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Composição e Propriedades Físico Químicas do Leite CONCEITO - LEITE É o produto oriundo da ordenha completa e ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas Composição do leite de vacas de diferentes raças Valores médios dos constituintes do leite PROTEÍNAS Caseína..........................................................2,50g Lactoglobulina (Alfa e Beta)...........................0,37g Albumina........................................................0,03g Euglobulina....................................................0,03g Pseudoglobulina.............................................0,03g Outras albuminas e globulinas........................0,13g *Valores expressos em g/100g de leite Caseína: principal proteína do leite - 80% do total secretada na forma de micelas: moléculas de caseína ligadas a íons P e Ca fosfocaseinato de cálcio frações: alfa, beta e kappa altamente resistente ao calor > 100oC/12 h ou 120oC/1h Precipitação pH 4,6-4,7 > livre de Ca e fosfatos adição de álcool > caseinato de cálcio ação da renina > paracaseinato de cálcio Composição das proteínas do leite em relação à proteína total: Proteínas do soro ............. 19% 𝜶-Caseína.......................... 45% 𝜷-Caseína.......................... 24% 𝜿-Caseína........................... 12% Proteínas do soro do leite: 20% da fração protéica do leite Albuminas: 𝜶-lactoalbumina (49%) 𝜷-lactoglobulina (19%) albuminas do soro sanguíneo (5%) Globulinas: Euglobulina (11%) Pseudoglobulina (16%) 𝜷-lactoglobulina: mais interessante do ponto de vista tecnológico desnaturação temperaturas > 74oC – libera grupos SH - sabor cozido 𝜶-lactoalbumina: relativamente resistente ao calor Globulinas: sensíveis as calor (coagulam em temp > 75oC) CARBOIDRATOS lactose: principal carboidrato do leite > 4,5 - 5,0 g/100g leite glicose 0,02-0,15g e traços dos demais açúcares glicose + galactose > lactose (dissacarídeo) maior responsável pela pressão osmótica do leite importante em vários processos tecnológicos: acidificação do leite (fermentação e maturação) – substrato das bactérias lácticas textura e solubilidade cor e sabor de produtos tratados termicamente (reação de caramelização: 100 a 130oC) Lactose valor energético de 4 calorias/g - 98% digestibilidade responsável por 30% das calorias fornecidas pelo leite poder adoçante 6 vezes menor que o da sacarose Efeitos benéficos: Galactose > síntese de galactosídeos no cérebro > nutriente essencial para desenvolvimento do SNC Digestão lenta > chega intacta ao intestino > estimula o crescimento de microrganismos que sintetizam ácidos orgânicos e vit. complexo B > reduz pH intestinal Restabelecimento da flora intestinal > produção ác. lático Intolerância à lactose: deficiência da enzima lactase no jejuno a lactose é quebrada em glicose + galactose lactose no íleo e cólon > promove, por osmose, passagem da água dos tecidos para a luz intestinal > cólicas, diarréia e gases maioria da população > perda da enzima na 1ª ou 2ª década de vida incidência ^ nos negros (70%) em relação aos brancos (6 a 15%) LIPÍDEOS Componente mais variável do leite – oscila entre 3,2 e 6% Glóbulos dispersos em emulsão no leite Leite em repouso > gordura na superfície devido a seu menor peso específico > qto. maior o glóbulo de gordura mais rápida a separação Homogeneização do leite > subdivisão dos glóbulos de gordura diminuindo seu diâmetro > dificultar a separação da gordura VALOR NUTRITIVO DO LEITE Gordura: 50% do valor calórico do leite boa digestibilidade (95%) grande número de ácidos graxos, alguns essenciais presença de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) presença de caroteno (precursor da vitamina A) + de 60 ác. graxos ≠ identificados, sendo os principais: VITAMINAS O leite contém as vitaminas necessárias para a vida, porém em quantidades que, nem sempre são suficientes Conteúdo de vitaminas no leite cru depende da alimentação e estado de saúde dos animais Tratamento térmico pode reduzir seu conteúdo de vitaminas Boa fonte de vitaminas do complexo B Pobre em vitamina C Minerais excelente fonte de Ca e P para o organismo proporção ideal entre Ca : P (1:0,7) Fe em baixas proporções mas facilmente assimilável Macroelementos: Ca, P, K, S, Na, Cl Microelementos: Fe, Mn, Cu, I, Zn, Co, F, Se, Mb CAUSAS DA VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO E COMPOSIÇÃO DO LEITE Individualidade da vaca; Alimentação; Estágio da lactação; Porção da ordenha; Idade da vaca; Estação do ano; Estado de saúde; Intervalo entre ordenhas; Persistência da lactação; Gestação; Temperatura ambiente; Tamanho da vaca. CARACTERÍSTICAS DE UM LEITE NORMAL ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS DO LEITE ACIDEZ O pH normal do leite varia de 6,5 a 6,7 Acidez em graus Dornic mede a acidez pela produção de ácido láctico acidez normal do leite: 15 a 18D indica a presença de 1,5 a 1,8g ác. lático / litro de leite 1 moléc. lactose produz 4 moléculas de ácido láctico Medida pela neutralização do ácido lático por uma solução de hidróxido de sódio N/9, na presença de um indicador (fenolftaleína) DENSIDADE É o peso específico do leite Determinado pelo balanço dos seguintes elementos: sólidos não gordurosos, água e % gordura Densidade do leite normal: 1,028 a 1,033 g/ml Densidade a 15C Determinada através de lactodensímetros Termolactodensímetro de Quevenne - graduado tomando como base a água a 15C Para correção da temperatura: d15C = d + 0,0002 (t - 15) Variação normal da densidade Temperatura: se ^ temperatura ↓ densidade e vice versa Porção da ordenha: últimos jatos de leite > maior % gordura > se não esgotar a vaca, o leite vai para indústria com densidade elevada Fraudes: Adição de água: densidade menor que o leite normal Desnate: densidade aumentada Desnate e adição de água: densidade pode estar compensada Adição de conservantes e neutralizantes: maioria aumenta a densidade, mas vai depender da densidade do composto adicionado ALIZAROL Prova qualitativa, rápida e de fácil execução > plataformas Mede a estabilidade do leite Álcool: provoca coagulação e floculação da caseína quando o leite se encontra ligeiramente ácido Leite ácido, leite mamítico, colostro ou leite com desequilíbrio salino serão identificados por esta prova Resultados: cor amarelada com coagulação: ACIDEZ INTENSA cor parda amarelada com coagulação: ACIDEZ cor avermelhada sem coagulação: NORMAL cor lilás sem coagulação: LEITE ALCALINO cor lilás com coagulação: MAMITE EXTRATO SECO Compreende todos os componentes do leite, exceto a água Determinado gravimetricamente por secagem em estufa Disco de Ackermann: relação entre a densidade, % gordura e extrato seco Fórmula de Fleishmann: %ES= 1,2G + 2,655 x (100 x d-100)/d GORDURA Método de Gerber: quebra da emulsão gordurosa pelo ácido sulfúrico e posterior separação da fração lipídica por centrifugação teor- mínimo 3% ÍNDICE CRIOSCÓPICO Temperatura na qual o leite se congela: -0,53 a -0,55C Adição de água ao leite: sua temperatura de congelamento aumenta aproximando-se de 0C Adição de conservantes: abaixa a temperatura de congelamento ENZIMAS DO LEITE FOSFATASE: Fosfatase alcalina é destruída pelo calor 63-65C/30 minutos ou 72C/15-20 seg indica se o leite foi eficientemente pasteurizado PEROXIDASE: Destruída a 85C/10 minutos, no mínimo Doenças infecciosas alimentares Doença Toxinas Tº multiplicação Tº sobrevivência Esporos pH Listeria monocytogenes Emolítica e Lipolítica 30 a 37 -0,4 a 45 Não Campylobacter / C.jejuni Não 30 a 45 Maior que 48 Não ácido Clostridium perfringens Emolitica 43a 47 12 a 50 Sim ácido Clostridium boltulinum Emolítica 5 a 100 sim Alcalino (4,5) Staphylococcus aureus hidrossolúvel 35 a 37 10 a 46 sim Bacillus cereus Diarréica e emética 30 a 37 5 a 55 sim 2 a 11 Hepatite A não 20 a 97 não Teníase e cisticircose (Tenia solium e Tenia saginata) não 20 a 30 não Yersiniose enterocelitica não 25 a 37 -1,3 a 44 não Salmonella 7 a 46 não Escherichia coli não Doença Termolábel Tipo Incubação Listeria monocytogenes Acima de 45°C; É resistente aos efeitos do congelamento, secagem e calor Gram positivo Anaeróbio facultativo psicotrofico variável; casos de surtos apresentaram um período de 3-70 dias após uma simples exposição ao produto implicado. Período mediano de incubação é estimado em 3 semanas. Campylobacter / C.jejuni Sensível a calor e congelamento Gram negativo Microaerófilos 2 a 5 dias após a ingestão de água ou alimentos contaminados. Dura, em geral, de 7 a 10 dias; reincidências não são incomuns (25% dos casos). Clostridium perfringens 100º por 30 minutos Termorresistente - 100º por 60minutos Gram positivo anaeróbio Clostridium botulino Acima de 100ª por 30 minutos Gram positivo anaeróbico pode variar de duas horas a dez dias, com média de 12 a 36 horas. Quanto maior a concentração de toxina no alimento ingerido, menor o período de incubação. Staphylococcus aureus Acima de 100º por 30 minutos Gram positivo Anaeróbico facultativo Baccilus cereus 55º por 20 minutos - diarreica Emética - resistente; 126º por 90 minutos Gram positivo Aeróbio mesófilo Hepatite A 98 a 100º Teníase e cisticircose (Tenia solium e Tenia saginata) Yersiniose enterocolitica Termossensível Gram negativo anaeróbio facultativo psicrotrófico Salmonella Superior a 60º por 12 minutos Gram negativo anaeróbio facultativo Escherichia coli 60º por 30 minutos Termoestável - 100º por 30 minutos Gram negativo anaeróbio facultativo psicotrofico Campylobacter - Cloro e aquecimento matam a bactéria. Mel Definição: Produto alimentício produzido pelas abelhas melíferas (Apis mellifera), a partir do néctar das flores ou secreções procedentes das partes vivas das plantas ou de excreções de insetos sugadores de plantas, que as abelhas recolhem, transformam, combinam com substâncias específicas próprias, armazenam e deixam madurar nos favos da colméia. Por sua origem: Mel floral - é o mel obtido dos néctares das flores. a) Mel unifloral ou monofloral: quando o produto proceda principalmente da origem de flores de uma mesma família, gênero ou espécie e possua características sensoriais, físico-químicas e microscópicas próprias. b) Mel multifloral ou polifloral: é o mel obtido a partir de diferentes origens florais. Melato ou Mel de Melato - é o mel obtido principalmente a partir de secreções das partes vivas das plantas ou de excreções de insetos sugadores de plantas que se encontram sobre elas. Classificação: Segundo o procedimento de obtenção de mel do favo: Mel escorrido: é o mel obtido por escorrimento dos favos desoperculados, sem larvas. Mel prensado: é o mel obtido por prensagem dos favos, sem larvas. Mel centrifugado: é o mel obtido por centrifugação dos favos desoperculados, sem larvas. Segundo sua apresentação e/ou processamento: Mel: é o mel em estado líquido, cristalizado ou parcialmente cristalizado. Mel em favos ou mel em secções: é o mel armazenado pelas abelhas em células operculadas de favos novos, construídos por elas mesmas, que não contenha larvas e comercializado em favos inteiros ou em secções de tais favos. Mel com pedaços de favo: é o mel que contém um ou mais pedaços de favo com mel, isentos de larvas. Segundo sua apresentação e/ou processamento: Mel cristalizado ou granulado: é o mel que sofreu um processo natural de solidificação, como conseqüência da cristalização dos açúcares. Mel cremoso: é o mel que tem uma estrutura cristalina fina e que pode ter sido submetido a um processo físico, que lhe confira essa estrutura e que o torne fácil de untar. Mel filtrado: é o mel que foi submetido a um processo de filtração, sem alterar o seu valor nutritivo. Composição: Solução concentrada de açúcares com predominância de glicose e frutose. Contém ainda uma mistura complexa de outros hidratos de carbono, enzimas, aminoácidos, ácidos orgânicos, minerais, substâncias aromáticas, pigmentos e grãos de pólen podendo conter cera de abelhas procedente do processo de extração. Não poderá ser adicionado de açúcares e/ou outras substâncias que alterem a sua composição original. Composição básica do mel: 70% monossacarídeos (frutose e glucose) 10% dissacarídeos (sacarose e maltose) 20% água Minerais: K, Ca, P, S, Cl, Na, Mg, Fe, dentre outros Vitaminas: A, Complexo B, C, dentre outras Requesitos: Características Sensoriais: Cor: é variável de quase incolor a pardo-escura. Sabor e aroma: deve ter sabor e aroma característicos de acordo com a sua origem. Consistência: variável de acordo com o estado físico em que o mel se apresenta. O teor de umidade é um dos principais parâmetros de análise da qualidade do mel, não sendo tolerado valores acima de 20% para o mel puro, devido à facilidade de desenvolvimento de certos microrganismos responsáveis pela fermentação. Características físico-químicas: Maturidade: Açúcares redutores (calculados como açúcar invertido): Mel floral: mín. 65 g/100 g. Melato e sua mistura c/ mel floral: mín. 60 g/100 g. ↓Teor de açúcar > fermentação Umidade: máx. 20 g/100 g. Umidade: fator determinante da fluidez, viscosidade e tendência à fermentação. ↓ Umidade > leveduras Pureza: a) Sólidos insolúveis em água: máx. 0,1 g/100 g, exceto no mel prensado, que se tolera até 0,5 g/100 g, unicamente em produtos acondicionados para sua venda direta ao público. b) Minerais (cinzas): máximo 0,6 g/100 g. No Melato e suas misturas com mel floral, se tolera até 1,2 g/100 g. c) Pólen: o mel deve necessariamente apresentar grãos de pólen. Acondicionamento: O mel pode apresentar-se a granel ou fracionado. Deve ser acondicionado em embalagem apta para alimento, adequada para as condições previstas de armazenamento e que confira uma proteção adequada contra contaminação. O mel em favos e o mel com pedaços de favos só devem ser acondicionados em embalagens destinadas para sua venda direta ao público. Aditivos: É expressamente proibida a utilização de qualquer tipo de aditivos. Critérios Macroscópicos e Microscópicos: O mel não deve conter substâncias estranhas, de qualquer natureza, tais como insetos, larvas, grãos de areia e outros. Geléia real Definição: Produto da secreção do sistema glandular cefálico (glândulas hipofaringeanas e mandibulares) das abelhas operárias, coletado até 72 horas. Utilizada para alimentar a abelha rainha. Permite à abelha rainha viver, em média, 60 vezes mais que as abelhas operárias. Composição Classificação - Segundo o procedimento de obtenção: Geléia Real Fresca: É o produto coletado por processo mecânico a partir da célula real, retirada a larva e filtrada. Geléia Real in natura: É o produto mantido e comercializado diretamente na célula real após a remoção da larva. Composição: A Geléia Real compõe-se de água, proteínas, lipídios, açúcares, vitaminas, hormônios e sais minerais. Requesitos Características Sensoriais: Aspecto: substância cremosa e peculiar Cor: varia de branco a marfim; Aroma: característico; Sabor: característico, ligeiramente ácido e picante. Requisitos fisíco-químicos: Umidade: 60% a 70 %; Cinzas: máximo de 1,5 % (m/m); Proteínas: mínimo de 10 % (m/m); Açucares redutores, emglicose: mínimo 10 % (m/m); Lipídeos totais: mínimo 3,0 %; pH: 3.4 a 4.5; Índice de acidez: 23,0 a 53,0 mgKOH/g; Sacarose: máximo 5,0 %. Acondicionamento: Deverão ser embalados c/ materiais bromatologicamente aptos e que confiram ao produto uma proteção adequada. Estocagem: Deverá ser mantida ao abrigo da luz e a uma temperatura não superior a – 16C. Transporte e Comercialização: Deverá ser mantida ao abrigo da luz e a uma temperatura entre - 16ºC e - 5ºC. Aditivos: Não se autoriza. Contaminantes: Ausência de esporos Paenibacillus larvae em 25g. Critérios Macroscópicos e Microscópicos: O produto não deverá conter substâncias estranhas, de qualquer natureza. Propólis Definição: Prod. oriundo de subst. resinosas, gomosas e balsâmicas, colhidas pelas abelhas, de brotos, flores e exsudados de plantas, nas quais as abelhas acrescentam secreções salivares, cera e pólen para elaboração final do produto. Utilizado para envernizar e impermeabilizar a colméia Muito exportado para os países asiáticos Propriedades : Bactericida e bacteriostático Antiviral, fungicida e fungiostático Anestésico local Composição: Características Sensoriais: Aroma: característico (balsâmico e resinoso) dependendo da origem botânica; Cor: amarelada, parda, esverdeada, marrom e outras, variando conforme a origem botânica; Sabor: característico de suave balsâmico a forte e picante, dependendo da origem botânica; Consistência (à temperatura ambiente): maleável a rígida, dependendo da origem botânica. Aditivos: Não se autoriza. Contaminantes: Ausência de esporos de Paenibacillus larvae em 25g. Ovos “O ovo é uma verdadeira obra prima da natureza. Como alimento é completo, nutritivo, bem equilibrado, de fácil digestão, versátil na utilização de pratos culinários, e não enjoa. Trata-se de uma célula embrionária e que encerra alimentos necessários à vida de um novo ser (e não originalmente destinado à alimentação do homem).” (Autoria desconhecida) Histórico 1945 - ovo em pó ganhou aceitação universal. 1980 - redução no consumo de açúcar, sal, carne, ovos, e outros alimentos ricos em gordura saturada e colesterol; aumento no consumo de frango, peixe, frutas, verduras e leite desnatado. 1980 - Redução no consumo de ovos: 50%. Importância • Importância como alimento • Fonte mais completa de vitaminas e minerais. Maior teor de proteínas (7 g). Contém lipídeos. Fe, P, vitaminas A, D. • Melhor e mais completo alimento, depois do leite materno • Fácil digestão • Valor calórico baixo (76 kcal / unidade) Prevenção: • Osteoporose - vit. D • Degeneração macular - antioxidantes • Desenvolvimento do cérebro - colina • Câncer de mama • Deficiência de vit. A Desmistificar crença de que o ovo é o maior causador de colesterol • Gorduras - mono-insaturadas: 51% saturadas: 35% poli-insaturadas: 14% • Colesterol: 200 mg / ovo Mercado dispõe durante todo ano • Custo baixo (R$ 0,39 / ovo) Dúzia no varejo: R$4,72 (cotação: abril/2016 – Avisite) Mercado • Brasil: boas possibilidades de desenvolvim. • Vantagens: extensão geográfica; meio ambiente disponível; grãos forrageiros; recursos hídricos; mão-de-obra; tecnologia de produção. Ovário Ovário estigma infundíbulo magno istmo útero vagina cloaca. ESTRUTURA DO OVO 3 partes principais: • Casca (10 - 11%) - Barreira eficaz e boa resistência frente ação enzimática • Subdividida em 3 partes: - Casca propriamente dita - Cutícula - Membrana da casca Casca propriamente dita • Matriz de fibras entrelaçadas de natureza proteica e cristais de carbonato de cálcio • Poros • Espessura: 0,2 - 0,4 mm (< 0,32 mm: ovo de casca fina) Cutícula • Mucoproteínas e polissacarídeos • Camada protetora • Espessura: 10 - 30 m • Penetra nos poros • Altera-se até desaparecer • Lavagem “UP TAKE” Membrana da Casca • Lâmina interna e lâmina externa • Câmara de ar • Lâmina externa: suporte para deposição de cálcio e formação da casca Membrana marginal: • Entre clara e lâmina interna • Não é permeável aos elementos da clara • Contribui para impermeabilidade relativa da casca • Clara (57 - 58%) - 2-3% retida - • 3 camadas (interna, média, externa) • Chalazas • Água (87-89%),proteínas (9,7-10,6%) • Ovoalbumina (54% do total proteico) • Ovomucina (diferencia as camadas) • pH: 7,8 - 8,8 (ovo fresco) • Estoque de elementos nutritivos nitrogenados para embrião Proteínas com ação antimicrobiana • Conalbumina*: fixa-se ao Fe, Cu e Zn • Ovomucina: inibe tripsina • Lisozima*: parede bacteriana • Avidina: fixa a biotina • Riboflavina: cátions • Ovoinibidor: inibe proteases fúngicas • Gema (32%) - Estruturas • Membrana vitelínica • Disco germinativo • Látebra: equilíbrio ao disco • Vitelo nutritivo: camadas concêntricas • Composição: água (48%), proteínas (17%), lipídeos (32%), vitaminas e pigmentos (xantofilas) “Ovos light” Qualidade Características externas: • Peso - Não é de alta herdabilidade genética • Seleção genética - redução número de ovos / sobrecarga do ap. reprodutor • Altas temperaturas, enfermidades, carência proteica e hídrica • Forma: Elíptica típica • Característica marcadamente genética • Formas anormais: danos mecânicos transporte / embalagem • Características da casca: Superfície da casca • Coloração da casca • Espessura • Integridade • Limpeza Característica interna • Grau de frescor: Determinado por: • tempo e condições de armazenamento • integridade e limpeza da casca • carga microbiana Ovos frescos: • odor quase neutro, sabor típico • clara transparente (branca/amarelada), camada média viscosa e alta • gema circular, proeminente, com bordos delimitados, cor intensa e posição centralizada • câmara de ar pequena e fixa Alterações: • Alterações por envelhecimento - • Evaporação de água: aumento câmara de ar, redução peso específico • Ação enzimática: concentração de componentes (sabor alterado); alteração das estruturas morfológicas (clara mais fluidificada) • Perda das propriedades antimicrobianas • Perda de CO2 (pH alcalino) • Processos osmóticos(diminui turgidez gema) • Ovo velho: - gema pouco proeminente - liquefação da clara - desestabilização da posição central da gema • Ovoscopia: - descentralização da gema - aumento da câmara de ar • Alterações da casca: • Principais alterações: ovos quebrados, ovos rachados e sujidades • Principal causa: espessura deficiente • Sujidades: - maior conteúdo de microrganismos - fixa umidade - proteção mecânica p/ microrganismo - aumenta risco de penetração de patógenos / acelera decomposição • Coloração anômala de clara e gema: Gema - Escura: forragem • Pálida: ração pobre em gordura • Descoloração: deficiência de Ca, anti-helmínticos ou coccidiostáticos • Manchas acastanhadas: excesso de Ca • Manchas de sangue: ruptura de vaso sangüíneo no folículo Clara • Rosada: plantas malváceas • Manchas de sangue: hemorragia de oviduto • Alterações de odor e sabor: • Decorrentes de: - envelhecimento - decomposição microbiana - defeitos de alimentação - armazenamento inadequado • Alterações de consistência: • Clara aquosa (ovo fresco): manejo / enfermidade • Ovo estratificado: enfermidade do oviduto • Corpos estranhos • Decomposição microbiana: • Desdobramento de proteínas putrefação peróxidos, cetonas e aldeídos • Contaminação: - Primária: oviduto/ovário (via hemática ou cloaca) - Secundária: penetração através da casca (alta UR ar, alta temperatura, umidificação e sujidades da casca) • Alterações por enfermidade: Contaminação primária Contaminação secundária Contato com a casca Enriquecimento microrganismos Consumido cru - homens• Principais patógenos: - Salmonelas - Estafilococos - Yersinia enterocolítica - Campylobacter jejuni • Enfermidades: atuam negativamente sobre capacidade de postura e/ou qualidade dos ovos • Diarréia: ovos sujos • Laringotraqueíte, Cólera Aviária, NewCastle redução na capacidade de postura • Salmonelose: redução na capacidade de postura, ovos deformados (inflamação crônica do oviduto) Definição: • Ovo • Ovo Fresco • Conserva de Ovos • Ovo Integral • Mistura de Ovos • Pasteurização • Processamento - Ovo Integral > - Gema de Ovo > - Clara de Ovo > - pasteurizado resfriado > - pasteurizado congelado > - desidratado - sem adição - com sal - com açúcar Classificação: Decreto nº 56.585/65 • Coloração da casca: I (Branco) / II (De cor) • Qualidade: Classe A / Classe B / Classe C • Peso: Tipo 1 / Tipo 2 / Tipo 3 / Tipo 4 60g 55g 50g 45g RIISPOA • Extra ( > 61g, c. ar: 6mm) • Especial ( 55 a 60g, c. ar: 6mm) • Primeira qualidade ( 49 a 54g, c. ar: 6mm) • Segunda qualidade ( 43 a 48g, c. ar: 10mm) • Terceira qualidade ( 35 a 42g, c. ar: 10mm) • Fabrico Pasteurização: Vantagens • Segurança de qualidade • Redução de custos e perdas • Eliminação do problema com resíduos • Economia de espaço para armazenagem • Ovos de acordo com sua formulação Industrialização: Fluxograma: Postura → Transporte → Recebimento → Lavagem → Ovoscopia → Quebra e Separação → Filtração → Padronização e Homogeneização → Tanques de armazenamento → Pasteurização → (Secagem) → Embalagem → Armazenamento → Expedição Postura • Granjas sob controle veterinário • Qualidade da matéria-prima • Controle inicia na granja (fornecedores de pintainhos, linhagem das galinhas, nutrição, vacinação, etc.) Transporte • Bandejas / caminhão baú • Tempo / temperatura • Cuidados para evitar danos Recebimento • Sala / área isolada • Ovos separados por lotes e pesados • Amostras para laboratório • Seleção previamente à lavagem Lavagem • Não deve ser realizada na sala de quebra • Não se permite equipamentos de lavagem de ovos do tipo de “imersão” • Água - Sanitizante (SIPA) - cloro e iodo Ovoscopia • Verificar qualidade do ovo • Câmara destinada a esta finalidade (escurecida) foco de luz incidente sobre os ovos em movimento de rotação • Condição da casca, aspecto interno Quebra e separação • Remoção da casca, separação da clara, gema ou ovo integral. • Desvio de ovos rejeitados • Sala adequada Filtração • Peneiras e filtros para remoção de partículas de casca e demais materiais estranhos (sujidade grosseira) Padronização e homogeneização • Especificações do cliente: adição de sal ou açúcar Tanques de armazenamento • Resfriamento (2º a 5ºC) • Tempo máximo: 72 horas Pasteurização • Pasteurizador de placas • TEMPO / TEMPERATURA - Clara: 56,7 ºC / 3,5 min Ovo integral: 60,0ºC / 3,5 min Gema: 61,0ºC / 3,5 min • Efetividade Secagem • Aspersão (ciclone com ar à 200ºC) • Peneira Embalagem • Impedir contaminação do produto Armazenamento • Ovo desidratado: temperatura ambiente • Ovo resfriado: 2º - 5ºC (não superior a 7ºC) • Ovo congelado: < -12ºC Expedição • Saída de ovos ou derivados • Não pode acumular produtos Limpeza • Instalações / equipamentos / utensílios • Início do trabalho, decorrer das operações e intervalos • Lavagem geral: imediatamente após o término do trabalho Análises Laboratoriais • Ovo in natura: - frescor (unidade Haugh) - coloração da gema - presença Salmonella spp. Análises Laboratoriais • Ovo pasteurizado: - contagem total - coliformes totais e fecais - Staphylococcus aureus - bolores e leveduras - Salmonella spp. Análises Laboratoriais • Equipamentos e tanques: - swab - água de enxágue • Funcionários: - swab Funcionários • Estado de saúde, hábitos higiênicos e vestuários • TREINAMENTO Cliente • Armazenagem • Manipulação Pescado - RIISPOA Artigo 438: A denominação genérica “PESCADO” compreende os Peixes, Crustáceos, Moluscos, Anfíbios, Quelônios e Mamíferos de água doce ou salgada, usados na alimentação humana. normas são extensivas às algas marinhas e outras plantas e animais aquáticos, desde que destinados à alimentação humana Moluscos bivalvos: Especial atenção São filtradores Concentram microrg. patogênicos, biotoxinas e químicos tóxicos Constituem sério risco à saúde pública O Pescado em natureza pode ser: - Fresco - Resfriado - Congelado Entende-se por “fresco” o pescado dado ao consumo sem ter sofrido qualquer processo de conservação, a não ser a ação do gelo. Entende-se por “resfriado” o pescado devidamente acondicionado em gelo e mantido em temperatura entre – 0,5º à – 2º C. Entende-se por “congelado” o pescado tratado por processos adequados de congelação, em temperatura não superior a – 25ºC. Formas de inspeção: Forma Subjetiva Através da avaliação sensorial feita por uma equipe treinada ou pelo inspetor Forma Objetiva Através de análises físico-químicas e microbiológicas Peixes: A) Superfície do corpo limpa, com relativo brilho metálico; B) Olhos transparentes, brilhantes e salientes, ocupando completamente as órbitas; C) Guelras róseas ou vermelhas, úmidas e brilhantes com odor natural, próprio e suave; D) Ventre roliço, firme, não deixando impressão duradoura à pressão dos dedos; E) Escamas brilhantes, bem aderentes à pele e nadadeiras apresentando certa resistência aos movimentos provocados; F) Carne firme, consistência elástica, de cor própria à espécie; G) Vísceras íntegras, perfeitamente diferenciadas; H) Ânus fechado; I) Cheiro específico, lembrando o de plantas marinhas Crustáceos: A) Aspecto geral brilhante e úmido; B) Corpo em curvatura natural, rígida, artículos firmes e resistentes; C) Carapaça bem aderente ao corpo D) Coloração própria à espécie, sem qualquer pigmentação estranha; E) Olhos vivos, destacados; F) Cheiro próprio e suave. Moluscos Bivalvos(mariscos): A) Bivalvos (mariscos): - devem ser expostos à venda vivos, com valvas fechadas e com retenção de água incolor e límpida nas conchas; - cheiro agradável e pronunciado; - carne úmida, bem aderente à concha, de aspecto esponjoso, de cor cinzento-clara nas ostras e amareladas nos mexilhões. B) Cefalópodos (Polvo, Lula) - Pele lisa e úmida; - Olhos vivos, salientes nas órbitas; - Carne consistente e elástica; -Ausência de qualquer pigmentação estranha à espécie; - Cheiro próprio. Pescado impróprio para consumo A) De aspecto repugnante, mutilado, traumatizado ou deformado; B) Que apresente coloração, cheiro ou sabor anormais; C) Portador de lesões ou doenças microbianas que possam prejudicar a saúde do consumidor; D) Que apresente infestação muscular maciça por parasitas, que possam prejudicar ou não a saúde do consumidor; E) Tratado por anti-sépticos ou conservadores não aprovados pelo DIPOA; F) Provenientes de águas contaminadas ou poluídas; G) Procedente de pesca realizada em desacordo com a legislação vigente ou recolhido já morto, salvo quando capturado em operações de pesca; H) Em mau estado de conservação; I) Quando não se enquadrar nos limites físicos e químicos fixados para o pescado fresco; Parágrafo único: o pescado nas condições deste artigo deve ser condenado e transformado em subprodutos não comestíveis. Atividade enzimática: O pescado apresenta elevada atividade enzimática, principalmente nos tecidos viscerais; Sob o ponto de vista histológico os tecidos do corpo do peixe são mais frágeis, o que facilita sua decomposição por enzimas e bactérias; O período do Rigor Mortis do peixe é curto e portanto a autólise inicia-se rapidamente; O conteúdo de glicogênio no músculo do peixe é baixo, mesmo após a captura, portanto é baixa tambéma quantidade de ácido láctico formada após a morte do animal; Ocorre portanto um pequeno decréscimo no pH do músculo: carne vermelha: entre 5.6 e 6.0 carne branca: entre 6.0 e 6.4 não chega a ter ação significativa na inibição contra o desenvolvimento de bactérias; Alterações post mortem: Observa-se grande diferença no conteúdo glicogênio entre as espécies. Peixes de carne escura apresentam teores mais altos dos que os de carne branca. As condições de morte dos peixes influencia nos valores deste carboidrato no músculo. Peixes que se debatem muito antes de morrer mostram teores mais baixos de glicogênio. Observa-se ainda variações nas diferentes partes do corpo (tendência de aumento no sentido da cabeça p/ a cauda) tendo em vista que a aperte caudal necessita de mais energia p/ seus movimentos. Há também uma relação entre a atividade de locomoção dos pescados e o conteúdo de glicogênio muscular, isto é peixes que se locomovem mais apresentam maior teor de glicogênio. Rigor mortis: Caracteriza-se pela contração muscular que ocorre após a morte do animal Duração do Rigor Mortis é dependente dos seguintes parâmetros: Espécies Fatores Fisiológicos Grau de Exaustão Tamanho dos peixes Temperatura da água ambiente Peixes cultivados sob indução de locomoção Condições de morte Peixes Nativos e Cultivados Influência da temperatura na contração muscular e rigor mortis Espécies: Existe grande variação entre as espécies uma vez que apresentam composições químicas diferentes, próprias de cada uma. Ex: “Whiting”, uma espécie de Bacalhau, entra em rigor mortis rapidamente, atingindo o máximo em 1 hora após a morte. “Red Fish” leva 22 horas p/ iniciar o rigor, enquanto o “Cód” capturado por arrasto e conservado em gelo, geralmente gasta de 2 à 8 horas. Fatores Fisiológicos: P/ peixes ñ alimentados antes da captura, o tempo p/ início do rigor é + curto devido a falta de estoque de energia no músculo. Peixes em condições de cansaço a após a desova, tbém entram em rigor rapidamente. Grau de Exaustão: O grau de cansaço, traumatismo e manuseio podem influir muito na determinação do rigor mortis. Os peixes que sofrem por + tempo ao serem capturados, entram + rápido no rigor Tamanho dos peixes: Em geral, considerando-se uma mesma espécie, o peixe de menor porte entra + cedo em estado de rigor Temperatura da água ambiente: A temperatura do corpo do peixe muda de acordo com a temperatura do ambiente em que ele vive. Por isso, qdo há uma grande diferença entre a temperatura do corpo do peixe e a do ambiente de conservação (estocagem), o rigor ocorre + cedo. Peixes cultivados sob indução de locomoção: Os peixes nativos se exercitam + que os cultivados e portanto apresentam um processo de rigor + lento Condições de morte: Os peixes mortos com agonia mostram baixos teores de ATP e logo em seguida entram em rigor. Por outro lado, aqueles mortos de forma instantânea gastam menos energia e seu teor de ATP é alto, com isso é retardado o início do rigor. Influência da temperatura na contração muscular e rigor mortis : Peixes mortos instantaneamente e estocados à 0º C entram em rigor + rápido do que qdo estocados à 10º C. (por se tratar de reações enzimáticas é de se esperar que a temperatura + elevada favorecesse este mecanismo). Os níveis de ATP dos exemplares cultivados e nativos sofrem uma leve redução a 10º C, condição em que se retarda o início e o estabelecimento completo do rigor mortis. Peixes Nativos e Cultivados: Em espécie de “pargo” japonês nativo, morto instantaneamente e mantido à 0º C o rigor é retardado, atingindo o rigor pleno após 16 horas; Esta mesma espécie cultivado, morto instantaneamente e mantido à 0º C, o rigor inicia-se após 4 horas e alcança o rigor completo após 10 horas. Pargo cultivado mantido à 10º C, o rigor inicia-se com 8 horas e atinge o máximo em 24 horas. Pargo nativo mantido à 10º C, o processo de rigor é bem mais demorado, levando até 48 horas. Putrefação e compostos envolvidos: Uma vez concluído o rigor mortis, após a flacidez dos músculos de pescados, o nº de bactérias aumenta bruscamente iniciando-se então o processo de putrefação. Os gêneros Pseudomonas e Alteromonas são dominantes Causas da rápida decomposição do pescado em comparação com a carne bovina Menor quantidade de tecido conjuntivo Maior quantidade de água Degradação rápida do ATP Maior quantidade de ác. graxos insaturados Aspectos Microbiológicos: Origem da microbiota 1) Ambiental (marítima) - flora natural - flora adquirida 2) Pós-Captura - higiene dos manipuladores - qualidade da água/gelo - higiene dos equipamentos
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