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Anticonvulsivantes Prof. João Vicente. Epilepsia Transtorno neurológico crônico que atinge 0,5 – 1% da população. Caracterizada por crises súbitas e espontâneas associadas à descarga anormal, excessiva e transitória de células nervosas. O sítio de descarga e sua extensão são fatores determinantes da sintomatologia clínica apresentada. Varia desde a perda da consciência por poucos segundos até crises generalizadas prolongadas. Epilepsia Causas prováveis: infarto cerebral tumor infecção trauma doença degenerativa Classificação das crises epilépticas CRISES PARCIAIS Crises simples (consciência não afetada) com sinais motores com sintomas sensoriais ou somatossensitivos com sintomas autonômicos com sintomas psíquicos CRISES PARCIAIS Crises parciais complexas (com comprometimento da consciência) início parcial simples progredindo para comprometimento da consciência com comprometimento da consciência desde o início CRISES PARCIAIS Crises parciais evoluindo para crises generalizadas secundariamente crises parciais simples evoluindo para crises generalizadas crises parciais complexas evoluindo para generalizadas crises parciais simples evoluindo para crises parciais complexas e subsequentemente, para crises generalizadas CRISES GENERALIZADAS (convulsivas ou não convulsivas) Ausência (pequeno mal) Crises Mioclônicas Crises Clônicas Crises Tônicas CrisesTônico-clônicas (grande mal) Crises Atônicas Formas combinadas Fisiopatologia e Mecanismo de ação aumento da atividade sináptica inibitória diminuição da atividade sináptica excitatória controle da excitabilidade da membrana neuronal e da permeabilidade iônica Fármacos Fenobarbital Principais indicações – Todos os tipos exceto crises de ausência. Principais efeitos indesejáveis – Sedação e depressão FENITOÍNA Mecanismos celulares – Bloqueio uso dependente dos canais de sódio Efeitos sobre a descarga – Inibe a propagação da descarga Principais indicações – Todos exceto crises de ausência Principais efeitos indesejáveis – Ataxia, vertigem, hipertrofia gengival, hirsutismo, anemia megaloblástica, malformação fetal, reações de hipersensibilidade Obs: biodisponibilidade reduzida se ingerida com antiácidos. Efeitos Colaterais HISURTISMO HIPERTROFIA GENGIVAL CARBAMAZEPINA Mecanismos celulares – Bloqueio uso dependente dos canais de sódio Efeitos sobre a descarga – Inibe a propagação da descarga Principais indicações – Todos exceto crises de ausência, particularmente epilepsia de lobo temporal, tb utilizada na neuralgia do trigêmio. Principais efeitos indesejáveis – Ataxia, sedação, visão turva, retenção de água, reações de hipersensibilidade, leucopenia, insuficiência hepática (rara). VALPROATO Mecanismos celulares: Efeito sobre a GABA transaminase (inibição) e acido glutâmico descarboxilase (ativação), Inibição dos canais de sódio: Semelhante a fenitoína. Provável bloquei dos canais de Cálcio tipo T. Pode limitar a descarga repetitiva. Principais indicações – Crises de ausência (pacientes que não respondem Etossuximida). Muito efetivo em epilepsias generalizadas com tipos mistos de convulsões. Escolha para convulsões generalizadas idiopáticas. Principais efeitos indesejáveis Em geral são menores do que com outros fármacos, náusea, queda de cabelos, aumento de peso, malformações fetais ETOSSUXIMIDA Mecanismos celulares Inibição dos canais de cálcio do tipo T Efeitos sobre a descarga Inibe a descarga de “pontas e ondas” talâmica. Principais indicações – Nas crises de ausência (escolha). Pode exacerbar as convulsões tônico-clônicas Principais efeitos indesejáveis – Náusea, anorexia, alterações do humor, cefaléia BENZODIAZEPÍNICOS Usados: Clonazepam, Clobazam, Diazepam Mecanismos celulares – Potencialização da ação do GABA. Efeitos sobre a descarga – Inibe a propagação Principais indicações – Todos os tipos. Diazepam usado por via I.V. Para controle do estado de mal epiléptico. Principais efeitos indesejáveis – Sedação e síndrome de abstinência Indicações Clínicas dos Agentes Antiepilépticos CONVULSÕES TÔNICO-CLÔNICAS (grande mal) – Carbamazepina – preferida em virtude da baixa incidência de efeitos colaterais. Fenitoína Valproato PREFERE-SE O USO DE UM ÚNICO FÁRMACO (quando possível), DEVIDO AO RISCO DE INTERAÇÕES. AGENTES MAIS RECENTES – Vigabatrina, lamotrigina, felbamato, gabapentina Indicações Clínicas dos Agentes Antiepilépticos CONVULSÕES PARCIAIS (focais) Carbamazepina Valproato Clonazepam Fenitoína alternativas Indicações Clínicas dos Agentes Antiepilépticos CRISES DE AUSÊNCIA (pequeno mal) Etossuximida Valproato Utiizado quando as crises de ausência coexistem com convulsões tônico-clônicas. Indicações Clínicas dos Agentes Antiepilépticos ESTADO DE MAL EPILÉPTICO DEVE SER TRATADO COMO EMERGÊNCIA COM DIAZEPAM POR VIA I.V.; EM LACTENTES SEM VEIAS ACESSÍVEIS, POR VIA RETAL. NOVOS AGENTES ANTIEPILÉPTICOS VIGABATRINA Atua ao inibir a GABA transaminases Eficaz em pacientes que não respondem a fármacos convencionais. Principais efeitos colaterais: sonolência, alterações comportamentais e de humor NOVOS AGENTES ANTIEPILÉPTICOS LAMOTRIGINA Atua ao inibir canais de sódio Perfil terapêutico amplo. Principais efeitos colaterais: reações de hipersensibilidade NOVOS AGENTES ANTIEPILÉPTICOS FELBAMATO Mecanismo de ação desconhecido Perfil terapêutico amplo. Uso restrito aos casos intratáveis, devido ao grave risco de reações de hipersensibilidade. NOVOS AGENTES ANTIEPILÉPTICOS GABAPENTINA Absorção saturável, sendo portanto segura em superdosagem Relativamente isenta de efeitos colaterais NOVOS AGENTES ANTIEPILÉPTICOS TIAGABINA Inibidor da captação de GABA. Efeitos colaterais: tonteira e confusão TOPIRAMATO Ações complexas que não estão totalmente esclarecidas. Semelhante a fenitoína, porém com menos efeitos colaterais Risco de teratogênese