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Fasciola hepatica - Fasciolíase - Helmintologia

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Ampla distribuição mundial. 
Comum principalmente em áreas úmidas, alagadiças, sujeitas a inundações periódicas. 
Parasita o fígado e os canais biliares de bovinos, ovinos, caprinos, suínos, equinos - mais 
comum nos ruminantes. 
Pode infectar o ser humano, mesmo que acidentalmente zoonose. 
Popularmente chamado de “baratinha do fígado” 
Características morfológicas 
 Achatado no sentido dorso-ventral. 
 Acelomado. 
 Em forma de folha foliáceo. 
 Pode alcançar até 3 cm comprimento x 1,5 largura. 
 Corpo grande em relação a outros trematódeos. 
 Tegumento recoberto com espinhos. 
 Corpo se deforma continuamente na movimentação devido a contrações musculares. 
 
 Mais largo na parte anterior do que na posterior. 
 
 Extremidade anterior cônica evidenciada por “ombros” distintos no corpo. 
 
 Cone cefálico projeção anterior do corpo onde fica a abertura da ventosa oral. 
 
 2 ventosas oral e ventral. 
 
 Poro genital entre as ventosas. 
 
 Extremidades do parasita terminam em ponta romba. 
 
Sistema Reprodutor do Parasita 
Possui aparelho genital feminino e masculino hermafrodita. 
Reprodução cruzada 
O útero situa-se anterior aos testículos. 
Os testículos e o ovário são multirramificados. 
 
Filo Platelmintos Classe Trematoda Família Fasciolidae Gênero Fasciola 
Fasciolíase hepática 
Também chamada de fasciolose hepática. 
Doença causada pelo verme Fasciola hepática e mais raramente Fasciola gigantica. 
Grande importância na medicina veterinária afeta diretamente os animais e a 
produtividade da propriedade. 
Gera elevadas perdas econômicas: 
Condenação de grande número de fígados e carcaças de animais nos matadouros 
Queda na produção e na qualidade do leite 
Perda de peso dos animais 
Queda na fertilidade 
Atraso no crescimento 
Em alguns casos até mortalidade 
 
Transmissão: consumo de água ou vegetais crus que contenham cistos deste parasita. Mais 
raramente: consumo de carne de fígado crua que esteja com larvas. 
Epidemiologia 
O que propicia propagação da doença Boas condições de vida para os caramujos. 
Umidade e temperatura adequeadas água rasa e parada, como em margens de valas e 
lagos pequenos. 
Lugares com barro em abundância após as chuvas fortes, o pisoteio dos animais na 
pastagem colabora para a formação de poças de água temporárias. 
 
Melhor temperatura para os caramujos a partir de 10°C entre o dia e a noite. 
Temperatura abaixo de 5° interrupção das atividades metabólicas do caramujo e das larvas 
por vários meses, até as condições se tornarem mais favoráveis. 
 
Áreas mais atingidas no Brasil Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas 
Gerais, Rio de Janeiro e Goiás. 
Rio Grande do Sul o estado com maior número de ocorrências. 
Ciclo evolutivo 
Heteroxênico possui hospedeiro definitivo e intermediário. 
Hospedeiro definitivo bovinos, ovinos, caprinos, suínos, equinos e humanos. 
Hospedeiro intermediário caramujos de água doce no Brasil, caramujos do 
gênero Lymnaea. 
Ovos eliminados nas fezes dos hospedeiros definitivos. 
No ambiente aquático este ovo dá origem ao estágio pré larval miracídio só irá sair do 
ovo quando entrar em contato com a água e for estimulado por luz solar. 
Muco produzido pelo molusco atrai o miracídio, que penetra nele. 
Após penetração se alojam nos tecidos do caramujo cada miracídio forma um 
esporocisto, que dá origem a várias rédias essas podem dar origem a rédias de segunda 
geração ou cercárias. 
Logo que saem do caramujo, as cercárias nadam alguns minutos e perdem a cauda com as 
secreções das glândulas cistogênicas. Formam cistos na superfície da água ou aderem na 
vegetação aquática. 
No processo de encistamento chamado de metacercária forma infectante. 
Animal ou o homem se infecta ao beber esta água contaminada ou comer verdura com 
metacercárias. 
Após ingeridas metacercárias se desencistam no ID perfuram e caem na cavidade 
peritoneal perfuram a cápsula de Glisson (cápsula do fígado) e começam a migrar pelo 
parênquima hepático. 
Larvas permanecem crescendo por cerca de 2 meses no fígado depois vão para os canais 
biliares tornam-se adultos passam a se multiplicar provocam inflamação crônica. 
 
Liberação de ovos levados pela bile até o intestino do infectado ovos liberados nas fezes. 
 
Sinais Clínicos 
 
Não são notadas manifestações importantes quando há poucos parasitas nos ductos biliares. 
Se houver grandes quantidades lesões podem ser graves por causar danos ao fígado e por 
possibilitar invasões secundárias de bactérias (exemplo: Clostridium) 
 
A patogenia se dá, não diretamente pela toxicidade do parasita mas sim, pela resposta do 
hospedeiro, isto é, uma inflamação crônica no fígado e ductos biliares. 
 
Pode se manifestar de duas maneiras, na forma aguda e crônica: 
 
Aguda: não é frequente e está relacionada com a ingestão das metacercárias quando 
adentram no parênquima hepático, provocam inflamações. 
Depressão, dores abdominais, hipertermia, inapetência, diminuição do escore corporal, atonia 
ruminal, ascite, icterícia e mucosas pálidas. 
Se houver grande perda sanguínea e falha da função hepática, o quadro pode levar a óbito. 
 
Crônica: apresentam perda de peso, anorexia, mucosas pálidas e icterícia. 
Podem também manifestar letargia, anemia e edema submandibular e abdominal. 
Na evolução do quadro, outros sinais podem aparecer, como a inapetência, pelo eriçado, 
diarreia, diminuição da produção de leite e atraso no crescimento. 
 
Diagnóstico 
 
Diagnóstico clínico mais sugestivo: 
 
eosinofilia, febre, aumento do tamanho do fígado e dor no hipocôndrio direito 
 
Quadro clínico similar pode ser apresentado por outras doenças. 
 
Técnica mais comum exame coproparasitológico exame de fezes. 
É feita a visualização dos ovos nas fezes. 
Só é possível realizá-lo depois da liberação dos ovos, que acontece normalmente por volta de 
três meses após a infecção inicial. 
 
Conclusão do diagnóstico: observação dos sinais clínicos, tipo de clima e presença de 
caramujos na região. 
 
Exames complementares testes laboratoriais sorológicos, que possibilitam a avaliação dos 
níveis plasmáticos das enzimas hepáticas. 
 Técnicas de imunofluorescência, reação de fixação de complemento e ELISA. 
 
Tomografia computadorizada e ecografia métodos auxiliares para localização de lesões e de 
parasitas móveis nas vias biliares. 
Tratamento 
 
O tratamento é feito através do uso de fármacos fasciolicidas. Alguns exemplos: albendazol, 
closantel, rafoxanida e triclabendazol. 
 
O ideal é que o medicamento eleito seja eficaz no combate as formas imaturas e adultas do 
parasita. 
 
Exemplo de uso dos fasciolicidas: 
 
Fasciolose ovina aguda triclabendazol em dose única e transferência para o pasto livre de 
trematóides ou em campo recém cultivado e bem drenado. 
 
Quando não podem ser transferidos para solo descontaminado tratamento deve ser repetido 
em intervalos de três semanas até seis semanas depois de cessadas as mortes. 
 
Prevenção 
 
Controle das populações do caramujos de água doce 
 - uso de mulusquicidas, como sulfitatos de potássio 
Drenagem de pastagens alagadas. 
Implantação de inimigos naturais, como patos, marrecos e peixes. 
 
Evitar a presença dos animais em áreas contaminadas. 
 
Tratar animais parasitados aplicar endoparasiticidas evitar que defequem próximo a 
água. 
Fazer a rotação de pastagens. 
 
Controle biológico criação do molusco Solicitoides sp que é predador das formas jovens 
doLymnaea. 
Tudo isso para visar impedir a disseminação dos ovos.

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