Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
2014/1 Seção 2 * Comunicação Empresarial Profa. Dra. Elisabeth Silveira e Profa. Dra. Mary Murashima 2014/1 Seção 2 * 2. Tópicos gramaticais I: 2.1 Acentuação gráfica. 2.2 Crase. Conteúdo da Seção 2014/1 Seção 2 * Acentuação gráfica Diferença entre acento tônico e acento gráfico: Na língua portuguesa, o acento tônico corresponde à maior intensidade com que pronunciamos uma determinada sílaba em oposição às demais sílabas da palavra. Pode ser assinalado por sinais gráficos: acento agudo (´) e acento circunflexo (^). 2014/1 Seção 2 * Acentuação gráfica Classificação das palavras da língua quanto à acentuação tônica: Proparoxítona – palavra que possui, em sua antepenúltima sílaba, sua maior força, ou seja, seu acento tônico, que sempre é expresso graficamente. Ex.: tática, bebíamos; Paroxítona – palavra que possui, em sua penúltima sílaba, sua maior força, ou seja, seu acento tônico, que pode ser expresso graficamente ou não. Ex.: panela, órfão; Oxítona – palavra que possui, em sua última sílaba, sua maior força, ou seja, seu acento tônico, que pode ser expresso graficamente ou não. Ex.: cajá, café. 2014/1 Seção 2 * Acentuação gráfica - Acento gráfico Função do acento gráfico: evitar ambiguidades na língua no que diz respeito à enunciação de palavras. Ex.: A maioria das palavras paroxítonas da língua portuguesa terminam em a, e e o, e, por isso, não são acentuadas graficamente, ao contrário das oxítonas. 2014/1 Seção 2 * Acentuação gráfica - Paroxítonas e oxítonas Paroxítonas com terminações mais raras – diferentes de a, e e o – são acentuadas graficamente, ao contrário das oxítonas: 2014/1 Seção 2 * Acentuação gráfica - Paroxítonas e oxítonas Paroxítonas terminadas em ps, r, x, n e l também levam acento gráfico, ao contrário das oxítonas: 2014/1 Seção 2 * Acentuação gráfica - Proparoxítonas e monossílabos Proparoxítonas: Por serem raras na língua, todas as proparoxítonas levam acento gráfico: Ex.: lâmpada, paráfrase, lêssemos, pêndulo. 2014/1 Seção 2 * Acentuação gráfica - Proparoxítonas e monossílabos Monossílabos: Palavras de uma única sílaba – podem ser tônicas ou átonas. Todos os monossílabos tônicos terminados em a, e, o – seguidos ou não de s – são marcados com acento gráfico: Ex.: pá, pé, nó (subst.), pás, pés, pós, lê, hás, crês. Contudo, as formas átonas não são acentuadas graficamente: Ex.: nas, mas, de (preposição). 2014/1 Seção 2 * Acentuação gráfica - Acentos diferenciais Acento diferencial – marca diferença entre algumas palavras foneticamente semelhantes, mas com sentidos diferentes: pôr (igual a “colocar”) versus por (prep.): Ex: Não iremos pôr novas máquinas nas salas. Ex.: Não trocaremos essas máquinas por outras. porquê (igual a “motivo”) versus porque (igual a “pois”, antes do fim da oração): Ex.: Não sei o porquê dessa atitude. Ex.: Está aqui porque foi convocado. 2014/1 Seção 2 * Acentuação gráfica - Acentos diferenciais pôde (3a. p. do sing. do pret. perf.) versus pode (3a. p. do sing. do pres. do ind.): Ex.: A empresa não pôde realizar a entrega no prazo. Ex.: Ele não pode nos tratar assim. tem e vem (3a. p. do sing.) versus têm e vêm (3a. p. do plur.): Ex.: Ele nos tem escrito muito./Ele vem sempre aqui. Ex.: Eles nos têm escrito muito./Eles vêm sempre aqui. 2014/1 Seção 2 * Acentuação gráfica - Acentos diferenciais verbos derivados de ter e vir – acento agudo na 3a. p. do sing. e acento circunflexo na 3a. p. do plur. do pres. do ind. Ex.: O departamento retém parte das verbas. Ex.: Os departamentos retêm parte das verbas. Obs.: não utilizamos mais o acento diferencial em pares como: pára (verbo) e para (prep.); pêlo (subst.) e pelo (contração de prep. e art.); pólo (que significa “extremidade”) e pólo (que significa “gavião”). 2014/1 Seção 2 * Acentuação gráfica - Trema Trema: Só usado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros, como mülleriano, de Müller. Portanto, segundo o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, não há mais trema em palavras que antes grafavam-se com güi, güe, qüi e qüe: Ex.: linguística, aguentar, tranquilo, consequência. 2014/1 Seção 2 * Acentuação gráfica - Dupla possibilidade Verbos terminados em -guar, -quar e -quir admitem duas pronúncias em algumas formas do pres. do ind., do pres. do subj. e do imperativo: quando pronunciados com a e i tônicos, levam acento gráfico: Ex: enxáguo, enxáguem, oblíquas, oblíque. quando pronunciados com u tônico, não têm acento gráfico: Ex.: enxaguo, enxaguem, obliquas, oblique. 2014/1 Seção 2 * Acentuação gráfica - Observações finais Formas verbais terminadas em a, e, o tônicos seguidas de -lo, -la, -los, -las também são acentuadas como as palavras paroxítonas ou oxítonas: Ex.: amá-lo, dizê-lo, repô-lo, fá-lo-á, pô-lo, comprá-la-á. Acentuamos os ditongos de pronúncia aberta eu, ei e oi apenas nas palavras oxítonas: Ex.: céu, chapéu, herói, papéis, troféus. 2014/1 Seção 2 * Acentuação gráfica - Observações finais Nas palavras oxítonas, usamos acento agudo nas vogais i e u tônicas que estiverem em posição final – ou seguidas de s. Ex.: tuiuiú, tuiuiús, Piauí. Nas palavras oxítonas e paroxítonas, as vogais i e u levam acento agudo quando tônicas e quando sozinhas na sílaba ou seguidas de s, desde que não sejam precedidas por ditongo ou seguidas de nh. Ex.: baía, ciúme, egoísmo. 2014/1 Seção 2 * Acentuação gráfica - Observações finais Também não mais se acentuam, graficamente, os hiatos finais eem e oo(s). Ex.: creem, leem, veem, abençoo, enjoo, voos. 2014/1 Seção 2 * Acentuação gráfica - Exercícios de fixação Livro-texto: Exercícios de fixação do Módulo I – Acentuação gráfica 2014/1 Seção 2 * Crase Crase: A palavra “crase” significa fusão, junção. Em língua portuguesa, a crase é a fusão das vogais idênticas a + a, indicada por meio do acento grave à. 2014/1 Seção 2 * Crase Ocorrência da crase: Pode ocorrer a fusão da preposição a com: o artigo feminino a ou as; o a dos pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo; o a do pronome relativo a qual e flexão (as quais); o pronome demonstrativo a ou as (= aquela, aquelas). 2014/1 Seção 2 * Crase - Casos de utilização da crase Como descobrir se existe ou não a crase? Se, ao trocarmos o termo posterior por um masculino correspondente, obtivermos ao, constataremos a presença da preposição a e do artigo o e, portanto, da crase antes dos termos femininos: Ex.: Eu me referi ao diretor Eu me referi à diretora. 2014/1 Seção 2 * Crase - Casos de crase obrigatória Sempre haverá crase: na indicação de horas, desde que, ao trocarmos esse número por meio-dia, obtenhamos ao meio-dia: Ex.: Chegou à uma hora em ponto. diante da palavra moda – na expressão à moda de –, mesmo que essa expressão esteja subentendida: Ex.: Fez um gol à Pelé. 2014/1 Seção 2 * Crase - Casos de crase obrigatória nas expressões adverbiais femininas: Ex.: Chegaram à noite. Obs.: nas expressões adverbiais femininas de instrumento, não costumamos usar o acento grave: Ex.: Eles escreveram a máquina. nas locuções conjuntivas e prepositivas formadas por palavras femininas, também se emprega o acento indicativo da crase: Ex.: À medida que caminhava, ficava mais cansado. 2014/1 Seção 2 * Crase - Casos de não utilização da crase Nunca haverá crase: diante de palavras masculinas: Ex.: Não assisto a filme de terror. diante de verbos: Ex.: Estou disposto a estudar. nas expressões formadas por palavras repetidas: Ex.: Ficamos frente a frente. 2014/1 Seção 2 * Crase - Casos de não utilização da crase quando um a – sem o s de plural – ficar diante de palavra feminina plural – nesse caso, temos apenas a preposição: Ex.: Refiro-me a pessoas interessadas. diante de pronomes que repelem o artigo: Ex.: Dirijo-me a Vossa Excelência. Obs.: se o pronome admitir artigo, haverá crase: Ex.: Dirijo-me à senhora, D. Lurdes, humildemente. 2014/1 Seção 2 * Crase - Casos de crase facultativa Em algumas circunstâncias, podemos optar por usar ou não o acento grave, pois a crase pode ou não ocorrer. São elas: diante de nomes de pessoas do sexo feminino: Ex.: Ele fez referência a (à) Sandra. diante de pronomes possessivos femininos: Ex.: Obedeço a (à) minha consciência. depois da preposição “até”: Ex.: Fomos até a (à) sala de reuniões. 2014/1 Seção 2 * Crase - Outros casos Diante de nomes de lugar: Se, ao formularmos uma frase com um nome de lugar mais o verbo vir, obtivermos a combinação da, cabe o artigo. Se obtivermos, simplesmente, a preposição de, claro está que não cabe o artigo: Ex.: Vou à Itália./Venho da Itália. Ex.: Vou a Roma./Venho de Roma. 2014/1 Seção 2 * Crase - Outros casos Diante das palavras casa e terra: Não ocorre crase diante das palavras casa – no sentido de lar, moradia – e terra – no sentido de chão firme –, a menos que venham especificadas. Ex.: Voltamos cedo a casa./Voltamos cedo à casa dos amigos. Ex.: Os marinheiros desceram a terra./Os marinheiros desceram à terra dos anões. 2014/1 Seção 2 * Crase - Outros casos Diante dos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: Haverá crase com esses demonstrativos sempre que o termo antecedente exigir a preposição a: Ex.: Assisti àqueles filmes. Ex.: Aspiro àquela vaga. Ex.: Prefiro isto àquilo. 2014/1 Seção 2 * Crase - Outros casos Diante de pronomes relativos: Poderá ocorrer crase com o pronome relativo a qual e flexão – as quais: Ex.: Esta é a cidade à qual nos dirigimos. Nunca ocorre crase diante dos relativos quem e cuja: Ex.: Esta é a pessoa a quem obedeço. Ex.: Este é o autor a cuja obra me refiro. 2014/1 Seção 2 * Crase - Outros casos Diante do pronome relativo que, geralmente, não há crase, uma vez que ele repele o artigo: Ex.: Esta é a cidade a que iremos. Obs.: no entanto, ocorrerá crase antes do relativo que quando, antes dele, aparecer o demonstrativo a ou as (igual a aquela, aquelas). Ex.: Sua caneta era igual à que comprei./Sua caneta era igual àquela que comprei. 2014/1 Seção 2 * Crase - Exercícios de fixação Livro-texto: Exercícios de fixação do Módulo I – Crase 2014/1 Seção 2 * Produção textual: Atividade individual Para melhor fixar os conceitos apreendidos nesta seção: Busque uma notícia recente de jornal ou revista de grande circulação que não ultrapasse 2 parágrafos. Destaque, de cada um dos parágrafos, todas as palavras acentuadas graficamente. Destaque, de cada um dos parágrafos, todos os casos de crase. Justifique a utilização dos acentos gráficos nas palavras selecionadas. Justifique o emprego da crase nos casos listados. 2014/1 Seção 2 * Bibliografia Básica: SILVEIRA, Elisabeth; MURASHIMA, Mary. Redação empresarial. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2011. Módulo 1. Complementar: BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa: atualizada pelo Novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro: Lucerna, 2009. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Compartilhar