está mais interno, ele (SI) tende a demorar mais tempo. 
 Dose: a dose de uma vacina diz que tem 1mL de proteína mais adjuvante que precisa 
inocular naquele animal. Então, é a mínima quantidade importante para induzir uma 
resposta ao organismo. 
 Rota de administração: a vacina é para dar IM, mas a pessoa faz SC. A apresentação do 
SI àquele Ag junto com o adjuvante é recomendado por via IM, se fizer por outra via corre 
o risco daquele Ag não chegar ao SI da forma mais adequada ou, ainda, induzir reação 
adversa. 
 
Especificidade antigênica 
Não é uma característica do Ag, é uma habilidade de células do SI de reconhecer e diferenciar 
diferentes antígenos e responder contra cada um deles de maneira específica. É uma 
característica do SISTEMA IMUNOLÓGICO e NÃO do antígeno, essa capacidade de discriminar 
e responder contra algo. Por esse motivo nós e os animais somos capazes de responder a tudo 
aquilo que somos apresentados. 
Reações cruzadas: 
 Quando epítopos idênticos ou similares são encontrados em moléculas diferentes. Se o SI 
reconhece no agente “A” o mesmo epítopo ou muito parecido presente no agente “B” ele 
responde aos dois. Exemplo: existe um vírus que chama herpesvírus bovino tipo 1 e tipo 5. 
São diferentes, causam coisas diferentes, mas são muito parecidos geneticamente, 
compartilham vários Ag que são parecidos. Quando se faz testes para identificar Ac contra 
o herpes 1, se o animal for infectado com o herpes 5, e respondeu contra este, lá no teste 
ele reconhece o 1 e vice-versa. 
 Ac contra um determinado Ag reagem inesperadamente com Ag não relacionados. O 
problema disso é no teste de diagnóstico sorológico. O teste é válido, mas nós veterinários 
temos que ser treinados e fazer a diferenciação pelos sinais clínicos e epidemiologia. Pode 
ser vantagem no ponto de vista da vacinação, visto que uma vacina pode proteger contra 
mais de um tipo de vírus. No caso do herpesvírus, a vacina protege contra o tipo 1 e o tipo 
5, porém no diagnóstico pode-se ter um resultado positivo sem o animal ser 
necessariamente infectado pelo vírus em questão (de acordo com este exemplo, ou seja, 
tem resultado de diagnostico sorológico para o herpes 5, mas foi infectado pelo herpes 1).

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