Buscar

SLIDES - AULA 3.-apresentação

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
*
RELAÇÕES DE TRABALHO I
DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO
*
*
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: 
EMPREGADO E EMPREGADOR
AULA - 3
\
\
*
*
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: EMPREGADO
Empregados com Tratamento legal diferenciado:
Altos empregados (redução da subordinação jurídica  mais liberdade): 
Detentores de cargos ou funções de gestão ou de confiança (exceto bancário). Art. 62 caput , II e art. 469, §1º, ambos da CLT;
Detentores de cargos ou funções de gestão ou de confiança do segmento bancário (art. 224, §2º, da CLT)  não se limita a jornada do bancário; vinculação à percepção de adicional de 1/3.
Diretor de Sociedade Anônima (súmula 269 TST): “O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego.”
\
\
*
*
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: DOMÉSTICO 1/5
 Empregado Doméstico 
	
Não importa a natureza do serviço prestado (jardineiro, cozinheiro, motorista, caseiro etc.).
Não importa o local da prestação dos serviços (mesmo na área rural será doméstico. Ex.: caseiro de sítio de lazer).
“aquele que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família no âmbito residencial destas (art. 1º da Lei 5.859/72).”
\
\
*
*
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: DOMÉSTICO 2/5 
 Requisitos para caracterização do doméstico:
Pessoalidade
Continuidade (ao invés de não eventualidade)
Onerosidade
Subordinação
Atividade sem finalidade lucrativa
O tomador dos serviços deve ser pessoa física ou família (ou, no máximo, grupo de pessoas físicas).
\
\
*
*
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: DOMÉSTICO 3/5
 DOMÉSTICO:
ATENÇÃO: Se o serviço doméstico prestado pelo trabalhador for acumulado com a prestação de serviços em atividade lucrativa, prevalecerá o regime mais favorável ao trabalhador, qual seja, o da CLT.
A Emenda Constitucional nº: 72 estendeu aos domésticos, por meio do art. 7º, parágrafo único, da CF/88, diversos direitos concedidos aos trabalhadores urbanos e rurais (IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI, XXXIII).
Dependentes de regulamentação: incisos: I, II, III, IX, XII, XXV, XXVIII.
\
\
*
*
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: DOMÉSTICO 4/5
 Peculiaridades quanto ao Doméstico:
Estabilidade da empregada doméstica gestante, desde a confirmação da gravidez até a 5 meses após o parto.
Proibição de descontos no salário do empregado por fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia (caput do art. 2º, da Lei 5.859/72).
Exceção: moradia (caput do art.2º da Lei 5.859/72), quando essa se referir a local diverso da residência em que ocorrer a prestação de serviços e, desde que, essa possibilidade tenha sido expressamente acordada entre as partes (precisa de autorização do empregado).
\
\
*
*
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: DOMÉSTICO 5/5
Direito a vale-transporte: estendido ao trabalhador doméstico por força do Decreto 95.247/87 (art. 1º, II);
Morte do empregador doméstico: em caso de morte do empregador doméstico, não há sucessão trabalhista, devendo, todavia, os herdeiros responderem pelas verbas rescisórias devidas ao obreiro do lar.
Possibilidade de representação em audiência por qualquer pessoa da família (súmula 377 do TST).
Proibição do trabalho doméstico ao menor de 18 anos (decreto nº: 6.481/2008 que regulamentou os arts. 3º e 4º da Convenção 182 da OIT ). 
\
\
*
*
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: EMPREGADO RURAL 1/6
 Empregado rural (rurícola): 
	
		
		
		 Imóvel rural: localizado em zona rural.
		 Prédio rústico: destinado a exploração de atividade agroeconômica de qualquer 	natureza (não importa a localização  zona urbana ou rural).
O que determinará ser ou não rurícola é a atividade desenvolvida pelo empregador (OJ 315 e 419, ambas da SDI-1 do TST).		
“é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário” (art. 2º da Lei 5.889/73).
\
\
*
*
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: EMPREGADO RURAL 2/6
 Requisitos caracterizadores do empregado rural:
Pessoalidade;
Não eventualidade;
Onerosidade;
Subordinação;
O tomador de serviços ser empregador rural (requisito específico): o empregado será rural sempre que seu empregador se dedique a explorar, com finalidade econômica (visando lucro), atividade rural. 
Alteridade.
\
\
*
*
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: EMPREGADO RURAL 3/6
 Direitos assegurados ao trabalhador rural:
Os mesmos direitos constitucionais assegurados ao trabalhador urbano (art. 7º, caput da CF/88);
Lei nº: 5.889/73 (Estatuto do Trabalhador Rural);
Os direitos previstos na CLT, naquilo em que não colidirem com a lei específica (Lei 5.889/73);
DSR e feriados (lei 605/49);
Décimo terceiro salário.
\
\
*
*
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: EMPREGADO RURAL 4/6
 Peculiaridades quanto ao regime jurídico do trabalhador rural:
Intervalo intrajornada é de, no mínimo, uma hora e o máximo varia conforme os usos e costumes da região (art. 5º da Lei 5.889/73).
Aviso Prévio: 30 dias  1 dia livre por semana (ao invés de 2h por dia ou 7 diascorridos). 
O Trabalho noturno do rurícola é diferente do aplicável ao trabalhador urbano.
Rurícola não tem direito a hora noturna reduzida.
\
\
*
*
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: EMPREGADO RURAL 5/6
 Fornecimento de utilidades ao trabalhador rural DESCONTOS:
Até 20% para habitação/moradia;
Até 25% para alimentação sadia e farta.
Calculadas sobre o salário mínimo, independentemente do salário recebido pelo empregado.
O desconto deve ser previamente autorizado pelo empregado.
\
\
*
*
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: EMPREGADO RURAL 6/6 
 Contratação de trabalhador rural por pequeno prazo (produtor rural, pessoa física). Lei nº: 11.718/2008 .
Atividade de natureza temporária  Prazo máximo de 2 meses, dentro do período de 1 ano, sob pena de conversão em contrato de trabalho por prazo indeterminado (Art. 14-A da Lei 5.889/73).
Formalização: Anotação na CTPS ou contrato escrito (autorização em CCT ou ACT).
 Demais direitos Trabalhistas do empregado rural:
FGTS (art. 7º, caput e inciso III, da CF/88);
Salário –família (a partir da Lei 8.213/91).
\
\
*
*
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: MÃE SOCIAL 1/1
 Mãe Social (Lei 7.644/87): Empregada que trabalha em casa-lares, cuja atividade consiste na assistência de menores abandonados.
 Requisitos:
deve residir na casa-lar com até 10 menores;
vinculo com a entidade de assistência social para a qual trabalha (instituição sem finalidade lucrativa ou de utilidade pública de assistência ao menor abandonado, que estão autorizadas a utilizar os serviços de mãe sociais;
 Direitos: Salário Mínimo, RSR, anotação na CTPS, férias, 13º salário, previdência e FGTS.
\
\
*
*
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: APRENDIZ 1/5
 APRENDIZ (arts. 428-433, da CLT).
 
CONCEITO:
	“Contrato de trabalho especial, que mescla a prestação de serviços tradicional à aprendizagem profissional do trabalhador, a fim de lhe garantir qualificação e formação profissional metódica” (Ricardo Resende).
\
\
*
*
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: APRENDIZ 2/5
 Peculiaridades:
Forma solene (contrato escrito);
prazo determinado: máximo de 2 anos, salvo para o trabalhador portador de necessidades especiais;
Podem ser aprendizes: trabalhadores entre 14 e 24 anos (salvo se o aprendiz for portador de necessidades especiais, hipótese em que não se aplica a idade máxima);
matrícula no curso de aprendizagem técnico-profissional metódica, frequência regular a escola e anotação das circunstâncias especiais do contrato na CTPS;
comprovação de matrícula e frequência à escola, caso o aprendiz não tenha completado o ensino médio;
\
\
*
*
SUJEITOS
DA RELAÇÃO DE EMPREGO: APRENDIZ 3/5
Direito ao salário mínimo hora, salvo previsão mais benéfica em contrato ou norma coletiva.
FGTS é recolhido com alíquota diferenciada (2%);
Jornada de trabalho: limitada a seis horas (regra). Exceção: já tiver completado o ensino fundamental (8 horas);
Vedadas a prorrogação e a compensação de jornada;
Férias: 
Menor de 18 anos  necessariamente junto com as férias escolares; e não podem ser fracionadas. 	 
Maior de 18 anos  preferencialmente coincidir com as férias escolares.
\
\
*
*
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: APRENDIZ 4/5
 Obrigatoriedade de contratação de aprendizes (cota mínima e máxima):
Mínimo de 5% e máximo de 15%, dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional;
Frações de unidade dão lugar à contratação de um aprendiz (arredondamento para mais);
Micro e pequena empresa não são obrigadas a contratar aprendizes.
\
\
*
*
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: APRENDIZ 5/5
 Extinção do contrato de aprendizagem (taxativas):
Termo final do contrato (extinção normal);
Quando o aprendiz completar 24 anos, salvo o Portador de Necessidades Especiais (neste caso, extinção normal);
Por desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz;
Por falta disciplinar grave;
Por ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo;
A pedido do aprendiz;
Não há possibilidade de dispensa sem justa causa pelo empregador;
\
\
*
*
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: EMPREGADOR
Conceito de Empregador: O art. 2º da CLT define empregador como sendo:  
“Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.”
“§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.”
\
\
*
*
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: EMPREGADOR
Correntes doutrinárias: 
1ª Corrente: Empregador: é a pessoa (física ou jurídica) ou mesmo o ente despersonificado (ex.: massa falida) que contrata pessoa física para lhe prestar serviços, sendo que estes serviços devem ser prestados com pessoalidade, não eventualidade, onerosidade sob subordinação (majoritária).
2ª: Corrente: defende a literalidade do art. 2º da CLT.
Conclusão: O conceito de empregador decorre do conceito de empregado (pessoalidade, não eventualidade, onerosidade, subordinação e alteridade).
\
\
*
*
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO: EMPREGADOR 
 Características:
Despersonalização: não há, em regra, pessoalidade em relação ao empregador. O trabalhador se vincula ao empreendimento e não a pessoa do empregador (Sucessão de empregadores - art. 10 e 448 CLT).
Assunção dos riscos do empreendimento: o empregador assume os riscos do empreendimento, não podendo repassá-los ao empregado (face do poder diretivo).
contrato de prestação (atividade) e não de resultado: empregado  energia de trabalho  empregador (dirigirá) 
\
\
*
*
EMPREGADOR: GRUPO ECONÔMICO 1/11
 Grupo econômico (§ 2º, do art. 2º da CLT) : 
“§ 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.”
\
\
*
*
EMPREGADOR: GRUPO ECONÔMICO 2/11
 Características:
Solidariedade Passiva (efeito garantidor): Todas as empresas do grupo serão responsáveis pela satisfação do crédito trabalhista dos empregados de qualquer das empresas do grupo 
Exemplo: empregado da empresa “B” (que faz parte de grupo econômico com as empresas “A” e “C”). Caso tenha créditos trabalhistas a receber de seu empregador (empresa B), poderá cobrá-los indistintamente de qualquer uma das empresas do grupo (A, B ou C).
É indiferente, para caracterização do grupo econômico, que as empresas integrantes explorem a mesma atividade econômica.
\
\
*
*
EMPREGADOR: GRUPO ECONÔMICO 3/11
Solidariedade ativa (teoria do empregador único - construção jurisprudencial): Cada empresa integrante do grupo econômico pode usufruir da energia de trabalho dos empregados de qualquer uma das empresas do grupo, sem que com isso se forme, necessariamente, diversos contratos de trabalho simultâneos.
	
	
Empresa B
Adm. de consórcios
Empresa A
Atividade bancária
Empresa C
Corretora de Seguros
Um único Contrato de Trabalho 
EMPREGADO
\
\
*
*
EMPREGADOR: GRUPO ECONÔMICO 4/11
 Súmula 129 do TST: 
	
	
CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.”
\
\
*
*
EMPREGADOR: GRUPO ECONÔMICO 5/11
 Alguns efeitos decorrentes da solidariedade ativa: 
Acessio temporis (contagem de tempo de serviço prestado sucessivamente às diversas empresas). Não haverá interrupção da contagem do tempo de serviço.
Pagamento de salário único por jornada normal concretizada, ainda que o obreiro esteja prestando serviços concomitantemente a distintas empresas do grupo (enunciado 129 TST);
Natureza salarial dos valores habituais recebidos de outras empresas do grupo por serviços prestados diretamente a elas;
Extensão do poder de direção empresarial por além da específica empresa em que esteja localizado o empregado.
\
\
*
*
EMPREGADOR: GRUPO ECONÔMICO 6/11
 
 ANOTAÇÃO E REGISTRO NA CTPS:
	
DEVE SER FEITA EXCLUSIVAMENTE PELO EMPREGADOR DIRETO DO LABORANTE E NÃO POR QUALQUER DAS EMPRESAS PERTENCENTES AO GRUPO, POR SE TRATAR DE OBRIGAÇÃO PERSONALÍSSIMA.
\
\
*
*
EMPREGADOR: GRUPO ECONÔMICO 7/11
 Caracterização do grupo econômico:
O grupo econômico, para efeito trabalhista, não necessita revestir-se das formalidades jurídicas específicas contidas na legislação comercial, sendo desnecessária a formalização do grupo por meio de registros em cartórios, bastando tão somente que restem evidenciadas as características do grupo de empresas descritas na CLT e na Lei de trabalho Rural (5.889/73).
Basta a relação de coordenação para a formação do grupo econômico.
\
\
*
*
EMPREGADOR: GRUPO ECONÔMICO 8/11
 Caracterização do grupo econômico (2 correntes):
1ª Corrente: Grupo Vertical (ou por subordinação):  Defende a necessidade de subordinação entre empresas (literalidade do art. 2º da CLT). 
2ª Corrente: Grupo horizontal (ou por coordenação)  Fundamentada na lei 5.889/73, defende a teoria do grupo econômico por mera coordenação (horizontal) entre empresas. Não há necessidade de subordinação, mas sim reunião de empresas regidas por uma unidade de objetivos.
Posição jurisprudencial e doutrinária: tanto a doutrina quanto a jurisprudência têm se posicionado no sentido de que basta a relação de coordenação para a formação do grupo econômico.
\
\
*
*
EMPREGADOR: GRUPO ECONÔMICO 9/11
 Empregadores que podem formar grupo econômico (majoritária): somente entes com finalidade econômica podem integrar grupo econômico trabalhista.
 Não podem formar grupo econômico, em regra: entes que não se caracterizem por atuação econômica, que não sejam essencialmente seres econômicos, que não consubstanciem empresas (Maurício Godinho Delgado). Exemplos: 
Estado;
Entes estatais;
Empregador doméstico;
Entes sem fins lucrativos previstos no §1º, do art. 2º da CLT (empregadores por equiparação – profissionais liberais , instituições de beneficência, associações recreativas etc.) . 
\
\
*
*
EMPREGADOR: GRUPO ECONÔMICO 10/11
ATENÇÃO:
Não há limitação para que o segmento econômico seja, necessariamente, comercial, podendo se dar em qualquer área (grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade). Exemplificativamente, podemos ter num mesmo grupo econômico: uma padaria, uma farmácia, uma indústria e um posto de gasolina.
\
\
*
*
EMPREGADOR: GRUPO ECONÔMICO 11/11
Aspecto Processual:
	Com o cancelamento da súmula 205 do TST, a maioria da doutrina passou a reconhecer a possibilidade do empregado acionar, na fase de execução trabalhista, qualquer dos integrantes do grupo econômico, mesmo que este não tenha participado do processo de conhecimento (teoria do empregador único – súmula 129 TST). 
\
\
*
*
EMPREGADOR: SUCESSÃO 1/8
 Sucessão de empregadores:
	Consiste na substituição do empregador, com a consequente transferência do passivo (total de débitos) trabalhistas ao sucessor.
Fundamento legal (arts. 10 e 448 da CLT):
	
	
“Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.”
“Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.”
\
\
*
*
EMPREGADOR: SUCESSÃO 2/8
 Requisitos para a caracterização da sucessão de empregadores:
 Alteração na estrutura jurídica ou na propriedade da empresa: Não exige formalidades, basta a simples modificação do empregador. Ex.: de S/A para Ltda.; nos casos de incorporação, fusão ou cisão; mudança de firma individual para sociedade e vice e versa. 
 Continuidade da atividade empresarial: a atividade não deve ser interrompida, devendo ser continua a atividade empresarial ou, ao menos, que leve poucos dias de defasagem.
 Continuidade da prestação dos serviços: é a continuação da prestação dos serviços por parte dos empregados ao novo titular da empresa (não é essencial)  Sempre que acarretar prejuízo ao empregado, ainda que ausente a continuidade na prestação de serviços, ocorrerá, no caso concreto, a sucessão de empregadores.
\
\
*
*
EMPREGADOR: SUCESSÃO 3/8 
 Abrangência : sucessão de empregadores:
A sucessão trabalhista é aplicada a todo e qualquer vínculo empregatício, seja urbano ou rural, salvo (exceção):
 Empregador doméstico por existir pessoalidade em relação ao empregador (pessoa física ou família) e porque o trabalho não visa finalidade lucrativa ou econômica (não existe empresa). O empregado não se fixa ao empreendimento, neste caso.
\
\
*
*
EMPREGADOR: SUCESSÃO 4/8
 CASOS ESPECIAIS (sucessão de empregadores):
 
Desmembramento de município: NÃO haverá sucessão (OJ 92 da SDI-1 do TST):
 
“DESMEMBRAMENTO DE MUNICÍPIOS. RESPONSABILIDADE TRABALHISTA (inserida em 30.05.1997). Em caso de criação de novo município, por desmembramento, cada uma das novas entidades responsabiliza-se pelos direitos trabalhistas do empregado no período em que figurarem como real empregador.”
\
\
*
*
EMPREGADOR: SUCESSÃO 5/8
Privatização de empresa (sociedade de economia mista): ocorre a sucessão de empregadores  a sucessora será responsável pelos créditos trabalhistas dos empregados (súmula 430 TST):
“ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA. CONTRATAÇÃO. AUSÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO. NULIDADE. ULTERIOR PRIVATIZAÇÃO. CONVALIDAÇÃO. INSUBSISTÊNCIA DO VÍCIO - Res. 177/2012, DEJT divulgado em 13, 14 e 15.02.2012.
Convalidam-se os efeitos do contrato de trabalho que, considerado nulo por ausência de concurso público, quando celebrado originalmente com ente da Administração Pública Indireta, continua a existir após a sua privatização.”
\
\
*
*
EMPREGADOR: SUCESSÃO 6/8
Hasta pública: da arrematação de empresa em hasta pública não decorre a sucessão trabalhista (entendimento majoritário). Fundamento: art. 141, II, da Lei 11.101/2005 (Lei de falência) afasta a responsabilidade trabalhista pelos débitos do sucedido.
Concessão de serviço público (substituição): substituição de concessionário de serviço público  incidirá a sucessão de empregadores (no caso de incorporação do acervo de bens corpóreos e incorpóreos, em parte ou totalmente, do antigo concessionário). OJ-SDI1-225 do TST. Regras:
Extinção contratual posterior à concessão  responsabilidade do sucessor + responsabilidade subsidiária do sucedido;
Extinção contratual anterior à concessãoapenas a sucedida (antecessora) responde.
\
\
*
*
EMPREGADOR: SUCESSÃO 7/8
 Grupo econômico:
	
 
“SUCESSÃO TRABALHISTA. AQUISIÇÃO DE EMPRESA PERTENCENTE A GRUPO ECONÔMICO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO SUCESSOR POR DÉBITOS TRABALHISTAS DE EMPRESA NÃO ADQUIRIDA. INEXISTÊNCIA. (DEJT divulgado em 22, 25 e 26.10.2010). O sucessor não responde solidariamente por débitos trabalhistas de empresa não adquirida, integrante do mesmo grupo econômico da empresa sucedida, quando, à época, a empresa devedora direta era solvente ou idônea economicamente, ressalvada a hipótese de má-fé ou fraude na sucessão.”
\
\
*
*
EMPREGADOR: SUCESSÃO 8/8
 Efeitos da sucessão trabalhista:
Em relação ao trabalhador: nada muda em relação ao contrato ou aos direitos adquiridos do empregado. Como regra, o empregado não pode se opor a sucessão.
 Em relação ao sucedido: não tem qualquer responsabilidade (regra). Responde subsidiariamente sempre que a sucessão provoque a redução das garantias dos créditos trabalhistas. Responde solidariamente nos caos de fraude.
Em relação ao sucessor: responde por todos os débitos trabalhistas, presentes e pretéritos.
cláusula de não responsabilização porventura existente não gera efeitos no Direito do Trabalho, valendo tão somente como direito de regresso para o sucessor.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes