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Gabarito Questionário de Revisão

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Gabarito Questionário de Revisão – Psicologia Fenomenológica e Existencial
Profª.: Ana Noriko
Monitor responsável: Yuri Olesçuck
Uni FG
Texto 1 – Fenomenologia (Revista Brasileira de Enfermagem – REBEn)
1) É um método filosófico de pesquisa com viés voltado mais à descrição do que a experimentação. [ou] É uma meditação lógica, ultrapassando as próprias incertezas lógicas, por meio de uma linguagem (logos) que se exclua a incerteza.
2) Surgiu na Alemanha, com Edmundo Husserl, influenciado pelo pensamento de Platão, Descartes e Brentano e influenciando pensadores como Martin Heidegger, Alfred Schutz, Jean Paul-Sartre, Maurice Merleau-Ponty e outros.
3) Franz Bentrano foi um psicólogo contemporâneo de Wundt que era contrário à ideia da experimentação dando enfoque ao ato mental mais do que ao objeto em si. Utilizou do método empírico, não focando tanto na introspecção como Wundt, se utilizando mais de conceitos como memória e imaginação.
4) A consciência de que somos conscientes de algo (2º nível de ato de consciência).
5) Procurava trazer uma introdução lógica às ciências humanas, enquanto dá um significado eidético (no sentido de evocar um evento anterior para defini-lo) ao objeto antes de qualquer experimentação e compreender o significado fundamental.
6) Estudo dos fenômenos que aparecem à consciência.
7) O mundo é o que se mostra, mesmo que precise ser desvelado, com o objetivo de descobrir o sentido real dos fenômenos.
8) Segundo Husserl, é através da descrição que nós chegamos às “coisas mesmas” sendo importante pois com ele saímos do olhar habitual e evidenciamos o fenômeno em si mesmo.
9) Como algo vivo, uma experiencia própria (evidenciando a subjetividade), permitindo-se questionar o que deseja compreender
10) Como um método e atividade intelectual, especificamente filosófico. Segundo Husserl, uma etapa em que se procura mostrar a estrutural universal da vida intencional, permitindo assim uma mudança de atitude na visão de mundo, acolhendo mundo e sujeito como fenômeno, no âmbito do qual revelam-se reciprocamente em sua existência.
11) Heidegger acredita que o fenômeno não se mostra diretamente e, sim, se mantém velado frente ao que se mostra; ao mesmo tempo, mostra-se diretamente de modo a constituir seu sentido.
12) A partir da reflexão de Heiddeger, entendemos que o fenômeno não se mostra de uma forma qualquer, nem como uma manifestação, entendendo assim que o fenômeno não é uma manifestação, a manifestação é que depende de um fenômeno, pois para ocorrer é necessário que haja o que mostrar.
13) Através da renovação de métodos e encaminhamento de problemas nas ciências humanas. Valorizando o ser pelo rigor cientifico da abordagem fundamentada em suas características de existir, explicando as estruturas em que a experiência se verifica, descrevendo-as em suas estruturas universais.
14) Não é somente através da descrição. Na fenomenologia, a descrição é um protocolo que se limita a descrever o visto, o sentido, a experiência como vivida pelo sujeito. É somente um detector do “solo perceptual” em que ocorre a experiência perceptiva, não uma descrição das estruturas universais como é proposto.
15) É um ser de abertura para o mundo, não fechado que se relaciona com características como compreender seu próprio ser a partir do ente, que Heidegger compreende como o mundo. O Ser-aí, um ente em contato com o mundo imediato, consciente de sua existência.
16) É uma constituição fundamental do “ser-aí” da existência humana. Se trata do ser-no-mundo, um ser lançado no mundo, lançado para frente, ser relacional, ser-com-o-outro.
17) É designado por ele como conceito existencial-ontológico da mundanidade. Refletindo sobre a análise ontológica, postula que o ser-no-mundo e, com isso também o mundo devem-se tornar tema da analítica horizonte da cotidianidade mediana enquanto modo de ser mais próximo da presença.
18) Compreende o humano enquanto ser no mundo, na situação de estar lança do sendo presente e presença.
Texto 2 – Introdução à Fenomenologia (Abgela Ales Bello)
1) O caminho para o conhecimento é feito em duas etapas: a primeira é a redução eidética e a segunda é a redução transcendental.
2) Husserl procura deixar de lado questões relacionadas aos fatos para assim poder atingir a essência das coisas, isso vai de contra muitas das crenças das ciências positivistas que acreditam que os fatos dão os sentidos das coisas. Porém, Husserl tem a crença de que a essência só é atingida quando entendemos a estrutura universal dos fenômenos.
3) A redução eidética é um método filosófico que procura excluir tudo que não se refere ao sentido do fenômeno, ou seja, com o entendimento que não são os fatos que dão o sentido ao fenômeno entendemos também que não são os fatos em si, mas o sentido daqueles fatos.
O processo se dá na percepção, a busca pelo sentido, o fenômeno se mostrando (físico ou não) e a conclusão de que podemos abarcar os sentidos das coisas.
4) É a segunda etapa do método fenomenológico onde há uma reflexão sobre quem é o sujeito humano que percebe o fenômeno em sua subjetividade, sendo uma análise do sujeito. Ocorre através do ato perceptivo e da consciência do ato.
5) Husserl é um teórico de formação matemática que sempre procurou entender a constituição mental dos cálculos e não somente os cálculos como ato, mas como ato mental. Dessa forma se aproximou de Franz Brentano, um dos primeiros teóricos a focar em atos mentais, e assim, influenciado por Brentano.
O ato perceptivo ocorre quando um fenômeno passa a ocorrer no exterior e no interior. Como no exemplo da caneta, onde a caneta é tocada, e enquanto objeto que existe está do lado de fora, mas enquanto objeto tocado, existe do lado de dentro (distinção do objeto tocado e do que está tocando.
6) Husserl enxerga a percepção como uma porta, isto é, uma forma de entrada no subjetivo do ser para compreender como é que o ser humano é feito. (Obs.: nem todos os atos perceptivos são vivenciados no psicológico, por isso a necessidade de um cuidado especial)
7) Atos de primeiro grau são os atos perceptivos, comuns a humanos e animais onde há a vivência do ato, já os atos de segundo grau são atos reflexivos, onde se existe a consciência do toque, como um segundo nível de vivência onde há uma reflexão sobre o ato de primeiro grau (animais não tem capacidade de tal reflexão).
8) O registro dos atos ocorre na consciência e esse registro pode ser interno ou externo. No exemplo dado no texto com o copo com água, temos o impulso, o tocar e o sentir o toque.
9) Através do tato conseguimos sentir o externo, o interno e fazer uma ligação ente ambos, o que é diferente de outros sentidos, como a visão onde vemos de longe, mas não sentimos o toque.
10) A corporeidade é a capacidade que temos de perceber nosso corpo através do registro de atos. Através dela temos consciência das delimitações corpóreas, como a criança que começa a se desenvolver e entender os limites do corpo através do espaço vivido, que seria uma terceira dimensão atém da interioridade e da exterioridade, sendo o que possibilita o registro dos atos.
11) Atos de impulso, de instinto e de reações.
12) A esfera espiritual é uma esfera fora do conceito de caráter psíquico e de caráter corpóreo, que seria uma esfera responsável pelo controle. É dividido em impulso psíquico, que são atos não controlados por nós e não são provocados por nós e o outro é o espirito, que avalia, decide, ligada a compreensão, decisão, reflexão e ao pensar.
Obs.: Logo, existem três níveis de atos: os corpóreos (instintos em geral), os psíquicos (reações – impulso para beber, comer – e emoções) e os espirituais (reflexões, avaliações, decisões e controles).
Obs².: a análise fenomenológica se dá pela análise de atos concretos (a consciência corpórea é preliminar a tudo) e depois formula o conceito.
13) A visão de Husserl é fundamentada em uma ideia de que ambas as esferas são estritamente conectadas, porém que os atos são vistos da dimensão psíquica e espiritual.
14) Para Husserl, existemdiversos níveis de presença e realização, contudo há diversas formas destes se manifestarem, pois, algumas pessoas tem a esfera espiritual mais aguçada do que a corpórea e a psíquica, logo obterá uma capacidade maior de reflexão. Dessa forma, há diversos níveis de realização, porém cada um é analisado segundo sua subjetividade, e é através dos atos que vemos a conexão entre essas três dimensões
Texto 3 – Psicologia e Saúde Pública: Cartografia das modalidades práticas
1) Pinel sugeriu que a reclusão só gerava no paciente a criação de um universo próprio onde ele se alienava e estimulava a criação de um mundo e linguagem próprios, contestando o modelo de confinamento hospitalar da época.
2) O profissional formado no Brasil estava extremamente preso a prática clinica privada, na escola e na indústria, centrada na dimensão técnico-científica, alienada do processo histórico e político em que a psicologia estava inserida. Sendo assim, os formandos se viam inertes frente as realidades enfrentadas pelo povo brasileiro.
3) A inadequação da formação acadêmica para a atuação do psicólogo em instituições de Saúde Pública, dificuldade de adaptar-se às condições de perfil profissional exigido pelo SUS e a transposição do modelo hegemônico de clinica psicológica tradicional para o setor público.
4) Como forma de trazer novas alternativas, os teóricos têm proposto são o plantão psicológico, psicodiagnóstico colaborativo e oficinas de criatividade.
5) É um atendimento destinado a pessoas que necessitam de uma ajuda especializada no momento da demanda, ampliando suas compreensões acerca da situação vivida e busca de soluções concretas e circunscritas à realidade sociocultural da clientela atendida. Pode ser implantado em ambiente clinico, educacional, comunitário e institucional.
6) É uma proposta diagnóstica que considera o cliente como um parceiro ativo no processo, sendo assim, o cliente e o psicólogo participam e constroem possibilidades diagnósticas de modo a beneficiar o cliente com intervenções durante o processo, através de uma compreensão mutua para a solução dos problemas.
7) É uma atividade realizada em grupos (em diversos contextos) utilizando recursos expressivos para o acesso à experiencia do cliente. Aponta para o trabalho do psicólogo com a ideia de uma postura de facilitador de processo de transformação gerado a partir do esclarecimento da demanda dos clientes.
8) Para Husserl, o fenômeno é tudo aquilo que se torna presente e pode ser conhecido por meio da consciência. Nesse questiona, a consciência se torna imprescindível pois é intencional e sempre reflete sobre a consciência de algo, dessa forma a fenomenologia estuda o significado dessas vivências.
9) Através da suspensão dos juízos em relação ao mundo transcendente (mundo exterior) para poder se chegar ao fenômeno.
10) É uma metodologia de pesquisa que acredita que toda atitude humana é intencional e cabe ao pesquisador compreender o significado que constitui essa ação. É dividida em identificação empática, sociologia fenomenológica e jogos de linguagem.
Texto 4 – Todos Nos Ninguém: um enfoque fenomenológico do social
1) Ontologia na cultura ocidental é o estudo do “ser” na busca de sua essência
2) Procura origens genuínas que permitem a tudo manifestar-se e apresentar-se, não em conceitos nem em padrões, mas no cotidiano.
3) A) Tudo que é percebido de imediato.
B) Tudo que possibilita as várias formas de algo se expressar.
C) Tudo aquilo que é ôntico.
D) Tudo aquilo que é ontológico.
4) É a forma como algo se torna presente, manifesto, entendido, percebido, compreendido e finalmente conhecido para o ser humano, para o “ser-aí” ou “Dasein”
5) É a infinidade de possibilidades que o ser tem de “poder-ser”
6) Para Heidegger, nada tem a ver com o aniquilamento, o vazio, o niilismo, mas ao contrário é indispensável ao homem pois nos sugere infinidade de possibilidades ônticas.
7) Anterior ao conceito de espaço, diferenciada dos modos ônticos, pois com eles estamos perto do que está longe e longe do que está perto. É uma característica ontológica primordial do ser humano.
8) É as múltiplas maneiras que o homem vive e pode viver, os vários modos como ele se relacionam e atuam com os entes que encontra e a ele se apresentam.
9) Através do Vorhanden, isto é, aquilo que afastado do vivenciado se torna objetificado (como objetos de estudo) e o Zu Handen, que diz respeito a um envolvimento significante.
10) É outro constitutivo do Daisen, que diz respeito ao relacionar-se com outro ente, de tal forma que sua importância é extrema para relacionar-se com o outro.
11) Ter consideração com o outro e ter paciência também. Um tem um sentido mais de ocupar-se com o outro fazendo tudo por ele e o outro possibilita deixar o outro assumir caminhos novos, chamado de pré-ocupação.
Texto 5 – Cuidado e técnica moderna: indicadores para discussão da violência à luz das críticas empreendidas à supremacia da razão instrumental no pensamento contemporâneo 
1) O questionamento é quanto ao foco que é dado ao conhecer a si mesmo em detrimento do cuidado a si mesmo. Quando um impera sobre o outro, deixa de existir um cuidado sobre um deles.
2) Heidegger não tinha o desejo de criticar a técnica para desconstruí-la, mas para criar uma reflexão a seu respeito, pois ao seu ver, o método criava explicações e conceitos causais para todos os fenômenos.
3) Hedegger critica o ser como uma simples presença por ver que esta surge da relação dicotômica entre sujeito-objeto, um ente simplesmente dado, representado de maneira objetiva segundo a lógica causa.
Finalmente, Heidegger critica a objetificação do ser do homem, na busca de trazer o ser da presença.
4) É quando nos focamos apenas no ente. Heidegger põe o método cartesiano como principal culpado pela objetificação do ser do homem e impossibilidade de “ser da presença”.
5) Não, Heidegger criticava o movimento no intuito de causar uma reflexão sobre as consequências por conta de ser um movimento com soberania no Oriente e põe somente uma possibilidade para o homem
6) A análise do ser não privilegiando uma estrutura em detrimento das demais, porém buscando aproximar-se dos modos de ser possíveis do homem na sua relação com o mundo.
7) Tudo que é compreendido a partir de uma totalidade que não necessariamente precisa ser interpretada sob a primazia da razão. A interpretação funde-se sempre numa visão prévia, assim o compreendido torna-se conceito através da intepretação que por sua vez abre novas possibilidades compreensivas.
8) O que não é vivenciado não deve ser excluído, mas tematizado e assumido, explicitando suas implicações no modo de ser da presença.
9) É compreender o ser do homem como pura possibilidade.
10) É entender no homem a essência como sua própria existência, vendo o homem como um ser que não tem uma natureza que o define a priori.
11) Não é um conjunto de propriedades, mas um conjunto de possibilidades ou modos possíveis de ser.

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