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Aula 14 Wuchereria bancrofti

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Wuchereria bancrofti
Profa. Vera
Ciências Biológicas
Taxonomia
Reino: Animalia
Filo: Nematoda
Classe: Secernentea
Ordem: Filariidea
Família: Onchocercidae
Ordem Spirurida
Genero: Wuchereria
Espécie: Wuchereria bancrofti
De grande importância em saúde pública;
Ordem Spirurida: parasitam mamíferos, inclusive humanos, além de aves, anfíbios e répteis;
Nove espécies;
Três são encontradas no Brasil parasitando humanos: Wuchereria bancrofti (Cobbold, 1877), Onchocerca volvulus (Leuckart, 1893) e Mansonella ozzardi (Manson, 1897) (autóctone- Am. do Sul). 
A Dirofilaria immitis (Leidy, 1856) é encontrada naturalmente parasitando cães, mas em alguns países, inclusive no Brasil, já foram assinalados casos humanos (hospedeiros acidentais). 
As cinco espécies restantes (Brugia malayi, Brugia timori, Mansonella perstans, Loa Zoa, Dracunculus medinensis) não são encontradas em nosso país. 
Wuchereria bancrofti
Filariose Linfática - filaríase
Causada por helmintos Nematoda das espécies Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e B. timori;
Enfermidade é endêmica em várias regiões de, muita pobreza e com clima tropical ou subtropical na Ásia, África e Américas.
Estima-se 120 milhões o número de parasitados;
Continente americano - W. bancrofti – elefantíase (em manifestações na fase crônica).
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Principais filárias que infectam o homem no Brasil
Wuchereria bancrofti
Mansonella ozzardi
Onchocerca volvulus
Dirofilaria immitis (parasito de cães e gatos; parasitam o homem acidentalmente no Brasil)
Morfologia 
Diferentes formas evolutivas – vertebrado: homem e invertebrados: mosquitos vetores
Verme adulto macho: corpo delgado e branco-leitoso.
Mede de 3,5 a 4cm de comprimento e 0,1mm de diâmetro.
Extremidade anterior afilada e posterior enrolada ventralmente.
Verme adulto fêmea: corpo delgado e branco-leitoso.
Mede de 7 a 10cm de comprimento e 0,3mm de diâmetro;
Possui órgãos genitais duplos, com exceção da vagina, que é única e se exterioriza em urna vulva localizada próximo à extremidade anterior
Microfilária: Esta forma também é conhecida como embrião.
A fêmea grávida faz a postura de microfilárias, que possuem uma membrana extremamente delicada e que funciona como uma bainha flexível;
A microfilária mede de 250 a 300µm de comprimento e se movimenta ativamente na corrente sanguínea do hospedeiro.
A presença da bainha é importante, pois alguns filarídeos encontrados no sangue não possuem tal estrutura, sendo este um dos critérios morfológicos para o diagnóstico diferencial.
Larvas: São encontradas no inseto vetor;
A larva L1 ou salsichoide mede em torno de 300 µm e é originária da transformação da microfilária;
Essa larva se diferencia em larva de segundo estádio (L2), até três vezes maior;
sofre nova muda originando L3 a larva infectante - 1,5 e 2,0 mm.
Ciclo Biológico
Heteroxênicos Hospedeiro: homem - HD, 
 Culex quinquefasciatus e outros culicíneos - HI
 (Anopheles)
O mosquito (HI) infecta-se com microfilárias, 
Perdem a bainha e evoluem na cavidade geral de mosquito (músculos torácicos probócide);
Ao deixarem o HI as L3 infectantes procuram o local da picada do inseto, pois não realizam penetração ativa pela pele;
Infecção do HD durante a hematofagia;
As L3 sanguíneas transformam-se em L4 e penetram nos vasos linfáticos do HD, onde completam seu desenvolvimento até a fase adulta;
Nos vasos linfáticos ocorre acasalamento e liberação de microfilárias.
Ciclo Biológico
Adultos machos e fêmeas - nos vasos e gânglios linfáticos humanos (4 a 8 anos).
Regiões de localização de formas adultas:
Pélvica (atingindo pernas e escroto), mamas e braços (mais raramente).
vasos linfáticos do cordão espermático, causando aumento e dano escrotal. 
As microfilárias eliminadas pela fêmea grávida saem dos ductos linfáticos e se dirigem para a circulação sanguínea do hospedeiro.
Biologia - Habitat
Periodicidade: Característica peculiar deste parasito;
periodicidade noturna das microfilárias no sangue periférico do hospedeiro humano; 
durante o dia, essas formas se localizam nos capilares profundos, principalmente nos pulmões, e, durante a noite, aparecem no sangue periférico, apresentando o pico da microfilaremia.
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Sintomatologia
Assintomático - Danos nos vasos linfáticos sem sintomatologia aparente
 Linfangite – inflamação dos vasos linfáticos.
2) Agudo Linfadenite + febre e mal estar –inflamação e hipertrofia de gânglios. 
	 Funiculite – inflamação dos cordões espermáticos.
	 Orquiepedidinite – inflamação no epidídimo e testículo.
 
 Linfedema – edema dos vasos linfáticos.
3) Crônico 	Hidrocele – acúmulo de líquido seroso e claro nos testículos – aumento da bolsa escrotal.
 Quilúria – derramamento de linfa nas vias urinárias.
	 Elefantíase – aumento exagerado dos órgãos.
Patogenia
Mesmo assintomático ou com manifestações discretas, a microfilaremia pode ser alta;
Elefantíase com microfilaremia periférica reduzida;
Elefantíase exacerbada com infecções bacterianas fúngicas (externas);
Mecânica – obstrução dos vasos linfáticos.
Irritativa – fenômenos inflamatórios.
Sequência para elefantíase (após cerca de 10 anos) – linfangite, linfadenite, linforragia, linfedema, esclerose da derme, hipertrofia da epiderme e aumento do volume do órgão  pernas, escroto, mamas.
Unicamente pela picada do inseto vetor (fêmea de C. quinquefasciatus) e deposição das larvas infectantes na pele lesada;
Calor do corpo estimula a saída do parasito da probócide do mosquito;
Pele úmida (suor ou umidade do ar) facilita penetração das larvas;
Ciclo de vida do vetor: 1 mês;
Ciclo do parasito (microfilária a L3) no vetor 20 dias (10 a 15 em cond. lab.).
Transmissão
Diagnóstico 
 - Clínico – suspeita de EPT (Eosinofilia Pulmonar Tropical)  abscessos eosinofílicos com microfilárias e fibrose intersticial crônica nos pulmões.
 - Laboratorial – punção digital (20 a 100 l) entre 22 e 23 h  gota espessa – demonstração das microfilárias.
No Brasil as áreas metropolitanas de Recife e Aracaju apresentam o maior número de casos;
A presença do Culex quinquefasciatus (pernilongo, muriçoca – fêmeas são hematófagas) e aglomerados humanas próximos de áreas muito úmidas favorecem a favorecem a manutenção da doença;
Homem como única fonte de infecção;
Temp. elevada; umidade relativa do ar alta; pluviosidade.
Tratamento dos casos clínicos e microfilarêmicos
Combate aos vetores.
Epidemiologia
Profilaxia
Dietilcarbamazina (controle (6 em 6 meses), 
Controle do inseto – difícil
Criadouros em águas poluídas;
Larvicidas químicos (organofosforados) e biológicos (Bacillus sphaericus ou B. thuringiensis) – Culex e Anopheles
Tratamento dos doentes;
Combate ao mosquito;
Uso de repelentes;
Mosquiteiros (com inseticida);
Telas nas janelas e portas;
Educação e saneamento ambiental.
Tratamento 
Tratamento da filariose bancroftiana: reduzir ou prevenir a morbidade, corrigir as alterações do parasitismo (edema, elefantíase, etc.) e impedir a transmissão a novos hospedeiros.
Dietilcarbamazina (dose única de 6 em 6 meses), 
Pode ocorrer retirada cirúrgica dos vermes.
Referências 
CIMERMAN, B.; FRANCO, M. A. Parasitologia Humana: e seus fundamentos gerais São Paulo: Atheneu, 2005. 
NEVES, David P.. Parasitologia humana. 11 ed. SÃO PAULO: Atheneu, 2010.

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