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Apostila Comunicação Oral Pública

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UNIDADE – COMUNICAÇÃO ORAL: PÔSTER, 
SEMINÁRIO E SESSÃO DE 
COMUNICAÇÃO COORDENADA 
 
Contextualizando – A universidade é um local onde há o cultivo do 
saber, é onde se desenvolvem as mais altas formas de cultura e de 
reflexão e cuja missão não se esgota na transmissão do que já é sabido e 
sim do que é preciso para fazer avançar esse saber. Dessa forma, é comum 
no ambiente acadêmico e científico a utilização de atividades que complementem a aprendizagem 
como o seminário escolar, o pôster e a sessão de comunicação científica dentre outros. Essas 
atividades de estudo e pesquisa constituem verdadeiros trabalhos científicos que exigem dos alunos 
disciplina, rigor, metodicidade e sistematização, fazendo avançar o saber e levando posteriormente 
a resultados concretos da produção do conhecimento científico e formas de seu processo 
comunicativo. 
 
 
 
Questionando... 
 
 O que são seminário escolar, pôster e sessão de comunicação? 
 Quais são as estruturas desses gêneros orais? 
 
 
COMUNICAÇÃO ORAL 
 
O termo oral origina-se do latim oris, um prefixo latino que indica algo relativo à boca. 
Dessa forma, é usado para se referir a tudo que é transmitido ou produzido por ela. Em outras 
palavras o oral equivale à fala, que é realizado pelo aparelho fonador em articulação com o sistema 
respiratório. Funciona da seguinte forma: quando falamos, a voz é produzida na laringe através da 
vibração das cordas vocais que realizam seu movimento graças ao fluxo de ar que vem dos pulmões 
(expiração) e a ação dos músculos da laringe. Na medida em que falamos, o som vai se modificando 
nas cavidades do aparelho fonador. A estas modificações dá-se o nome de ressonância. Dolz et al. 
(2004, p. 152) explicam melhor todo este processo: 
 
[...] o oral reporta-se à linguagem falada, realizada graças ao aparelho 
fonador humano: a laringe, onde se criam os sons, em conjunto com o 
aparelho respiratório, que fornece alento necessário à produção e à 
propagação desses sons, e com cavidades de ressonância (a faringe, a boca e 
o nariz), que são cavidades do aparelho fonador que vibram sob o efeito 
conjugado do sopro e dos sons. A produção sonora vocal, como todo 
fenômeno sonoro, concretiza-se em forma de ondas criadas pelas vibrações 
produzidas pelo conjunto do aparelho vocal [...] 
Observe a imagem seguinte em que se demonstram, dentre outros, os órgãos envolvidos 
na produção dons sons da linguagem humana: os ressonadores, a laringe, as pregas vocais, a 
traqueia, o pulmão e o diafragma. 
 
 
 
A voz, no entanto, não produz apenas sons, mas também elementos prosódicos como a 
acentuação, a entonação e o ritmo. A acentuação é a ênfase dada a uma ou várias sílabas, em uma 
ou várias palavras; a entonação é a altura tonal usual da palavra falada e o ritmo é a maneira como a 
língua organiza a acentuação e a entonação. Não podemos pensar o oral como o funcionamento da 
fala sem a prosódia. Sobre o papel da prosódia da produção da fala, Mendes (2005, p. 52) enfatiza 
que é um dos elementos responsáveis pelos sentidos que queremos dar ao que falamos, pois auxilia 
na construção dos efeitos de sentido que queremos provocar e lembra que “às vezes, usamos muito 
mais a prosódia do que a escolha lexical para gerar sentidos diversos”. Sendo assim, um enunciado 
como “Eu não acredito mais em você” pode gerar vários significados dependendo da intenção do 
falante que fará uso dos elementos prosódicos para alcançar o sentido almejado. 
 
 
 
Audiovisual... 
 Vamos assistir ao seguinte vídeo e entendermos como as pregas ou cordas vocais estão 
envolvidas na produção dos sons <https://www.youtube.com/watch?v=0H5WKQ--q4c> 
 
 
A linguagem oral está também intimamente relacionada com o corpo, como bem 
lembrado por Dolz et al ( (2004, p. 160): 
 
 
[...] a comunicação oral não se esgota somente na utilização de meios 
linguísticos ou prosódicos; vai utilizar também signos de sistemas semióticos 
não linguísticos, desde que codificados, isto é, convencionalmente 
reconhecidos como significantes ou sinais de uma atitude. É assim que 
mímicas faciais, posturas, olhares, a gesticulação do corpo ao longo da 
interação comunicativa vem confirmar ou invalidar a codificação linguística 
e/ou prosódica e mesmo, às vezes, substituí-la. 
 
De fato, a linguagem oral não se desenvolve somente no plano verbal ou vocal; 
desenvolve-se também no plano gestual, pois utiliza os signos dos sistemas não linguísticos, 
organizados da seguinte maneira: 
 
Meios 
paralinguísticos 
Meios cinésicos Posição dos 
locutores 
Aspecto exterior Disposição dos 
lugares 
 qualidade da 
voz 
 melodia 
 elocução e 
pausa 
 respiração 
 risos 
 suspiros 
 atitudes 
corporais 
 movimentos 
 gestos 
 troca de olhares 
 mímicas faciais 
 
 ocupação de 
lugares 
 espaço pessoal 
 distâncias 
 contato físico 
 
 roupas 
 disfarces 
 penteado 
 óculos 
 limpeza 
 
 lugares 
 disposição 
 iluminação 
 disposição das 
cadeiras 
 ordem 
 ventilação 
 decoração 
 
 
Analisando o quadro acima, verificamos que o oral é constituído por diferentes meios 
que vão além dos elementos puramente verbais ou linguísticos. Não é possível pensar na linguagem 
oral sem levarmos em consideração as diferentes semioses (meios não-linguísticos) que o 
compõem, que são relevantes para a construção de sentido nas mais variadas situações de 
comunicação. 
 
PÔSTER 
 
 
 
É um tipo de apresentação em que o apresentador expõe o resumo expandido e 
esquematizado de seu trabalho em um suporte material a partir do qual o público visitante da sessão 
lê e eventualmente pede esclarecimentos sobre determinados aspectos de pesquisa. Não há debate, 
apenas exposição dos resultados da investigação realizada. A capacidade de síntese do apresentador 
e os recursos visuais inseridos no pôster serão importantes para atrair a atenção do visitante que 
estará em meio a outros pôsteres na sessão. O uso de fontes grandes, o jogo de cores vivas, a 
inserção de imagens, gráficos, figuras, diagramas, fotos etc. são estratégias que podem ser 
exploradas pelo palestrante proponente de uma comunicação oral como essa. 
O tempo disponível para essas sessões é em média de 1h 30 minutos, durante o qual o 
palestrante aguardará a chegada do público que flutuará sobre as diversas opções de pôsteres. 
Normalmente os visitantes estão sempre apressados e querem obter uma visão geral dos trabalhos 
da sessão. Aquele que mais se destacar receberá mais atenção. Por isso, o texto oral do palestrante 
deverá também ser envolvente, inteligente e relevante nas respostas às questões dos visitantes. 
A maioria dos acadêmicos conhece bem as modalidades de comunicação oral para a 
apresentação de trabalhos científicos (seminários, comunicações etc.). Muitos já estão até 
familiarizados com seus diversos tipos porque participam com frequência de eventos institucionais, 
mas uma grande parte dos pesquisadores ainda continua sem saber montar uma apresentação 
enxuta, atraente e interativa. Não conseguem organizar bem o material de apoio de modo a fazer sua 
performance didática, dinâmica e agradável para a audiência. Como falar com clareza e 
profundidade sem parecer arrogante? 
De fato, há muitos pesquisadores intuitivos, inteligentes e criativos, capazes de 
descobrir coisas surpreendentes, mas incapazes de transmitir claramente suas ideias e descobertas. 
Alguns até escrevem bem, mas comunicam oralmente mal seus achados, porque não sabem utilizar 
eficientemente os recursos tecnológicos de apoio às apresentações em eventos acadêmicos. É 
necessário, portanto, um conjunto de fatoresque abrangem o conhecimento, o preparo e a utilização 
da palavra de forma eficiente. 
 
 Estrutura do pôster 
 
Esclarecemos que ao elaborar um pôster para apresentação em um evento acadêmico, é 
necessário levar em consideração as normas estabelecias pelo evento. Como exemplo, veja as 
seguintes normas para apresentação de pôster no V Congresso Brasileiro de Comunicação 
Alternativa: 
 
As propostas de pôster devem ser enviadas na forma de resumo e seguir os seguintes critérios: 
 
 Título em negrito e centralizado; 
 Nome do autor e coautores completos (e por extenso); 
 Identificação da instituição, programa, Unidade da Federação e agência de fomento (se houver); 
 Indicação do eixo temático; 
 Ter entre 800 e 900 palavras; 
 O documento deverá ser salvo e enviado em PDF; 
 Conteúdo do trabalho: introdução, objetivos, metodologia, resultados e/ou conclusões e 
referências; 
 Normas de formatação para o corpo do texto: fonte Arial, corpo 12; alinhamento justificado, 
espaçamento entre linhas 1,5 e margens superior/inferior e esquerda/direita de 3 cm. 
 
 
NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE PÔSTER 
 
 TAMANHO: o pôster deve ter 60 cm (largura) e de 90 cm (altura). 
 ILUSTRAÇÕES: a proposta poderá conter fotos, imagens e gráficos, desde que não exceda as 
dimensões. 
 TIPO DE FIXAÇÃO: recomenda-se o uso de barbante ou nylon. Não será permitido o uso de 
materiais que perfurem o local de fixação do pôster. O material de fixação é de inteira 
responsabilidade dos apresentadores. 
 
ORGANIZAÇÃO DO CONTEÚDO DO PÔSTER 
 
 Titulo: idêntico ao título do resumo submetido. 
 Nomes dos autores: os mesmos do resumo submetido. 
 Instituição dos autores, cidade e estado. 
 Órgãos de fomento (caso existam): os respectivos símbolos podem ser exibidos nos cantos 
superiores e inferiores, direito e esquerdo. 
 Dados da pesquisa: introdução, metodologia, resultados e conclusões. 
 Descrição sucinta do tema: priorizar figuras, fotos, tabelas e gráficos. 
 Referências significativas. 
 O texto do pôster deve ser escrito em língua portuguesa e estar legível e a, pelo menos, 1 metro 
de distância. 
 Organizar informações de modo que as ideias centrais do trabalho sejam facilmente entendidas, 
bem como utilizar todos os recursos disponíveis para que o pôster desperte o interesse do 
público. 
 
 Modelo de um pôster para apresentação em evento acadêmico: 
 
 
 
 
 
Veja que na estrutura do pôster, as ilustrações (fotos, gráficos, tabelas, quadros etc.) são 
permitidas, desde que eles façam sentido no texto. Não adiantaria nada usar uma ilustração se ela 
não contribuísse para contextualizar o trabalho. Além disso, é necessário que as ilustrações tenham 
harmonia com a estética do pôster. É preciso ter o cuidado também com o exagero para que o 
trabalho não fique muito carregado de informações. 
 
 
Audiovisual... 
 Para terminar, vamos assistir a um vídeo sobre apresentação de pôster em eventos 
acadêmicos: https://www.youtube.com/watch?v=WErrH8GLUQY 
A
U
T
O
R
ES 
TÍTULO INSTITUIÇÃO 
LO
G
O
M
A
R
C
A
 
SESSÃO DE COMUNICAÇÃO COORDENADA 
 
É uma forma de apresentação de trabalho acadêmico em que o palestrante faz a 
exposição esperando debater com os presentes. Estes devem elaborar questionamentos e fazer 
observações a partir do que foi apresentado. Os trabalhos não precisam necessariamente abordar a 
mesma temática, mas têm que pertencer a áreas de estudos e linhas de pesquisas afins. Só assim a 
sessão poderá proporcionar uma troca de informação para o enriquecimento intelectual de todos os 
participantes. 
Geralmente nesse tipo de atividade, há a indicação do coordenador escolhido entre os 
próprios apresentadores da sessão (geralmente um professor e pesquisador da área) a quem caberá 
distribuir a palavra e controlar o tempo de cada um dos palestrantes. Cabe a estes preparar um 
material de apoio para a exposição do seu trabalho, principalmente considerando o tempo curto para 
a exposição que varia de 15 a 20 minutos. Neste caso, a leitura não é a melhor estratégia para a 
apresentação, sendo admitida apenas em caso de envio do trabalho escrito por um autor que não 
possa comparecer à sessão de comunicação. O tempo total desta atividade varia muito, mas 
costuma-se reservar 2h de duração para uma sessão com até quatro comunicadores. 
Para você apresentar uma sessão de comunicação deverá fazer a sua inscrição em um 
evento acadêmico como participante na modalidade apresentação de trabalho. Para isso, será 
necessário você encaminhar para a coordenação do evento, um resumo do trabalho a ser 
apresentado na sessão de comunicação, que dever ser resultado de um trabalho de pesquisa 
realizado. Esse resumo deverá seguir as normas estabelecidas pelo evento. Veja um exemplo: 
 
Normas para submissão e apresentação de trabalhos 
O caderno de resumos da II Semana Universitária será disponibilizado eletronicamente no site do evento 
através do endereço eletrônico: www.semanauniversitaria.unilab.edu.br. Sendo assim, é fundamental que os 
autores sigam as instruções abaixo para que seu resumo seja incluído na citada obra. 
1. CATEGORIAS DE TRABALHOS 
Os resumos, em suas categorias, deverão seguir estritamente as observações abaixo; caso isso não ocorra, 
estes não serão publicados nos anais do evento: 
Resumo: Contempla trabalhos que apresentam resultados parciais (Projetos em andamento) e deverá 
conter até 250 palavras sem contar com o título, nomes dos autores e palavras-chave (Seguir o modelo do 
Anexo 1). 
 2. NORMAS DE FORMATAÇÃO DOS RESUMOS 
 Editor de textos: Microsoft Word; 
 Fonte: Times New Roman; 
 Espaço simples; 
 Tamanho e estilo: texto tamanho 12, estilo normal, alinhamento justificado; Título com letras em 
maiúscula e centralizado; Autores centralizados (no máximo seis contando com o orientador); 
 Palavras-chave: no mínimo três e no máximo cinco palavras. As palavras-chave devem conter 
a letra inicial maiúscula; 
 Margens: superior e esquerda: 3 cm; inferior e direita de 2 cm; 
 Tamanho do papel: A4. 
Fonte: http://semanauniversitaria.unilab.edu.br/ 
 
Exemplo de um resumo encaminhado a um evento para participação em sessão de comunicação 
 
BIOLOGIA FLORAL E REPRODUTIVA DE AGAPANTHUS AFRICANUS (L.) HOFFMANNS 
(LILIACEAE) 
 
Diogo Maurízio Zen 
Luiz Antônio Acra 
 
Foi realizado o estudo de biologia floral e reprodutiva de Agapanthus africanus (L.) Hoffmanns (Liliaceae), 
uma planta exótica, muito utilizada como ornamental em nosso ambiente urbano. Foram realizadas 
observações de campo, no Campus Curitiba da PUCPR, procurando constatar os visitantes e o seu 
comportamento na flor, assim como testes de viabilidade, buscando entender o seu processo de reprodução. 
Os testes realizados foram autogamia, geitonogamia e xenogamia, viabilidade do pólen e viabilidade do 
estigma. Constatou-se a visita dos seguintes insetos: Diabrotica speciosa (Germar, 1824), Trigona spinipes 
(Fabricius, 1793), Ceratina (crewellia) sp., Thygater analis (Lepelitier, 1841), Bombus atractus (Franklin, 
1913), Pterourus scamader Boisduval 1836, Riodina lysisca Hewitson 1852, Pentatonidae não identificada. 
Foi observada também a visita de Colibri coruscans, mas ele não foi considerado como polinizador. A 
antese floral ocorre por volta das 8 horas da manhã e as flores duram entre 5 e 7 dias. Quanto à reprodução, 
apresentam tanto autocompatibilidade como polinização cruzada por meio de geitonogamia e xenogamia. 
 
Palavras-chave: Biologia floral; Agapanthus; Liliaceae; Polinização; Entomofilia 
Fonte: file:///D:/Downloads/bs-16.pdf 
 
 
Audiovisual... 
 Para terminar, vamos assistir a um vídeo de uma apresentaçãode comunicação coordenada 
em eventos acadêmicos: https://www.youtube.com/watch?v=qZOo8iq2beU 
SEMINÁRIO ESCOLAR 
 
 
 
A prática pedagógica atual incentiva o aluno a ter maior participação em sala de aula. 
Seminário, um dos mecanismos antes utilizados de forma exclusiva na pós-graduação, é agora uma 
prática comum em todos os cursos de graduação; isso é muito bom, pois, o falar científico em um 
seminário associado à prática da pesquisa científica em projetos, tem elevado a qualidade de nossos 
alunos para o ingresso na pós-graduação. 
De acordo com Marconi e Lakatos (2010, p. 17) o seminário é uma técnica de estudo 
que inclui pesquisa, discussão e debate; sua finalidade é pesquisar e ensinar a pesquisar. Essa 
técnica desenvolve não apenas a capacidade de pesquisa, de análise sistemática de fatos, mas 
também o hábito do raciocínio, da reflexão, possibilitando ao estudante a elaboração clara e objetiva 
de trabalhos científicos. O nome dessa técnica vem da palavra “semente”, o que parece indicar que 
o seminário deve ser uma ocasião de semear ideias ou de favorecer sua germinação. Talvez, seja por 
essa razão que nas Instituições de Ensino Superior o seminário constitui, em geral, não uma ocasião 
de mera informação, mas uma fonte de pesquisas e de procura de novas soluções para os problemas 
propostos para pesquisa. 
O seminário escolar pode ser considerado um excelente laboratório para qualquer 
estudante praticar a fala científica. O ambiente familiar, os colegas de classe e o professor fazem 
parte do dia a dia e deixam o aluno-apresentador de seminário muito à vontade; assim, o impacto 
emocional ao falar em um seminário em sala de aula é mínimo. Mesmo com todos esses pontos 
positivos há, ainda, um pequeno espaço para dois gigantes: o medo de apresentar e o medo de 
errar. 
 
 MEDO 
 
 
 
A maior oportunidade de você vencer o medo de falar em encontros científicos, é 
aproveitar cada seminário durante a graduação e se expor. Não importa quantas críticas você possa 
receber, nem tampouco, quantas imperfeições você possa cometer durante a apresentação em sala 
de aula durante um seminário. Lembre-se de duas coisas: (1) você é um estudante e está na 
universidade para adquirir conhecimento, portanto, errar enquanto se aprende é normal. O erro pode 
ser um instrumento pedagógico a seu favor, feito para você mesmo; (2) os seus colegas também 
erram (às vezes você é o único que não quer ver os erros dos pares). 
Vejamos uma reportagem publicada na Revista Exame em que o tema foi o medo de 
falar em público: 
 
As regras definitivas para vencer o medo de falar em público 
 
São Paulo - A adrenalina sobe, o ritmo da respiração aumenta e o sangue flui para os 
membros inferiores. Sim, mais sangue nas pernas e menos no cérebro, justamente no momento em 
que você mais precisa dele. Este cenário é uma amostra do que acontece no corpo de quem tem 
medo de falar em público e está prestes a fazer uma apresentação. E não são poucos os profissionais 
que sofrem ao encarar uma plateia. 
No livro “A Arte de Falar em Público” (Bookman Editora), Stephan Lucas, professor de 
comunicação da Universidade Estadual da Pensilvânia, EUA, mostra uma série de pesquisas que 
comprovam que este é um medo tão comum como o de cobras! E quem passa por este turbilhão 
físico antes de uma apresentação sabe que é inevitável a perda de foco: a atenção volta-se menos 
para a mensagem que será transmitida e mais para a necessidade de se acalmar. 
Nesse ponto, o temido “branco” é um companheiro indesejável, porém, frequente. “A 
pessoa entra em transe, não é apenas esquecer o que vai falar, é se desconectar da audiência 
„ensimesmar-se‟, perder a conexão”, explica Rogério Chequer, sócio da SOAP (State Of the Art 
Presentations), empresa de apresentações. Entregar-se a estas reações é sinônimo de catástrofe na 
apresentação, de acordo com Chequer. “O apresentador, nestas condições, perde a história que 
deveria transmitir e a conexão com a audiência, que é o que dá a ele os sinais para reajustar o 
discurso, a voz, o ritmo da fala. Isso tudo só é possível fazer quando se está conectado à plateia”, 
explica. 
Eduardo Cury Adas, também sócio da SOAP, alerta: por mais que você tente disfarçar, 
o nervosismo fica evidente para o público. “Os sinais não verbais comunicam e acusam o que a 
comunicação verbal quer disfarçar, o que pode desengajar a audiência”, diz. “Para a audiência 
você não é o que é e, sim, o que aparenta ser”, explica Chequer. Mas como superar o medo de falar 
em público e fugir do fracasso anunciado? De acordo com os dois especialistas, três atitudes são 
essenciais. Confira quais: 
1ª Regra – Encare a apresentação/discurso como uma oportunidade: “Quando a 
pessoa se força a conscientemente encarar a apresentação como uma oportunidade, há a quebra 
deste modelo de pensamento em que falar em público é uma ameaça”, diz Adas. No livro, “A Arte 
de Falar em Público”, o professor Stephan Lucas diz também que a melhor forma de vencer o 
nervosismo negativo é estimular pensamentos e imagens mentais positivas. “Para cada pensamento 
negativo, é preciso criar cinco positivos”, escreve Lucas. Ao sintonizar a atenção ao eventual 
sucesso resultante daquela oportunidade, o corpo recebe a situação de outra forma. “A postura é 
outra e desperta outros tipos de reação”, afirma Adas. Motivação, euforia, animação e 
contentamento são alguns dos sentimentos estimulados por esta mudança de atitude e resultam em 
mais foco na mensagem da apresentação. 
2ª Regra – Treine, treine e treine mais um pouco: Quem sabe tudo a respeito do 
conteúdo da apresentação não teme. Por isso, dominar o conteúdo, conhecer todo o roteiro e as 
informações de cada slide são ações fundamentais para se sair bem na hora H. As sensações do 
apresentador que faz o dever de casa são a de dever cumprido e de controle total. “Aqui na SOAP 
nós fazemos simulações da situação real para que o apresentador treine todos os aspectos”, diz 
Chequer. Mas lembre-se, o primeiro passo de uma apresentação é ter um bom conteúdo a transmitir. 
“Não adianta estar bem treinado se não tem história. Ela precisa ter começo, meio e fim e servir a 
um objetivo bem claro. Quando a pessoa sabe que tem em mãos um bom material, já fica mais 
confiante também”, afirma Adas. 
3ª Regra – Respire devagar: O medo altera o ritmo respiratório, e é importante 
reverter este quadro para não sofrer consequências nefastas da falta de ar. “A respiração fica mais 
rasa e o cérebro, menos oxigenado, tem lapsos e entra e transe”, diz Chequer. Minutos antes da 
apresentação, o ideal é respirar fundo e devagar. Mais oxigenado o cérebro tem mais poder de 
concentração. Durante a exposição, a respiração deve continuar no ritmo tranquilo. Pequenas pausas 
no discurso são indicadas pelos especialistas. De um a dois segundos de parada fazem muita 
diferença. “Assim evita-se o uso de palavras vazias, como o „né‟, „bom‟, „então‟, diminui o ritmo 
para quem tem o hábito da falar rápido, transmite segurança e coragem”, diz Chequer. 
Fonte: http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/as-regras-definitivas-para-vencer-o-medo-de-falar-em-publico 
 
 
 
Audiovisual... 
 Vamos assistir uma entrevista com o professor Mário Persona falando sobre como perder o 
medo de falar em público: <https://www.youtube.com/watch?v=2ntGjSrXldA> 
 
 Estrutura e funcionamento do seminário 
 
O seminário se caracteriza pela transmissão de informações ou explicações de 
conteúdos, o que exige a mobilização de outras habilidades, tais como a leitura, a seleção das 
informações que se pretende apresentar, a formulação de um texto, enfim, a preparação do que se 
vai falar. A produçãode qualquer gênero oral formal público não pode acontecer na base da 
improvisação; por isso, o aluno deve, a partir do tema proposto, explorar as fontes de informação e 
selecionar os pontos mais importantes em função do tema, distinguindo ideias principais de 
secundárias, e a elaborar um roteiro destinado a sustentar a apresentação. Dessa forma, o aluno 
passa a assumir o papel de “especialista” frente a destinatários que não conhecem o tema a ser 
tratado e que se apresentam como alguém disposto a aprender alguma coisa. 
 
O papel do expositor-especialista é o de transmitir um conteúdo, ou, dito de 
outra forma, de informar, de esclarecer, de modificar os conhecimentos dos 
ouvintes nas melhores condições possíveis, procurando, diminuir, assim, a 
assimetria inicial de conhecimentos [...]. Para fazê-lo, o expositor deve, 
primeiramente, construir uma problemática, levando em conta aquilo que os 
ouvintes já sabem sobre o tema abordado, assim com as suas expectativas 
em relação a esse tema. Deve, igualmente, ao longo de sua apresentação, 
avaliar a novidade, a dificuldade daquilo que expõe – permanecendo atento 
aos sinais que lhe são enviados pelo auditório -, e, na medida do necessário, 
dizer de outra maneira, reformular, definir. Por fim, ele deve ter uma ideia 
clara das conclusões às quais quer levar seu auditório (DOLZ et al, 2004, P. 
219) 
 
Apesar do seu caráter monologal, o seminário realiza uma situação de comunicação 
específica, chamada por Dolz et al (2004) de “bipolar”, pois, reúne, de um lado, o orador e, do 
outro, o seu auditório. Essa atividade, acrescenta Goulart (2005), caracteriza-se pelo envolvimento 
entre professor, alunos expositores e público. O aluno precisa organizar o seminário em partes e 
subpartes, a fim de distinguir as fases sucessivas que compõem a sua estrutura interna, evitando que 
a apresentação se reduza a uma sequência de fragmentos sem ligação entre si. Parafraseando Dolz et 
al. (2004), é possível distinguir as seguintes partes: 
 
 (1) uma fase de abertura, na qual o expositor saúda o público; 
 (2) uma fase de introdução ao tema do seminário, onde se delimita o assunto que será 
apresentado; 
 (3) uma fase de apresentação do plano do seminário, em que o expositor esclarece sobre 
como o assunto foi organizado e como será desenvolvido; 
 (4) uma fase de desenvolvimento e encadeamento das ideias, na qual cada participante (no 
caso da apresentação ser em grupo) desenvolve o tópico; 
 (5) uma fase de recapitulação e síntese do que foi apresentado, retomando os principais 
pontos abordados; 
 (6) uma fase de conclusão e/ou abertura para questões e/ou debates; 
 (7) uma fase de encerramento do seminário, quando o expositor agradece a atenção dada. 
 
O sucesso do seminário também depende da forma como este foi estruturado, pois isso 
garantirá, principalmente, a clareza das informações que serão transmitidas. É necessário que você 
saiba articular os marcadores linguísticos que irá assegurar a compreensão da mensagem e sustentar 
a coesão das estruturas textuais e a coerência da apresentação. Dessa forma, segundo Bueno (2008, 
p. 09), é indispensável trabalhar formas linguísticas como: 
 
 fazer a saudação da abertura e os agradecimento finais; 
 introduzir os integrantes do grupo; 
 ligar as partes dos assuntos tratados por meio de organizadores textuais (o primeiro, o 
segundo, a seguir etc.) 
 introduzir exemplos; 
 reformular ideias que não ficaram claras; 
 indicar as vozes (os autores, por exemplo) que sustentam a apresentação; 
 usar expressões que mostrem a adesão do grupo a algumas ideias e a discordância em 
relação às outras; 
 passar a palavra para os outros integrantes do grupo; 
 retomar as palavras de outros integrantes; 
 abrir espaço para questionamentos do público; 
 responder de modo polido as questões do público; 
 saber encaminhar a questão quando não souber a resposta do questionamento do público; 
 
O seminário, para ser bem realizado, demanda não somente do domínio dos meios 
linguísticos que lhe são subjacentes, mais também dos meios não linguísticos. De acordo com 
Farias (2009, p. 71): 
 
Gêneros extremamente formais, ritualizados, como é o caso do seminário [...] 
têm características próprias e regras fixas [...], exige dos participantes 
determinadas posturas, gestos, tom de voz, organização do espaço físico, 
roupas adequadas, como elementos que fazem parte da significação. 
 
De fato, a palavra está em íntima relação com o corpo. Por isso, os códigos não-verbais 
de comunicação, muitas vezes, transmitem significações que as palavras não chegam a expressar 
como, por exemplo, o riso que, em determinadas ocasiões, pode comunicar mais facilmente o que 
sentimentos do que a emissão vocal das palavras. Portanto, nos meios não-linguísticos, deve-se 
levar em consideração: 
 
 os meios paralinguísticos, como a qualidade da voz, a melodia, a elocução e as pausas, a 
respiração, os risos; 
 os meios cinésicos, como a postura física em relação aos colegas, os movimentos de braços 
e pernas, os gestos, os olhares, as mímicas faciais, visando não distrair o público com 
movimentos excessivos e a usar a postura e os olhares para interagir com todos e não 
somente com o professor; 
 o aspecto exterior, como escolher roupas adequadas à apresentação; 
 a disposição dos lugares, como verificar em que ordem os alunos expositores ficarão na 
frente da sala. 
 
Além da apresentação oral, há também a apresentação de um esquema escrito que, 
“longe de ser somente um suporte auxiliar, faz parte do modelo didático do gênero e deve ser objeto 
de uma construção refletida”. O esquema, geralmente, é apresentado em recursos materiais como 
slides a serem apresentados em power point. Sua principal função é auxiliar o expositor e permitir 
que os aspectos tratados fiquem visíveis para o público e garante a compreensão da sequência dos 
tópicos que serão abordados. Todavia, deve-se ter cuidado com a linguagem empregada na 
preparação do esquema que será determinada pelo público ao qual se destina. Na linguagem, deve-
se atentar ao seguintes pontos: 
 
 ao emprego da norma culta; 
 ao tamanho das letras; 
 à cor das letras e do fundo para garantir à legibilidade; 
 ao emprego de frases curtas, diretas, evitando colocar muito texto. 
 
 
 
Audiovisual... 
 Para terminar, vamos assistir a apresentação de um seminário escolar e tirarmos algumas 
dúvidas: <https://www.youtube.com/watch?v=9teq6sjmbF4>

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