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2 MOBILIZAÇÃO ARTICULAR DEFINIÇÃO Mobilização articular é um termo geral que pode ser aplicado em qualquer tentativa, ativa ou passiva, onde o objetivo é aumentar o movimento dentro de uma articulação. CONCEITOS BÁSICOS • ARTROCINEMÁTICA: Também chamada de movimento acessório articular, artrocinemática é a movimentação referente às superfícies articulares. Rolamento, deslizamento e rotação são termos usados para descrever a movimentação artrocinemática. A artrocinemática é um componente necessário da movimentação osteocinemática. • OSTEOCINEMÁTICA: É a movimentação referente ao segmento ósseo. A movimentação osteocinemática é descrita em termos de planos (p.e. elevação no plano sagital) ou de movimentos relativos (p.e. flexão) OBS: A mobilidade pode ser afetada por alterações na movimentação artrocinemática, na osteocinemática ou em ambas. • FISIOLOGIA DA MOBILIDADE NORMAL: A mobilidade normal, em sua definição mais ampla, inclui a movimentação osteocinemática, a movimentação artrocinemática e a coordenação neuromuscular para realização de um movimento intencional. A mobilidade normal exige um comprimento adequado dos tecidos para permitir a ADM plena (isto é, mobilidade passiva) e a habilidade neuromuscular para executar o movimento (isto é, mobilidade ativa). • REGRA DO CÔNCAVO-CONVEXO: Todas as superfícies das articulações sinoviais apresentam certo grau de convexidade ou concavidade. “Se uma superfície convexa move-se sobre uma superfície côncava, deslizamento e rolamento ocorrerão em direções opostas. Se uma superfície côncava move-se sobre uma superfície convexa, deslizamento e rolamento ocorrem na mesma direção”. • POSIÇÃO DE MÁXIMA CONGRUÊNCIA ARTICULAR (CLOSE-PACKED POSITION) versus POSIÇÃO DE REPOUSO ARTICULAR: Enquanto articulações sinoviais tendem a ser incongruentes, existirá ao menos uma posição em que elas se tornarão congruentes ao máximo. Esta posição será a “close-packed position”. Nessa posição, o espaço intracapsular se encontra reduzido ao mínimo e tanto a cápsula articular quanto os principais ligamentos estão tensos. Esta posição restringe todos os graus de liberdade dos movimentos articulares durante a movimentação ativa. Portanto, a CPP não deve ser a posição de escolha para a mobilização articular ou para a aplicação das técnicas de terapia manual. Por outro lado, esta posição permite que o examinador verifique a presença de dor ou de lesão das superfícies articulares, a integridade dos ligamentos e o eventual deslocamento de estruturas intra-articulares como fragmentos de cartilagens e meniscos. A CPP também pode ser usada quando o terapeuta necessita momentaneamente estabilizar ou fixar uma determinada articulação. A posição de repouso articular é a posição onde existe uma frouxidão máxima das estruturas articulares. Nesta posição, as superfícies articulares têm menos contato entre si do que em qualquer outra. Além disso, a cápsula está o máximo relaxada e, portanto, tem o maior espaço e pode, com isso, acomodar o maior volume de líquido possível. Por esse motivo, o trauma articular seguido por derrame, leva geralmente o paciente a assumir a posição de repouso articular, visto que nessa posição ela comporta o maior volume de líquido no espaço intra-articular. A posição de repouso articular é a posição ideal para a aplicação das técnicas de mobilização articular, principalmente no início do tratamento. ARTICULAÇÃO POSIÇÃO DE REPOUSO CLOSE-PACKED POSITION Glenoumeral 55 a 70º de abdução, 30º de adução horizontal, rotação neutra Máxima abdução e RE Esternoclavicular Braço ao lado do corpo Braço elevado ao máximo Acromioclavicular Braço ao lado do corpo Braço abduzido 90º Umeroulnar 70º de flexão, 10º de supinação Extensão e supinação completas Umerorradial Extensão e supinação completas 90º de flexão, 5º de supinação Radioulnar Proximal 35º de supinação, 70º de flexão 5o de supinação, extensão completa Radioulnar Distal 10o de supinação 5o de supinação Radiocarpica Neutra com leve desvio ulnar Extensão completa Coxofemoral 30o de flexão, 30o de abdução, leve rotação externa Ligamentar: Extensão, abdução e RI completa Óssea: 90o de flexão, leve abdução e leve RE Tibiofemoral 25o de flexão Extensão completa e RE Patelofemoral Extensão completa Flexão completa 3 Tibiofibular Proximal 25o de flexão de joelho, 10o de flexão plantar Nenhuma conhecida Tibiofibular Distal 10o de flexão plantar, 5o de inversão Nenhuma: não é articulação sinovial Talocrural 10o de flexão plantar e na metade entre inversão e eversão Dorsiflexão completa Subtalar 10o de flexão plantar e na metade entre inversão e eversão Inversão completa Mediotarsica 10o de flexão plantar e na metade entre pronaçào e supinação Supinação completa Tarsometatarsiana Na metade entre supinação e pronação Supinação completa • END FEEL (SENSAÇÃO FINAL): É a sensação que o examinador percebe no final da ADM passiva. Revela a qualidade da resistência à mobilização que o examinador percebe ao alcançar o ponto extremo de determinado movimento passivo. Cyriax propôs a existência de quatro tipos “normais” e de outros quatro tipos “anormais” de sensação final. - Sensações finais normais: Capsular, Óssea, Aproximação de partes moles e Musculares. - Sensações finais Anormais: Espasmo muscular, Pastosa, Lesão interna e Sensação vazia. • HIPOMOBILIDADE, HIPERMOBILIDADE E INSTABILIDADE: - Hipomobilidade: deficiência ou redução na mobilidade artrocinemática ou osteocinemática. - Hipermobilidade: mobilidade artrocinemática ou osteocinemática excessiva com controle muscular protetor. - Instabilidade: mobilidade artrocinemática ou osteocinemática excessiva sem controle muscular protetor (Patológico). • NUTRIÇÃO ARTICULAR: Além de ser aneural, a cartilagem articular é em sua maior parte avascular. Em geral, desde o momento em que os tecidos corporais dependem de suprimento sanguíneo para a nutrição, estas estruturas parecem estar em desvantagens. Isto é geralmente aceito que as margens articulares ainda recebam alguns nutrientes pela sinóvia altamente vascularizada e o periósteo adjacente. Entretanto o problema de nutrição à porção mais superficial e interna permanece. Estas áreas cartilaginosas são as primeiras superfícies a se articular. É geralmente aceito que a nutrição a essas regiões ocorre por difusão e absorção do líquido sinovial. Esta é uma situação única porque os nutrientes devem atravessar duas barreiras até chegarem aos condrócitos dentro da cartilagem. Primeiro eles devem passar sob o leito vascular da hipervascularizada sinóvia. Eles devem então se difundir sobre a camada de matriz superficial da cartilagem, antes de chegar a parede celular do condrócito. Então, o líquido sinovial funciona como fonte de nutrição para a cartilagem articular. Compressão intermitente e tração das superfícies articulares devem ocorrer de forma a manter uma adequada troca de nutrientes e produtos metabólicos. Uma articulação que é imobilizada leva a uma atrofia da cartilagem articular. Os três mecanismos principais pelo qual as articulações sinoviais chegam a uma compressão-tração são as seguintes: (1) sustentação de peso sobre os membros inferiores e a coluna; (2) contração intermitente dos músculos cruzando uma articulação e (3) tensão e relaxamento da cápsula articular levando a posição trancada e frouxa durante os movimentos habituais. Com respeito ao último mecanismo, é necessário relembrar que à medida que articulação aproxima-se da posição trancada torna-se comprimida e com máxima congruência. Então, compressão normalmente ocorre na posição em que as superfícies articulares estão em maior contato. Isto assegura que uma porção relativamente grande da superfície articular venha a receber troca de nutrientes. Por uma visãopatológica, uma articulação com pouco movimento, como em uma rigidez capsular, não receberá uma necessária troca de nutrientes nas áreas que não receberão contato. Mudanças por atrito na cartilagem articular relacionadas à idade são observadas nas porções fora de contato das superfícies articulares. Diversas razões para isto devem ser postuladas. Primeiro, essas áreas da cartilagem articular que não sofrem deformação durante os movimentos por algum tempo, tem como resultado, a taxa e o grau de troca de nutrientes reduzidos. Outro fator seria que com a idade existe uma redução da condroitina sulfatase que faz parte do tecido cartilaginoso. Desde que a capacidade de ligação ao líquido sinovial é em grande parte dependente da quantidade de condroitina sulfatase, uma diminuição no seu constituinte pode interferir com a função normal do tecido. Além do mais, por causa da perda de amplitude de movimento ocorrendo com a idade, a troca de nutrientes para as porções cartilaginosas é reduzida. • LUBRIFICAÇÃO ARTICULAR: O líquido sinovial, além de servir como um nutriente para a cartilagem articular, também age como um lubrificante para diminuir o atrito entre as superfícies articulares. Existe também o fato do tipo e consistência das superfícies articulares bem como o tipo de movimento que elas propiciam. A maioria dos modos de lubrificação das articulações varia, dependendo de fatores como carga e velocidade do movimento. O líquido sinovial tem essencialmente a mesma composição do plasma sanguíneo, com exceção à presença de mucina. Mucina é um mucopolissacarídeo (ácido hialurônico), que é um polímero de longa cadeia. As propriedades viscosas são devidas a esta substância. A propriedade mais importante a ser considerada é a tixotropia (a viscosidade diminui com o aumento da taxa de movimentação articular). 4 EFEITOS DA REDUÇÃO DA MOBILIDADE ARTICULAR EFEITOS SOBRE O MÚSCULO • Hipotrofia • Maior deposição de gordura subcutânea, mascarando informações sobre a composição do tecido muscular subjacente. • Maior grau de hipotrofia nos músculos formados principalmente por fibras de contração lenta do que nos músculos formados principalmente por fibras de contração rápida. EFEITO SOBRE O TENDÃO: • Reduções no tamanho e número de feixes de fibras colágenas, diminuindo a capacidade do tendão em suportar cargas. • Redução no conteúdo de água. • Diminuição da rigidez elástica. • Redução das ligações cruzadas. EFEITO SOBRE O LIGAMENTO: • Diminuição da massa total do colágeno, devido à degradação superar a síntese. • Produção de uma quantidade desproporcional de colágeno jovem e imaturo, depositado de uma maneira aleatória e desorganizada. • Redução nas propriedades mecânicas do ligamento. • Reabsorção óssea e consequente enfraquecimento no local de inserção do ligamento. • Força e rigidez ligamentar diminuem. • Aumento da rigidez articular, devido provavelmente à aderência e encurtamento ligamentar que ocorre devido à falta de estresse mecânico. EFEITO SOBRE A CARTILAGEM ARTICULAR: • Degeneração da superfície articular devido à redução das cargas e da movimentação. • Maior conteúdo hídrico e menor conteúdo de proteoglicanos, cuja organização é alterada. • Amolecimento e fragmentação das superfícies condrais. • Redução na rigidez e na espessura da cartilagem. • Perda de condrócitos. • Esclerose do osso subcondral. • Formação de osteófitos. EFEITO SOBRE O OSSO: • Perda mineral óssea, que pode chegar a 8% por mês durante os períodos de repouso no leito. • Maior acometimento do osso trabecular do que do osso cortical. • Maior acometimento nos ossos responsáveis pela sustentação de peso do que nos ossos das extremidades superiores. EFEITOS DA MOBILIZAÇÃO ARTICULAR • Restauração da mobilidade e movimentação normal • Alívio da dor • Redução do espasmo muscular • Estimula a atividade biológica movimentando o líquido sinovial que traz nutrientes para a cartilagem avascular das superfícies articulares e fibro-cartilagens intra-articulares dos meniscos. • Mantém a extensibilidade e força de tensão nos tecidos articulares e periarticulares. • Impulsos nervosos aferentes de receptores articulares transmitem informações para o SNC e assim provêem percepção de posição e movimento. • Benefício psicológico para o paciente INDICAÇÕES O objetivo da mobilização é restaurar o máximo de movimento livre de dor em um sistema músculo- esquelético em equilíbrio postural. As grandes indicações para a aplicação da mobilização articular são: • Diminuição da dor e relaxamento muscular (ciclo espasmo-dor-espasmo) • Aumento da mobilidade articular • Melhora da nutrição e lubrificação articular • Benefícios psicológicos 5 CONTRA-INDICAÇÕES • Hipermobilidade • Efusão articular (edema) • Inflamação Existem alguns casos onde devemos ter PRECAUÇÃO quanto à mobilização articular • Malignidade na área a ser tratada • Fratura não consolidada • Episódio de Artrite reumatóide • Doenças ósseas (osteomielíte, osteogênese imperfeita) • Instabilidade articular • End feel vazio • Infecção (feridas abertas) • Anquilose articular • Artroplastia total • Osteoporose • Doenças óssea (Doença de Paget, osteomalácia, artrite reumatóide) • Espondilite Anquilosante • Espondilólise e espondilolistese • Problemas de coagulação (hemofilia) • Gravidez • Tonteira • Crianças AVALIAÇÃO DA MOBILIDADE ARTICULAR No processo de avaliação da mobilidade articular, devemos tentar diferenciar problemas intra-articulares de problemas extra-articulares e identificar qual ou quais estruturas estão envolvidas. Além disso, devemos detectar se há hipomobilidade, hipermobilidade ou instabilidade articular. Outro aspecto que devemos abordar na avaliação é se a alteração na mobilidade é decorrente de dor ou de disfunção biomecânica. Para isso, a avaliação deve seguir um roteiro contendo: - Histórico completo do paciente - Exame físico (inspeção, palpação, análise da amplitude de movimento/ADM, mobilidade intra-articular, avaliação neurológica, avaliação de força, e testes especiais apropriados). - Análise de exames complementares (radiografias, ressonância magnética, tomografia computadorizada, etc) Iniciando a análise do movimento Em primeiro lugar, a análise ATIVA: O movimento ativo depende da cooperação do paciente, da integridade dos neurônios motores superior e inferior e do funcionamento normal dos músculos e articulações. Os movimentos ativos testam tanto os elementos contráteis como os não contráteis. Tais movimentos fornecem uma indicação geral da localização e do tipo de disfunção, bem como da sua severidade. Em segundo lugar, a análise PASSIVA: O movimento passivo é realizado com um ligeiro esforço adicional quando o paciente encontra-se no final da ADM ativa. Por conseguinte, o movimento passivo tende a ter uma amplitude de movimento maior que a conseguida no movimento ativo. Os movimentos articulares passivos proporcionam informação sobre a qualidade do movimento, assim com do end feel (sensação final do movimento). Avaliando a mobilidade entre as superfícies articulares A análise da mobilidade entre as superfícies articulares deve ser iniciada colocando-se a articulação envolvida na posição de repouso articular, que é a posição onde cápsula articular e ligamentos encontram-se mais frouxos e, portanto, permitem mais mobilidade intra-articular. Se as limitações na ADM ou a dor impedirem o profissional de colocar a articulação na posição de repouso, devemos usar a posição que mais se aproxime dela, chamada de posição de repouso real. A mobilidade intra-articular é analisada movimentando-se uma das superfícies articulares na direção paralela (deslizamento) ou perpendicular à articulação(tração e compressão), até o final da amplitude disponível. Tal análise deve considerar a quantidade de excursão presente, a avaliação da presença de dor e a determinação do end feel. A excursão é determinada comparando-se a articulação de um lado com a mesma articulação do lado 6 oposto, assumindo que esta articulação não está em disfunção. Se não existir uma articulação “normal”, a excursão articular precisará ser determinada por comparação com a experiência do profissional. Se o movimento de tração desencadeia dor ou irritabilidade no paciente, podemos suspeitar de envolvimento da cápsula articular ou dos ligamentos. Por outro lado, se é a compressão quem desencadeia tais sintomas, podemos suspeitar de envolvimento da superfície articular. Graduando a mobilidade articular Grau 0 = sem movimento (anquilose) Grau 1 = considerável diminuição do movimento HIPOMOBILIDADE Grau 2 = Ligeira diminuição do movimento Grau 3 = Normal Grau 4 = Ligeiro aumento do movimento Grau 5 = Considerável aumento do movimento HIPERMOBILIDADE Grau 6 = Instabilidade completa Diferenciando entre disfunção intra-articular e extra-articular Primeiramente, devemos saber quais são as estruturas intra-articulares e extra-articulares: • Intra-articulares: são os elementos não-contráteis (ossos, cápsulas articulares, ligamentos, bolsas, fáscias, dura-mater e estruturas nervosas). • Extra-articulares: são os elementos contráteis (músculos e tendões). Com isso temos: Disfunção intra-articular (relacionada com o elemento não-contrátil) • Movimentos ativos e passivos dolorosos e/ou restringidos na mesma direção • Movimentos contra-resistência indolores • Movimentos como deslizamento, compressão e tração são dolorosos ou restringidos. Disfunção extra-articular (relacionada com os elementos contráteis) • Movimentos ativos e passivos dolorosos e/ou restringidos em direções opostas • Movimento contra-resistência doloroso • Movimentos como deslizamento, compressão e tração são indolores Testando os movimentos contra-resistência Os testes contra-resistência examinam a integridade neuromuscular e os elementos contráteis. A dor desencadeada durante este teste pode indicar uma lesão dos elementos contráteis, mas há necessidade de um aprofundamento do exame para que sejam determinadas as estruturas específicas envolvidas. TRATAMENTO Graus dos movimentos a. Técnicas oscilatórias graduadas i. Grau 1 – São realizadas oscilações rítmicas de pequena amplitude no início da amplitude. ii. Grau 2 – São realizadas oscilações de grande amplitude dentro da amplitude existente, não atingindo o limite. iii. Grau 3 – São realizadas oscilações rítmicas de grande amplitude até o limite da mobilidade existente, e forçadas na resistência do tecido. iv. Grau 4 – São realizadas oscilações rítmicas de pequena amplitude no limite da mobilidade existente e forçadas na resistência do tecido. v. Grau 5 – É feita uma técnica de tranco com pequena amplitude e alta velocidade para soltar adesões no limite da mobilidade disponível. 1. Os graus 1 e 2 são usado primariamente para tratar articulações limitadas pela dor. As oscilações podem ter um efeito inibitório na percepção dos estímulos dolorosos pela estimulação repetitiva de mecanorreceptores que bloqueiam as vias nociceptivas a nível da medula espinhal e tronco cerebral. Também servem para movimentar o líquido sinovial para melhorar a nutrição da cartilagem. 7 2. Os graus 3 e 4 são primariamente usados como manobras de alongamento. 3. b. Técnicas de mobilização intra-articular com translação mantida i. Grau 1 – Tração articular de pequena amplitude onde a cápsula não é sobrecarregada. Ela iguala as forças de tensão muscular e pressão atmosférica que agem sobre a articulação. ii. Grau 2 – Tração ou deslizamento nas superfícies articulares suficiente para tensionar os tecidos ao redor da articulação. iii. Grau 3 – Tração ou deslizamento das superfícies articulares com uma amplitude grande o suficiente para fazer o alongamento na cápsula articular e estruturas periarticulares vizinhas. 1. A tração grau 1 é usada em todos os movimentos de deslizamento e pode ser usada para aliviar a dor. 2. A tração grau 2 é usada no início do tratamento para determinar quão sensível é a articulação. Assim que a reação da articulação é conhecida, a dosagem do tratamento é aumentada ou diminuída de acordo. 3. Tração articular ou deslizamento grau 3 são usados para alongar as estruturas articulares e assim aumentar a mobilidade intra-articular. 2) Posição do paciente – O paciente e o membro a ser tratado devem ser posicionados de modo que o paciente possa relaxar. 3) Posição da articulação – Deve estar na posição frouxa, ou seja, na posição na qual a cápsula está mais frouxa. Nessa posição é possível máxima tração articular e mobilidade intra-articular. Em alguns casos a posição usada é aquela na qual a articulação está menos dolorida. 4) Estabilização – Estabilize firme e confortavelmente uma das partes da articulação, geralmente a proximal. A estabilização pode ser feita por uma cinta, uma das mãos do fisioterapeuta ou um assistente. 5) Força de tratamento – A força do tratamento (leve ou forte) é aplicada o mais perto possível da superfície articular. Quanto mais larga a superfície de contato, mais confortável será o procedimento. 6) Direção do movimento – A direção do movimento durante o tratamento é paralela ou perpendicular ao plano de tratamento, que é descrito como um plano perpendicular à linha que vai do eixo de rotação até o meio da concavidade da superfície articular. O plano é na parte côncava, de modo que sua posição é determinada pela posição do osso côncavo. 7) Velocidade, ritmo e duração dos movimentos – Aplique oscilações de forma homogênea, regular, 2 ou 3 por segundo, durante 1 a 2 minutos. Varie a velocidade das oscilações para diferentes efeitos tais como baixa amplitude, alta velocidade para inibir a dor, ou baixa velocidade para relaxar a defesa muscular. Para as técnicas de tração utilizar a manutenção por períodos de 30 segundos. 8) Início e progressão do tratamento – O tratamento inicial é o mesmo quando se trata de dor ou diminuição de mobilidade intra-articular. O propósito é determinar a reatividade articular antes do procedimento. Faça uma reavaliação após o tratamento e novamente antes do próximo tratamento. As alterações são ditadas pela resposta articular. 8 APLICAÇÕES PRÁTICAS 1) CINTURA ESCAPULAR 1.1) Articulação Glenoumeral Graus de liberdade osteocinemáticos Flexão / extensão Adução / Abdução Rotação interna / Rotação externa Ligamentos Ligamento glenoumeral superior Ligamento glenoumeral médio Ligamento glenoumeral inferior Ligamento coracoumeral Ligamento coracoacromial Anatomia da superfície articular Glenóide: côncava Úmero: convexo Posição de repouso 55 a 70o de abdução, 30 graus de adução horizontal, rotação neutra Close-packed position Máxima abdução e rotação externa Padrão capsular de restrição Rotação externa > abdução > rotação interna Tração 9 Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação glenoumeral • Aumentar a ADM geral na articulação • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito dorsal • A articulação glenoumeral é colocada próximo da posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • Ao lado do paciente, de frente para a glenoumeral • As duas mãos seguram o úmero proximal pela parte medial e lateral • O terapeuta pode dar suporte ao antebraço e à mão do paciente, posicionado-os entre o seu próprio braçoe tronco Procedimento • As duas mãos movem a cabeça do úmero para fora da superfície articular da glenóide em direção perpendicular, fazendo assim, uma força lateral, ventral e caudal na glenoumeral. Deslizamento Caudal Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação glenoumeral • Aumentar o movimento de abdução, flexão e extensão da glenoumeral • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito dorsal • A articulação glenoumeral é colocada na posição de repouso articular ou na posição mais próxima possível Posicionamento do Terapeuta • Perto da cabeça do paciente, de frente para a glenoumeral • O terapeuta pode dar suporte ao antebraço e à mão do paciente, posicionado-os entre o seu próprio braço e tronco • Coloca-se o espaço membranoso da mão que mobiliza sobre a superfície cranial do úmero proximal • A mão que orienta o movimento dá suporte ao braço pela parte medial do úmero distal Procedimento • A mão que mobiliza desliza o úmero em sentido caudal 10 Deslizamento Dorsal Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação glenoumeral • Aumentar os movimentos de rotação interna, flexão e adução horizontal da glenoumeral • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito dorsal com a glenoumeral para fora da borda da mesa • A articulação glenoumeral é colocada na posição de repouso articular ou na posição mais próxima possível Posicionamento do Terapeuta • Entre o braço e o tronco do paciente, de frente para o braço do paciente • O terapeuta pode dar suporte ao antebraço e à mão do paciente, posicionado-os entre o seu próprio braço e tronco • A mão que mobiliza é colocada sobre a superfície ventral do úmero proximal • A mão que direciona o movimento dá suporte ao braço pelo lado dorsal do úmero distal • A mão que mobiliza desliza o úmero em sentido dorsal Deslizamento Ventral Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação glenoumeral • Aumentar os movimentos de rotação externa, extensão e abdução horizontal da glenoumeral • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito ventral com o úmero para fora da borda da mesa e com umtravesseiro dando suporte ao processo coracóide • A articulação glenoumeral é colocada na posição de repouso articular ou na posição mais próxima possível 11 Posicionamento do Terapeuta • Ao lado do paciente, de frente para a glenoumeral • A mão que mobiliza é colocada sobre a superfície dorsal do úmero proximal • A mão que direciona o movimento dá suporte ao braço pelo lado ventral do úmero distal Procedimento • A mão que mobiliza desliza o úmero em sentido ventral 1.2) Esternoclavicular Graus de liberdade osteocinemáticos Elevação /Depressão Protração/Retração Rotação Ligamentos Ligamento costoclavicular Ligamento interclavicular Ligamento esternoclavicular posterior Ligamento esternoclavicular anterior Anatomia da superfície articular Em sela: - Manúbrio: côncavo de cranial para caudal e convexo de ventral para dorsal - clavícula: convexa de cranial para caudal e côncava de ventral para dorsal Posição de repouso Braço ao lado do corpo Close-packed position Braço elevado ao máximo Padrão capsular de restrição Elevação completa do ombro é limitada Deslizamento Cranial Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação esternoclavicular • Aumentar a ADM de depressão do ombro • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito dorsal • A articulação é colocada na posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • Ao lado do paciente, de frente para a esternoclavicular • Coloca o polegar que guia o movimento sobre a superfície caudal da porção esternal da clavícula. O polegar que mobiliza é colocado sobre o que guia o movimento Procedimento • A mão que mobiliza desliza a clavícula em sentido cranial 12 Deslizamento Caudal Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação esternoclavicular • Aumentar a ADM de elevação do ombro • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito dorsal • A articulação é colocada na posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • Na ponta da maca e de frente para a esternoclavicular • Coloca o polegar que guia o movimento sobre a superfície cranial da porção esternal da clavícula • O polegar que mobiliza é colocado sobre o que guia o movimento Procedimento • A mão que mobiliza desliza a clavícula em sentido caudal Deslizamento Dorsal Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação esternoclavicular • Aumentar a ADM de protração do ombro • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito dorsal • A articulação é colocada na posição de repouso articular 13 Posicionamento do Terapeuta • Ao lado do paciente, de frente para a esternoclavicular • Coloca o polegar que guia o movimento sobre a superfície ventral da porção esternal da clavícula • O polegar que mobiliza é colocado sobre o polegar que guia o movimento Procedimento • A mão que mobiliza desliza a clavícula em sentido dorsal 1.3) Acromioclavicular Graus de liberdade osteocinemáticos Elevação /Depressão Protração/Retração Rotação Ligamentos Ligamento acromioclavicular superior Ligamento acromioclavicular inferior Ligamento coracoclaviculares (trapezóide e conóide) Anatomia da superfície articular Ovóide Acrômio: côncava Clavícula: convexa Posição de repouso Braço ao lado do corpo Close-packed position Braço abduzido 90º Padrão capsular de restrição Elevação completa do ombro é limitada Deslizamento Dorsal Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação acromioclavicular • Aumentar a ADM de elevação do ombro • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Sentado • A articulação é colocada na posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • De frente para a superfície ventral da acromioclavicular • A mão que estabiliza é colocada sobre a superfície dorsal da escápula • O polegar que mobiliza é colocado sobre o que guia o movimento • Coloca o polegar da mão que guia e estabiliza o movimento sobre a superfície antero-lateral da clavícula Procedimento • A mão que estabiliza mantém a escápula na posição • A mão que mobiliza desliza a clavícula em sentido dorsal 14 Deslizamento Ventral Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação acromioclavicular • Aumentar a ADM de elevação do ombro • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Sentado • A articulação é colocada na posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • De frente para a superfície dorsal da acromioclavicular • A mão que estabiliza é colocada sobre o acrômio e sobre a superfície ventral do úmero proximal • O polegar que mobiliza é colocado sobre o que guia o movimento • Coloca o polegar da mão que guia o movimento sobre a parte dorsolateral da clavícula Procedimento • A mão que estabiliza mantém o acrômio na posição • A mão que mobilizadesliza a clavícula em sentido ventral 1.4) Escápulotorácica Graus de liberdade osteocinemáticos Elevação /Depressão Protração/Retração Movimento alar da escápula Ligamentos Nenhum Anatomia da superfície articular Ovóide Escápula: côncava Tórax: convexa Posição de repouso Braço ao lado do corpo Close-packed position Nenhuma (não é articulação sinovial) Padrão capsular de restrição Nenhuma (não é articulação sinovial) 15 Tração Propósito • Aumentar a mobilidade escapulotorácica e da cintura escapular geral Posicionamento do Paciente • Decúbito lateral com o braço apoiado sobre o braço do terapeuta • A articulação é colocada na posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • De frente para o ombro do paciente • A mão que mobiliza é colocada sobre o acrômio • A mão que direciona é colocada sobre o ângulo inferior da escápula Procedimento • A mão que mobiliza movimenta a escápula medialmente e caudalmente • A mão que direciona o movimento ergue a escápula para longe das costelas Deslizamento Cranial Propósito • Aumentar a mobilidade escapulotorácica e da cintura escapular geral Posicionamento do Paciente • Decúbito lateral com o braço apoiado sobre o braço do terapeuta • A articulação é colocada na posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • De frente para o ombro do paciente • A mão que mobiliza é colocada sobre o ângulo inferior da escápula • A mão que direciona é colocada sobre o acrômio 16 Procedimento • A mão que mobiliza movimenta a escápula no sentido cranial • A mão que direciona o movimento controla a posição da escápula Deslizamento Caudal Propósito • Aumentar a mobilidade escapulotorácica e da cintura escapular geral Posicionamento do Paciente • Decúbito lateral com o braço apoiado sobre o braço do terapeuta • A articulação é colocada na posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • De frente para o ombro do paciente • A mão que mobiliza é colocada sobre o acrômio • A mão que direciona é colocada sobre o Ângulo inferior da escápula Procedimento • A mão que mobiliza movimenta a escápula no sentido caudal • A mão que direciona o movimento controla a posição da escápula Deslizamento Medial Propósito • Aumentar a mobilidade escapulotorácica e da cintura escapular geral Posicionamento do Paciente • Decúbito lateral com o braço apoiado sobre o braço do terapeuta • A articulação é colocada na posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • De frente para o ombro do paciente 17 • As duas mãos são colocadas sobre a parte lateral da escápula, uma sobre a borda axilar e a outra sobre o acrômio Procedimento • As duas mãos deslizam a escápula em sentido medial Deslizamento Lateral Propósito • Aumentar a mobilidade escapulotorácica e da cintura escapular geral Posicionamento do Paciente • Decúbito lateral com o braço apoiado sobre o braço do terapeuta • A articulação é colocada na posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • De frente para o ombro do paciente • Coloca-se as pontas dos dedos das duas mãos sobre o bordo medial da escápula Procedimento • As duas mãos deslizam a escápula em sentido lateral 2) Cotovelo 18 2.1) Umeroulnar Graus de liberdade osteocinemáticos Flexão / Extensão Adução / Abdução Ligamentos Ligamento colateral da ulna Anatomia da superfície articular Em sela: - Úmero: côncava de medial para lateral e convexa de ventral para dorsal - Ulna: convexa de medial para lateral e côncava de ventral para dorsal Posição de repouso 70º de flexão, 10º de supinação Close-packed position Extensão e supinação completas Padrão capsular de restrição Flexão > extensão A pronação e supinação estão limitadas somente quando a condição é grave Tração Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação umeroulnar • Aumentar a mobilidade geral do cotovelo • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito dorsal • A articulação é colocada na posição de repouso articular, Posicionamento do Terapeuta • Ao lado do quadril do paciente, de frente para articulação umeroulnar, com o braço do paciente apoiado na mesa e o antebraço distal apoiado no ombro do terapeuta • A mão que estabiliza segura o úmero distal pelo lado ventral • A mão que mobiliza segura a ulna proximal pelo lado ventral Procedimento • A mão que estabiliza segura o úmero distal contra a mesa • A mão que mobiliza move a ulna proximal, afastando-a da superfície articular umeral com um ângulo de 90º relativo ao plano de tratamento 19 Deslizamento Medial Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação umeroulnar • Aumentar a mobilidade de abdução, extensão e flexão do cotovelo • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito dorsal • A articulação é colocada na posição de repouso articular, Posicionamento do Terapeuta • De frente para o paciente, entre o braço e o tronco deste, com o antebraço do paciente entre o braço e o tronco do profissional • A mão que estabiliza segura o úmero distal pelo lado medial • A mão que mobiliza segura o rádio proximal pela parte lateral Procedimento • A mão que estabiliza segura o úmero na posição • A mão que mobiliza move a ulna no sentido medial indiretamente pelo rádio, enquanto o tronco do terapeuta guia o movimento Deslizamento Lateral Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação umeroulnar • Aumentar a mobilidade de adução, extensão e flexão do cotovelo • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito dorsal 20 • A articulação é colocada na posição de repouso articular, Posicionamento do Terapeuta • Ao lado do paciente, de frente para a articulação umeroulnar com o antebraço do paciente entre seu braço e o tronco • A mão que estabiliza segura o úmero distal pelo lado lateral • A mão que mobiliza segura o rádio proximal pela parte medial Procedimento • A mão que estabiliza segura o úmero na posição • A mão que mobiliza move a ulna no sentido lateral Bocejo Medial Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação umeroulnar • Aumentar a mobilidade geral do cotovelo • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito dorsal • A articulação umeroulnar está levemente flexionada Posicionamento do Terapeuta • Ao lado do paciente, de frente para a articulação umeroulnar, com o antebraço do paciente entre o braço e o tronco do fisioterapeuta • A mão que estabiliza dá suporte ao antebraço do paciente pela face ulnar e o mantém contra o tronco do terapeuta • A mão que mobiliza segura a parte lateral do cotovelo na linha articular Procedimento • A mão que estabiliza mantém o antebraço na posição • A mão que mobiliza movimenta o cotovelo na linha articular lateral em sentido medial, criando um espaçamento na linha articular medialmente 21 Bocejo Lateral Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação umeroulnar • Aumentar a mobilidade geral do cotovelo • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturasarticulares Posicionamento do Paciente • Decúbito dorsal • A articulação umeroulnar está levemente flexionada Posicionamento do Terapeuta • De frente para o paciente, entre o braço e o tronco do mesmo, com o antebraço do paciente entre seu braço e tronco • A mão que estabiliza dá suporte ao antebraço do paciente pelo lado radial e o mantém contra o tronco do terapeuta • A mão que mobiliza segura a parte medial do cotovelo na linha articular Procedimento • A mão que estabiliza mantém o antebraço na posição • A mão que mobiliza movimenta o cotovelo na linha articular medial em sentido lateral, criando um espaçamento na linha articular lateralmente 2.2) Umerorradial Graus de liberdade osteocinemáticos Flexão / Extensão Adução / Abdução Pronação / supinação Ligamentos Ligamento colateral do rádio Anatomia da superfície articular Ovóide: - Úmero: convexo - Rádio: côncavo Posição de repouso 90º de flexão, 5º de supinação Close-packed position Extensão e supinação completas Padrão capsular de restrição Flexão > extensão A pronação e supinação estão limitadas somente quando a condição é grave 22 Deslizamento Dorsal Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação umerorradial • Aumentar a extensão do cotovelo • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito dorsal • A articulação é colocada na posição de repouso articular, Posicionamento do Terapeuta • Ao lado do paciente, de frente para a articulação umerorradial • A mão que estabiliza segura o úmero distal pelo lado dorsal • A mão que mobiliza segura o rádio proximal pelo lado ventral Procedimento • A mão que mobiliza movimenta o rádio proximal em sentido dorsal Deslizamento Ventral Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação umerorradial • Aumentar a flexão do cotovelo • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito dorsal • A articulação é colocada em leve flexão e pronação 23 Posicionamento do Terapeuta • Ao lado do paciente, de frente para a articulação umerorradial • A mão que estabiliza segura o úmero distal pelo lado ventral • A mão que mobiliza segura o rádio proximal pelo lado dorsal Procedimento • A mão que mobiliza movimenta o rádio proximal em sentido ventral 2.3) Radioulnar Proximal Graus de liberdade osteocinemáticos Pronação / supinação Ligamentos Ligamento anular Ligamento Quadrado Anatomia da superfície articular Ovóide: - Rádio: convexa - Ulna: côncava Posição de repouso 35º de supinação, 70º de flexão Close-packed position 5º de supinação, extensão completa Padrão capsular de restrição Supinação = pronação Deslizamento Ventral da Cabeça do Rádio Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação radioulnar proximal • Aumentar a supinação do antebraço • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Sentado • A articulação é colocada na posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • Ao lado do paciente, de frente para a articulação radioulnar proximal • A mão que estabiliza segura a ulna proximal pelo lado ventral • A mão que mobiliza segura a cabeça do rádio dorsalmente Procedimento • A mão que mobiliza movimenta a cabeça do rádio em sentido ventral 24 Deslizamento Dorsal da Cabeça do Rádio Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação radioulnar proximal • Aumentar a pronação do antebraço • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Sentado • A articulação é colocada na posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • Ao lado do paciente, de frente para a articulação radioulnar proximal • A mão que estabiliza segura a ulna proximal pelo lado dorsal • A mão que mobiliza segura a cabeça do rádio ventralmente Procedimento • A mão que mobiliza movimenta a cabeça do rádio em sentido dorsal 3) PUNHO E MÃO 25 3.1) Radioulnar Distal Graus de liberdade osteocinemáticos Pronação / Supinação Ligamentos Ligamento radioulnar anterior Ligamento radioulnar posterior Anatomia da superfície articular Ovóide: - Ulna: convexa - Rádio: côncavo Posição de repouso 10º de supinação Padrão de restrição capsular Supinação = pronação Deslizamento Ventral do Rádio Distal Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação radioulnar distal • Aumentar a pronação do antebraço • Diminuir a dor no punho • Aumentar a nutrição para as estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Sentado • A articulação é colocada na posição de repouso Posicionamento do Terapeuta • Ao lado do paciente, de frente para a radioulnar distal • A mão que estabiliza segura a ulna distal pelo lado ventral • A mão que mobiliza segura o rádio distal pelo lado dorsal Procedimento • A mão que mobiliza desliza o rádio distal em sentido ventral Deslizamento Dorsal do Rádio Distal 26 Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação radioulnar distal • Aumentar a supinação do antebraço • Diminuir a dor no punho • Aumentar a nutrição para as estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Sentado • A articulação é colocada na posição de repouso Posicionamento do Terapeuta • Ao lado do paciente, de frente para a radioulnar distal • A mão que estabiliza segura a ulna distal pelo lado dorsal • A mão que mobiliza segura o rádio distal pelo lado ventral Procedimento • A mão que mobiliza desliza o rádio distal em sentido dorsal 3.2) Articulação Radiocárpica Graus de liberdade osteocinemáticos Flexão / extensão Desvio Radial / Ulnar Ligamentos Ligamento Colateral da Ulna Ligamento Colateral do Rádio Ligamentos Radiocarpais Dorsais Ligamentos Intercarpais Anatomia da superfície articular Rádio e Ulna: Côncavos Ossos do Carpo: Convexos Posição de repouso Neutra com leve desvio ulnar Close-packed position Extensão completa Padrão capsular de restrição A limitação é igual em todas as direções Tração Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação radiocárpica • Aumentar a ADM geral na articulação • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Sentado com o lado ventral do antebraço sobre a mesa e a mão para fora dela • A articulação é colocada na posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • De frente para a articulação • A mão que estabiliza segura o rádio e a ulna distais pelo lado dorsal • A mão que mobiliza segura a fileira proximal dos ossos do carpo pelo lado dorsal 27 Procedimento • A mão que estabiliza mantém o rádio e a ulna na mesa • A mão que mobiliza move a fileira proximal dos ossos do carpo distalmente Deslizamento Dorsal Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação radiocárpica • Aumentar a flexão do punho • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Sentado com o lado ulnar do antebraço sobre a mesa e a mão para fora dela • A articulação é colocada na posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • De frente para a articulação • A mão que estabiliza segura o rádio e a ulna distais • A mão que mobiliza seguraa fileira proximal dos ossos do carpo pelo lado ventral Procedimento • A mão que estabiliza mantém o rádio e a ulna na mesa • A mão que mobiliza desliza a fileira proximal dos ossos do carpo no sentido dorsal Deslizamento Ventral Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação radiocárpica • Aumentar a extensão do punho • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares 28 Posicionamento do Paciente • Sentado com o lado ventral do antebraço sobre a mesa e a mão para fora dela • A articulação é colocada na posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • De frente para a articulação • A mão que estabiliza segura o rádio e a ulna distais pelo lado dorsal • A mão que mobiliza segura a fileira proximal dos ossos do carpo pelo lado dorsal Procedimento • A mão que estabiliza mantém o rádio e a ulna na mesa • A mão que mobiliza desliza a fileira proximal dos ossos do carpo no sentido ventral Deslizamento Radial Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação radiocárpica • Aumentar o desvio ulnar do punho • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Sentado com o lado ventral do antebraço sobre a mesa e a mão para fora dela • A articulação é colocada na posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • De frente para a articulação • A mão que estabiliza segura o rádio e a ulna distais pelo lado dorsal • A mão que mobiliza segura a fileira proximal dos ossos do carpo pelo lado ulnar Procedimento • A mão que estabiliza mantém o rádio e a ulna na mesa • A mão que mobiliza desliza a fileira proximal dos ossos do carpo no sentido radial 29 Deslizamento Ulnar Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação radiocárpica • Aumentar o desvio radial do punho • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Sentado com a face ulnar do antebraço sobre a mesa e a mão para fora dela • A articulação é colocada na posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • De frente para o lado radial da articulação • A mão que estabiliza segura o rádio e a ulna distais • A mão que mobiliza segura a fileira proximal dos ossos do carpo pela face radial Procedimento • A mão que estabiliza mantém o rádio e a ulna na mesa • A mão que mobiliza desliza a fileira proximal dos ossos do carpo no sentido ulnar 3.3) Articulação Mediocárpica Graus de liberdade osteocinemáticos Flexão / extensão Desvio Radial / Ulnar Ligamentos Ligamento Colateral do Rádio Ligamentos Radiocarpais Dorsais Ligamentos Radiocarpais Ventrais Ligamentos Intercarpais Anatomia da superfície articular Entre Escafóide – trapézio / trapezóide: - Escafóide: convexo de ventral para dorsal (flexão / extensão) e côncavo de radial para ulnar (desvio radial / ulnar) - Trapézio / Trapezóide: Côncavo de dorsal para ventral (flexão / extensão) e convexo de radial para ulnar (desvio ulnar / radial) Entre Escafóide, Semilunar, Piramidal – Capitato, Hamato: - Escafóide, Semilunar, Piramidal: côncavo - Capitato, Hamato: convexo Posição de repouso Neutra ou leve flexão com leve desvio ulnar Close-packed position Extensão completa Padrão capsular de restrição A limitação é igual em todas as direções OBS: Todas as manipulações da articulação mediocárpica são semelhantes as manipulações descritas para a articulação radiocárpica. Apenas mudaremos o ponto de estabilização e o ponto de aplicação de força. Agora, o ponto de estabilização será na fileira proximal do carpo ou 1a fileira (para as manipulações da radiocárpica a estabilização era feita no rádio e ulna distais) e o ponto de aplicação do movimento será na fileira distal do carpo ou 2a fileira (na radiocárpica era na fileira proximal ou 1a fileira). 30 3.4) Articulações Intermetacarpianas Graus de liberdade de movimento Deslizamento Dorsal e Ventral Ligamentos Ligamento Interósseo Palmar Ligamento Interósseo Dorsal Anatomia da superfície articular Plana Posição de repouso Não descrita Close-packed position Nenhuma, não é articulação sinovial Padrão capsular de restrição Nenhuma, não é articulação sinovial Deslizamento Dorsal Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular nas articulações do metacarpo • Diminuir a dor na região da mão Posicionamento do paciente • Paciente sentado ou em decúbito dorsal com a palma da mão voltada para baixo Posicionamento do Terapeuta • A mão que estabiliza segura no terço central do metacarpo vizinho com o polegar na face dorsal e o indicador na face ventral • A mão que mobiliza segura no terço central do metacarpo com o polegar na face dorsal e o indicador na face ventral Procedimento • A mão que estabiliza mantém o metacarpo na posição • A mão que mobiliza desliza o metacarpo dorsalmente em relação ao que está sendo estabilizado Deslizamento Ventral 31 Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular nas articulações do metacarpo • Diminuir a dor na região da mão Posicionamento do paciente • Paciente sentado ou em decúbito dorsal com a palma da mão voltada para baixo Posicionamento do Terapeuta • A mão que estabiliza segura no terço central do metacarpo vizinho com o polegar na face dorsal e o indicador na face ventral • A mão que mobiliza segura no terço central do metacarpo com o polegar na face dorsal e o indicador na face ventral Procedimento • A mão que estabiliza mantém o metacarpo na posição • A mão que mobiliza desliza o metacarpo ventralmente em relação ao que está sendo estabilizado 3.4) Articulações Metacarpofalangeanas Graus de liberdade de movimento Flexão / Extensão Adução / Abdução Circundução Ligamentos Ligamento Colateral Ligamento Palmar Ligamento Transverso Profundo Anatomia da superfície articular Ossos do Metacarpo: Convexos Falanges: Côncavas Posição de repouso 1a articulação: leve flexão 2a a 5a articulação: leve flexão com leve desvio ulnar Close-packed position 1a articulação: extensão completa 2a a 5a articulação: flexão completa Padrão capsular de restrição Flexão > Extensão Tração Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular nas articulações metacarpofalangeanas • Aumentar a ADM geral nas articulações • Diminuição da dor nas articulações • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Sentado ou em decúbito dorsal com a palma da mão voltada para baixo • A articulação é colocada na posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • A mão que estabiliza segura a cabeça do osso metacarpeano da articulação que está sendo mobilizada com o polegar sobre a superfície dorsal e o indicador sobre a superfície ventral • A mão que mobiliza segura a extremidade proximal da falange proximal que está sendo mobilizada com o polegar sobre a superfície dorsal e o indicador sobre a superfície ventral 32 Procedimento • A mão que estabiliza mantém o osso do metacarpo na posição • A mão que mobiliza movimenta a falange proximal distalmente Deslizamento Dorsal Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular nas articulações metacarpofalangeanas • Aumentar a extensão das articulações • Diminuição da dor nas articulações • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Sentado ou em decúbito dorsal com a palma da mão voltada para baixo • A articulação é colocada na posição de repouso articularPosicionamento do Terapeuta • A mão que estabiliza segura a cabeça do osso metacarpeano da articulação que está sendo mobilizada com o polegar sobre a superfície dorsal e o indicador sobre a superfície ventral • A mão que mobiliza segura a extremidade proximal da falange proximal que está sendo mobilizada com o polegar sobre a superfície dorsal e o indicador sobre a superfície ventral Procedimento • A mão que estabiliza mantém o osso do metacarpo na posição • A mão que mobiliza movimenta a falange proximal no sentido dorsal Deslizamento Ventral Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular nas articulações metacarpofalangeanas • Aumentar a flexão das articulações 33 • Diminuição da dor nas articulações • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Sentado ou em decúbito dorsal com a palma da mão voltada para baixo • A articulação é colocada na posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • A mão que estabiliza segura a cabeça do osso metacarpeano da articulação que está sendo mobilizada com o polegar sobre a superfície dorsal e o indicador sobre a superfície ventral • A mão que mobiliza segura a extremidade proximal da falange proximal que está sendo mobilizada com o polegar sobre a superfície dorsal e o indicador sobre a superfície ventral Procedimento • A mão que estabiliza mantém o osso do metacarpo na posição • A mão que mobiliza movimenta a falange proximal no sentido ventral Deslizamento Radial Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular nas articulações metacarpofalangeanas • Aumentar a abdução dos dedos 1 e 2, adução radial do dedo 3 e adução dos dedos 4 e 5 • Diminuição da dor nas articulações • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Sentado ou em decúbito dorsal com a palma da mão voltada para baixo • A articulação é colocada na posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • A mão que estabiliza segura a cabeça do osso metacarpeano da articulação que está sendo mobilizada com o polegar sobre a superfície dorsal e o indicador sobre a superfície ventral • A mão que mobiliza segura a extremidade proximal da falange proximal que está sendo mobilizada sobre as superfícies radial e ulnar Procedimento • A mão que estabiliza mantém o osso do metacarpo na posição • A mão que mobiliza movimenta a falange proximal radialmente 34 Deslizamento Ulnar Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular nas articulações metacarpofalangeanas • Aumentar a adução dos dedos 1 e 2, abdução ulnar do dedo 3 e abdução dos dedos 4 e 5 • Diminuição da dor nas articulações • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Sentado ou em decúbito dorsal com a palma da mão voltada para baixo • A articulação é colocada na posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • A mão que estabiliza segura a cabeça do osso metacarpeano da articulação que está sendo mobilizada com o polegar sobre a superfície dorsal e o indicador sobre a superfície ventral • A mão que mobiliza segura a extremidade proximal da falange proximal que está sendo mobilizada sobre as superfícies radial e ulnar Procedimento • A mão que estabiliza mantém o osso do metacarpo na posição A mão que mobiliza movimenta a falange proximal no sentido ulnar 3.4) Articulações Interfalangeanas Graus de liberdade de movimento Flexão / Extensão Ligamentos Ligamento Colateral Medial Ligamento Colateral Lateral Anatomia da superfície articular Falange Proximal: convexa Falange Distal: Côncava Posição de repouso Interfalangeanas Proximais: 10o de flexão Interfalangeanas Distais: 30o de flexão Close-packed position Extensão Completa Padrão capsular de restrição Flexão > Extensão Tração 35 Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular nas articulações interfalangeanas • Aumentar a ADM geral nas articulações • Diminuição da dor nas articulações • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Sentado ou em decúbito dorsal com a palma da mão voltada para baixo • A articulação é colocada na posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • A mão que estabiliza segura a extremidade distal da falange mais proximal da articulação a ser mobilizada, com o polegar sobre a superfície dorsal e o indicador sobre a superfície ventral • A mão que mobiliza segura a extremidade distal da falange mais distal da articulação a ser mobilizada com o polegar sobre a superfície dorsal e o indicador sobre a superfície ventral Procedimento • A mão que estabiliza mantém a falange proximal na posição • A mão que mobiliza movimenta a falange distal distalmente Deslizamento Dorsal Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular nas articulações interfalangeanas • Aumentar a extensão interfalangeana • Diminuição da dor nas articulações • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Sentado ou em decúbito dorsal com a palma da mão voltada para baixo • A articulação é colocada na posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • A mão que estabiliza segura a extremidade distal da falange mais proximal da articulação a ser mobilizada, com o polegar sobre a superfície dorsal e o indicador sobre a superfície ventral • A mão que mobiliza segura a extremidade distal da falange mais distal da articulação a ser mobilizada com o polegar sobre a superfície dorsal e o indicador sobre a superfície ventral Procedimento • A mão que estabiliza mantém a falange proximal na posição • A mão que mobiliza movimenta a falange distal no sentido dorsal 36 Deslizamento Ventral Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular nas articulações interfalangeanas • Aumentar a flexão interfalangeana • Diminuição da dor nas articulações • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Sentado ou em decúbito dorsal com a palma da mão voltada para baixo • A articulação é colocada na posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • A mão que estabiliza segura a extremidade distal da falange mais proximal da articulação a ser mobilizada, com o polegar sobre a superfície dorsal e o indicador sobre a superfície ventral • A mão que mobiliza segura a extremidade distal da falange mais distal da articulação a ser mobilizada com o polegar sobre a superfície dorsal e o indicador sobre a superfície ventral Procedimento • A mão que estabiliza mantém a falange proximal na posição • A mão que mobiliza movimenta a falange distal no sentido ventral 4) ARTICULAÇÃO DO QUADRIL 37 Graus de liberdade osteocinemáticos Flexão / extensão Adução / Abdução RI / RE Ligamentos Ligamento Iliofemoral Ligamento Ísquiofemoral Ligamento Pubofemoral Ligamento Redondo Ligamento Transverso Anatomia da superfície articular Acetábulo: Côncavo Cabeça do Fêmur: Convexo Posição de repouso 30º de flexão, 30º de abdução, leve RE Close-packed position Ligamentar: extensão abdução e RI completas Óssea: 90º de flexão, leve abdução e leve RE Padrão capsular de restrição Flexão, abdução, RI > extensão, adução, RE Tração Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação do quadril • Aumentar a ADM geral na articulação • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito lateral, com o joelho de baixo fletido e o de cima em extensão • A articulação é colocada em posição neutra Posicionamentodo Terapeuta • Atrás do paciente, com um antebraço apoiado na face medial da coxa proximal e o cotovelo do outro membro apoiado na face lateral da coxa distal • As mãos ficam entrelaçadas Procedimento • O fisioterapeuta traciona a coxa para cima enquanto o cotovelo empurra o membro para baixo 38 Deslizamento Caudal (1ª Técnica) Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação do quadril • Aumentar a abdução, flexão e extensão do quadril • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito Dorsal com a perna sobre o ombro do terapeuta • Quadril e joelho são colocados em 90º de flexão Posicionamento do Terapeuta • Na ponta da mesa, próximo aos pés do paciente, de frente para o quadril • As duas mãos são colocadas sobre as superfícies ventral e medial da coxa proximal Procedimento • As duas mãos movimentam a cabeça do fêmur para fora do acetábulo em um ângulo de 90º, exercendo uma força caudal e lateral na articulação do quadril Deslizamento Caudal (2a Técnica) Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação do quadril • Aumentar a abdução, flexão e extensão do quadril • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito Dorsal • A articulação é colocada na posição mais próxima possível da posição de repouso 39 Posicionamento do Terapeuta • Na ponta da mesa, próximo aos pés do paciente, de frente para o quadril • As duas mãos seguram a coxa distalmente Procedimento • As duas mãos deslizam a cabeça do fêmur em sentido caudal enquanto o profissional se afasta da articulação Deslizamento Dorsal Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulção do quadril • Aumentar a flexão e RI do quadril • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito Dorsal • A articulação é colocada na posição mais próxima possível da posição de repouso Posicionamento do Terapeuta • Próximo do joelho do paciente, de frente para o quadril • A mão que mobiliza é colocada sobre o lado ventral da coxa proximal • A mão que conduz o movimento é colocada sobre o lado dorsal da coxa distal Procedimento • A mão que mobiliza desliza o fêmur em sentido dorsal • A mão que conduz o movimento controla a posição do fêmur Deslizamento Ventral Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação do quadril 40 • Aumentar a extensão e RE do quadril • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito Ventral com o membro inferior para fora da mesa de tratamento • A articulação é colocada na posição mais próxima possível da posição de repouso Posicionamento do Terapeuta • Na ponta da mesa, de frente para a articulação do quadril • A mão que mobiliza é colocada sobre o lado dorsal da coxa proximal • A mão que conduz o movimento é colocada sobre o lado ventral da coxa distal Procedimento • A mão que mobiliza desliza o fêmur em sentido ventral à medida que o terapeuta se inclina sobre a coxa do paciente • A mão que conduz o movimento controla a posição da coxa 5) JOELHO 5.1) Articulação Tíbio-femoral Graus de liberdade osteocinemáticos Flexão / extensão RI / RE Ligamentos Ligamento Colateral Medial Ligamento Colateral Lateral Ligamento Cruzado Anterior Ligamento Cruzado Posterior Ligamento Poplíteo Arqueado Anatomia da superfície articular Tíbia: Côncavo Fêmur: Convexo Posição de repouso 25º de flexão Close-packed position Extensão completa e RE Padrão capsular de restrição Flexão > Extensão 41 Tração Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação do joelho • Aumentar a ADM geral na articulação • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Sentado com o joelho para fora da borda da maca • A articulação é colocada na posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • Próximo dos pés do paciente, de frente para o joelho • As duas mãos seguram a tíbia proximal pelo lado medial e lateral • Pode-se usar uma cinta especial com uma tira que envolva a tíbia do paciente e um estribo para o pé do profissional, para auxiliar na tração da tíbia Procedimento • As duas mãos movem a tíbia distalmente Deslizamento Dorsal Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação do joelho • Aumentar a flexão do joelho • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Sentado com o joelho para fora da borda da maca • A articulação é colocada na posição de repouso articular 42 Posicionamento do Terapeuta • De frente para a articulação do joelho e do lado medial do membro inferior • Apóia uma mão sobre a tuberosidade anterior da tíbia e a outra segura o tornozelo Procedimento • Com o cotovelo estendido a mão desliza posteriormente a tíbia em relação ao fêmur, enquanto a outra mão impede o movimento associado da perna Deslizamento Ventral (1a Técnica) Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação do joelho • Aumentar a extensão do joelho • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito Dorsal • A articulação é colocada próximo da posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • Sentado sobre o pé do paciente para estabilizar o membro e de frente para o joelho • As duas mãos seguram a tíbia proximal pelo lado dorsal Procedimento • As duas mãos deslizam a tíbia no sentido ventral Deslizamento Ventral (2a Técnica) Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação do joelho • Aumentar a extensão do joelho • Diminuição da dor na articulação 43 • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito Ventral • A articulação é colocada próximo da posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • Ao lado do paciente, de frente para a articulação • Uma mão é colocada sobre a face dorsal da tíbia proximal e a outra fixa a tíbia distal Procedimento • Com o cotovelo estendido, o fisioterapeuta desliza a tíbia ventralmente • A mão que fixa o tornozelo, faz uma alavanca para potencializar o deslizamento Deslizamento Medial Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação do joelho • Aumentar a ADM geral do joelho • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito dorsal com a perna para fora da maca e entre as pernas do terapeuta • A articulação é colocada próximo da posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • De frente para o paciente • Estabiliza a perna do paciente colocando o tornozelo entre suas pernas • A mão que estabiliza é colocada sobre a face medial do fêmur distal • A mão que mobiliza é colocada sobre a face lateral da tíbia proximal Procedimento • A mão que mobiliza faz o deslizamento medial da tíbia em relação ao fêmur • O antebraço deve estar na linha do movimento 44 Deslizamento Lateral Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação do joelho • Aumentar a ADM geral do joelho • Diminuiçãoda dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito dorsal com a perna para fora da maca e entre as pernas do terapeuta • A articulação é colocada próximo da posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • De frente para o paciente • Estabiliza a perna do paciente colocando o tornozelo entre suas pernas • A mão que estabiliza é colocada sobre a face lateral do fêmur distal • A mão que mobiliza é colocada sobre a face medial da tíbia proximal Procedimento • A mão que mobiliza faz o deslizamento lateral da tíbia em relação ao fêmur • O antebraço deve estar na linha do movimento Bocejo Medial Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação do joelho • Aumentar a ADM geral do joelho • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito dorsal com a perna entre o tronco e o braço do terapeuta • A articulação é colocada em leve flexão 45 Posicionamento do Terapeuta • Ao lado do paciente e de frente para a articulação • A mão que estabiliza é colocada sobre a face medial da perna • A mão que mobiliza é colocada na interlinha articular do lado lateral • O antebraço é posicionado na linha do movimento Procedimento • A mão que mobiliza faz o bocejo medial Bocejo Lateral Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação do joelho • Aumentar a ADM geral do joelho • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito dorsal com a perna entre o tronco e o braço do terapeuta • A articulação é colocada em leve flexão Posicionamento do Terapeuta • Entre as pernas do paciente • A mão que estabiliza é colocada sobre a face lateral da perna • A mão que mobiliza é colocada na interlinha articular do lado medial • O antebraço é posicionado na linha do movimento Procedimento • A mão que mobiliza faz o bocejo lateral Bocejo Lateral e Medial Simultâneos 46 Posicionamento do Paciente • Decúbito dorsal • Membro para fora da maca Posicionamento do Terapeuta • Ao lado do paciente • Estabiliza o membro inferior colocando o tornozelo do paciente entre suas pernas • Uma mão é colocada na interlinha articular na face medial e a outra mão é colocada na face lateral da mesma • Os antebraços estão na linha do movimento • Os dedos podem ficar entrelaçados na face dorsal da articulação Procedimento • O terapeuta faz movimentos alternados no sentido medial e lateral 5.2) Articulação Patelo-femoral Graus de liberdade Deslizamento Cranial e Caudal Deslizamento Medial e Lateral Ligamentos Ligamento Patelo-femoral Posição de repouso Extensão completa Close-packed position Flexão completa Padrão capsular de restrição Flexão > Extensão Deslizamento Crânio-caudal Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação do joelho • Aumentar a ADM geral do joelho • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito dorsal com o joelho em extensão completa Posicionamento do Terapeuta • Ao lado do paciente na altura dos joelhos • Apóia as membranas das mãos nos bordos superior e inferior da patela Procedimento • Aplica-se o deslizamento crânio-caudal 47 Deslizamento Medial-Lateral Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação do joelho • Aumentar a ADM geral do joelho • Diminuição da dor na articulação • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito dorsal com o joelho em extensão completa Posicionamento do Terapeuta • Ao lado do paciente na altura dos joelhos • Apóia os polegares no bordo lateral da patela e os indicadores no bordo medial Procedimento • Aplica-se o deslizamento medial-lateral 5.3) Articulação Tibiofibular Proximal Graus de liberdade Deslizamento Cranial e Caudal Deslizamento Ventral e Dorsal Ligamentos Ligamento Tibiofibular Posterior Ligamento Tibiofibular Anterior Anatomia da Superfície Articular Tíbia: convexa Fíbula: Côncava Posição de repouso 25o de flexão de joelho, 10o de flexão plantar Close-packed position Nenhuma conhecida Padrão capsular de restrição Nenhum conhecido Deslizamento Dorsal da Cabeça da Fíbula 48 Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação tibiofibular proximal • Diminuição da dor na região lateral superior da perna • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito dorsal com o joelho apoiado em um travesseiro, próxima a posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • Ao lado do paciente • A mão que estabiliza segura a perna pelo lado medial • Coloca-se a região hipotênar da mão que mobiliza sobre a superfície ventral da cabeça da fíbula Procedimento • A mão que mobiliza desliza a fíbula proximal em sentido dorsal Deslizamento Ventral da Cabeça da Fíbula Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação tibiofibular proximal • Diminuição da dor na região lateral superior da perna • Melhora da nutrição das estruturas articulares Posicionamento do Paciente • Decúbito ventral com o pé apoiado em um travesseiro • A articulação é colocada próxima da posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • Ao lado do paciente, do lado oposto à articulação que será mobilizada • A mão que estabiliza segura a perna • Coloca-se a região hipotênar da mão que mobiliza sobre a superfície dorsal da cabeça da fíbula Procedimento • A mão que mobiliza desliza a fíbula proximal em sentido ventral 49 6) TORNOZELO E PÉ 6.1) Articulação Tíbiofibular distal Graus de liberdade Deslizamento cranial e caudal Deslizamento ventral e dorsal Ligamentos Ligamento Talofibular Anterior Ligamento Talofibular Posterior Anatomia da superfície articular Tíbia: Côncava Fíbula: Convexa Posição de repouso 10º de flexão plantar, 5º de inversão Close-packed position Nenhuma, não é articulação sinovial Padrão capsular de restrição Nenhuma, não é articulação sinovial Deslizamento Dorsal Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação tibiofibular distal • Aumentar a flexão plantar do tornozelo • Diminuição da dor na região inferior da perna 50 Posicionamento do Paciente • Decúbito dorsal • A articulação está próximo da posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • Na ponta da mesa, de frente para a perna do paciente • A mão que estabiliza segura a tíbia distalmente • A mão que mobiliza é colocada com a região hipotenar sobre o lado ventral do maléolo lateral Procedimento • A mão que estabiliza mantém a tíbia fixa • A mão que mobiliza desliza o maléolo lateral em sentido dorsal Deslizamento Ventral Propósito • Aumentar a mobilidade intra-articular na articulação tibiofibular distal • Aumentar a flexão dorsal do tornozelo • Diminuição da dor na região inferior da perna Posicionamento do Paciente • Decúbito ventral • A articulação está próximo da posição de repouso articular Posicionamento do Terapeuta • Na ponta da mesa, de frente para a perna do paciente • A mão que estabiliza segura a tíbia distalmente • A mão que mobiliza é colocada com a região tenar sobre o lado dorsal do maléolo lateral Procedimento • A mão que estabiliza mantém a tíbia fixa • A mão que mobiliza desliza o maléolo
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