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3 Sistema Complemento/Imunologia/Veterinária/UFPEL/2021

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Universidade Federal de Pelotas 
Faculdade de Veterinária 
Departamento de Medicina Veterinária Preventiva 
Disciplina de Imunologia Veterinária 
Prof. Marcelo de Lima 
INTRODUÇÃO 
 A resposta imune inata e resposta adquirida estão 
intimamente relacionadas 
 
 Jules Bordet demonstrou a presença de 
 um componente termolábil do soro que 
 “complementava” a função lítica dos 
 anticorpos 
 
 (1870-1961) 
INTRODUÇÃO 
 O Sistema Complemento (C’) é um mecanismo de defesa que 
pode ser ativado por mecanismos tanto da RI inata quanto 
da RI específica 
 
 Proteínas séricas que interagem com moléculas do sistema 
imunológico de uma maneira altamente regulada gerando 
produtos com a capacidade de eliminar os microorganismos 
INTRODUÇÃO 
 A ativação do complemento envolve a proteólise sequencial 
de moléculas resultando na formação de complexos 
enzimáticos com atividade proteolítica 
 
 A ativação deste sistema é inibida por proteínas regulatórias 
que estão presentes nas células normais do hospedeiro e 
ausentes nos microorganismos 
COMPONENTES DO COMPLEMENTO 
 Grupo de cerca de 30 proteínas séricas identificadas 
numericamente com o prefixo C 
 (ex: C1, C2, C3...) ou letras (ex: B, D, P...) 
 
 Algumas proteínas estão livres no soro e outras são 
receptores de membrana, ligados as células hospedeiras 
 
 Subunidades após clivagem (ex: C1q, C1r, C3a, C3b...) 
 
VIAS DE ATIVAÇÃO DO 
SISTEMA COMPLEMENTO 
 VIA CLÁSSICA 
 
 VIA ALTERNATIVA 
 
 VIA DA LECTINA 
VIA CLÁSSICA 
 Primeira via de ativação do sistema complemento que foi 
 descoberta e caracterizada 
 
 Consiste em um importante mecanismo efetor da imunidade 
 humoral adquirida 
 
 Iniciada pela ligação da proteína C1 do complemento com 
 moléculas de IgG ou IgM 
FIXAÇÃO DO COMPLEMENTO 
VIA CLÁSSICA 
Fixação do complemento: via clássica 
Ac x Ag 
ATIVAÇÃO 
C1qrs 
q 
r s 
Ca++ C4b 
C4a 
C2b 
C2a 
Mg++ 
C3 
C3b 
(C5 convertase) 
C4b2a3b 
C4b2a 
(C3 convertase) 
C1qrs 
Estearase 
ANTÍGENO 
R
e
c
e
p
t
o
r
 
e
m
 
m
a
s
t
ó
c
i
t
o
 
C3a 
(Anafilatoxina) 
C3b 
C3b 
(Opsonina) 
(Anafilatoxina) 
Formação do MAC pela via clássica 
C8 
C5a 
Anafilatoxina 
(liga em 
 mastócito) C5 
C6 
C7 
MAC (C5-9) 
(Complexo de 
 ataque a membrana) 
C3b 
C4b 
C4b2a3b 
(C5 Convertase) 
C9 
C5b 
ANTÍGENO 
C5b67 
C2a 
C5b 
VIA ALTERNATIVA 
 Segunda via de fixação do sistema complemento que foi 
 descoberta e caracterizada 
 
 A ativação desta via acontece na ausência de anticorpos 
 
 Ocorre deposição do C3b inativo na superfície de patógenos 
PROPERDINA 
opsonina 
Fixação do complemento: via alternativa 
Fator 
B + Mg 
C3bBb 
C3bBbP 
C3 
Convertase 
C3 
C3 
C3a 
C3b 
C3b 
C3a 
C3b 
espontâneo 
(inativo) 
Fator D 
ANTÍGENO (vírus, fungos, 
 bactérias, helmintos) 
B 
C3b 
Ba 
C5 
Formação do MAC pela via alternativa 
C5a 
(Anafilatoxina, 
Quimiotática) 
C5b67 
C6 
C7 
ANTÍGENO 
C3b 
C3bBbP3b 
C5 
Convertase 
C5b 
C 8 
MAC (C5b-9) 
(Complexo de 
 ataque a membrana) 
C 9 
VIA DA LECTINA 
 Lectina: Classe de proteínas com propriedade de se ligar 
 reversivelmente aos carboidratos 
 
 Lectinas solúveis se assemelham ao componente C1q 
 
 Esta via é ativada pela ligação de polissacarídeos 
 microbianos a lectinas circulantes como a MBL (lectina de 
 ligação a manose) 
Fixação do complemento: via da lectina 
MBL 
MBL (mannose-binding lectin) 
MASP-2 (MBL associated serine protease) 
MASP-2 
C4b 
C4a 
C4bc2 
C2b 
C4b2a 
C3 Convertase 
C3 
ANTÍGENO 
(Carboidratos ricos em manose presentes na superfície 
de bactérias, fungos, protozoários ou vírus) 
C3a 
C3b 
opsonina 
Formação do MAC: via da lectina 
C5a 
Anafilatoxina 
C5 
C6 
C7 
C3b 
C4b 
C4b2a3b 
(C5 Convertase) 
C5b 
ANTÍGENO 
C5b67 
C2a 
C5b 
C8 
MAC (C5b-9) 
(Complexo de 
 ataque a membrana) 
C9 
Remoção de 
imunocomplexos 
(CR1 em eritrócitos) 
INFLAMAÇÃO: 
Degranulação de 
mastócitos e aumento 
da permeabilidade 
vascular 
 
FUNÇÕES DO COMPLEMENTO 
Lise (via MAC) 
de células, 
bactérias, vírus 
envelopados 
INFLAMAÇÃO: 
Ativação e quimiotaxia 
de células 
inflamatórias 
Opsonização 
CR (Receptor para C3b) 
OPSONIZAÇÃO VIA DEPOSIÇÃO DE C3b 
REMOÇÃO DE 
IMUNOCOMPLEXOS

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