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PDF TCC EXERCÍCIO E DIABETES TIPO 2 05 08[1663].docx corrigido

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FACULDADE SERRA DA MESA 
CURSO BACHAREL EM FARMÁCIA 
 
 
 
RAYSSA NYKOLLY GUENNES DE OLIVEIRA SORRENTINO 
 
 
 
 
 
 
BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO COMO COADJUVANTE PARA O 
TRATAMENTO DE DIABETES MELLITUS TIPO II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
URUAÇU/GO 
2017 
RAYSSA NYKOLLY GUENNES DE OLIVEIRA SORRENTINO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO COMO COADJUVANTE PARA O 
TRATAMENTO DE DIABETES MELLITUS TIPO II 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Faculdade Serra da Mesa - 
FASEM, como requisito parcial para 
obtenção do grau de Bacharel em 
Farmácia. 
Orientadora: Prof.ª Liliane de Souza 
Tolêdo Adôrno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
URUAÇU/GO 
 2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho primeiramente a 
“DEUS” que me tem sustentado com seu 
fôlego de vida e forças, pra que eu 
pudesse superar todas as dificuldades 
ocorridas em minha jornada; Aos meus 
pais Cássia Roberta G. de O. Sorrentino e 
Antônio de Pádua Sorrentino por mesmo 
longe estarem sempre me apoiando; Ao 
meu esposo Ricardo Luis e aos meus 
filhos Richard Nykollas e Ryllary Nykaelly 
por terem sido pacientes, compreensivos 
e meu alicerce durante minha luta em 
toda a jornada acadêmica. Dedico 
também a Profª Liliane de Souza Toledo 
Adorno pelo apoio que me foi dado no 
início deste. Dedico a todos que me 
apoiaram mesmo que indiretamente, mas 
que fizeram parte da minha conquista. 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
É difícil agradecer a todos que contribuíram de algum modo para que eu chegasse 
até aqui, a todos que fizeram parte de minha vida, agradeço de coração; Agradeço 
aos meus pais, Antonio de Pádua Sorrentino e Cássia Roberta Sorrentino, pela 
oportunidade da vida, pela competência com que me criaram, pelo privilégio de tê-
los como meu espelho, por carinho e apoio em cada etapa da minha vida, pelo amor 
incondicional, por não medirem esforços para minha felicidade e meu sucesso por 
terem batalhado a vida inteira pelo meu crescimento, sempre com dedicação, por 
terem me mostrado que o caminho era árduo, mas que estavam preparados para 
me amparar se eu caísse, por me ajudar a levantar nos momentos difíceis, por rezar 
sempre por mim e por contribuir para minha formação pessoal e profissional; Ao meu 
esposo, Ricardo Luis Lima, a minha filha Ryllary Sorrentino e ao meu filho Richard 
Sorrentino, simplesmente por terem nascido e mudado completamente a minha vida; 
Jamais poderia deixar de agradecer as funcionárias da Biblioteca Antonia Francisca 
de Almeida e Ana Cláudia da Silva Vaz pelo carinho e apoio a que se prestaram; As 
professoras Cláudia Rachid e Gislene Batista por dedicarem seu tempo ao meu 
auxilio em trabalhos anteriores; Aos professores de modo geral da Faculdade Serra 
da Mesa que contribuíram com seus ensinamentos para que eu pudesse realizar o 
curso; Agradeço em especial a Professora Liliane de Souza Tolêdo Adôrno pela 
paciência e forma como “me abraçou” para a realização deste diante de tantas 
dificuldades e obstáculos surgidos durante o percurso. Agradeço a todos que direta 
e indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
‘’Procure descobrir o seu caminho na 
vida. Ninguém é responsável por nosso 
destino, a não ser nós mesmos. ’’ 
Chico Xavier 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 Valores de glicemia plasmática (mg/dl) para diagnóstico da Diabetes 
Mellitus.......................................................................................................................23 
Quadro 2 Classificação da intensidade do exercício.................................................31 
Quadro 3 Diretrizes para prescrição de exercícios em pacientes com Diabetes 
Mellitus tipo II, emitidos por várias organizações científicas......................................35 
Quadro 4 Resultados organizados a partir de título, autores, local de realização, ano 
de publicação, tipo de documento e principais ideias................................................46 
Quadro 5 Discussão organizada a partir de temas e conteúdo dispostos no 
referencial teórico.......................................................................................................54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FLUXOGRAMA 
 
Fluxograma 1: Característica de exercício aeróbico para portadores de Diabetes 
Mellitus tipo II..............................................................................................................33 
Fluxograma 2: Característica de exercício resistido para portadores de Diabetes 
Mellitus tipo II..............................................................................................................34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1: Material básico utilizado para exercícios....................................................38 
Figura 2: Marcha lenta (leve).....................................................................................39 
Figura 3: Marcha moderada.....................................................................................39 
Figura 4: Marcha vigorosa.........................................................................................40 
Figura 5: Exercícios moderados................................................................................40 
Figura 6: Exercícios resistidos...................................................................................41 
Figura 7: Exercícios de agilidade..............................................................................41 
Figura 8: Exercícios de flexibilidade..........................................................................42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
ACSM Colégio Americano de Medicina Esportiva 
 
ACSM 
 
Colégio Americano de Medicina Esportiva 
ADA 
 
Associação Americana de Diabetes 
AHA 
 
Associação Americana do Coração 
BPTA 
 
Associação Belga de Terapia Física 
CDA 
 
Associação Canadense de Diabetes 
DAC 
 
Doença Arterial Crônica 
DAOP 
 
Doença Arterial Obstrutiva Periférica 
DCV 
 
Doença cardiovascular 
DM TIPO II Diabetes Mellitus tipo II 
 
DPP Diabetes Prevention Program 
 
EASD 
 
Associação Européia para o Estudo da Diabetes 
ESC 
 
ESSA 
Sociedade Européia de Cardiologia 
 
Exercise and Sports Science Austrália 
 
FDS Sociedade Francófona da Diabetes 
 
HDL 
 
High Density Lipoprotein 
IDF Federação Internacional de Diabetes 
 
LDL 
 
Low Density Lipoprotein 
O2 
 
Oxigênio 
SNIPH 
 
Instituto Nacional Sueco de Saúde Pública 
 
VLDL Very Low Density Lipoprotein 
 
RESUMO 
 
A Diabetes Mellitus tipo II é uma patologia metabólica causada pela disfunção 
insulínica, decorrente da resistência de seus receptores teciduais, que acomete uma 
grande parte da população mundial. Estima-se que 5,9% da população brasileira 
seja portadora de Diabetes Mellitus tipo II, sendoisso causador de grande impacto à 
saúde pública. Neste estudo foi exposta a importância da prática de exercício físico 
como coadjuvante no tratamento desta referida patologia. Para isso, foi feita uma 
pesquisa bibliográfica básica, a qual apresentou a importância da prática de 
exercícios físicos para controle da Diabetes Mellitus tipo II, sendo os exercícios 
aeróbicos, os mais indicados, por favorecer a redução dos níveis glicêmicos e as 
complicações advindas da descompensação dessa patologia, e a consequente 
promoção da melhora no estilo de vida. Diante do exposto conclui-se que o exercício 
físico consiste em um elemento essencial na composição do tratamento da Diabetes 
Mellitus tipo II. 
 
Palavras chaves: Diabetes Mellitus tipo II, Diabetes e Exercícios físicos, Tratamento 
da Diabetes Mellitus tipo II. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Type II Diabetes Mellitus is a metabolic pathology caused by insulin dysfunction, due 
to the resistance of its tissue receptors, which affects a large part of the world 
population. It is estimated that 5.9% of the Brazilian population is a carrier of Type II 
Diabetes Mellitus, which causes a great impact on public health. In this study it was 
exposed the importance of the practice of physical exercise as a coadjuvant in the 
treatment of this pathology. For this, a basic bibliographical research was done, 
which presented the importance of the practice of physical exercises for the control of 
Type II Diabetes Mellitus, being the aerobic exercises, the most indicated, favoring 
the reduction of the glycemic levels and the complications resulting from the de 
compensation Of this pathology, and the consequent promotion of improvement in 
lifestyle. In view of the above, it is concluded that physical exercise is an essential 
element in the treatment composition of Type II Diabetes Mellitus. 
 
Keywords: Diabetes Mellitus type II, Diabetes and Exercise, Treatment of Type II 
Diabetes Mellitus 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 14 
2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................ 16 
3 OBJETIVOS .................................................................................................. 17 
3.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................... 17 
3.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS ........................................................................ 17 
4 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................. 18 
4.1 CONCEITO DA DIABETES MELLITUS TIPO II ............................................ 18 
4.2 HISTÓRICO DA DIABETES MELLITUS ....................................................... 18 
4.3 EPIDEMIOLOGIA DA DIABETES MELLITUS TIPO II ................................... 20 
4.4 SINTOMAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS 
TIPO II .............................................................................................................. 21 
4.5 COMPLICAÇÕES CLÍNICAS DA DIABETES MELLITUS TIPO II .................. 24 
4.6 EFEITOS BENÉFICOS DOS EXERCÍCIOS FÍSICOS PARA TRATAMENTO 
DO DIABETES MELLITUS TIPO II .................................................................... 26 
4.7 A PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS DIANTE DAS COMPLICAÇÕES 
DECORRENTES DO DIABETES MELLITUS TIPO II ......................................... 29 
4.8 PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO FÍSICO PARA DIABETICO TIPO II ............ 31 
4.9 TIPOS DE EXERCICIOS FÍSICOS USADOS NO TRATAMENTO DE 
DIABETES MELLITUS TIPO II. .......................................................................... 32 
4.9.1 Exercícios Aeróbicos.........................................................................................32 
4.9.2 Exercícios Resistidos (Musculação)..................................................................33 
4.9.3 Exercício De Flexibilidade.................................................................................34 
5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................................ 43 
5.1 TIPO DE PESQUISA ................................................................................... 43 
5.2 POPULAÇÃO .............................................................................................. 43 
5.3 AMOSTRA .................................................................................................. 43 
5.4 ELABORAÇÃO DO PROJETO ..................................................................... 43 
5.5 RISCOS E BENEFÍCIOS ............................................................................. 44 
5.6 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO .................................................. 44 
5.7 PROCESSAMENTO E ANÁLISE DE DADOS .............................................. 45 
5.8 QUESTÃO NORTEADORA ......................................................................... 45 
6 RESULTADO E DISCUSSÃO ........................................................................ 46 
6.1 CARACTERÍSTICAS DO DIABETES MELLITUS TIPO II ............................. 55 
6.2 OS BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO PARA O TRATAMENTO DA 
DIABETES MELLITUS TIPO II. .......................................................................... 56 
6.3 TIPOS DE EXERCÍCIOS FÍSICOS RECOMENDADOS NO TRATAMENTO DE 
DIABETES MELLITUS TIPO II. .......................................................................... 57 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 59 
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 60 
 
 
14 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O Diabetes Mellitus tipo II ou não-insulinodependente é uma patologia 
comum, caracterizada pela deficiência de ação da insulina, ou seja, o indivíduo a 
produz, mas esse hormônio não exerce o controle adequado da glicose no sangue. 
Isso ocorre, devido à resistência corpórea dos receptores de insulina, o que provoca 
o consequente aumento dos níveis de glicose sanguínea (BARBOSA, 2013; SILVA, 
2011). E ainda é um distúrbio metabólico associado diretamente ao estilo de vida 
levado pelo indivíduo como: alimentação inadequada, stress, sedentarismo 
obesidade (SOUZA; SOUZA; MOREIRA 2016). E por se tratar de uma patologia 
silenciosa e de diagnóstico tardio acomete mais pessoas na fase adulta (ARSA et al. 
2009). 
Cerca de 382 milhões de pessoas em todo o mundo são diagnosticados 
como portadores de Diabetes Mellitus tipo II, sendo esta patologia representativa de 
aproximadamente 85-95% de todos os casos de diabetes no mundo. Em 
decorrência do elevado número de indivíduos diabéticos tipo II, esta patologia é 
considerada um importante problema de saúde pública, pelo seu grande potencial 
de morbidade e mortalidade (MENDES et al., 2016; BRASIL, 2013). O Diabetes 
Mellitus tipo II encontra-se na quarta posição no ranking de doenças crônicas, 
ficando somente atrás de doenças do aparelho circulatório, neoplasias e doenças do 
sistema nervoso (BRASIL, 2013). 
O exercício físico regular deve fazer parte do tratamento do portador de 
Diabetes Mellitus tipo II, uma vez que promove benefícios como controle de peso e 
melhora da ação insulínica. Além disso, contribui com queda da glicemia, 
favorecendo a circulação cardíaca e periférica no organismo, ocorrendo o 
fortalecimento e nutrição dos tecidos, melhorando a disposição e sensação de bem-
estar, o que converge na redução dos riscos cardiovasculares(VANCEA, 2009). 
Dentre os exercícios físicos estabelecidos no tratamento da Diabetes Mellitus tipo II, 
o mais indicado é o aeróbico, por apresentar influência direta na baixa dos níveis 
glicêmicos (CARDOSO et al. 2009). 
Justifica-se o presente trabalho pelo aumento crescente dos casos de Diabetes 
Mellitus tipo II em nível mundial, assim como o impacto na saúde de seu portador. 
Isso ressalta a necessidade de se apresentar os efeitos benéficos da prática de 
exercícios físicos como fator auxiliador para o tratamento dessa patologia. 
15 
 
 
Nesse contexto, objetivo do presente estudo será caracterizar o Diabetes 
Mellitus tipo II, além de descrever os benefícios e identificar os exercícios físicos 
adequados para o tratamento dessa patologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
2 JUSTIFICATIVA 
 
O Diabetes Mellitus tipo II destaca-se como uma das patologias crônicas 
mais frequentes, sendo considerada, na atualidade, como uma epidemia mundial. 
Estima-se que cerca de 11 milhões de indivíduos, no Brasil, sejam portadores de 
Diabetes Mellitus tipo II. Isto representa uma média de 5,9% da população brasileira, 
acometida por essa patologia. Em torno de 90 a 95% dos casos de Diabetes Mellitus 
tipo II surgem na idade adulta. No Brasil, cerca de 7,6% desse tipo de diabetes 
ocorre em indivíduos de 30 a 69 anos e 20% acima de 70 anos (SOUZA E SOUZA, 
2012). 
Aproximadamente 4 milhões de óbitos no mundo, ou seja, 9% da 
mortalidade mundial, ocorre devido ao descontrole da Diabetes Mellitus. Os 
portadores de Diabetes Mellitus tipo II, podem desenvolver problemas 
cardiovasculares, tendo uma média de 65% dos óbitos decorrentes desse tipo de 
complicação. Além disso, é possível apresentar cegueira irreversível, doença 
traumática crônica, amputações não traumáticas de membros inferiores e uma 
redução em 5 anos, da expectativa de vida (BRASIL, 2006; SOUZA et al., 2012). 
O Diabetes Mellitus tipo II é uma doença cujo tratamento requer mudanças 
no estilo de vida, incluindo a prática constante de exercícios físicos, reeducação 
alimentar e adesão à terapia medicamentosa, fatores estes, de grande relevância na 
prevenção das complicações decorrentes dessa clínica (ARSA et al., 2009). 
Diante disto, o presente estudo é importante por apresentar os benefícios da 
prática de exercícios físicos como um dos fatores que auxiliam no tratamento da 
Diabetes Mellitus tipo II. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
3 OBJETIVOS 
 
3.1 OBJETIVO GERAL 
 
Conhecer os benefícios do exercício físico como coadjuvante para o 
tratamento de Diabetes Mellitus tipo II. 
 
3.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS 
 
 Caracterizar o Diabetes Mellitus tipo II 
 
 Descrever os efeitos benéficos do exercício físico para tratamento de 
Diabetes Mellitus tipo II 
 
 Identificar os possíveis tipos de exercícios físicos recomendados no 
tratamento de Diabetes Mellitus tipo II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
4 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
4.1 CONCEITO DA DIABETES MELLITUS TIPO II 
 
A Diabetes Mellitus tipo II é uma doença crônica não transmissível – DCNT 
idiopática, podendo estar associada a fatores genéticos ou ambientais (SBD, 2007). 
Diabetes é uma palavra de origem grega cujo significado é “passando por” e Mellitus 
uma expressão latina que está associada ao “mel” (CARDOSO et al., 2007). 
A Diabetes Mellitus tipo II ou não-insulino-dependente, acomete mais 
indivíduos na fase adulta, sendo reconhecida por hiperglicemia decorrente de 
distúrbios na secreção/ação insulínica (CAMPOS, 2004; BRASIL, 2013). Esta 
patologia apresenta elevação insulínica plasmática, secretada pelas células β 
pancreáticas, associada à diminuição da sensibilidade dos tecidos alvo diante dos 
efeitos do metabolismo da insulina (SOUZA; SOUZA e MOREIRA, 2016). É ainda 
caracterizada pela resistência à insulina, devido à diminuição da resposta dos 
tecidos periféricos e por disfunção das células β pancreáticas relacionada à 
secreção inadequada desse hormônio, na presença de hiperglicemia (SBD, 2009; 
CRAIG; STITZEL, 2011). 
De acordo com Brasil (2006) a Diabetes Mellitus tipo II é identificada pela 
resistência à insulina ou distúrbio da secreção insulínica, refletindo na disfunção do 
metabolismo do carboidrato, das proteínas e dos lipídios, cujo objetivo é a produção 
de glicose (CRAIG; STITZEL, 2011). Segundo ANAD (2007) esta patologia tem 
como atributo a resistência à insulina, isto é, o pâncreas continua a produzir a 
insulina, no entanto, as células adiposas e musculares não conseguem efetivar a 
absorção da glicose presente na corrente sanguínea, provocando seu consequente 
aumento nessa via. 
 
4.2 HISTÓRICO DA DIABETES MELLITUS 
 
Em 1872 o alemão Georg Ebers, na cidade de Tebas no Egito descobriu um 
papiro que apresentava informações da sintomatologia de uma patologia que 
descrevia algumas características, entre elas a emissão abundante de urina, a qual 
era tratada com plantas e frutos da região. No século II D.C, na cidade da Grécia, 
antiga essa doença veio a receber o nome de “Diabetes” que significa “passar por 
19 
 
 
um sifão” devido à diurese diária intensa. Alguns anos depois, dois médicos indianos 
ao notarem presença de moscas e formigas na urina de pacientes atendidos por 
eles deram início a estudos e pôde-se verificar a doçura da urina. Essa teoria só foi 
comprovada no século XVII por Willis e Dobsonna Inglaterra. No século XVIII (1769) 
o pesquisador Cullen sugeriu o nome “Mellitus” que significa “mel”, pois era 
associada a doçura da urina ao mel, sendo então denominada a patologia, como 
Diabetes Mellitus (TSCHIEDEL, [2016?]). 
De acordo com Rezende (2004), no ano de 1889 dois estudiosos 
determinaram que a Diabetes Mellitus (DM) era causado devido à disfunção 
pancreática, após estudos realizados no pâncreas canino. Posteriormente Schaefer 
defendeu a responsabilidade das ilhotas de Langherans na produção de insulina, 
secreção necessária para que a glicose produzida seja transportada do sangue para 
as células (GUYTON; HALL, 2011). 
SBD (2007) relata que diante das descobertas sobre o Diabetes Mellitus, os 
estudiosos direcionaram as atenções aos estudos de forma detalhada para o 
pâncreas e a sua relação com o Diabetes Mellitus. Subsequentemente no ano de 
1910, Sharpey-Shafer, um fisiologista de origem inglesa, constatou que indivíduos 
diabéticos manifestavam carência de determinada substância produzida pelo 
pâncreas, cuja denominação é insulina. Desse modo a descoberta proveu suporte 
para que estudos fossem realizados em busca de outro tipo de tratamento à base de 
insulina. 
Por volta do século XIX, Lanceraux e Bouchardat, sugeriram a existência de 
dois tipos de Diabetes Mellitus, um tipo com características mais severas e 
agressivas que acometiam indivíduos mais jovens denominada, portanto como 
“Diabetes Mellitus tipo I” e outro tipo, com características não tão severas, no 
entanto mais frequentes em indivíduos com sobre-peso. Estes requeriam atenção 
constante, sendo, portanto identificado como “Diabetes Mellitus tipo II” (TSCHIEDEL, 
[2016?]). 
O Diabetes Mellitus é uma enfermidade milenar, que vem acometendo a 
humanidade até os dias atuais. Um grande e importante problema mundial de 
saúde, tanto em quantidade de pessoas acometidas, como em gastos utilizados 
para auxiliar no controle e tratamento de suas complicações (SILVA, 2008). 
 
 
20 
 
 
4.3 EPIDEMIOLOGIA DA DIABETES MELLITUS TIPO IIO Diabetes Mellitus é visto como a maior das epidemias do século XXI em 
países desenvolvidos e subdesenvolvidos, apresentando um crescimento 
desenfreado, tornando-se um grave problema de saúde pública (SBD, 2007). 
Dados apresentados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) 
determinam que até o ano de 2030, ocorrerá um crescimento significativo e 
preocupante de indivíduos portadores de Diabetes Mellitus. Cerca de 50% desses 
indivíduos desconhecem serem portadores da doença, por falta de entendimento 
sobre o assunto ou por não apresentarem sintomatologia. Mesmo sendo 
assintomática, pode ocorrer hiperglicemia em grau suficiente, a ponto de causar-lhe 
alterações fisiológicas (COBAS; GOMES, 2010; SBD, 2009). 
Estima-se que 40 milhões de pessoas sejam diagnosticadas com Diabetes 
Mellitus tipo II nos países da América Central e América do Sul até o ano de 2030. 
Nos Estados Unidos da América e na Europa, esse aumento se dará em pessoas 
com idade mais avançadas, devido à elevação da expectativa de vida em países 
que estão em desenvolvimento. Poderá ainda acometer todas as idades, sendo que 
nos indivíduos entre 45 e 64 anos a prevalência será triplicada e entre os de 20 e 44 
anos e acima de 65 anos será duplicada (BRASIL, 2013). 
Para Silva (2008) a prevalência da Diabetes Mellitus tipo II está aumentando 
de forma significativa, adquirindo características epidêmicas em vários países, 
principalmente os países em desenvolvimento com aumento crescente na 
morbimortalidade da população (MOLENA-FERNANDES et al., 2005). 
 Torres et al. (2009) referem que esta patologia vem apresentando 
crescimento em proporção epidêmica, com severa intensidade indivíduos entre 30 e 
69 anos de idade. 
A Diabetes Mellitus tipo II corresponde a 95% dos casos de Diabetes sendo 
mais facilmente diagnosticada em indivíduos com idade média de 40 anos, quando 
apresentam fatores predisponentes como: hipertensão arterial sistêmica (HAS), 
obesidade, fatores hereditários ou até mesmo casos de Diabetes Gestacional (DG) 
(BRASIL, 2013; ANAD, 2007). 
Ferreira e Pititto ([2012?]) relatam que a prevalência da Diabetes Mellitus 
tipo II é de 7,6% na população brasileira, urbana, adulta entre 30 e 69 anos, 
comparado a vários outros países, inclusive com os mais desenvolvidos. 
21 
 
 
Durante o Fórum Pan-Americano de Ação contra as Doenças Crônicas não 
Transmissíveis (DCNT) ocorrido na cidade de Brasília, foi apresentado o estudo 
realizado em 26 capitais e no Distrito Federal mostrando que a Diabetes Mellitus tipo 
II é comumente diagnosticada em indivíduos que apresentam pouco tempo de 
estudo. Baseado nisto, um percentual de 3,7% dos brasileiros que têm mais de 12 
(doze) anos de estudo declararam ser diabéticos, enquanto 7,5% dos indivíduos 
com menos de 8 (oito) anos de escolaridade dizem ter a doença (BRASIL, 2014). 
Dados apresentados pelo Ministério da Saúde (2014) apontam que a cidade 
de Fortaleza (CE) aparece como a capital com o maior percentual de diabéticos, 
com 7,3%, seguida por Vitória (ES), com 7,1%, e Porto Alegre (RS), com 6,3%. As 
capitais com os menores índices são Palmas (TO), com 2,7%, Goiânia (GO), com 
4,1%, e Manaus (AM), com 4,2%. Ainda de acordo com dados apresentados pelo 
Ministério da Saúde, aproximadamente 8% dos brasileiros em fase adulta são 
acometidos pela Diabetes Mellitus tipo II, e estima-se que 6,2% correspondente a 
um total de 409.862 de indivíduos em todo estado de Goiás sejam portadores da 
patologia. Os dados acima citados podem ser ainda maiores pois a Diabetes Mellitus 
tipo II é assintomática na maioria dos casos o que dificulta o diagnóstico (SEG, 
2016). 
DATASUS (2017) aponta que nos últimos 10 (anos), foram notificados 4153 
(quatro mil cento e cinquenta e três) casos de Diabetes Mellitus em todo Estado de 
Goiás, sendo as mulheres mais acometidas, com 2223 casos (dois mil duzentos e 
vinte e três) e homens 1930 casos (mil novecentos e trinta) o que representa um 
total de 53,52% de mulheres e 46,47% de homens com essa patologia. 
 
4.4 SINTOMAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA DIABETES MELLITUS TIPO 
II 
Os principais sintomas da Diabetes Mellitus tipo II (DM II) são poliúria 
(aumento do volume urinário), polidipsia (sede excessiva), polifagia (fome 
excessiva), perda ponderal. Esses sintomas são semelhantes aos dos demais tipos, 
a diferença consiste no fato da Diabetes Mellitus tipo II desenvolver-se com mais 
lentidão, podendo ser diagnosticado em situação mais tardia (REGULA SUS, 
[2016?]). 
22 
 
 
SBD (2015) ainda apresentam como sintomas dessa doença, a visão turva, 
fadiga, feridas que não cicatrizam formigamento e “alfinetadas” nos pés, pele seca e 
nas mulheres surgem frequentes infecções vaginais. 
Souza; Souza e Moreira (2016) apontam o adormecimento nas pernas, pés 
e mãos, infecção constante na pele, irritabilidade, náuseas, vômito, fraqueza, 
gengiva e bexiga, como sintomas da Diabetes Mellitus tipo II, apesar de não serem 
muito pronunciados. 
Para diagnóstico da Diabetes Mellitus tipo II são comumente utilizados 
quatro tipos distintos de exames, sendo eles: Glicemia Capilar, Glicemia de Jejum, 
Teste de Tolerância à Glicose e Hemoglobina Glicada (FRAZÃO, 2016). 
A Glicemia Capilar ou Hemoglicoteste (HGT) é um exame muito utilizado em 
consultas médicas, por apresentarem resultado imediato, favorecendo a rapidez no 
diagnóstico, visto que o material coletado para realização do mesmo se dá através 
da punção digital ou seja, uma pequena “picada” na extremidade dos dedos 
(CALISTA, 2012). 
Na Glicemia de Jejum o paciente é mantido em jejum de 8 à 14hs, sendo 
realizado quando não há urgência no resultado. Esse exame é importante para o 
diagnóstico para a Diabetes Mellitus tipo II. Uma nova avaliação deve ser feita 
através do exame de Teste de Tolerância à Glicose 75mg (BRASIL, 2013). 
No Teste de Tolerância a Glicose 75 mg (TTG - 75 mg), no paciente em 
jejum de 8 à 14 hs, é coletada uma amostra sanguínea. Logo, é administrada via 
oral, uma sobrecarga de Dextrose (solução com alta concentração de glicose), e 
duas horas depois, nova coleta sanguínea é realizada. Observa-se o resultado 
obtido, sendo que valores maiores ou iguais à 200mg/dl são determinantes para 
Diabetes Mellitus e valores entre 140mg/dl e 200mg/dl representam baixa tolerância 
a glicose (CALISTA 2012; BRASIL, 2013). 
A Hemoglobina Glicada (Hba1c) é um exame utilizado tanto para o 
diagnóstico quanto para o acompanhamento da Diabetes Mellitus tipo II. O Hba1c 
determina a quantidade de hemoglobina que se encontra ligada à glicose no 
intervalo de até 90 dias. É um dos exames mais importantes, pois além do 
diagnóstico, favorece também o controle do paciente com Diabetes Mellitus tipo II 
(SBD, 2015). 
 
 
23 
 
 
Segue abaixo o quadro com valores de referência de glicemia plasmática. 
 
Quadro 1- Valores de Glicemia Plasmática (mg/dL) para Diagnóstico de Diabetes 
EXAME RESULTADO DIAGNÓSTICO 
 
Glicemia de jejum 
(G.J) 
menor que 110 mg/dl Normal 
maior que 126 mg/dl Diabetes 
 
Glicemia Casual 
(G.C) 
menor que 200 mg/dl Normal 
maior que 200 mg/dl Diabetes 
 
Hemoglobina Glicada 
(Hba1C) 
menor que 5,7% Normal 
maior que 6,5% Diabetes 
 
Teste tolerância à 
glicose (TTG) 
menor que 140 mg/dl Normal 
maior que 200 mg/dl Diabetes 
Fonte: Adaptado de SBD 2015. 
 
O tratamento da Diabetes Mellitus tipo II pode ser realizado através da 
terapia medicamentosa ou não medicamentosa (SBD, 2009). Um determinante no 
tratamento da Diabetes Mellitus não medicamentoso é a mudança no estilo de vida, 
já que o mesmo é um dos principais causadores da doença. O tratamento 
compreende na realizaçãode atividade física, hábitos alimentares adequados e 
saudáveis, o uso correto de hipoglicemiantes orais e insulinoterapia quando 
necessário (BRITO; BUZO; SALADO, 2009). 
Cerca de 80% dos indivíduos diagnosticados com Diabetes Mellitus tipo II 
são obesos. Para alcançar melhor eficácia no tratamento, a dieta deve ser adequada 
e balanceada de forma a prevenir e evitar complicações. Por este motivo, o 
acompanhamento deve ser realizado por um profissional especializado (COTTA et 
al., 2009). O acompanhamento clínico minucioso é indispensável para o tratamento 
da Diabetes Mellitus. A adesão a uma dieta saudável é imprescindível, para que o 
paciente consiga reduzir a glicose absorvida e assim o favoreça a perda de peso 
(FIGUEREDO; VIANA; MACHADO, 2008). 
24 
 
 
A prática de atividade deve ser adotada diariamente uma vez que ela além 
de aumentar o efeito da insulina, reduz a glicemia e previne o excesso de peso 
proporcionando melhor disposição e sensação de bem-estar, reduzindo o risco de 
doenças cardiovasculares (FIGUEREDO; VIANA; MACHADO, 2008). 
A adaptação de um novo estilo de vida não é algo de fácil aceitação em 
determinadas situações e devido a essas dificuldades, utiliza-se a terapêutica 
medicamentosa através da insulinoterapia e/ou hipoglicemiantes orais (VANCEA et 
al., 2009). O tratamento da Diabetes Mellitus tipo II objetiva atingir os níveis 
glicêmicos adequados, precaver os pacientes de complicações crônicas (doenças 
cardiovasculares, neuropatia, nefropatia, retinopatia e o pé diabético) e 
complicações agudas (hiperglicemia e hipoglicemia) (CALISTA, 2012; SBD, 2009; 
ARSA et al., 2009). 
 
4.5 COMPLICAÇÕES CLÍNICAS DA DIABETES MELLITUS TIPO II 
 
Brasil (2010) apresenta que o descontrole da Diabetes Mellitus pode 
acarretar em longo prazo alterações e falência dos órgãos, como rins, nervos, 
coração, olhos e vasos sanguíneos. Se não tratada de forma adequada, a Diabetes 
Mellitus tipo II pode ocasionar cegueira, insuficiência renal e até mesmo a 
amputação dos membros principalmente os inferiores. Ainda estudos apresentados 
por Brasil (2010), apontam que o alto nível da glicose na corrente sanguínea está 
ligado a doenças cardiovasculares aumentando as complicações macrovasculares e 
microvasculares, contribuindo com grande índice de mortalidade. 
No que se refere às complicações da Diabetes Mellitus tipo II citam-se as 
complicações agudas e crônicas. Dentre os fatores de complicações agudas, estão 
a síndrome hiperosmolar hiperglicêmica e a hipoglicemia. Elas devem ser 
identificadas e tratadas rapidamente (GOMES; COBAS; 2011). 
Para Brasil (2013) a síndrome hiperosmolar não cetótica é caracterizada por 
um estado de hiperglicemia acima de 600 mg/dl a 800 mg/dl, alteração na função 
mental e desidratação severa. Essa complicação pode ser desencadeada pela alta 
concentração de glicose na circulação. Também estão envolvidos fatores como 
disfunção endotelial, estado pré-trombótico e inflamação. 
Gomes e Cobas (2011) mostram que as complicações crônicas da Diabetes 
Mellitus tipo II podem ser retinopatia diabética, nefropatia diabética, pé-diabético, 
25 
 
 
Doenças Cardiovasculares (DCV), Doença Arterial Coronariana (DAC) e a Doença 
Obstrutiva Periférica (DAOP). 
SBD (2007) aponta que problemas de visão em pacientes portadores de 
Diabetes Mellitus tipo II são frequentes tendo a retinopatia diabética como um dos 
agravos, podendo ocasionar cegueira definitiva. Não existe ainda a comprovação 
para cura da retinopatia diabética, permanecendo somente a terapêutica para evitar 
o agravamento da doença e no tratamento cirúrgico das lesões com alto risco de 
perda visual completa (SBD, 2007). 
A nefropatia diabética é uma implicação microvascular que está relacionada 
com a morte prematura do indivíduo acometido por Diabetes Mellitus tipo II, por 
uremia e problemas cardiovasculares (LENARDT et al., 2008; BRASIL, 2013). 
Gomes e Cobas (2011) afirmam que pacientes portadores de Diabetes Mellitus tipo 
II são causadores de 25% dos registros de diálise no Brasil, cuja média de 20 a 30% 
dos pacientes diagnosticados com Diabetes Mellitus apresentam indício de 
nefropatia. 
SBD (2015) determina que dentre os problemas relacionados à Diabetes 
Mellitus, encontra-se a neuropatia diabética que pode acometer cerca 80% a 100% 
dos pacientes em longo prazo. Ainda SBD (2015) aponta que 2/3 (dois terços) de 
amputações não traumáticas (acidentes ou fatores externos), são devido a 
neuropatia diabética, podendo ela ser silenciosa e prosseguir lentamente. As 
sequelas da neuropatia não se evidenciam somente nas amputações e ulcerações. 
Pode ainda ocasionar problemas cardiovasculares, o que impacta na qualidade de 
vida dos indivíduos (SBD, 2015). 
O pé-diabético é uma das complicações crônicas mais significativas na 
Diabetes Mellitus, devido à grande probabilidade de amputação do membro. Ensinar 
sobre a importância dos cuidados com os pés é o principal meio de prevenção do pé 
diabético (COELHO; SILVA; PADILHA, 2009). Se diagnosticada antecipadamente a 
neuropatia diabética, o paciente consegue adiar suas complicações fazendo o 
controle glicêmico severo e os cuidados necessários com seus membros inferiores 
(pés) (COBAS e GOMES, 2010). 
Indivíduos diagnosticados com Diabetes Mellitus tipo II apresentam maior 
risco de desencadear Doença Cardiovascular (DCV). Os fatores de risco estão 
presentes nestes pacientes, uma média de doze anos antes de apresentar 
sintomas/sinais da Diabetes Mellitus. Em cerca de 25% dos portadores de Diabetes 
26 
 
 
Mellitus tipo II já se evidenciou a Doença Arterial Coronariana (DAC) no momento do 
diagnóstico, sendo que estes indivíduos têm uma maior probabilidade de óbito após 
incidente cardiovascular, do que o não portador de Diabetes Mellitus tipo II (GOMES; 
COBAS, 2011). 
A obstrução aterosclerótica das artérias dos membros inferiores ocasiona a 
Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP), podendo ser assintomática em 
algumas pessoas. Aproximadamente em12% da população atingida pelo DAOP, a 
Diabetes Mellitus tipo II está relacionada como fator de risco (MOTA et al., 2008). 
Fatores genéticos e metabólicos podem ser o motivo das complicações 
crônicas da Diabetes Mellitus tipo II, e o acompanhamento deve ser efetivo desde o 
momento do diagnóstico (SBD, 2007). 
 
4.6 EFEITOS BENÉFICOS DOS EXERCÍCIOS FÍSICOS PARA TRATAMENTO DA 
DIABETES MELLITUS TIPO II 
 
O tratamento para a Diabetes Mellitus tipo II não se resume exclusivamente 
na terapia medicamentosa a base e hipoglicemiantes orais ou até mesmo da 
insulinoterapia. Como todas as doenças crônicas, a Diabetes Mellitus tipo II requer 
mudanças no estilo de vida exigindo assim, um acompanhamento por vários 
profissionais especializados, entre eles: médicos, enfermeiros, farmacêuticos, 
endocrinologistas e profissional de educação física (MOLENA-FERNANDES et al., 
2005). 
Borges, Araújo e Cunha (2010) demonstram que exercícios aeróbicos e 
resistidos são os mais utilizados no auxílio para o tratamento e controle da Diabetes 
Mellitus tipo II, pois segundo Diabets Prevention Program (DPP), indivíduos 
diabéticos que praticam exercícios físicos, obtêm melhores resultados no controle 
desta patologia, em relação aos que fazem só uso da terapia medicamentosa. 
Desde o ano de 1935, quando foi reconhecido que a prática de exercícios 
físicos é importante para a redução da glicemia em indivíduos portadores de 
Diabetes Mellitus tipo II, vários estudos vêm sendo realizados com o propósito de 
alcançar resultados satisfatórios inerentes ao tratamento desta patologia, concluindo 
que este efeito é compensatório, e por isso, o exercício físico temseu lugar definido 
para o dia a dia no tratamento do paciente portador de Diabetes Mellitus tipo II (DIAS 
et al., 2007). 
27 
 
 
Arsa et al. (2009) demonstram em seu estudo que a prática de exercícios 
físicos promove modificações consideráveis na redução dos níveis glicêmicos após 
sua execução, bem como redução da glicemia de jejum, hemoglobina glicada e 
melhora das funções vasculares. 
A prática regular de exercícios físicos, além de favorecer o retardo do 
envelhecimento, controla a glicose sanguínea, reduz riscos da Diabetes Mellitus tipo 
II, melhorando a sensibilidade à insulina, reduzindo risos cardiovasculares pelo 
aumento do High Density Lipoprotein (HDL) e diminuição do Low Density Lipoprotein 
(LDL) (BORGES; ARAUJO; CUNHA, 2010). 
O exercício físico promove um equilíbrio entre a insulina e a glicose, sendo o 
desequilíbrio, entre eles o desencadeador dos sintomas da Diabetes Mellitus tipo II 
(SOUZA; SOUZA e MOREIRA, 2016). Existem comprovações que a prática de 
exercícios físicos exerce função essencial na prevenção da Diabetes Mellitus tipo II, 
por reduzir em média de 20 a 30% dos casos, assim como suas complicações. 
A Diabetes Mellitus tipo II pode ser evitada ou retardada e seu tratamento 
pode ser menos agressivo, podendo-se evitar as complicações crônicas, caso o 
indivíduo opte pela adesão de um novo estilo de vida (CASTRO, 2009). 
O exercício físico adequado contribui de forma significativa para o controle 
do metabolismo, auxiliando positivamente o portador de Diabetes Mellitus tipo II, 
tanto em aspectos fisiológicos quanto psicológicos (SILVA, 2011). 
Souza; Souza e Moreira (2016) relatam que o exercício físico é essencial 
para o indivíduo portador de Diabetes Mellitus tipo II, pois está relacionado a 
melhora do nível de glicemia plasmática e a sensibilidade da ação da insulina, o que 
reduz os riscos de doenças coronarianas. 
A prática constante de exercícios físicos atua no controle da Diabetes 
Mellitus tipo II, por influenciar na redução dos níveis glicêmicos (GHORAYEB, 2013). 
Segundo SBD (2015) a prática de atividade física possibilita uma maior 
capilarização das fibras musculares e melhora a função mitocondrial, 
proporcionando um aumento na sensibilidade tecidual à insulina. É notório o 
aumento da sensibilidade à insulina entre 24 e 72 horas após prática de exercício 
físico, pois ocorre a melhora aumento da absorção da glicose pelos músculos e 
adipócitos, diminuindo, portanto, a glicose sanguínea. 
O exercício físico favorece o controle dos níveis da glicemia, melhorando a 
ação da insulina no organismo, favorecendo na diminuição do risco de doenças 
28 
 
 
cardiovasculares. A redução da glicose sanguínea durante a realização dos 
exercícios físicos ocorre devido a captação de glicose sanguínea exercida pelos 
músculos esqueléticos (BARBOSA, 2013). 
As vantagens existentes a curto e longo prazo relacionadas à prática de 
exercícios físicos para a patologia antes mencionada são a diminuição da doença 
cardiovascular através de alterações que induzem a melhora do perfil lipídico, 
regularização da pressão arterial, diminuição da frequência cardíaca e aumento da 
circulação. Esse pressuposto contribui para uma melhor condição de vida 
(MERCURI; ARRECHEA, 2006; MOLENA-FERNANDES et al., 2005). 
O exercício físico é essencial, uma vez que auxilia na perda de peso, 
aumentando a sensibilidade à insulina, fortalecendo os efeitos anti-lipemiantes, 
reduzindo a concentração de triglicerídeos e apresentando valores satisfatórios de 
HDL-c. No decorrer do exercício físico a contração muscular aumenta a translocação 
de GLUT-4 (regulador e transportador de glicose no músculo durante a atividade) 
independente da disponibilidade da insulina (CARDOSO et al., 2007; DIAS et al., 
2007). 
Durante o exercício físico ocorre a transferência da glicose para dentro das 
células o que ocasiona a redução glicêmica, efeito mais rápido e marcante da 
insulina. Para ativação por insulina, o mecanismo envolvido é a mobilização das 
moléculas de permease, que ficam armazenadas em vesículas membranosas no 
interior da célula para membrana plasmática (DIAS et al., 2007). 
Severo (2014) determina que a prática de exercícios físicos além dos efeitos 
benéficos sobre a glicose, são também favoráveis na redução de peso e gordura 
abdominal, melhorando assim os níveis de colesterol. Isto integrado com a prática 
de exercícios físicos diminui a resistência insulínica e consequentemente, o 
desenvolvimento da Diabetes Mellitus tipo II (MOLENA-FERNANDES et al., 2005). 
Molena-Fernandes et al. (2005) retratam que a prática constante de 
exercícios físicos promove a elevação do tunover (renovação da proteína corporal 
que integra os processos de síntese e degradação) da insulina por maior capação 
hepática e melhor sensibilidade dos receptores periféricos. 
Diante da realização adequada dos exercícios físicos por indivíduos 
diabéticos tipo II, dentro da intensidade correta, os níveis de hemoglobina glicada 
podem ser reduzidos em uma média de 10 a 20%, ocorrendo também melhora no 
transporte de oxigênio pela corrente sanguínea (ARSA et al., 2009). 
29 
 
 
O exercício físico praticado de forma correta é eficaz na redução dos níveis 
de colesterol LDL (Low density lipoprotein) e VLDL (Very low density lipoprotein) 
contribuindo simultaneamente para a elevação do colesterol HDL (High density 
lipoprotein). Medidas simples como a realização frequente de exames de sangue, 
dieta saudável, uso adequado de sapatos, tornam a prática de exercícios físicos 
mais eficiente, proporcionando ao portador de Diabetes Mellitus tipo II melhor 
eficácia em seu tratamento (SILVA, 2011). 
Ghorayeb (2013) cita que os benefícios da prática do exercício físico podem 
ser classificados de dois tipos: à curto prazo,como aumento da ação insulínica, 
aumento da captação da glicose nos músculos e, portanto, a redução da glicose no 
sangue e a longo prazo, com a melhora na função cardiorrespiratória, aumento do 
HDL e diminuição do LDL, diminuição dos triglicerídeos e da gordura corporal. O 
exercício físico deve ser realizado no mínimo 5 vezes por semana com tempo médio 
de 150 minutos/semana (BARBOSA, 2013). 
O programa de exercício físico deve ser bem planejado para o portador de 
Diabetes Mellitus tipo II, pois se feito de forma inadequada pode causar severos 
problemas ao indivíduo, como hipoglicemia, sangramento na retina, complicações 
cardíacas e até morte súbita. Diante disto o paciente diabético deve manter seus 
níveis glicêmicos dentro da normalidade, a fim de obter os benefícios da prática do 
exercício físico enquanto método de tratamento para a Diabetes Mellitus tipo II 
(DIAS et al., 2007). 
 
4.7A PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS DIANTE DAS COMPLICAÇÕES 
DECORRENTES DA DIABETES MELLITUS TIPO II 
 
Os exercícios físicos assim como qualquer outra opção de tratamento devem 
ser prescritos de forma individualizada, respeitando as características fisiológicas de 
cada indivíduo portador de Diabetes Mellitus tipo II, de forma a evitar riscos e 
favorecer assim, os benefícios (MERCURI; ARRECHEA, 2006; GHORAYEB, 2013). 
Ao prescrever a prática de exercícios físicos ao indivíduo diabético tipo II o 
profissional deve estar atento a alguns aspectos de extrema importância para o bom 
aproveitamento e principalmente de forma a não trazer consequências severas aos 
portadores de complicações diabéticas (D’ANGELO; LEATTE; DEFANI, 2015). 
30 
 
 
É importante ressaltar a necessidade de se estar atento, no momento da 
prática de exercícios físicos, às complicações decorrentes da DM tipo II como os 
citados a seguir. 
A retinopatia diabética pode ser moderadanão proliferativa ou retinopatia 
proliferativa. Pacientes com essa complicação devem ser expostos a cargas mais 
baixas. Exercícios físicos que envolvam movimentos rápidos da cabeça e exercícios 
aeróbicos vigorosos devem ser evitados para esses tipos de indivíduos, uma vez 
que pode ocorrer hemorragia vítrea, deslocamento da retina e deslocamento ocular 
(BRASIL, 2013). 
Esses indivíduos devem buscar atendimento especializado para um melhor 
acompanhamento, mantendo seu tratamento de forma correta e adequada, sendo 
indicada visita ao oftalmologista no intervalo de 4-6 meses para portadores de 
retinopatia não proliferativa e 2-4 meses para portadores de retinopatia proliferativa 
(SBD, 2015). 
Além desta, a neuropatia periférica é o principal fator de risco de ulceração e 
amputação dos pés em indivíduos diabéticos tipo II. Deve-se observar a 
sensibilidade com os pés e manter sempre o indivíduo bem informado com os 
cuidados necessários a serem tomados diante da prática dos exercícios físicos e 
com a importância da utilização dos calçados adequados (D’ANGELO, LEATTE, 
DEFANI, 2015). 
Devem ser estipuladas atividades que não exijam impactos severos nos 
membros inferiores, sendo indicadas a natação, hidroginástica e bicicleta (SBD, 
2015). 
Tem-se também a retinopatia autonômica que segue de forma isolada, 
podendo acometer múltiplos órgãos e sistemas levando o indivíduo diabético tipo II a 
óbito. É recomendado que esse paciente antes da prática do exercício físico busque 
realizar avaliações cardiológicas (D’ANGELO, LEATTE, DEFANI, 2015). 
Requer severo controle durante a realização dos exercícios físicos, pois 
pode ocorrer o aumento de eventos cardíacos devido a diminuição da resposta 
cardíaca ao exercício, visão turva, maior risco de hipoglicemia. Recomenda-se o 
aquecimento prolongado e maior hidratação (MENDES et al., 2011). 
Ademais, a nefropatia ou microalbuminúria, caracterizada por insuficiência 
renal crônica causada pela Diabetes Mellitus é a principal causadora de doença 
renal no mundo. A prática de exercício físico aumenta a excreção de urina. Não 
31 
 
 
existem relatos afirmando que a prática, em maior intensidade, desses tipos de 
atividades seja prejudicial ao diabético tipo II (SBD, 2015). 
Neste contexto a desidratação consiste em uma complicação provável, visto 
que o diabético tipo II apresenta sinais de poliúria e a prática de exercícios físicos 
pode agravar esse quadro. Por isto, devem ingerir uma quantidade de 
aproximadamente 0,4 à 0,8 litros de água por hora além de dar início a prática já 
bem hidratado (MENDES et al., 2011). 
 
4.8 PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO FÍSICO PARA DIABETICO TIPO II 
 
A intensidade, frequência e tipo de exercício físico devem ser executados 
com cautela. O American College Sports Medicine (ACSM) sugerem que indivíduos 
portadores de Diabetes Mellitus tipo II sejam disciplinados quanto a prática dessas 
atividades. É recomendado quanto à frequência, ao menos 3 dias consecutivos 
durante cinco dias na semana. Já para intensidade, é indicado que seja de forma 
moderada, o correspondente a 40-70% VO2max, com duração de sessões entre 10 
a 15 minutos de duração, sendo gradualmente aumentado conforme resistência do 
indivíduo, até alcançar ritmo de 60 minutos de prática constante (VANCINI; LIRA, 
2004). 
A SBD (2015) estipula a classificação de valores para determinar a 
intensidade dos exercícios que devem ser prescritos ao indivíduo diabético tipo II 
durante sua execução. Segue abaixo quadro exemplificando esses valores: 
 
Quadro 2: Classificação de intensidade de exercícios 
 
PORCENTAGEM DA *VO2MÁX 
 
 
PORCENTAGEM DA *FC MÁX 
 
MODERADO 
 
40-60 
 
 
50-70 
 
VIGOROSO 
 
>60 
 
 
>70 
Fonte adaptada: SBD, 2015 
*VO2max: Consumo máximo de O2. 
*FCmax: Frequência cardíaca medida no teste ergométrico 
 
 
32 
 
 
4.9 TIPOS DE EXERCÍCIOS FÍSICOS USADOS NO TRATAMENTO DE DIABETES 
MELLITUS TIPO II. 
 
Os exercícios físicos mais recomendados para indivíduos diabéticos tipo II 
são: natação, ciclismo, remo, caminhada e exercícios de cadeira. Os que não são 
indicados: trilhas, caminhadas prolongadas, Cooper e exercícios de steep 
(D’ANGELO; LEATTE; DAFANI, 2015). 
É sabido que a prática de exercício físico é eficaz para o tratamento da 
Diabetes Mellitus tipo II, mas requer determinada atenção, pois esses indivíduos 
podem sofrer mal súbito vindo a óbito durante esta atividade. Diante disto, se faz 
necessária a avaliação cardíaca, avaliação da pressão arterial e avaliação dos níveis 
glicêmicos antes e depois da realização dos exercícios. Indivíduo diabético tipo II, 
que possua complicações nos membros inferiores devem ser preservados de 
atividades impactantes e que envolvam estresse gravitacional (BARBOSA, 2013). 
Mendes et al.(2011) apresentam como prática de exercícios físicos para 
portadores de Diabetes Mellitus tipo II, três tipos de classificação de exercícios, 
sendo: Exercício Aeróbico, Exercício Resistido e Exercício de Flexibilidade. 
 
4.9.1 Exercícios Aeróbicos 
 
Os Exercícios Aeróbicos englobam uma grande parte dos grupos 
musculares, podendo ser mantido por tempo prolongado. São indicados para serem 
praticados diariamente ou a cada dois dias consecutivos (MENDES et al., 2011; 
SBD, 2015). 
 A duração dos exercícios é dependente da frequência realizada 
semanalmente. Recomenda-se uma média de 150 minutos semanais de forma 
moderada a fim de favorecer a melhora do controle da glicemia, reduzindo os riscos 
de doenças cardiovasculares e o peso corpóreo. Diante disto, faz-se necessária a 
prática regular das atividades (D’ANGELO, LEATTE; DEFANI, 2015). 
De acordo com Mercuri; Arrechea (2006) os exercícios físicos aeróbicos 
prescritos para portadores de Diabetes Mellitus tipo II, devem possuir as 
características como mencionadas no fluxograma a seguir apresentado. 
 
33 
 
 
Fluxograma 1: Características de exercícios aeróbicos para portadores de Diabetes 
Mellitus tipo II. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Mercuri; Arrechea, 2006. 
* No caso de obesidade 
** O tempo sugerido deve ser acrescentado de 5-10minutos de exercício de alongamento e 
mobilidade antes e após os exercícios. 
 
 
4.9.2 Exercícios Resistidos (Musculação) 
 
São caracterizados como exercícios de resistência, cujos músculos reagem 
diante de uma força aplicada, o que implica em seu fortalecimento e resulta no 
aumento da força e na resistência muscular (MENDES et al., 2011). 
Esse tipo de exercício físico favorece no fortalecimento localizado dos 
músculos, envolvendo a maior quantidade de grupos musculares melhorando a 
circulação geral e periférica e a assimilação insulínica pelo organismo (D’ANGELO, 
LEATTE; DEFANI, 2015). 
Nesse contexto, deve ser realizado de duas a três sessões durante a 
semana com duração média de 30 minutos. Cada sessão deve evidenciar 
treinamento nos músculos dos braços e das pernas, como demonstrado no 
fluxograma 2 abaixo demonstrado. Não se recomenda exercícios de musculação 
para indivíduos diabéticos tipo II portadores de problemas oculares devido à alta 
pressão provocado nessa região (GHORAYEB, 2013). 
Exercícios Aeróbicos 
 
 
Característica 
 
Frequência Duração Intensidade 
Todos os dias* 
ou 3 a 4 vezes 
por semana 
20-30 min. 
diários** ou 
45-60 min. 
por semana 
Moderada 50 a 80% da 
frequência cardíaca 
máxima segundo a 
condição física, idade, e 
grau de treinamento. 
34 
 
 
Fluxograma 2: Características de exercícios resistidos para portadores de Diabetes 
Mellitus tipo II.Fonte: Adaptada Mendes et al., 2011. 
 
4.9.3 Exercício de Flexibilidade 
 
Estes são destinados ao aumento da força e do movimento nas articulações, 
e ainda para facilitar as atividades diárias e melhorar a adesão às demais 
modalidades de exercícios físicos, proposto para o indivíduo diabético tipo II 
(MOLENA-FERNANDES et al., 2005). 
Os exercícios de flexibilidade favorecem o equilíbrio, agilidade e a 
elasticidade, de forma a reduzir riscos de quedas e prevenção de demais 
complicações (MENDES et al., 2011). 
Devido ao efeito benéfico apresentado pelo físico na saúde, todos os 
indivíduos que busquem a melhorada Diabetes Mellitus tipo II devem praticar essa 
modalidade de exercício físico, pois reduz os riscos de doenças crônicas, diminui os 
agravos da doença e aumenta a amplitude da flexibilidade do indivíduo (MENDES et 
al., 2011). 
Pode-se observar no quadro abaixo os exercícios descritos pelas principais 
organizações científicas internacionais indicados para a Diabetes Mellitus tipo II 
como: Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACSM); Associação Americana de 
Diabetes (ADA); Associação Americana do Coração (AHA); Associação Belga de 
Terapia Física (BPTA); Associação Canadense de Diabetes (CDA); Associação 
Européia para o Estudo da Diabetes (EASD); Sociedade Européia de Cardiologia 
Exercícios resistidos 
 
 
Característica 
 
Frequência Duração Intensidade 
Realizar 2 a 3 
vezes por 
semana. 
Duração média 
de 30 minutos 
por sessão. 
8 a 10 
repetições. 
 
 
.máximas 
35 
 
 
(ESC); Exercise and Sports Science Austrália (ESSA); Sociedade Francófona Da 
Diabetes (FDS); Federação Internacional de Diabetes (IDF); Instituto Nacional 
Sueco de Saúde Pública (SNIPH). 
 
Quadro 3: Diretrizes para a prescrição de exercícios em pacientes com diabetes tipo 
II, emitidas por várias organizações científicas. 
Organização Tipo Modo Duração Intensidade Frequência 
ACSM e 
ADA 
Aeróbico 
Qualquer forma 
que usa grandes 
grupos 
musculares (por 
exemplo, 
caminhada 
rápida) 
Mínimo de 150 
min / semana 
Moderado a 
vigoroso 
Pelo menos 3 
dias / semana 
sem mais de 2 
dias 
consecutivos 
sem exercício 
 
Resistência 
Máquinas de 
resistência e 
pesos livres 
envolvendo 
grandes 
grupos 
musculares 
1-4 
conjuntos 8-15 
repetições 
5-10 exercícios 
em cada sessão 
Moderado a 
vigoroso 
Pelo menos 
duas vezes por 
semana em dias 
não 
consecutivos 
Flexibilidade 
Incluído como parte de um programa de atividade física; Não deve 
substituir outros tipos de exercício 
FDS 
Aeróbico 
 
Mínimo de 150 
min / semana 
Pelo menos 
moderado 
Pelo menos 
3 
dias / semana 
com 
não 
mais de 
dois dias 
consecutivos 
sem exercício 
Resistência 
Exercícios 
envolvendo 
grandes 
grupos 
musculares 
3 séries 
8-10 repetições 
5-10 exercícios 
em cada sessão 
Moderado a 
vigoroso 
Pelo menos 
2 vezes por 
semana em 
dias não 
consecutivos 
BPTA 
Aeróbico 
 
Mínimo de 150 
min / semana 
Baixa a 
moderada 
3-5 dias / 
Semana 
Resistência 
 
3 séries 
10-15 repetições 
5-10 exercícios 
em cada sessão 
Moderado 
Combinado 
com exercício 
aeróbio 
36 
 
 
Organização Tipo Modo Duração Intensidade Frequência 
ESSA 
Aeróbico 
Grandes 
atividades 
musculares (por 
exemplo, andar, 
correr, andar de 
bicicleta e nadar) 
Mínimo de 150 
min / semana OU 
Moderado 
Não mais de 
dois dias 
consecutivos 
sem exercício Mínimo de 90 
min / semana 
Vigoroso 
Resistência 
Multi 
exercícios 
articulares 
envolvendo 
grandes 
grupos 
musculares 
2-4 
conjuntos 
8-10 
repetições 
8-10 
exercícios 
em cada 
sessão 
60 min 
/ 
seman
a OU 
Moderado 
Duas ou mais 
sessões por 
semana 35 
min / 
sem
ana 
Vigoroso 
CDA 
Aeróbico 
Grandes 
atividades 
musculares (por 
exemplo, 
ciclismo, 
caminhada rápida 
e natação 
contínua) 
Mínimo de 150 
min / semana 
Moderado a 
vigoroso 
Pelo menos 
3 
dias / semana 
com não mais 
de dois dias 
consecutivos 
sem exercício 
Resistência 
Máquinas de 
resistência 
ou pesos 
livres 
3 séries 
8 repetições 
Moderado a 
vigoroso 
Pelo menos 2 
vezes 
por semana 
AHA 
Aeróbico 
Atividades de 
grandes 
músculos 
Mínimo de 150 
min / semana 
 
Moderado 
3-7 dias/ 
Semana 
Mínimo de 90 
min / semana 
Vigoroso 
3 dias / 
Semana 
Resistência 
Multi 
exercícios 
conjuntos; 
Grupos 
musculares 
grandes 
2-4 séries 
8-10 repetições 
Exercícios para 
todos os grupos 
musculares em 
cada sessão 
Moderado a 
vigoroso 
3 dias / 
Semana 
ADA Aeróbico 
Por exemplo, 
caminhar 
Mínimo de 150 
min / semana 
Moderado 
Pelo menos 
 3 
dias / semana 
com não mais 
de dois dias 
consecutivos 
37 
 
 
Organização Tipo Modo Duração Intensidade Frequência 
sem exercício 
Resistência 
Pesos livres 
ou máquinas 
de peso 
envolvendo 
grandes 
grupos 
musculares 
Pelo menos 1 
conjunto de 
5 ou mais 
exercícios 
diferentes em 
cada sessão 
 
Pelo menos 
2 vezes por 
semana 
SNIPH 
Aeróbico 
Por exemplo, 
caminhada 
rápida, ciclismo 
Mínimo de 
 30 min 
Moderado Diariamente 
Por exemplo, 
tênis, natação 
20-60 min Vigoroso 
3-5 dias / 
semana 
Resistência 
Body weight, 
elásticos, 
pesos livres 
ou máquinas 
de peso 
8-12 repetições 
de cada 
exercício 8-10 
exercícios em 
cada sessão 
 
2-3 dias/ 
semana 
Flexibilidade 
5-10 min no final das sessões de exercícios aeróbicos e de 
resistência 
IDF 
Aeróbico 
 
Mínimo de 
150 min / 
semana 
Moderado 
3-5 dias / 
semana 
Resistência 
 
3 dias / 
Semana 
ADA e 
EASD 
Aeróbico 
 
Resistência 
 
Mínimo de 
150 min / 
semana 
Moderado 
 
Flexibilidade 
 
ESC e 
EASD 
Aeróbico 
 
Mínimo de 
150 min / 
semana Moderado a 
vigoroso 
 
 
 
Resistência 
 
Fonte: Mendes et al., 2016. 
 
 
38 
 
 
Barbosa (2013) apresenta em seu estudo, outros tipos de exercícios físicos 
não muito conhecidos, mas utilizados para o tratamento da Diabetes Mellitus tipo II. 
O Exercício de Endurance é muito eficaz para o tratamento da Diabetes Mellitus tipo 
II, mas não é muito utilizado. Caracteriza-se por exercício de longa duração com 
baixa intensidade. O Exercício Passivo que pode ser realizado com o auxílio de 
outro indivíduo fazendo a utilização do corpo como ferramenta de atividade. Por fim, 
a Yoga, que apesar de alguns estudos apresentados por Barbosa (2013) relatarem 
melhora no controle glicêmico com essa prática, esses resultados não são muito 
conhecidos, mas continuam sendo utilizados. 
Mendes et al. (2011); Mendes et al. (2013) apresentam em seus estudos 
uma proposta de sequências de exercícios físicos que auxiliam no tratamento da 
Diabetes Mellitus tipo II,utilizando materiais de fácil acesso e sem altos custos como 
cadeiras, garrafas com areia, garrafas com água, bexigas como representados 
Figura 1. 
 
Figura 1: Material básico utilizado para exercícios 
 Fonte: Mendes et al., 2011. 
 
Na modalidade de exercícios aeróbicos o mais indicado é a marcha, pois 
pode variar de intensidade sendo leve, moderada e vigorosa. Abaixo as figuras 
indicadas ilustram o exposto. A Figura 2 representa, marcha normal, podendo ser 
realizada média de 5 minutos para aquecimento dos exercícios (MENDES et al., 
2011). 
39 
 
 
Figura 2: Marcha normal (leve) 
 Fonte: Mendes et al., 2011A Figura 3 representa marcha moderada, devendo ser praticada por 50 
minutos (MENDES et al., 2011). 
 
Figura 3: Marcha moderada 
 Fonte: Mendes et al., 2011 
 
A Figura 4 representa a marcha vigorosa devendo ser realizada por 20 
minutos (MENDES et al., 2011). 
40 
 
 
Figura 4: Marcha vigorosa 
 Fonte: Mendes et al., 2011. 
 
Na Figura 5, estão sendo realizada uma variedade de estafetas (objetos de 
passagem como: bastões, garrafas, bolas) alternando, portanto, as marchas 
moderadas e vigorosas (MENDES et al., 2013). 
 
Figura 5: Exercícios moderados 
 Fonte: Mendes et al. 2013 
 
41 
 
 
O exercício resistido representado na Figura 6 demonstra o trabalho de 
fortalecimento da musculatura, devendo ser realizado por 20 minutos. Pode ser 
divido em sessões de treinamento primeiro de membros superiores, segundo de 
membros inferiores e terceiro de tronco (MENDES et al., 2013). 
 
Figura 6: Exercícios resistidos 
 Fonte: Mendes et al., 2013. 
 
O exercício de agilidade representado na Figura 7 deve ser realizado por 10 
minutos, utilizando-se de bolas e bexigas como instrumento de incentivo (MENDES 
et al., 2011). 
 
Figura 7: Exercício de agilidade 
 Fonte: Mendes et al., 2013. 
42 
 
 
Os exercícios de flexibilidade representados na Figura 8 devem ser 
realizados por 5 minutos e ao término, o indivíduo retornará ao estado de calma. 
Toda prática dos exercícios físicos deve ser monitorada observando-se a frequência 
cardíaca e níveis glicêmicos. A hidratação para pacientes diabéticos tipo II é 
imprescindível em qualquer modalidade de exercício físico (MENDES et al., 2013). 
 
Figura 8: Exercício de flexibilidade 
 Fonte: Mendes et al., 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
5.1 TIPO DE PESQUISA 
 
O presente estudo contempla procedimentos técnicos metodológicos de uma 
pesquisa bibliográfica, sendo esta quanto a sua natureza, uma pesquisa básica, que 
objetiva descrever os benefícios do exercício físico como coadjuvante para o 
tratamento de Diabetes Mellitus tipo II. 
Quanto à problemática trata-se de uma pesquisa exploratória, havendo o 
estudo e avaliação de informações para explicar o contexto de uma questão 
norteadora. 
 
5.2 POPULAÇÃO 
 
Consiste em bibliografias referentes aos benefícios do exercício físico como 
coadjuvante para o tratamento de Diabetes Mellitus tipo II. 
 
5.3 AMOSTRA 
 
A amostra foi baseada em artigos indexados e referências relativas à prática 
de exercícios físicos e seus benefícios diante do tratamento de indivíduos portadores 
de Diabetes Mellitus tipo II. 
 
5.4 ELABORAÇÃO DO PROJETO 
 
A princípio buscas foram realizadas através do acesso on-line em aos 
bancos de dados e sistemas de busca Scientific Eletronic Library On-line (SCIELO), 
Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), Google acadêmico e outras fontes eletrônicas 
que contenham informações condizentes ao tema e objetivo proposto no trabalho 
como Manuais, Cadernos do Ministério da Saúde, Revistas Eletrônicas referentes ao 
assunto, páginas eletrônicas de organização governamental e não governamentais 
de caráter científicos. Para detalhar a pesquisa foram utilizados os seguintes 
descritores: Diabetes Mellitus tipo II, Exercício físico e Diabetes Mellitus tipo II, 
Exercício físico e doenças crônicas, Tratamento da Diabetes Mellitus tipo II. 
44 
 
 
Os levantamentos bibliográficos também ocorreram em forma de consulta a 
livros de publicações nacionais disponíveis na biblioteca Dom José Chaves da 
Faculdade Serra da Mesa (FASEM). Esta fase ocorreu no período de junho e julho 
de 2017. As bibliografias levantadas foram separadas em ordem de: Artigos, Livros, 
Manuais, e Páginas eletrônicas governamentais e não-governamentais. 
Em seguida à separação do referencial, foi desenvolvido o processo de 
inclusão e exclusão de textos inerentes ao contexto dos objetivos geral e específicos 
do presente trabalho. Deste modo foi realizada a impressão das referências para 
facilitar o destaque das informações com canetas marca texto colorida, classificando 
os dados importantes para a pesquisa. Em seguida às marcações, foi feito uma nova 
leitura para confrontamento das informações 
Foram escolhidas e lidas 71 referências, sendo: 40 artigos, 17 manuais, 08 
livros, 06 páginas eletrônicas. Com o processo de exclusão, selecionou-se o material 
compatível com o estudo. Foram utilizadas para execução do mesmo, 50 referencias 
sendo: 27 artigos, 11 manuais, 06 livros e 06 páginas eletrônicas. 
 
5.5 RISCOS E BENEFÍCIOS 
 
Por se tratar de uma pesquisa realizada a partir da revisão bibliográfica, não 
obteve riscos para a coleta de dados, uma vez que se tratou de leitura e análise de 
obras. 
Dentre os benefícios, o maior deles foi à aquisição de novos conhecimentos 
sobre o assunto e estímulo para que novas pesquisas sejam realizadas relacionadas 
ao tema. 
 
5.6 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO 
 
A partir da leitura foi realizada a delimitação do referencial teórico, isso 
significa que o processo de inclusão dependeu do tipo de publicação, da relação que 
foi estabelecida entre a obra e a temática, estabelecendo como ano de referência de 
publicação a partir de 2007, salvo as referências que extrapolaram o ano de 
publicação por conter em importantes conceitos e informações pertinentes ao 
estudo, sendo: 
45 
 
 
 Artigo com base cientifica, demonstrando a importância da atividade física 
para o tratamento da Diabetes Mellitus tipo II. 
 Artigos com até 10 anos de publicação salvo aquelas referências com bases 
conceituais e de grande importância para a composição do trabalho. 
 
Foram inclusas todas as referências que atendiam aos objetivos do trabalho. 
 
Como critérios de exclusão foram utilizados: 
 Referências que não atendiam aos objetivos propostos pelo presente estudo; 
 Publicação anterior ao ano de 2007, 
 Artigos de bases não confiáveis que fugiram ao tema e ao título do trabalho. 
 
5.7 PROCESSAMENTO E ANÁLISEDE DADOS 
 
Os dados foram elucidados através de uma apreciação da literatura inclusa 
no estudo, expressando os resultados que foram condizentes com o propósito do 
estudo. 
Para os resultados foi construído o primeiro quadro que identifica as 
referências inclusas no presente estudo. O segundo quadro foi referente aos temas 
preponderantes de acordo com objetivos e as referências utilizadas na composição. 
A construção da discussão aconteceu de forma integrada entre as ideias e o tema 
de cada referência inclusos, de acordo com os quadros presentes e já mencionados. 
 
5.8 QUESTÃO NORTEADORA 
 
Quais os benefícios da atividade física no tratamento de indivíduos 
portadores de Diabetes Mellitus tipo II. 
 
 
 
 
 
 
46 
 
 
6 RESULTADO E DISCUSSÃO 
 
O presente trabalho transcorreu em forma de pesquisa bibliográfica, sendo que 
para a construção do mesmo, foram compatíveis com os objetivos propostos um 
total de 50 referências, sendo 27 artigos, 11 manuais, 06 livros, 06 páginas 
eletrônicas. 
Dos 100% de bibliografias utilizadas para construção do presente trabalho 54% 
corresponde aos artigos; 22% correspondem aos manuais; 12% correspondem aos 
livros; 12% correspondem às páginas eletrônicas. 
 
Quadro 4 - Resultados organizados a partir de: título, autores, local de realização, 
ano de publicação, tipo de documento e principais ideias abordadas. 
 
TÍTULO 
 
 
AUTORES 
 
LOCAL 
 
ANO 
 
DOC PRINCIPAIS 
IDEIAS 
1. Diabetes 
Mellitustipo II: 
Aspectos 
fisiológicos, 
genéticos e 
formas de 
exercício físico 
para seu controle 
ARSA ,Gisela; 
LIMA,Laila; 
ALMEIDA, 
Sandro Soares 
de; MOREIRA, 
Sérgio 
Rodrigues; 
CAMPBELL, 
Carmen Sílvia; 
SIMÕES, 
Herbert 
Gustavo 
São Paulo 
SP 
2009 ARTIGO Apresentar 
fatores genéticos 
da Diabetes 
Mellitus tipo II e 
benefícios do 
exercício físico 
diante do 
tratamento e 
controle da 
patologia. 
2. Papel da 
atividade física 
no tratamento da 
Diabetes Mellitus 
tipo II 
BARBOSA, 
Edna de Jesus 
Litenski 
Rev. Plos 
One 
Curitiba 
PR 
2013 ARTIGO Apresentar a 
melhora no 
controle dos 
níveis glicêmicos 
diante da pratica 
do exercício 
físico. 
3. Os 
benefícios do 
tratamento 
resistido para 
portadores de 
Diabetes Mellitus 
tipo II 
BORGES, 
Gisleide Alves; 
ARAUJO, 
Siomara Freire 
de; CUNHA, 
Raphael 
Martins. 
 
Goiânia 
GO 
2010 ARTIGO Relatar os 
benefícios do 
treinamento de 
força no 
tratamento da 
Diabetes mellitus 
tipo II a fim de 
relativizar a 
importância do 
treinamento de 
força na 
atenuação das 
alterações 
metabólicas no 
47 
 
 
paciente 
Diabético tipo II. 
 
4. Estilo de 
vida e hábitos 
alimentares de 
pacientes 
diabéticos. 
 
BRITO, Keila 
Mara de.; 
BUZO, Roberta 
Aparecida Cruz; 
SALADO, 
Gersislei 
Antônia. 
Rev. 
Saúde e 
Pesquisa 
2009 ARTIGO Caracterizar estilo 
de vida de 
indivíduos 
portadores de DM 
II. 
5. Conduta 
terapêutica para o 
tratamento da 
Diabetes Mellitus 
tipo II: Uma 
revisão da 
literatura. 
CALISTA, 
Andréa Abreu 
Revista 
Saúde e 
Pesquisa. 
Campina 
Grande-PB 
2012 ARTIGO Apresentar e 
discutir os 
aspectos centrais 
envolvidos na 
trajetória da 
patologia e a 
importância da 
terapêutica 
adequada ao 
tratamento. 
6. Aspectos 
importantes na 
prescrição do 
exercício físico 
para a Diabetes 
Mellitus tipo II 
CARDOSO, 
Leda Márcia; 
OVANDO, 
Ramon Gustavo 
de Moraes; 
SILVA, Sabrina 
Fernanda; 
OVANDO, Luiz 
Alberto. 
Revista 
Brasileira 
de 
Prescrição 
e Fisiologia 
do 
Exercício, 
São Paulo 
2007 ARTIGO Descrever 
conceito de 
Diabetes Mellitus 
tipo II e principais 
exercícios físicos 
recomendados 
para o tratamento 
da patologia. 
7. Exercício e 
Diabetes Mellitus 
tipo II. 
CASTRO, 
Manuel 
Henrique. 
Porto 2009 ARTIGO Estabelecer a 
eficácia do 
exercício físico 
diante do controle 
do Diabetes 
Mellitus tipo II e a 
redução dos 
níveis glicêmicos. 
8. Diabetes 
Mellitus. 
COBAS, 
Roberta 
GOMES, Marília 
de B. 
Revista 
Hospital 
Universitári
o Pedro 
Hernesto. 
2010 ARTIGO Ressaltar 
conceitos e 
definição de 
Diabetes Mellitus. 
 
9. Representaç
ões sociais de pé 
diabético para 
pessoas com 
Diabetes Mellitus 
tipo II. 
COELHO, 
Maria Seloi; 
SILVA, Denise 
Maria Guerreiro 
Vieira; 
PADILHA, Maria 
Itayra de Souza 
Revista 
Esc. Enfer. 
USP 
[São 
Paulo?] 
2009 ARTIGO Determinar as 
causas e 
consequências do 
pé diabético bem 
como o 
conhecimento dos 
indivíduos diante 
da patologia. 
10. Hábitos e 
práticas 
alimentares de 
hipertensos e 
diabéticos: 
repensando o 
cuidado a partir 
da atenção 
primária. 
COTTA, 
Rosângela 
Minardi Mitre; 
REIS, Roberta 
Sena; BATISTA, 
Kelly Cristina 
Siqueira; DIAS, 
Glauce; 
ALFENAS, Rita 
de Cássia 
Revista. 
Nutricional 
Campinas 
2009 ARTIGO Identificar hábitos 
e práticas 
alimentares 
inadequados 
apresentados por 
hipertensos e 
diabéticos 
usuários da ESF 
em ma cidade de 
MG. 
48 
 
 
Gonçalves; 
CASTRO, 
Fátima 
Aparecida 
Ferreira de 
 
11. Exercício 
Físico como 
Coadjuvante no 
Tratamento da 
Diabetes. 
D’ANGELO, 
Flavia Ariane; 
LEATTE, Elen 
Paula; DEFANI, 
Marly 
Aparecida. 
Maringá, 
PR 
2015 ARTIGO Ressaltar os 
benefícios da 
prática do 
exercício físico 
diante do 
tratamento do 
Diabetes Mellitus 
tipo II. 
12. A 
importância da 
execução da 
atividade física 
orientada: uma 
alternativa para o 
controle de 
doença crônica 
na atenção 
primaria. 
DIAS, Jônatas 
Antonio; 
PEREIRA, 
Tayná Rita 
Mateus; 
LINCOLN, 
Patrícia 
Barbosa; 
SOBRINHO, 
Reinaldo 
Antonio da 
Silva. 
Paranavaí, 
PR 
2007 ARTIGO Reconhecer os 
benefícios do 
exercício físico 
quanto a 
promoção da 
redução dos 
níveis glicêmicos 
dos indivíduos 
portadores de 
Diabetes Mellitus 
tipo II. 
13. O idoso 
portador de 
nefropatia 
diabética e o 
cuidado de si. 
LENARDT 
Maria Helena; 
HAMMERSCHM
IDT, Karina 
Silveira de 
Almeida ; 
BORGHI, 
Ângela Cristina 
da Silva; 
VACCARI, 
Élide; SEIMA, 
Márcia Daniele. 
Revista 
Texto 
Contexto 
Enfermage
m 
Florianópoli
s 
2008 ARTIGO Descrever 
cuidados que o 
indivíduo tem 
frente ao 
Diabetes Mellitus 
tipo II e suas 
práticas no 
tratamento. 
14. Prescrição 
de exercícios 
para pacientes 
com diabetes tipo 
II - síntese de 
recomendações 
internacionais: 
revisão narrativa 
MENDES, 
Romeu; 
SOUSA, 
Nelson; 
ALMEIDA, 
António; 
SUBTIL, Paulo; 
MARQUES, 
Fernando 
Guedes; 
REIS,Victor 
Machado; 
BARATA, José 
Luís Themudo., 
British 
Journal of 
Sports 
Medicine 
2016 ARTIGO 
TRADUZID
O 
Descreve 
programa de 
intervenção dos 
exercícios físicos 
para 
determinação dos 
benefícios diante 
do controle do 
Diabetes Mellitus 
tipo II. 
15. Programa 
de exercício 
físico na 
Diabetes Mellitus 
tipo II. 
MENDES, 
Romeu; REIS, 
Vitor; SOUSA, 
Nelson; 
BARATA, José 
Luís Themudo. 
Revista 
Portuguesa 
de 
Diabetes; 
Covilhã 
2013 ARTIGO Identifica 
principais 
exercícios físicos 
utilizados para o 
tratamento de 
indivíduos 
diabéticos tipo II. 
16. Diabetes 
em movimento. 
MENDES, 
Romeu; REIS, 
Rev. 
Medicina 
2011 ARTIGO Demonstra que a 
prática de 
49 
 
 
Programa 
comunitário de 
exercícios para 
pessoas com 
Diabetes Mellitus 
tipo II. 
Vitor; SOUSA, 
Nelson; 
BARATA, José 
Luís Themudo. 
Desportiva, 
Vila Real 
Portugal 
exercício físico 
influencia na 
redução dos 
níveis glicêmicos 
sendo essencial 
par ao tratamento 
e controle do 
Diabetes Mellitus 
tipo II. 
17. Atividade 
Física e Diabetes 
Mellitus 
MERCURI, 
Nora; 
ARRECHEA, 
Viviana. 
Buenos 
Aires, 
Argentina 
2006 ARTIGO Demonstrar a 
importância do 
exercício físico 
para tratamento 
do Diabetes 
Mellitus tipo II 
18. A 
importância da 
associação de 
dieta e de 
atividade física na 
prevenção e 
controle do 
Diabetes Mellitus 
tipo II. 
MOLENA-
FERNANDES, 
Carlos 
Alexandre; 
JÚNIOR, Nelson 
Nardo; TASCA, 
Raquel Soares; 
PELLOSSO, 
Sandra Marisa e 
CUMAN, 
Roberto Kenji 
Nakamura 
Maringá 2005 ARTIGO Analisar a 
importância do 
novo estilo de 
vida com a 
inserção da 
pratica de 
exercício físicos 
na prevenção e 
controle do 
Diabetes Mellitus 
tipo II. 
19. Lipoproteína 
(a) em pacientes 
portadores de 
doença arterial 
obstrutiva 
periférica e/ou 
Diabetes Mellitus 
tipo II. 
MOTA, Ana 
Paula Lucas; 
CARVALHO, 
Maria das 
Graças; LIMA, 
Luciana 
Moreira; 
SANTOS, Maria 
Elisabeth Rennó 
de Castro; 
SOUZA, 
Marinez de 
Oliveira. 
Belo 
Horizonte 
2008 ARTIGO Identificar fatores 
de risco 
associados à 
progressão do 
Diabetes Mellitus 
tipo II, dentre 
eles o aumento 
da lipoproteína. 
20. O exercício 
aeróbio como 
intervenção 
terapêutica no 
controle da 
Diabetes Mellitus 
tipo II. 
SILVA, 
Franciele 
Cascaes da. 
Tubarão 2008 ARTIGO Determinar risos

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