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Introdução Esse relatório apresentará a prática “2ª Lei de Newton-Galileu” realizada na disciplina de Experimental de Física no dia 17 de janeiro de 2014. O objetivo do experimento foi verificar a validade da 2ª Lei de Newton-Galileu, usando um planador sobre um trilho de ar sem atrito. Ao variar a massa do planador e a força que o movimenta, têm-se meios de validar a 2ª Lei. Também chamada de Princípio Fundamental da Dinâmica, esta lei, a segunda de três, foi estabelecida por Sir Isaac Newton ao estudar a causa dos movimentos. Esse princípio consiste na afirmação de que um corpo em repouso necessita da aplicação de uma força para que possa se movimentar, e para que um corpo em movimento pare é necessária a aplicação de uma força. Um corpo adquire velocidade e sentido de acordo com a intensidade da aplicação da força. Ou seja, quanto maior for à força maior será a aceleração adquirida pelo corpo. Newton estabeleceu esta lei para análise das causas dos movimentos, relacionando as forças que atuam sobre um corpo de massa m constante e a aceleração adquirida pelo mesmo devido à atuação das forças. Esta lei diz que: “A resultante das forças aplicadas sobre um ponto material é igual ao produto da sua massa pela aceleração adquirida: ” Esta é uma igualdade vetorial na qual força e aceleração são grandezas vetoriais, as quais possuem módulo, direção e sentido. Esta equação significa que a força resultante (soma das forças que atuam sobre um determinado ponto material) produz uma aceleração com mesma direção e sentido da força resultante e suas intensidades são proporcionais. Materiais e Métodos O material utilizado foi um trilho com furos por onde saía ar, um planador no formato do trilho de massa variável e um sistema de pesos de massa variável ligado ao planador por meio de um fio. Os instrumentos de medida foram uma balança para medir o peso da porta-peso e um par de fotocélulas ligadas a um cronômetro. Na primeira etapa do experimento, variou-se a massa da porta-peso e do planador, de modo que a massa total do sistema fosse constante. A força que movimentaria o sistema é só a força da gravidade sobre a porta-peso. Assim, podemos avaliar como a aceleração muda em função da força. Na segunda etapa, variou-se apenas a massa do planador. Assim, a massa total do sistema varia, enquanto a força resultante permanecia constante. Então se pode avaliar a relação da aceleração com a massa do sistema. Para medir a aceleração, foi medido o tempo que o planador levava para percorrer 0,70 m, usando as fotocélulas, e usando a fórmula do movimento uniformemente variado: Equação 1.0: Sabendo que Temos, Equação 1.1: Isolando a aceleração temos, Equação 1.2: Resultados Primeira etapa Na tabela podemos observar que m é a massa no porta-peso e t é o tempo decorrido para o planador percorrer 0,70m a partir do repouso. Porta-peso: 0,01 kg m (kg) T (s) 0,02 1,1738 0,04 0,9075 0,06 0,7793 0,08 0,6904 0,1 0,6175 Tabela 1.0 Aplicando Log temos: log m log t -1,69897 0,06959 -1,39794 -0,04215 -1,22185 -0,10829 -1,09691 -0,16089 -1 -0,18210 Tabela 1.1 Usando a equação 1.2 calculamos a aceleração e calculamos a força resultante adotando g = 9,79 m/s2 que atua no sistema: T (s) a (m/s2) F(N) 1,1738 1,0161 0,29370 0,9075 1,6999 0,48950 0,7793 2,3053 0,68530 0,6904 2,9372 0,88110 0,6175 3,6716 1,07690 Tabela 1.2 Segunda etapa Na tabela, t é o tempo decorrido para o planador percorrer 0,70m a partir do repouso e M é a massa que varia no carrinho. Massa do carrinho inicial: 0,1 kg M (kg) T (s) 0,02 1,436 0,04 1,5012 0,06 1,5565 0,08 1,6159 0,1 1,6624 Tabela 2.0 Aplicando Log temos: Log M Log t -1,69897 0,15715 -1,39794 0,17644 -1,22185 0,19215 -1,09691 0,20841 -1 0,22074 Tabela 2.1 Usando a equação 1.2 calculamos a aceleração e calculamos a força resultante adotando g = 9,79 m/s2 que atua no sistema: T (s) a (m/s2) F(N) 1,436 0,6789 1,17480 1,5012 0,6212 1,37060 1,5565 0,5764 1,56640 1,6159 0,5362 1,76220 1,6624 0,5066 1,95800 Tabela 2.2 O tempo foi medido três vezes e tomou-se a média para minimizar os erros. Questões No caso do estudo da aceleração como função da força, suponha que a equação seja da forma . Linearizando-se esta equação e aplicando a regressão linear aos dados da tabela correspondente (use cinco casas decimais para os logaritmos), encontre os valores de k e n. O que representa k? Qual o erro relativo cometido na experiência quanto ao valor de n? Use g=9,79m/s2. Cálculos: Aplicando logaritmo nos dados de m(kg) e F (N) temos: Log m Log F -1,52288 -0,53210 -1,30103 -0,31025 -1,15490 -0,16412 -1,04576 -0,05497 -0,95861 0,03218 Tabela 3.0 Pela lei de potência temos: Como já anteriormente calculado n = 1,0002 e k = 9,79445. k representa a representa a aceleração da gravidade. Com erro relativo cometido na experiência de 0,002% em valores reais de 0,00002 Foi um valor muito bom em relação ao esperado, erro quase que zero no experimento. O que trouxe esse resultado agradabilíssimo foi à repetição do procedimento. No estudo da aceleração em função da massa, admita que a equação seja da forma . Linearizando-se esta equação e aplicando a regressão linear aos dados da tabela correspondente (use cinco casas decimais para os logaritmos), encontre os valores de K e n. A partir do valor de K, determine a massa da porta-peso. Qual o valor do expoente n? Use g=9,79m/s2. Cálculos: Aplicando logaritmo nos dados de M(kg) e F (N) temos: Log M Log F -0,92082 0,06996 -0,85387 0,13691 -0,79588 0,19490 -0,74473 0,24606 -0,69897 0,29181 Tabela 4.0 Pela lei de potência temos: mp = massa do porta-peso. Uma pequena esfera está suspensa por um cordel do teto de um vagão que está se movendo sobre trilhos retilíneos e horizontais com aceleração constante, da esquerda para a direita, em relação à Terra. Qual a posição do fio para um observador situado dentro do vagão, e em repouso relativamente a este? Se em determinado instante o observador cortar o fio, mostre a trajetória descrita pela esfera vista por ele até atingir o piso do vagão. Para o observador no vagão, o fio está inclinado para a esquerda, pois o sistema não é inercial e há uma aceleração resultante para a esquerda sobre a bola. Se o observador cortar o fio, a bola descreverá uma trajetória retilínea no mesmo sentido da inclinação do fio. Coloque sobre a mesa do laboratório um nível de bolha e puxe-o aceleradamente para a direita. Em que sentido a bolha se desloca? Explique o resultado observado. A bolha se desloca para a direita. Isso ocorre porque o sistema, que não é inercial, possui uma aceleração resultante para a esquerda em relação a um observador que se move com o sistema. Assim, a força que leva a água para a esquerda é maior que a força que leva a bolha de ar para a esquerda, levando em conta que a massa da água é maior. Logo, a bolha se move para a direita em relação ao medidor de nível. Conclusões O experimento ocorreu sem grandes problemas. Os resultados confirmaram a Segunda Lei de Newton-Galileu com sucesso. Assim, os modelos teóricos dados são adequados para descrever o movimento uniformemente acelerado e as relações entre a aceleração, a força e a massa. Referências Bibliográficas FRANCO, E. R., Física Experimental Mecânica. HALLIDAY, D., RESNICK, R. , Física 1, 4ª Ed., 1984.
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