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Determinação da atividade da succinato desidrogenase no tecido hepático (PROVA 4 - BIOQUÍMICA PRÁTICA) - O succinato é oxidado a fumarato pela succinato-desidrogenase. - Nos eucariotos, a succinato-desidrogenase está firmemente ligada à membrana mitocondrial interna. É a única enzima do ciclo do ácido cítrico ligada à membrana -> assim, funciona como o complexo II da cadeia transportadora de elétrons - FAD ----> FADH2 : o FAD está ligado covalentemente a succinato desidrogenase e é o aceptor final de elétrons, pois o poder redutor do succinato não é suficiente para reduzir o NAD+ - Heme b: nunca pega o elétron; não atua como centro redox nessa reação - O malonato, um análogo do succinato, é um potente inibidor competitivo da succinato-desidrogenase, logo é um bloqueador do ciclo do ácido cítrico. - A inibição da succinato desidrogenase quando na presença de malonato indica especificidade da reação medida. CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO: 1. Descarboxilação oxidativa do piruvato 2. Síntese do citrato a partir de acetil-CoA e oxaloacetato 3. Isomerização do citrato 4. Oxidação e descarboxilação do isocitrato 5. Descarboxilação oxidativa do alfa-cetoglutarato 6. Clivagem da succinil-CoA 7. Oxidação do succinato 8. Oxidação do malato OBSERVAÇÃO DO SUCCINATO NO CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO: FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA DO ADP MODELO QUIMIOSMÓTICO PARA SÍNTESE DE ATP OBS1: mitocôndrias supridas com succinato respiram e sintetizam ATP apenas quando o ADP e o Pi forem adicionados OBS2: o transporte de elétrons e a fosforilação oxidativa são processos fortemente acoplados, de modo que a inibição de um deles inibe o outro -> inibição fosforilação e inibição oxidação = controle respiratório - Para a medida da atividade da succinato desidrogenase pode ser utilizado um aceptor artificial de elétrons como um oxidante final, o qual possui potencial de óxido-redução capaz de reoxidar as flavoproteínas, contornando toda a sequência natural de transporte de elétrons na cadeia transportadora de elétrons - O 2,3,5-trifeniltetrazólio é o oxidante final. Em solução aquosa é amarelo pálido (oxidado) e se torna vermelho quando reduzido a diformazan. PRÁTICA Reagentes utilizados: • Meio de extração: sacarose 0,32 M em tampão fosfato 0,02 M, pH 7,3 com 0,01 M de EDTA • Cloreto de 2,3,5-trifeniltetrazólio 0,5% • Succinato de sódio 1% (neutralizado com NaOH) • Malonato de sódio 1% (neutralizado com NaOH) • Tampão fosfato 0,02 M, pH 7,3 • Suspensão enriquecida de mitocôndrias, isoladas por centrifugação - Pesar 15 gramas de fígado de galinha e colocá-lo em gral contendo um pouco de meio de extração gelado (uma pequena alíquota dos 30 mL separados). - Antes de macerar, picotar rapidamente o fígado com tesoura para facilitar a homogeneização com pistilo, uma vez que o fígado é muito escorregadio. - Homogeneizar o máximo possível com gral e pistilo até que a preparação se transforme em uma pasta. Após, acrescentar o restante do meio extrator e homogeneizar. - Filtrar com o auxílio de um béquer e gaze apenas uma vez. Técnica 1: - Homogeneizado - Transferir o conteúdo (2 15 mL) para dois tubos de centrífuga (15 mL). - Calibrar o peso dos tubos com auxílio de balança e de pipetas Pasteur utilizando o próprio homogeneizado. - Centrifugar o material por 10 minutos a 3000 rpm. - Após centrifugação, retirar o anel de gordura da parte superior dos tubos de ensaio com auxílio de papel higiênico e desprezar o sobrenadante em um béquer para não deixar mau cheiro na pia. Reservar o precipitado. - Como o precipitado contém outras frações celulares que não sejam mitocôndrias, não há necessidade de utilizá-lo por completo. Técnica 2: - preparar sete tubos de ensaio conforme a tabela abaixo - Ao preparar os tubos, obedecer a ordem de adição dos reagentes. • Para desnaturar a enzima, ferver, por 3 minutos, 0,5 mL de suspensão mitocondrial em 1 mL de meio de extração (totalizando 1,5 mL). • Os tubos devem ser pré-incubados por 3-5 minutos antes da adição de succinato. • Incubar todos os tubos ao mesmo tempo, em banho-maria a 37°C. • Observar a mudança de cor após aprox. 10 minutos de incubação. Resultados INTERPRETAÇÃO Positivo = vermelho Negativo = não mudou a cor - Tubo 1: Não irá reagir. Falta suspensão mitocondrial. -> negativo - Tubo 2: Malonato e succinatos estão em mesma quantidade e irão competir. Momentaneamente o malonato ganhou a competição, mas pode ser que o succinato passe a ganhar com o tempo. -> negativo - Tubo 3: Não irá reagir. A mitocôndria foi fervida e isso desnaturou as pontes de hidrogênio e outras ligações. -> negativo - Tubo 4: Não há presença de substrato(succinato) -> negativo - Tubo 5: Reage. A presença de tetrazólio permite visualizar mudança de cor.-> positivo - Tubo 6: Não reage. Não há presença de substrato(succinato) e há presença de inibidor (malonato). -> negativo - Tubo 7: Reage. Não é possível visualizar mudança de cor pois não há tetrazólio. - Tubo 8: Reage. Há mais succinato que malonato e o succinato ganha a competição. -> positivo • Fazer relação do que dá para colocar em cada tubo para reagir e ser positiva a visualização de mudança de cor. - Tubo 1: Adicionar suspensão mitocondrial - Tubo 2: Adicionar succinato para que ele ganhe a competição contra malonato = - Tubo 3: Adicionar suspensão mitocondrial - Tubo 4: Adicionar succinato - Tubo 6: Adicionar succinato em quantidade maior que malonato - Tubo 7: Adicionar tetrazólio para visualizar a mudança de cor
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