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Aula 04 Custeio

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Prévia do material em texto

Direito Previdenciário
INSS
Custeio
CASSIUS GARCIA
Bacharel em Direito pela Universidade Federal 
de Pelotas – UFPel. Professor de Direito Previ-
denciário para concursos desde 2013. Auditor-
-Fiscal da Receita Federal do Brasil.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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Prof. Cassius Garcia
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SUMÁRIO
Direito da Seguridade Social ........................................................................5
Introdução – Financiamento da Seguridade Social ...........................................6
1. Receitas da União .................................................................................11
2. Receita das Contribuições Sociais ............................................................15
2.1. Das Empresas ...................................................................................17
2.2. Das Instituições Financeiras.................................................................29
2.3. Da Cooperativa ..................................................................................31
2.4. Do Clube de Futebol Profissional ..........................................................32
2.5. Da Agroindústria ................................................................................36
2.6. Do Produtor Rural ..............................................................................37
2.7. Do Empregador Doméstico ..................................................................43
2.8. Dos Segurados ..................................................................................49
2.9. Contribuições Sociais Não Previdenciárias ..............................................67
3. Receitas de Outras Fontes ......................................................................78
4. Arrecadação e Recolhimento das Contribuições .........................................83
4.1. Competência do INSS e da Secretaria da Receita Federal do Brasil ............83
4.2. Obrigações da Empresa e Demais Contribuintes .....................................85
4.3. Prazo de Recolhimento ........................................................................95
4.4. Recolhimento Fora do Prazo ............................................................... 100
4.5. Retenção e Responsabilidade Solidária ................................................ 104
4.6. Obrigações Acessórias ...................................................................... 117
5. Prescrição e Decadência ...................................................................... 125
5.1. Conceito ........................................................................................ 126
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5.2. Prescrição e Decadência no Custeio .................................................... 127
5.3. Prescrição e Decadência nos Benefícios ............................................... 137
Resumo ................................................................................................. 147
Apêndice – Instrução Normativa RFB n. 971/2009....................................... 175
Questões Comentadas em Aula ................................................................ 181
Questões de Concurso ............................................................................. 192
Gabarito ................................................................................................ 217
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DIREITO DA SEGURIDADE SOCIAL
Olá, aluno(a)!
Bom dia/boa tarde/boa noite/boa madrugada.
Espero que tenha aprendido muuuuuuuuuito bem o conteúdo das aulas passa-
das, porque, para esta, TUDO o que já vimos é importante. Se algum ponto – qual-
quer ponto – deixou uma margem de insegurança, por menor que possa parecer, 
pergunte. Estou aqui para tornar essa sua jornada fácil e livre de traumas.
Com esta aula, concluímos o estudo das regras de CUSTEIO da Previdência So-
cial; na próxima, começaremos a mergulhar nos BENEFÍCIOS. 
Nesta aula, não teremos tantas questões do CESPE, pois os temas aqui tratados 
não estão entre os preferidos dessa prestigiosa banca. Mas isso não vem em seu 
prejuízo. ESAF, FCC, comissões organizadoras de concursos de tribunais... veremos 
questões de diversas bancas aqui, para lhe assegurar a MELHOR preparação. 
“Bora trabalhar” que o tempo é curto e a matéria é longa.
Um grande abraço. Bons estudos. 
Que Deus permaneça conosco.
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Introdução – Financiamento da Seguridade Social
Certamente, você já está cansado(a) de saber o que nos diz a CF em seu art. 
195 a respeito do financiamento da Seguridade Social. Acontece que toda aquela 
belíssima teoria sobre a solidariedade e a distribuição de responsabilidades precisa 
de regulamentação.
Essa regulamentação está na Lei n. 8.212/1991 (LOCSS – Lei de Organização e 
Custeio da Seguridade Social), complementada pelo Decreto n. 3.048/1999 (RPS – 
Regulamento da Previdência Social), a partir do art. 194. Sobre essas disposições 
nos debruçaremos, com toda a atenção, em instantes. Antes, vamos relembrar o 
texto constitucional:
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma di-
reta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contri-
buições sociais: [...]
Já vimos de que forma se dá o financiamento de forma direta e indireta; já vi-
mos quais são as contribuições sociais, destacadas nos incisos I a IV deste art. 195. 
Em suma, já estudamos nos mííííííííííínimos detalhes todo o art. 195. Mas ainda não 
tratamos – porque, realmente, não era o momento – da importantíssima regra 
presente no art. 167, inciso XI, também da Constituição:
Art. 167. São vedados: [...]
XI – a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 
195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do 
regime geral de previdência social de que trata o art. 201.
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Sua redação é claríssima, não deixa margem a dúvidas. Embora as contribui-
ções do art. 195 sejam destinadas ao financiamento da seguridade social como 
um todo, o legislador constituinte achoupor bem assegurar que as contribuições 
sociais (1) da empresa sobre a folha de salários (contribuição patronal) e (2) dos 
segurados revertam especificamente para o pagamento de benefícios previ-
denciários. É por esse motivo que essas exações são denominadas contribuições 
previdenciárias.
Saindo um pouco do texto constitucional, veja o que diz o Decreto n. 3.048/1999 
– RPS. Bem cumprindo sua função de detalhar, pormenorizar, explicar, interpretar a 
legislação, ele criou algumas subdivisões para as contribuições sociais do art. 195 
da Constituição. Ele diz, em seu art. 195, que o orçamento federal da seguridade 
social é composto de receitas oriundas da União (Estados, DF e Municípios NÃO 
estão mencionados, porque, como destaquei, estamos tratando do orçamento da 
seguridade social no âmbito federal), das contribuições sociais e de outras fontes. 
Até aí, nenhuma novidade. Mas veja quais são as contribuições sociais:
I – as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga, devida ou creditada 
aos segurados e demais pessoas físicas a seu serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
II – as dos empregadores domésticos, incidentes sobre o salário de contribuição dos 
empregados domésticos a seu serviço;
III – as dos trabalhadores, incidentes sobre seu salário de contribuição;
IV – as das associações desportivas que mantêm equipe de futebol profissional, 
incidentes sobre a receita bruta decorrente dos espetáculos desportivos de que parti-
cipem em todo território nacional em qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos 
internacionais, e de qualquer forma de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e 
símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos desportivos;
V – as incidentes sobre a receita bruta proveniente da comercialização da pro-
dução rural;
VI – as das empresas, incidentes sobre a receita ou o faturamento e o lucro; e
VII – as incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos.
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São destinadas especificamente ao custeio dos benefícios da previdência 
social, por força do disposto no art. 167, XI, da Constituição, as contribuições des-
critas nos itens I a V da lista acima. As outras são voltadas ao financiamento da 
seguridade social como um todo, o que significa que podem cobrir despesas da 
saúde, assistência social e também – por que não? – da previdência. 
1. (ESAF/RFB/AUDITOR-FISCAL/2005) Constituem contribuições sociais, de acordo 
com a Lei n. 8.212/1991, exceto:
a) As das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segu-
rados a seu serviço.
b) As dos empregados domésticos.
c) As dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário de contribuição.
d) As das empresas, incidentes sobre faturamento e lucro.
e) As dos proprietários rurais, incidentes sobre o seu faturamento.
Letra e.
Nesta questão, eu tenho a ousadia de afirmar que a banca deu uma escorregada, 
mas não foi grave o suficiente para gerar a anulação.
Ela nos pede que indiquemos qual das assertivas não corresponde a uma contri-
buição social, nos termos da Lei n. 8.212. Se a banca nos manda olhar a LOCSS, 
obedientes que somos, lá vamos nós:
Art. 11. [...] Parágrafo único. Constituem contribuições sociais: 
a) as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados 
a seu serviço;
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b) as dos empregadores domésticos;
c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário de contribuição; 
d) as das empresas, incidentes sobre faturamento e lucro;
e) as incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos.
e) Errado. Além de não constar nas alíneas do art. 11, parágrafo único, o que já é 
um ponto contra, o fato é que não existe previsão legal de contribuição previden-
ciária do proprietário rural.
A legislação previdenciária trata de contribuições do segurado especial, do pro-
dutor rural, do empregador rural, mas em momento algum impõe a proprieda-
de rural como requisito para a incidência contributiva. O que torna o trabalhador 
rural segurado obrigatório do RGPS, seja como segurado especial, seja como con-
tribuinte individual, é a exploração da atividade rural, seja ou não proprietário. 
Entendido?
a) Correto. A hipótese da assertiva corresponde à alínea “a” do parágrafo único do 
art. 11 da LOCSS.
b) Correto. Aqui é que eu acho que a banca pisou na bola. As opções “a”, “c” e “d” 
são cópia LITERAL das alíneas correspondentes do art. 11, parágrafo único; isso me 
leva a crer que a alternativa “b” também deveria ser. Não sei se foi distração ou ato 
deliberado do examinador. Não vem ao caso. O fato é que o empregado doméstico 
é, indiscutivelmente, um trabalhador. Então essa assertiva TAMBÉM correspon-
de a uma contribuição social, prevista na alínea “c” do art. 11, parágrafo único da 
LOCSS.
c) Correto. Art. 11, parágrafo único, “c”.
d) Correto. Art. 11, parágrafo único, “d”.
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2. (FCC/TRT 1ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2011) A utilização dos recursos pro-
venientes da contribuição social da empresa, incidente sobre a folha de pagamen-
tos, e dos trabalhadores e demais segurados da previdência social é
a) permitida, exclusivamente, para a realização de despesas com o pagamento de 
benefícios do Regime Geral de Previdência Social − RGPS.
b) permitida para realização de despesas decorrentes de transferências de ren-
das compreendidas no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) e no 
bolsa-família.
c) permitida para a realização de despesas com o Sistema Único de Saúde (SUS), 
consistentes na distribuição gratuita de medicamentos a pessoas carentes.
d) permitida, excepcionalmente, para quaisquer despesas da União, ante a desvin-
culação constitucional de 50% de suas receitas, oriundas de seus impostos ou con-
tribuições, de quaisquer órgãos, fundos ou despesas, até 31 de dezembro de 2011.
e) permitida, exclusivamente, para a realização de despesas com benefícios previ-
denciários, quer do Regime Geral de Previdência Social, quer de regimes próprios 
de servidores públicos federais, municipais ou estaduais.
Letra a.
Dispensa comentários. Você já conhece a disposição do art. 167, XI, da Constitui-
ção, não é mesmo?
Art. 167. São vedados: [...]
XI – a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 
195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios 
do regime geral de previdência social de que trata o art. 201.
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Destaco, apenas, a maldade do examinador. Ele tenta induzir o candidato a pensar 
que o orçamento da seguridade social não possui nenhuma vinculação específica; 
suas receitas poderiam ser destinadas a qualquer objetivo das áreas de Previdên-
cia, Assistência e Saúde. E ainda cuida de selecionar alguns temas de indiscutível 
relevância (erradicação do trabalho infantil, distribuição gratuita de medicamentos 
etc.).
Não é essa, no entanto, a realidade.
“Tá, professor, já entendi! Agora vamos adiante na matéria, tô ansioso!”
OK, OK... bora! 
1. Receitas da União
Para bem atender o que determina o art. 195 da Constituição a LOCSS, em seus 
artigos 16 a 19, disciplinou-se a forma de contribuição DA UNIÃO para o financia-
mento da Seguridade Social. Preciso dizer que a leitura da lei é indispensá-
vel?? Não, né? 
A contribuição da União é fixada obrigatoriamente na Lei Orçamentária 
Anual, constituída por recursos adicionais do orçamento fiscal.
Além da contribuição obrigatória, se as receitas da Seguridade Social não 
forem suficientes para pagar os benefícios previdenciários, cabe à União co-
brir o rombo. Ou, usando os termos mais pomposos da LOCSS:
Art. 16. [...] Parágrafo único. A União é responsável pela cobertura de eventuais insu-
ficiências financeiras da Seguridade Social, quando decorrentes do pagamento de 
benefícios de prestação continuada da Previdência Social, na forma da Lei Orçamen-
tária Anual.
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Para pagamento dos encargos previdenciários da União, poderão contribuir os 
recursos oriundos da contribuição social das empresas, incidentes sobre a receita, 
o faturamento e o lucro, na forma da Lei Orçamentária Anual, assegurada a des-
tinação de recursos para as ações de Saúde e Assistência Social. A mesma fonte 
de recursos poderá ser usada para o financiamento das despesas com pessoal e 
administração geral do INSS.
O art. 18 da LOCSS, embora não tenha sido expressamente revogado, atualmente 
é parcialmente incompatível com a Constituição. Veja seu texto:
Art. 18. Os recursos da Seguridade Social referidos nas alíneas “a”, “b”, “c” e “d” do 
parágrafo único do art. 11 desta Lei poderão contribuir, a partir do exercício de 1992, 
para o financiamento das despesas com pessoal e administração geral [...] 
Ora, meu(minha) amigo(a), se você leu com atenção o que escrevi até aqui a res-
peito do financiamento da seguridade, já matou a charada. Das contribuições men-
cionadas no artigo, as três primeiras fazem parte do grupo que convencionamos 
chamar contribuições previdenciárias. Por determinação constitucional, elas só 
podem ser destinadas ao pagamento de benefícios previdenciários. 
“Então por que a Lei diz diferente, professor?” 
Simples, meu(minha) caro(a). A LOCSS é de 1991; já o inciso XI do art. 167 da 
Constituição foi incluído no ano de 1998, por meio da Emenda Constitucional n. 
20. Só a partir dessa data é que a aplicabilidade do art. 18 da LOCSS se mostra 
restrita, porque uma lei não pode contrariar a Constituição. Foi por causa 
disso que eu disse, anteriormente, que o custeio das despesas com pessoal e ad-
ministração geral do INSS pode ser complementado apenas com os recursos da 
contribuição social das empresas, incidentes sobre a receita, o faturamento e o 
lucro. Entendido?
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O Tesouro Nacional repassará mensalmente recursos referentes às contribui-
ções incidentes sobre o faturamento e o lucro das empresas e sobre a receita de 
concurso de prognósticos, destinados à execução do Orçamento da Seguridade 
Social. Caso se atrase nessa obrigação, os valores deverão ser atualizados mo-
netariamente segundo os mesmos índices utilizados para efeito de correção dos 
tributos da União.
Os recursos oriundos da majoração das contribuições sociais ou da criação de no-
vas contribuições destinadas à Seguridade Social somente poderão ser utilizados 
para atender as ações nas áreas de saúde, previdência e assistência social.
3. (ESAF/RFB/ANALISTA TRIBUTÁRIO/2006) Leia cada um dos assertos abaixo e 
assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a opção que 
contenha a exata sequência.
( )� A contribuição da União para a Seguridade Social é constituída de recursos 
adicionais do Orçamento Fiscal.
( )� Os recursos adicionais do Orçamento Fiscal para a Seguridade Social serão 
fixados obrigatoriamente na lei orçamentária anual.
( )� A União é responsável pela cobertura de insuficiências financeiras da Segu-
ridade Social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação 
continuada da Previdência Social.
a) V – V V.
b) F F F.
c) F V V.
d) V – V F.
e) F F V.
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Letra a.
Questãozinha bem fácil, relacionada apenas à contribuição da União. Para acertá-la, 
basta ao(à) candidato(a) conhecer o art. 16 da LOCSS. O que ele diz??
Art. 16. A contribuição da União é constituída de recursos adicionais do Orçamento 
Fiscal, fixados obrigatoriamente na lei orçamentária anual.
Parágrafo único. A União é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências finan-
ceiras da Seguridade Social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de pres-
tação continuada da Previdência Social, na forma da Lei Orçamentária Anual.
Com esse artigo em mente, vamos analisar cada assertiva?
A primeira é, indiscutivelmente, verdadeira, pois corresponde à literalidade da 
parte inicial do art. 16.
Perceba que interessante. Pelo simples fato de termos absoluta convicção da vera-
cidade da primeira assertiva, já eliminamos três alternativas. Restam-nos apenas 
a “a” e a “d”. Se alguém precisar chutar, por estar com pouco tempo, já elevou suas 
chances de acerto de 20% para 50%.
Outro fato a observar é que nem precisaríamos analisar a segunda assertiva, 
pois as duas alternativas trazem a mesma resposta – verdadeira. Isso, obviamente, 
é dica para a prova. O professor aqui não vai fugir do comentário, meu(minha) ca-
ro(a). A segunda assertiva é verdadeira porque corresponde à parte final do caput 
do art. 16 da LOCSS. Entendido?
E a terceira? Leia o parágrafo único do art. 16 e veja se encontra alguma semelhan-
ça com ela. Encontrou? Não é exatamente o mesmo conteúdo? Portanto, a terceira 
assertiva é, também, verdadeira. Ficamos, então, com uma trinca de “V”.
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2. Receita das Contribuições Sociais
Aqui está, sem dúvida, um dos pontosmais importantes da nossa matéria. O 
Direito Previdenciário gira em torno das Contribuições Sociais e dos Benefícios. 
Comecemos com uma pequena introdução relacionada à natureza jurídica das con-
tribuições sociais e da competência para sua instituição.
Durante muitos anos, vigorou, na doutrina e jurisprudência tributárias, a 
teoria da tripartição, segundo a qual os tributos seriam subdivididos em im-
postos, taxas e contribuições de melhoria. Ainda hoje, essa teoria é defendida 
por parte da doutrina, principalmente sob o fundamento de corresponder, pre-
cisamente, à dicção constitucional (art. 145) e à previsão do Código Tributário 
Nacional (CTN – art. 5º).
No entanto, atualmente, a doutrina majoritária adota a teoria pentapartite, 
que subdivide os tributos em impostos, taxas, contribuições de melhoria (art. 145 
da Constituição), empréstimos compulsórios (art. 148 da Constituição) e contribui-
ções especiais (artigos 149 e 149-A – adivinhe? – da Constituição). 
Essa é a teoria adotada pelo Supremo Tribunal Federal, que tem rei-
teradamente decidido que essas duas últimas figuras são espécies tributárias 
autônomas.
“Tá, professor... até aí eu entendi, tá facinho... mas cadê as contribuições so-
ciais?” 
Calma, meu(minha) caro(a). Já estou chegando lá. Você por acaso leu o art. 
149 da Constituição, que mencionei no parágrafo anterior? 
“Não, professor...”
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Então não adianta me xingar, ora! As contribuições sociais estão ali:
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições (1) sociais, (2) 
de intervenção no domínio econômico e (3) de interesse das categorias profis-
sionais ou econômicas, [...]
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma 
das respectivas leis, (4) para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o 
disposto no art. 150, I e III.
Como você pode perceber, as “Contribuições Especiais” são um grupo bastante 
heterogêneo, unido pela doutrina tributária com finalidade didática. As Contribui-
ções Sociais são tributos. O art. 149, que transcrevi anteriormente, expressa-
mente prevê que cabe exclusivamente à UNIÃO a instituição das Contribuições 
Sociais. Estados, DF e Municípios só têm permissão constitucional para insti-
tuir contribuições cobradas de seus servidores, destinadas ao custeio de seus 
regimes próprios de Previdência (NÃO É PARA A SEGURIDADE, é só para os 
regimes próprios de previdência). 
É isso que diz o § 1º do art. 149:
Art. 149. [...] § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribui-
ção, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime pre-
videnciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos 
servidores titulares de cargos efetivos da União.
Então, em âmbito federal, que é o que nos interessa no estudo da nossa disciplina, 
é a União que tem competência para instituir as contribuições sociais. E é a União 
também quem possui a competência arrecadatória, exercida por intermédio da Se-
cretaria da Receita Federal do Brasil. Essa é a regra desde o ano de 2007, quando 
a Lei n. 11.457/2007 unificou a Secretaria da Receita Previdenciária e a Secretaria da 
Receita Federal. Antes de 2007, a arrecadação era tarefa atribuída ao INSS.
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2.1. Das Empresas
Se a seguridade social será financiada por toda a sociedade, como determina a 
nossa Constituição, isso significa toda mesmo. As empresas são grandes financia-
doras da seguridade social, por força da previsão do art. 195, I, da nossa Carta Mag-
na. Sei que você conhece, mas sempre é bom refrescar a memória, então aqui vai:
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e 
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, inciden-
tes sobre: 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer 
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
Nos dedicaremos com muito mais afinco à contribuição prevista na alínea “a”, 
porque é a mais cobrada das três nos concursos. Os recursos arrecadados por 
seu intermédio são destinados exclusivamente ao custeio da PREVIDÊNCIA 
SOCIAL (a Constituição veda destinação diversa em seu art. 167, XI). Já as contri-
buições previstas nas alíneas “b” e “c” integram o caixa da Seguridade Social, ou 
seja, fazem frente a despesas com as três áreas da seguridade (PAS – Previdência, 
Assistência e Saúde).
O fato gerador da obrigação da empresa decorrente da alínea “a” transcrita é, 
na maioria dos casos, o exercício de atividade remunerada. 
“Opa, prof... se distraiu? O senhor está falando DA EMPRESA.” 
É, eu sei... 
“E desde quando empresa exerce atividade remunerada?” 
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Calma, prezado(a), muita ansiedade prejudica o bom rendimento no estudo. Me 
deixe concluir!!!! O fato gerador da obrigação da empresa é o exercício de atividade 
remunerada pelos segurados a seu serviço.
“Ah, bom...” 
O trabalho dos segurados faz surgir para a empresa a obrigação de remune-
rá-los. E é justamente sobre o valor desta remuneração que incide a contribuição 
patronal, o que significa que temos aí nossa base de cálculo.
O recolhimento da contribuição ora em estudo deve ser feito até o dia 20 do 
mês seguinte ao que se refere a remuneração – ou antes (dia útil imediatamente 
anterior) se o dia 20 não tiver expediente bancário.
Não é no mês seguinte ao pagamento da remuneração. Se o segurado trabalhou 
em janeiro de 2014, a contribuição da empresa deve se dar até o dia 20 de fe-
vereiro. Não interessa se o salário foi pago ainda em janeiro, ou no começo de 
fevereiro... ou mesmo se deixou de ser pago. O que interessa é a prestação do 
serviço, é o exercício da atividade remunerada.
Ah, que bom seria se houvesse uma única regra para todas as empresas. Você 
poderia encerrar por aqui a leitura desse ponto e pular para o próximo tópico. Mas 
não é assim que funcionam as coisas no Previdenciário, graças ao princípio cons-
titucional da EFPC – Equidade na Forma de Participação no Custeio. Lembra-se 
dele??? É aquele que significa, em síntese, que “quem pode mais paga mais”. Por 
decorrência lógica, “quem pode menos paga menos”. E cabe ao legislador assegu-
rar a aplicabilidade desse dispositivo. Por isso, você verá regras variadas, alíquotas 
diferentes, bases de cálculo distintas... A confusão é grande, mas o professor aqui 
desenrola pra você. Acompanhe! 
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Contribuição da empresa sobre a remuneração dos segurados empre-
gado e avulso
A empresa deve recolher o equivalente a 20% sobre o total das remunerações – 
ATENÇÃO AQUI!!! – pagas, devidas ou creditadas a estes segurados no decor-
rer do mês (LOCSS, art. 22, I)
A contribuição patronal não sofre limitação ao teto. Isso é decorrência da 
EFPC. Exemplificando: se um segurado empregado recebe R$ 10.000,00, a empre-
sa efetua a retenção de 11% do limite máximo do SC (R$ 5.645,80, em 2018), 
ou seja, R$ 621,03; mas a cota patronal será de 2 mil reais, ou seja, 20% dos 10 
mil reais que são a remuneração do segurado. Fácil de entender, não é mesmo?
Ao prever a contribuição sobre o total das remunerações pagas, devidas ou 
creditadas, a LOCSS ratifica nossa conclusão de que o fato gerador da exação é 
o exercício da atividade remunerada pelo segurado. É fácil compreender que, 
se a empresa paga regularmente a seus segurados, deve recolher a contribuição 
patronal sobre o valor pago. Mas a verdade é que mesmo que a empresa atrase 
o salário do empregado ou não pague o valor pactuado com o trabalhador 
avulso que lhe prestou serviço, ela tem a obrigação de recolher a cota patro-
nal sobre o valor devido ou creditado. Fui claro?
Contribuição da empresa sobre a remuneração dos segurados contri-
buintes individuais que lhe prestem serviço
A empresa deve recolher o equivalente a 20% sobre o total das remunerações 
pagas ou creditadas aos CI que lhe prestem serviços (LOCSS, art. 22, III).
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A cooperativa de trabalho não está sujeita a essa contribuição, em relação às 
importâncias por ela pagas, distribuídas ou creditadas aos respectivos cooperados, 
a título de remuneração ou retribuição pelos serviços que, por seu intermédio, 
tenham prestado a empresas. É isso que prevê o art. 201, § 19, do RPS. Pres-
te muita atenção ao trecho destacado, porque apenas nessa hipótese vale essa 
regra. Se a cooperativa de trabalho, por qualquer razão, recebeu a prestação de 
serviço de um CI, deverá pagar a contribuição em estudo, da mesma forma apli-
cável às empresas em geral. 
Contribuição destinada ao financiamento da aposentadoria especial e 
dos benefícios acidentários
Está prevista no art. 22, II, da LOCSS e é conhecida pelas siglas SAT – Seguro 
de Acidentes do Trabalho, RAT – Riscos Ambientais do Trabalho e, mais recente-
mente, GILRAT – Grau de incidência de Incapacidade Laborativa decorrente dos 
Riscos Ambientais do Trabalho:
Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do 
disposto no art. 23, é de: [...]
II – para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei n. 8.213, de 24 
de julho de 1991 [aposentadoria especial], e daqueles concedidos em razão do grau 
de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho 
[benefícios decorrentes de acidente do trabalho], sobre o total das remunerações 
pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores 
avulsos [ATENÇÃO – essa contribuição adicional não incide sobre a remunera-
ção dos CI a serviço da empresa, porque CI não tem direito a benefícios aci-
dentários]: 
a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de 
acidentes do trabalho seja considerado leve;
b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco 
seja considerado médio;
c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco 
seja considerado grave.
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Como definir a atividade preponderante? O RPS nos socorre ao dizer, no art. 
202, § 3º, que se considera preponderante a atividade que ocupa, na empresa, o 
maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos. 
De posse desse conceito, cabe à empresa realizar o enquadramento – com 
base na relação de atividades preponderantes presente no Anexo V do RPS (RPS, 
art. 202, § 4º) –, que pode ser revisto a qualquer tempo pela Receita Federal (RPS, 
art. 202, § 5º). O anexo V contém a relação de atividades e os correspondentes 
graus de risco. O enquadramento deve ser feito mensalmente (RPS, art. 202, § 
13); ou seja, eventual remanejamento de trabalhadores entre os setores da em-
presa, que tenha influência na definição da atividade preponderante, gerará efeitos 
já no mês seguinte à sua ocorrência.
Embora os textos da LOCSS e do RPS, ao tratar da contribuição em análise, se re-
firam a “empresa”, é firme o entendimento do STJ no sentido de que a atividade 
preponderante deve ser aferida em cada estabelecimento da entidade empresarial, 
desde que possuam CNPJ distintos. Tal matéria, dada sua importância e a quantida-
de de demandas a respeito, foi objeto de súmula do STJ, editada no ano de 2008:
STJ – Súmula n. 351 – A alíquota de contribuição para o Seguro de Acidente do Tra-
balho (SAT) é aferida pelo grau de risco desenvolvido em cada empresa, individuali-
zada pelo seu CNPJ, ou pelo grau de risco da atividade preponderante quando houver 
apenas um registro.
Essa contribuição segue a regra geral dos recolhimentos empresariais, ou seja, 
deve ser paga até o dia 20 do mês seguinte ao da competência, antecipando-se 
para o dia útil imediatamente anterior, se não houver expediente bancário no dia 20.
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Para concluir a análise dessa contribuição, só falta falarmos do FAP – Fator 
Acidentário de Prevenção. O FAP foi um índice instituído a partir do ano de 2007, 
destinado, em última análise, a premiar as empresas que buscam com mais efe-
tividade a redução dos acidentes laborais e, também, a pressionar – mediante au-
mento da contribuição – aquelas que pouco ou nada fazem nesse sentido. Ele está 
previsto nos artigos 202-A e 202-B do RPS.
O FAP é um multiplicador, variável entre 0,5 e 2,0, atribuído pelo Ministério da 
Previdência por empresa. Ele incide sobre as alíquotas de 1%, 2% ou 3% que 
estamos estudando agora, reduzindo-as em até 50% ou aumentando-as em até 
100%, em razão do desempenho da empresa em relação à sua respectiva atividade. 
Ele é calculado com base nos índices de gravidade (morte, invalidez permanente 
ou temporária), de frequência (quantidade de ocorrências) e de custo (valor e du-
ração dos benefícios acidentários) dos acidentes de trabalho da empresa.
Contribuição Adicional ao SAT
Eis uma contribuição que, estranhamente, não está prevista na LOCSS, mas simna LBPS, art. 57, § 6º. Ela é destinada, especificamente, ao custeio da APOSENTA-
DORIA ESPECIAL. Vejamos o que diz o referido dispositivo, com comentários meus 
em itálico:
Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida 
nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudi-
quem a saúde ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e 
cinco) anos, conforme dispuser a lei. [...]
§ 6º O benefício previsto neste artigo será financiado com os recursos provenientes da 
contribuição de que trata o inciso II do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991 
[a contribuição para o SAT, que estudamos anteriormente], cujas alíquotas serão 
acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a atividade exerci-
da pelo segurado a serviço da empresa permita a concessão de aposentadoria especial 
após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente.
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§ 7º O acréscimo de que trata o parágrafo anterior incide exclusivamente sobre a re-
muneração do segurado sujeito às condições especiais referidas no caput. [enquanto 
a alíquota SAT – ou RAT, ou GILRAT – incide sobre TODA a folha de salários da 
empresa, essa contribuição adicional incide exclusivamente sobre a remunera-
ção DO(S) SEGURADO(S) sujeitos ao trabalho em condições especiais].
EXEMPLO – empresa com 100 funcionários, com risco de acidentes do trabalho con-
siderado LEVE, tem em seus quadros 10 funcionários expostos a condições espe-
ciais que ensejam a aposentadoria especial aos 25 anos; outros 5 que podem se 
aposentar aos 20 anos; e mais dois aposentáveis após 15 anos. Ela deve contribuir 
da seguinte forma:
a) 20% sobre o total das remunerações dos empregados e avulsos a seu serviço 
(LOCSS, art. 22, I);
b) 1% (alíquota RAT em razão do risco LEVE de acidentes de trabalho) sobre o 
total das remunerações dos empregados e avulsos a seu serviço (LOCSS, art. 22, 
II), INCLUSIVE dos trabalhadores expostos a condições especiais;
c) 12% de contribuição adicional, destinada ao financiamento da aposentadoria 
especial, APENAS SOBRE O TOTAL DA REMUNERAÇÃO DOS 2 TRABALHADORES 
QUE PODEM SE APOSENTAR AOS 15 ANOS;
d) 9% de contribuição adicional, destinada ao financiamento da aposentadoria 
especial, APENAS SOBRE O TOTAL DA REMUNERAÇÃO DOS 5 TRABALHADORES 
QUE PODEM SE APOSENTAR AOS 20 ANOS;
e) 6% de contribuição adicional, destinada ao financiamento da aposentadoria 
especial, APENAS SOBRE O TOTAL DA REMUNERAÇÃO DOS 10 TRABALHADORES 
QUE PODEM SE APOSENTAR AOS 25 ANOS;
Assim ficou fácil de entender, não é mesmo?
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A aposentadoria especial, como você deve saber, é um benefício previsto nos 
artigos 57 e 58 da LBPS, e tem como beneficiários apenas os segurados empre-
gado, trabalhador avulso e contribuinte individual COOPERADO. Se o CI 
não for integrante de cooperativa de trabalho ou de produção, NÃO TEM DIREITO 
a este benefício e, portanto, não gera para a empresa a obrigação de recolher a 
contribuição em estudo.
4. (FCC/TRT 1ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2011) O acréscimo de 6, 9 ou 12% na 
alíquota da contribuição da empresa incidente sobre a folha de pagamentos
a) varia conforme o grau de risco de acidente do trabalho na atividade preponde-
rante da empresa.
b) varia conforme o grau de exposição dos empregados e avulsos a condições es-
peciais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, podendo ser alterado em 
razão do desempenho da empresa em relação à sua respectiva atividade, aferido 
pelo Fator Acidentário de Prevenção − FAP.
c) incide sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer 
título, durante o mês, aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e contri-
buintes individuais que lhe prestem serviços.
d) incide sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer 
título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe 
prestem serviços.
e) incide exclusivamente sobre a remuneração dos segurados empregados e tra-
balhadores avulsos sujeitos às condições especiais que prejudiquem a saúde ou a 
integridade física.
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Letra e.
e) Correto. O fundamento para a resposta é o § 7º do art. 57 da LBPS:
Art. 57. [...] § 7º O acréscimo de que trata o parágrafo anterior incide exclusivamente 
sobre a remuneração do segurado sujeito às condições especiais referidas no caput.
a) Errado. A contribuição que varia conforme o grau de risco – com percentuais de 
1%, 2% ou 3% – na atividade preponderante da empresa é a que denominamos 
GILRAT (ou SAT ou RAT). A contribuição adicional, a que se refere o enunciado, 
varia de acordo com a atividade exercida pelo segurado; independe do grau de 
risco da atividade preponderante da empresa. 
Se o segurado exerce atividade que dá direito à aposentadoria especial após 15 
anos, a contribuição é de 12%; 9% se o direito à aposentadoria for após 20 anos; 
e 6%, para 25 anos. 
Creio que isso esteja bem claro. Mas se você tiver alguma dúvida, pergunte. Estou 
aqui para esclarecer.
b) Errado. Aqui a banca foi cruel. De fato, o adicional ao SAT varia conforme o 
grau de exposição dos empregados e avulsos a condições especiais. É esse grau 
de exposição que dá direito à aposentadoria especial aos 15, 20 ou 25 anos. Mas 
o FAP não tem influência nenhuma sobre essas alíquotas. O FAP influencia o 
GILRAT, lembra? Art. 202-A do RPS:
Art. 202-A. As alíquotas constantes nos incisos I a III do art. 202 serão reduzidas 
em até cinquenta por cento ou aumentadas em até cem por cento, em razão do desem-
penho da empresa em relação à sua respectiva atividade, aferido pelo Fator Acidentário 
de Prevenção – FAP. 
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As alíquotas constantes nos incisos I a III do art. 202 correspondem, justamente, 
ao GILRAT – 1%, 2% ou 3%.
c) Errado. Essa é a base de cálculo da cota patronal. Já a contribuição adicional 
ao SAT incide, como você bem sabe, apenas sobre a remuneração dos segura-
dos sujeitos às condições especiais que dão causa ao pagamento da contribui-
ção (LBPS, art. 57, § 7º).
d) Errado. Novamente, o examinador faz menção ao GILRAT. Duvida? Veja o art. 
22, II, da LOCSS:
Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do 
disposto no art. 23, é de: [...]
II – para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lein. 8.213, de 24 
de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacida-
de laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das remu-
nerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados 
e trabalhadores avulsos: [...]
E se o CI for integrante de cooperativa de trabalho?
Bem, aí vamos sair um pouquinho da LOCSS e do RPS e conhecer a disposição 
do art. 1º da Lei n. 10.666/2003:
Art. 1º As disposições legais sobre aposentadoria especial do segurado filiado ao Regi-
me Geral de Previdência Social aplicam-se, também, ao cooperado filiado à cooperativa 
de trabalho e de produção que trabalha sujeito a condições especiais que prejudiquem 
a sua saúde ou a sua integridade física.
§ 1º Será devida contribuição adicional de nove, sete ou cinco pontos percentuais 
[por que as alíquotas diferentes? Não é só pra atrapalhar a vida dos concursei-
ros, prezado(a)...], a cargo da empresa tomadora de serviços de cooperado filiado 
a cooperativa de trabalho, incidente sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de 
prestação de serviços, [eis a explicação para a alíquota diferente. COM CERTEZA 
o valor bruto da NF ou fatura é SUPERIOR à efetiva remuneração dos coope-
rados. Uma base de cálculo maior é justificativa suficiente para – em busca 
de proporcionalidade – uma redução de alíquotas, não concorda?] conforme a 
atividade exercida pelo cooperado permita a concessão de aposentadoria especial após 
quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente.
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Até março de 2016, a LOCSS previa, no art. 22, IV, que a empresa tomadora de 
serviços por intermédio de cooperativa de trabalho deveria recolher contribuição 
de 15% sobre o valor bruto da NF ou fatura de prestação de serviços. No entanto, 
o STF considerou inconstitucional essa exação.
Embora naquela decisão não haja expressa menção à contribuição adicional ao SAT, 
temos mesmo fato gerador (prestação de serviço por cooperados, por intermédio 
de cooperativa de trabalho) e mesma base de cálculo (valor bruto da NF ou fatura). 
Logo, só podemos entender que a presente exação também padece de inconstitu-
cionalidade. 
Veja o que disse o STF, com pequenos destaques meus em negrito e comentários 
extras em itálico:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ARTIGO 
22, INCISO IV, DA LEI n. 8.212/91, COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI n. 9.876/99. SU-
JEIÇÃO PASSIVA. EMPRESAS TOMADORAS DE SERVIÇOS. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 
DE COOPERADOS POR MEIO DE COOPERATIVAS DE TRABALHO. BASE DE CÁLCULO. 
VALOR BRUTO DA NOTA FISCAL OU FATURA. TRIBUTAÇÃO DO FATURAMENTO. BIS IN 
IDEM. NOVA FONTE DE CUSTEIO. ARTIGO 195, § 4º, CF. 1. O fato gerador que origina 
a obrigação de recolher a contribuição previdenciária, na forma do art. 22, inciso IV da 
Lei n. 8.212/91, na redação da Lei 9.876/99, não se origina nas remunerações pagas ou 
creditadas ao cooperado, mas na relação contratual estabelecida entre a pessoa jurídica 
da cooperativa e a do contratante de seus serviços. 2. A empresa tomadora dos servi-
ços não opera como fonte somente para fins de retenção. A empresa ou entidade a ela 
equiparada é o próprio sujeito passivo da relação tributária, logo, típico “contribuinte” 
da contribuição. 3. Os pagamentos efetuados por terceiros às cooperativas de trabalho, 
em face de serviços prestados por seus cooperados, não se confundem com os va-
lores efetivamente pagos ou creditados aos cooperados. 4. O art. 22, IV da Lei 
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n. 8.212/91, com a redação da Lei n. 9.876/99, ao instituir contribuição previdenciária 
incidente sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura, extrapolou a norma do art. 195, 
inciso I, a, da Constituição, descaracterizando a contribuição hipoteticamente in-
cidente sobre os rendimentos do trabalho dos cooperados, tributando o fatu-
ramento da cooperativa, com evidente bis in idem. [bis in idem é expressão latina de 
uso corriqueiro na seara tributária. Significa “dupla imputação sobre um mesmo fato”, 
“dupla tributação sobre um mesmo fato gerador”. O “valor bruto da nota fiscal” emiti-
da pela cooperativa é, em última análise, o FATURAMENTO da cooperativa; e sobre o 
faturamento, a cooperativa – como equiparada a empresa – já recolhe as contribuições 
correspondentes. Então a existência de uma segunda contribuição decorrente do mes-
mo fato gerador – o faturamento – é, sem dúvida, bis in idem]. Representa, assim, nova 
fonte de custeio, a qual somente poderia ser instituída por lei complementar, com 
base no art. 195, § 4º - com a remissão feita ao art. 154, I, da Constituição. 5. Recurso 
extraordinário provido para declarar a inconstitucionalidade do inciso IV do art. 22 da 
Lei n. 8.212/91, com a redação dada pela Lei n. 9.876/99.
(STF – RE 595838 – Relator Ministro DIAS TOFFOLI – Tribunal Pleno – Julgamento em 
23.04.2014 - Publicação em 08.10.2014).
A decisão é de 2014. No entanto, o inciso IV do art. 22 da LOCSS teve sua exe-
cução suspensa por Resolução do Senado Federal apenas em 31 de março de 
2016. 
Apesar dessa suspensão, a previsão da Lei n. 10.666 permanece vigente, 
podendo ser cobrada em provas. A tendência é que, em pouco tempo, essa con-
tribuição seja abandonada em razão de sucessivas derrotas judiciais – ou que seja 
“recriada” por Lei Complementar, de modo a sanar o vício de inconstitucionalidade. 
Mas ainda vale para nós.
• Na lei – a empresa tomadora contribui com os adicionais de 5%, 7% ou 9% 
sobre o valor bruto da NF ou Fatura de Prestação de Serviços.
• Na jurisprudência – é inconstitucional a cobrança de contribuição tendo por 
base de cálculo o valor da nota.
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• Na Administração – a Receita Federal do Brasil, por meio do Ato Declaratório 
Interpretativo n. 5, de 25.05.2015, determinou que a RFB não constituirá 
crédito decorrente desta contribuição. Veja seu texto:
Art. 1º O contribuinte individual que presta serviço a empresa por intermédio de coope-
rativa de trabalho deve recolher a contribuição previdenciária de 20% (vinte por cento) 
sobre o montante da remuneração recebida ou creditada em decorrência do serviço, 
observados os limites mínimo e máximo do salário de contribuição.
Art. 2º A Secretaria da Receita Federal do Brasil não constituirá crédito tribu-
tário decorrente da contribuição de que trata o § 1º do art. 1º da Lei n. 10.666, 
de 8 de maio de 2003, que instituiu contribuição adicional àquela prevista no inciso IV 
do art. 22 da Lei n. 8.212, de 1991, para fins de custeio de aposentadoria especial para 
cooperados filiados a cooperativas de trabalho.
Ou seja: se a empresa não pagar o Adicional GILRAT, a Receita Federal do Brasil 
não vai cobrar. Será que alguma empresa ainda paga essa contribuição? Creio 
que não, embora ela aindaesteja prevista na IN n. 971/2009, art. 72, § 2º, III.
2.2. Das Instituições Financeiras
Por força do art. 22, § 1º, da LOCSS, as instituições financeiras (assim enten-
didos os – respire fundo – bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de 
desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e in-
vestimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras 
de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas 
de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos 
de seguros privados e de crédito e entidades de previdência privada abertas e fe-
chadas) recolhem não 20%, mas 22,5%, sobre o valor pago, devido ou creditado 
a empregados, avulsos e CI a seu serviço. 
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“Pode isso, Arnald... ops... professor?” 
A regra é clara, meu(minha) amigo(a). Certamente, nas 30 vezes que você já 
leu a Constituição durante essa preparação para o concurso, já viu o § 9º do art. 
195:
Art. 195. [...] § 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo 
poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade 
econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da condição 
estrutural do mercado de trabalho.
Se a Constituição diz que pode, quem somos nós para negar? E essa regra não 
se aplica apenas a esse caso das instituições financeiras. Nós veremos que há con-
tribuições diferenciadas, por exemplo, para as associações desportivas que man-
têm equipe de futebol profissional e a agroindústria, entre outros.
Para fins de DECOREBA, é importante destacar que a LOCSS e o RPS não fa-
lam em “alíquota de 22,5%”, mas em contribuição adicional de 2,5% sobre a 
mesma base de cálculo. O efeito no bolso é o mesmo, mas, se a banca se fixar 
na redação legislativa, você deve estar preparado(a).
5. (FCC/TCE-PI/ASSESSOR JURÍDICO/2014) Conforme previsão legal, a contribui-
ção a cargo da empresa destinada à Seguridade Social, calculada sobre o total das 
remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos 
segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destina-
das a retribuir o trabalho, é de
a) 15% (quinze por cento).
b) 22,5% (vinte e dois e meio por cento).
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c) 20% (vinte por cento).
d) 12,5% (doze e meio por cento).
e) 8% (oito por cento) até 11% (onze por cento).
Letra c.
Essa questão eu trouxe só para você relaxar um pouco, descansar a cabeça. Con-
fesse, você não resistiu e esboçou um sorriso quando se deparou com ela. É assim 
mesmo, concurseiro(a) bem preparado chega a RIR quando encontra questões fá-
ceis na prova.
Como você já conhece o art. 22, I, da LOCSS, eu não preciso dizer mais nada:
Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além 
do disposto no art. 23, é de:
I – vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a 
qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos 
que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua 
forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adian-
tamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, 
quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da 
lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença 
normativa.
2.3. Da Cooperativa
A cooperativa de produção tem a obrigação de recolher a Contribuição Adicio-
nal ao SAT sobre a remuneração paga, devida ou creditada aos seus cooperados 
que estejam sujeitos a agentes nocivos no exercício de suas atividades.
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Onde está prevista esta contribuição? Na LOCSS? Não!!! No RPS?? Também 
não! Então cadê? No art. 1º da Lei n. 10.666/2003:
Art. 1º. [...] § 2º Será devida contribuição adicional de doze, nove ou seis pontos 
percentuais, a cargo da cooperativa de produção, incidente sobre a remuneração 
paga, devida ou creditada ao cooperado filiado, na hipótese de exercício de atividade 
que autorize a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco 
anos de contribuição, respectivamente.
§ 3º Considera-se cooperativa de produção aquela em que seus associados contribuem 
com serviços laborativos ou profissionais para a produção em comum de bens, quando 
a cooperativa detenha por qualquer forma os meios de produção.
Eu poderia usar mais uns 2 ou 3 parágrafos pra “encher linguiça” (expressão 
antiga, né??) e repetir, com outras palavras, tudo o que diz a lei. Mas não é essa 
minha função. Se a lei confunde, EU EXPLICO, mas se o texto legal é cristalino 
como o que acabei de transcrever, não há motivo para tautologia. 
Como sempre, se tiver dúvidas, pergunte.
2.4. Do Clube de Futebol Profissional
Ou, usando a nomenclatura da legislação, Contribuição da associação despor-
tiva que mantém equipe de futebol profissional. Tal contribuição tem a função 
de substituir a cota patronal e o GILRAT (que estudamos nas Contribuições da 
Empresa). Então, ao invés de pagar 20% sobre a folha de salários, mais 1%, 2% 
ou 3%, a associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional deve 
recolher uma única contribuição, equivalente a 5% da receita bruta, decorren-
te dos espetáculos desportivos de que participem em todo território nacional em 
qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos internacionais, e de qualquer 
forma de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, pro-
paganda e de transmissão de espetáculos desportivos (LOCSS, art. 22, § 6º).
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Essa contribuição substitui exclusivamente aquelas que mencionei anterior-
mente. Se a associação desportiva contratar os serviços de um contribuinte indivi-
dual, deverá recolher 20% sobre a remuneração paga.
A responsabilidade do recolhimento dessa contribuição, quando incidente sobre 
a receita bruta decorrente dos espetáculos desportivos, é da entidade promo-
tora do evento (LOCSS, art. 22, § 7º). O prazo para este recolhimento é de até 
dois dias úteis após a realização do evento. Mas cabe à associação desportiva 
informar detalhadamente à entidade promotora todas as receitas auferidas no 
evento.
Já a contribuição incidente sobre as receitas obtidas com patrocínio, licencia-
mento de usode marcas e símbolos, publicidade, propaganda e transmis-
são de espetáculos desportivos deve ser recolhida pela empresa/entidade 
pagadora. Nessa hipótese o recolhimento se dá pela REGRA GERAL DAS EMPRE-
SAS, ou seja, até o dia 20 do mês seguinte ao da competência, ou no dia útil ime-
diatamente anterior, se não houver expediente bancário no dia 20.
Temos duas contribuições diferentes em um mesmo parágrafo da LOCSS. A alíquo-
ta é a mesma, a base de cálculo é semelhante (receita bruta), a responsabilidade 
pelo recolhimento, em ambas, não é da associação desportiva... mas OS PRAZOS 
SÃO DIFERENTES! Lembre-se disso.
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Essa contribuição diferenciada vale para as associações desportivas que man-
têm equipe de FUTEBOL PROFISSIONAL. O § 10 do art. 22 da LOCSS não dá 
margem a dúvidas, ao dizer, expressamente, que as alíquotas reduzidas não se 
aplicam às “demais associações desportivas”. Portanto, não tente, jamais, am-
pliar a interpretação dessas normas, OK?
• Associação desportiva que mantém apenas equipe de VOLEIBOL profissional – 
segue a regra geral das empresas.
• Associação desportiva que mantém apenas equipe de BASQUETEBOL profis-
sional – segue a regra geral das empresas.
• Associação desportiva que mantém apenas equipe de futebol AMADOR – se-
gue a regra geral das empresas.
• Associação desportiva que mantém apenas equipe de futebol PROFISSIONAL 
– se beneficia da contribuição diferenciada.
• Associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional E DE OU-
TROS ESPORTES – se beneficia da contribuição diferenciada.
A LOCSS ainda estabelece que essas regras ora em estudo se aplicam à associa-
ção desportiva que mantenha equipe de futebol profissional e atividade econômica 
organizada para a produção e circulação de bens e serviços e que se organize 
regularmente segundo uma das modalidades societárias presentes nos artigos 
1.039 a 1.092 do Código Civil. Mas a alíquota reduzida de contribuição só vale em 
relação às atividades diretamente relacionadas à manutenção e administra-
ção da equipe profissional de futebol e de outras modalidades esportivas, não 
se estendendo às outras atividades econômicas exercidas. 
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Qual é a consequência prática disso??? Simples: a contribuição de 5% que es-
tamos estudando SÓ SUBSTITUI a cota patronal e o RAT/SAT incidentes sobre a 
remuneração dos profissionais diretamente envolvidos nas atividades des-
portivas ou relativas à manutenção e administração destas.
EXEMPLO
Associação desportiva que monte equipes de futebol profissional, vôlei e basquete 
contribuirá com as alíquotas de 5% sobre a receita bruta dos espetáculos despor-
tivos DE TODAS ESSAS MODALIDADES e também sobre a receita bruta de patrocí-
nio/licenciamento/publicidade auferidos em TODAS ESSAS MODALIDADES. 
Com essa contribuição, ela substitui a cota patronal e RAT que incidiriam sobre a 
remuneração dos jogadores de futebol, voleibol e basquetebol, dos treinadores, 
massagistas, fisioterapeutas, jardineiro responsável pelo gramado, faxineiras do 
estádio e ginásio, administradores desses locais... 
Também substitui a contribuição sobre a remuneração de funcionários que se dedi-
quem à produção de camisetas, uniformes, utensílios, brindes etc., destinados à 
manutenção da equipe de futebol. 
Mas se a associação desportiva montar, por exemplo, um restaurante ao lado do 
ginásio, voltado ao público em geral, não há como vincular tal atividade à adminis-
tração e manutenção da equipe de futebol. 
Desse modo, sobre a remuneração dos garçons, cozinheiros, caixas e demais fun-
cionários do restaurante A INCIDÊNCIA PREVIDENCIÁRIA É A MESMA DAS EMPRE-
SAS EM GERAL. Está claro?
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2.5. Da Agroindústria
Prevista no art. 22-A da LOCSS. A exemplo da contribuição das equipes de fute-
bol, que acabamos de estudar, esta também foi criada com o intuito de substituir 
as contribuições estudadas nos itens das Contribuições da Empresa. 
A base de cálculo deixa de ser o “total de remunerações pagas, devidas ou 
creditadas” e passa a ser a receita bruta da comercialização da produção. 
As alíquotas passam de 20% para 2,5% (para a Previdência Social) e de 1%, 
2% ou 3% para 0,1% (RAT, SAT ou GILRAT – para o custeio da aposentadoria es-
pecial e dos benefícios acidentários). Simples, não?
Agroindústria é, para efeitos previdenciários, o produtor rural pessoa jurídica 
cuja atividade econômica seja a industrialização de produção própria ou de produ-
ção própria e adquirida de terceiros.
A prestação de serviços a terceiros é expressamente excluída da abrangên-
cia dessa contribuição. Nessa hipótese, as contribuições devidas são as previstas 
na regra geral (art. 22 da LOCSS). Como apurar isso? Simples: exclui-se da base 
de cálculo da contribuição da agroindústria o valor da receita bruta correspondente 
aos serviços prestados a terceiros.
A contribuição ora em estudo NÃO se aplica às sociedades cooperativas e 
às agroindústrias de piscicultura, carcinicultura (essa eu precisei ver no Google, é 
criação de camarão), suinocultura e avicultura. É isso que diz a LOCSS, no art. 
22-A, § 4º.
Tampouco se aplica essa contribuição à pessoa jurídica que, relativamente à ati-
vidade rural, se dedique apenas ao florestamento e reflorestamento como fonte 
de matéria-prima para industrialização própria mediante a utilização de processo 
industrial que modifique a natureza química da madeira ou a transforme em pasta 
celulósica 
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A Agroindústria tem direito à aplicação dessa contribuição diferenciada, ainda 
que explore, também, outra atividade econômica autônoma, no mesmo ou em 
estabelecimento distinto, hipótese em que a contribuição incidirá sobre o valor da 
receita bruta dela decorrente.
2.6. Do Produtor Rural
Na verdade, neste subitem, estudaremos as contribuições do Empregador Ru-
ral Pessoa Física e do Consórcio de Produtores Rurais. Esta é mais uma 
previsão legal de substituição da contribuição sobre a remuneração de emprega-
dos e avulsos e do SAT (itens “1” e “3” das Contribuições da Empresa). Elas estão 
previstas nos artigos 25 e 25-A da LOCSS.
Você deve saber que os trabalhadores rurais não auferem rendimentos com pra-
zos regulares. Eles dependem dos períodos de plantio, das safras, das chuvas, das 
secas... Por essa razão, recebem um certo “apoio” legislativo, que os desobriga decontribuir mensalmente. Só são devidas as contribuições no momento da venda 
da produção. Realizada a venda, as alíquotas devidas são as seguintes:
• 1,2% da receita bruta da comercialização da produção, destinada à Previ-
dência Social (em substituição à contribuição incidente sobre a remuneração 
dos empregados, em regra de 20%);
• 0,1% para o SAT/RAT/GILRAT (em substituição às alíquotas de 1%, 2% ou 
3% devidas pelas demais empresas).
Essas contribuições substituem exclusivamente as citadas. O empregador rural 
pessoa física, que é enquadrado como CONTRIBUINTE INDIVIDUAL (LBPS, art. 11, 
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V, “a”) não está dispensado de recolher sua contribuição pessoal. É isso que nos diz 
a LOCSS, no art. 25, § 2º.
A LOCSS faculta ao Produtor Rural Pessoa Física (PRPF) contribuir da mesma forma 
que as empresas em geral (Cota Patronal de 20% + GILRAT de 1%, 2% ou 3%), 
manifestando sua opção anualmente, mediante o recolhimento sobre a folha de 
salários de janeiro (ou sobre a folha do primeiro mês de atividade, no ano do início 
de seu exercício).
Esta opção será irretratável para todo o ano-calendário.
Você já pensou o que pode ser considerado “produção” para fins de incidência 
da contribuição? Será que é só aquilo extraído diretamente da terra? NÃO, meu(-
minha) amigo(a). A legislação amplia um tantinho esse conceito, no art. 200, § 5º, 
do RPS:
Art. 200. [...] § 5º Integram a produção, para os efeitos dos incisos I e II do caput, 
observado o disposto no § 25 do art. 9º, os produtos de origem animal ou vegetal, em 
estado natural ou submetidos a processos de beneficiamento ou industrialização 
rudimentar, assim compreendidos, entre outros, os processos de lavagem, limpeza, 
descaroçamento, pilagem, descascamento, lenhamento, pasteurização, resfriamento, 
secagem, socagem, fermentação, embalagem, cristalização, fundição, carvoejamento, 
cozimento, destilação, moagem e torrefação, bem como os subprodutos e os resíduos 
obtidos por meio desses processos.
Não, prezado(a), você NÃO precisa decorar todos esses processos. Não creio 
que um examinador seja ridículo a ponto de apresentar uma questão que exija a 
memorização desse artigo. O importante é que você atente para o fato de que to-
dos eles entram no conceito de produção, OK? Por que eu digo isso? Porque 
isso sim cai na prova.
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6. (CESPE/TRF 1ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2011 – Adaptada) Julgue o item a seguir 
com referência ao financiamento da seguridade social. [...]
Integram a produção, para os efeitos de contribuição do empregador rural pessoa 
física, os produtos de origem vegetal submetidos a processos de beneficiamento ou 
industrialização rudimentar, excetuando-se os processos de lavagem, limpeza, des-
caroçamento, pilagem, descascamento, lenhamento, pasteurização, resfriamento, 
secagem, fermentação, embalagem, cristalização e fundição.
Errado.
Como você deve ter percebido, nessa IMENSA assertiva, o erro está na palavri-
nha excetuando-se, que exclui do conceito de produção todo o restante da pro-
posição. Um leitor mais apressado ou que se depare com essa questão no fim da 
prova, pode perfeitamente deixar passar batido o “excetuando-se” e considerar 
correta a proposição. Como evitar isso? Procurando manter a calma e ler com 
ATENÇÃO cada questão proposta. Mas cuidado: “com atenção” não pode ser, 
em hipótese alguma, sinônimo de “lentamente”. Há um TEMPO LIMITE para a 
realização da prova e é esse tempo que devemos respeitar. E como aqui também 
temos um limite de tempo (concurseiro(a) tá sempre com pressa), vamos retor-
nar ao conteúdo?
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A base de cálculo da contribuição que estamos estudando é a receita bruta da co-
mercialização da produção, certo? É EXATAMENTE ISSO que nos diz os incisos I e 
II do art. 25 da LOCSS. Mas daí, para complicar a vida dos concurseiros, os nossos 
queridos representantes em Brasília ampliam a base de cálculo em um PARÁGRAFO 
do mesmo artigo. Veja o que diz o § 10:
Art. 25. [...] §10. Integra a receita bruta de que trata este artigo, além dos valores 
decorrentes da comercialização da produção relativa aos produtos a que se refere 
o § 3º deste artigo, a receita proveniente:
Esse § 3º do art. 25 é justamente o que eu colei algumas linhas atrás, que nos traz 
o conceito de “produção”.
I – da comercialização da produção obtida em razão de contrato de parceria ou meação 
de parte do imóvel rural; 
II – da comercialização de artigos de artesanato de que trata o inciso VII do § 10 do 
art. 12 desta Lei; 
O § 10 do art. 12, aí mencionado, trata das atividades que NÃO descaracterizam 
a condição de segurado especial. Uma delas é a atividade artesanal “desenvolvida 
com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar”.
III – de serviços prestados, de equipamentos utilizados e de produtos comercializa-
dos no imóvel rural, desde que em atividades turística e de entretenimento desen-
volvidas no próprio imóvel, inclusive hospedagem, alimentação, recepção, recreação 
e atividades pedagógicas, bem como taxa de visitação e serviços especiais; 
A exploração de atividade turística na propriedade rural também não descaracteriza 
a condição de segurado especial, desde que exercida por no máximo 120 dias no 
ano; mas imagine se o INSS iria deixar de arrecadar porque o segurado especial 
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não está trabalhando na agricultura no período! Não tem produção rural para ven-
der? Sem problemas! Paga sobre as receitas da exploração de atividade turística. 
Simples assim. 
IV – do valor de mercado da produção rural dada em pagamento ou que tiver sido tro-
cada por outra, qualquer que seja o motivo ou finalidade; e 
V – de atividade artística de que trata o inciso VIII do § 10 do art. 12 desta Lei. 
Montou uma dupla sertaneja para tocar nos bailes? Sem problemas! Ele também 
não deixa de ser segurado especial, desde que ganhe por mês menos de um sa-
lário mínimo (LOCSS, art. 12, § 10, VIII). E o seu rendimento nessa atividade 
INTEGRA a “receita bruta” que compõe a base de cálculo das contribuições em es-
tudo. Em resumo, A RECEITA FEDERAL CERCA A PESSOA POR TODOS OS LADOS. 
A incidência da contribuição se dá apenas no momento da venda da produção, 
como já vimos. Nessa hipótese, quem deve efetuar o recolhimento? 
Sempre o comprador? NÃO! 
Sempre o vendedor? NÃO! 
A resposta é DEPENDE: A contribuição é devida, como regra geral, pelo adquirente,

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