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1 Coríntios fazei tudo para a glória de Deus

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IGREJA O BRASIL PARA CRISTO EM PICUÍ 
 
 
 
 
 
 
1 CORÍNTIOS 
FAZEI TUDO PARA A GLÓRIA DE DEUS 
 
 
 
 
 
 
LUCIANO DE MEDEIROS DANTAS 
 
 
 
 
 
 
PICUÍ 
2018
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 2 
CAPÍTULO 1 ....................................................................................................................................... 9 
CAPÍTULO 2 ......................................................................................................................................26 
CAPÍTULO 3 ......................................................................................................................................35 
CAPÍTULO 4 ......................................................................................................................................49 
CAPÍTULO 5 ......................................................................................................................................60 
CAPÍTULO 6 ......................................................................................................................................71 
CAPÍTULO 7 ......................................................................................................................................85 
CAPÍTULO 8 ....................................................................................................................................105 
CAPÍTULO 9 ....................................................................................................................................112 
CAPÍTULO 10 ..................................................................................................................................122 
CAPÍTULO 11 ..................................................................................................................................136 
CAPÍTULO 12 ..................................................................................................................................151 
CAPÍTULO 13 ..................................................................................................................................172 
CAPÍTULO 14 ..................................................................................................................................179 
CAPÍTULO 15 ..................................................................................................................................192 
CAPÍTULO 16 ..................................................................................................................................207 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................216 
2 
 
“Portanto, seja comendo, seja bebendo, seja fazendo qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de 
Deus.” – 1Co 10.31 (A21) 
INTRODUÇÃO1 
(1. Cidade; 2. Povo; 3. Religião e Cultura; 4. Igreja; 5. Carta; 6. Temas; 7. Importância) 
 
1 A cidade de Corinto 
• Localização: a extensa planície abaixo da acrópole2 Acrocorinto3. 
o O Acrocorinto possui 575 m de altura e fica na Península4 do Peloponeso5. 
o Devido à altitude era uma cidade relativamente segura (praticamente invencível). 
• Possuía 2 cidades portuárias que a traziam comércio/riqueza e reconhecimento 
internacional. 
o Lacaeum (Lechaio) a 3 km ao norte. 
▪ Aportavam navios do Ocidente (Itália, Espanha e Norte da África). 
o Cencréia (Kechries) a 11 km ao leste. 
▪ Onde Paulo raspou a cabeça em At 18.18. 
▪ Aportavam navios de Oriente (Ásia Menor, Fenícia, Palestina, Egito e Cirene). 
▪ Um dos portos mais importantes da época. Tornando-a uma cidade de intenso 
intercâmbio cultural6 
o Para facilitar o transporte de mercadorias foi construído um canal no istmo7 que une a 
península à Grécia central. 
▪ Antes da construção do canal os navios atravessavam o istmo por uma 
estrada pavimentada (diolkos – 7,2 km), onde os navios (pequenos) eram 
colocados em plataformas e arrastados. 
▪ Sua construção começou com Nero, até concluir-se no séc. IX por 
engenheiros franceses (Sacro Império Romano-Germânico). 
 
1 KISTEMAKER, S. J. Comentário do Novo Testamento: exposição da Primeira Epístola aos Coríntios. 1. ed. São Paulo: 
Cultura Cristã, 2003. 
2 Local mais alto das antigas cidades gregas, que servia de cidadela e onde eventualmente se erguiam templos e palácio 
(Google Dicionário). 
3 Rocha com vista para a antiga cidade de Corinto, na Grécia Antiga. É a mais impressionante das acrópoles (Wikipédia). 
4 Porção de terra de certa extensão, cercada de água por todos os lados, salvo por um, através do qual se une a uma área 
maior de terreno (Google Dicionário). 
5 Nome derivado do antigo herói grego Pélope, o qual teria dominado toda a região, mais a palavra grega que designa ilha 
(níssos), donde teríamos o nome Ilha de Pélops (Wikipédia). 
6 LOPES, H. D. 1 Coríntios: como resolver conflitos na Igreja. São Paulo: Hagnos, 2008. 
7 Estreita faixa de terra que liga duas áreas de terra maiores (Google Dicionário). 
3 
 
▪ Mede 6,3 km. 
• Continha um auditório com capacidade para 18 mil pessoas sentadas8 
o Odeon – odeão (para apresentações de teatro e música)9 
 
2 O povo de Corinto 
• Pessoas de todo tipo: oficiais romanos, colonos, mercadores, artesãos, artistas, filósofos, 
mestres e trabalhadores de muitos países ao redor do Mediterrâneo, além de judeus. 
o Trabalhavam ou em Corinto, ou em suas cidades portuárias. 
• O povo do interior contribuía para a base agrícola de Corinto. 
 
3 A religião e cultura de Corinto 
• Famosa por sua devassidão10 e licenciosidade11.12 
o “Cidade da fornicação e da prostituição”. 
o Era uma das mais luxuriantes, efeminadas, ostentadoras e dissolutas cidades do 
mundo13 
o Gírias da época 
▪ Corinthiazesthai: (“corintizar” ou “corintianizar”) “viver uma vida coríntia”, ou 
seja, fácil e licenciosa, ou “ir para o diabo”14 
▪ “Moça de Corinto” (prostituta) e “agir como um corinto” (praticar 
fornicação, agir desenfreadamente, ou estar solto)15. 
▪ Termos cunhados pelos gregos para descrever a imoralidade da cidade. 
• O ideal dos coríntios era pronunciadamente satisfazer os seus desejos16 
o Ao negociante lucro; ao amante prazer; ao atleta orgulho pela sua força. 
• Possuía uma dúzia de templos 
o Afrodite: deusa do amor conhecida na Antiguidade por sua imoralidade. 
▪ Seu templo possuía mil prostitutas cultuais. 
 
8 METZ, D. S. Comentário Bíblico Beacon: 1 Coríntios. vol. 8. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. 
9 LOPES, op. cit. 
10 Depravação/alteração de costumes (Google Dicionário). 
11 Abuso de liberdade (Google Dicionário). 
12 BIBLIA, Português. Bíblia Sagrada Almeida Século 21: Antigo e Novo Testamento. Tradução de João Ferreira de 
Almeida. 2ª ed. São Paulo: Vida Nova, 2008. 
13 METZ, op. cit. 
14 MORRIS, C. L. 1 Coríntios: introdução e comentário. 3. ed. São Paulo: Vida Nova, 1986. 
15 DANTAS, L. M. Atos dos Apóstolos: o evangelho até os confins da terra. Picuí: OBPC, 2016. Disponível em: 
<https://drive.google.com/open?id=0BxsiwXgwzSFQRGZhRUJCZHNta1U>. Acesso em: 2018. 
16 MORRIS, op. cit. 
4 
 
• Elas desciam durante a noite e se entregavam aos turistas que 
aportavam ali17 
• O templo ficava na Acrópole18 
▪ Paulo faz claras exortações sobre a imoralidade (1Co 5.1; 6.18; 10.8). 
o Também cultuavam: Asclépio, Apolo e Posêidon. 
▪ Possuía os principais monumentos ao deus Apolo19 
• Representante da beleza do corpo masculino. 
• Sua adoração induzia ao homossexualismo• Pode ter servido de inspiração para Paulo em Rm 1.26-27. 
▪ Rm 1.18-32 descreve essa cidade20 
▪ Talvez fosse o centro homossexual do mundo na época21. 
• Muitos membros da igreja de Corinto, antes da sua conversão, tinham 
vivido na prática do homossexualismo (1Co 6.9-11). 
o Havia também altares as divindades gregas: Atenas, Hera e Hermes. 
o E também santuários para deuses egípcios: Ísis e Serapis. 
• Foi dado aos judeus liberdade para praticarem sua religião desde que se abstivessem de 
atos de rebelião contra o governo romano. 
o Tinham a própria sinagoga (onde Paulo pregara At 18.4-6). 
• Cristianismo: chegou à cidade durante a 2ª viagem missionária de Paulo (At 18.1-18). 
• Jogos do Istmo (ou jogos ístmicos): 2º maior em importância (perdendo apenas para os 
Jogos Olímpicos). 
o Realizados a cada 2 anos. 
o Incluía: corridas, lutas e corridas de bigas22. 
o Por isso Paulo usava bastante alegoria sobre jogos (1Co 9.24-25). 
• Era uma cidade arrogante e filosófica23 
o Inúmeros pregadores itinerantes promoviam suas especulações. 
o O principal hobby da cidade era ir para as praças e ouvir esses grandes filósofos e 
pensadores exporem suas ideias24 
 
17 DANTAS, op. cit. 
18 LOPES, op. cit. 
19 DANTAS, op. cit. 
20 WIERSBE, W. W. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento. vol. 1. Santo André, SP: Editora Geográfica, 2006. 
21 LOPES, op. cit. 
22 Variação da corrida de cavalos, sendo que os animais puxavam uma pequena charretinha (Wikipédia). 
23 WIERSBE, op. cit. 
24 LOPES, op. cit. 
5 
 
o Isso influenciou a igreja que passou a se tornar adepta a diferentes "escolas de 
pensamento". 
 
4 A igreja de Corinto 
• Fundada por Paulo nos anos 50-52 d.C. 
o Proconsulado de Gálio (At 18.12). 
o Foi uma das cidades onde Paulo passou mais tempo 
▪ 18 meses (1 ano e ½) – At 18.11 (na primeira visita). 
▪ Nesse período trabalhou como fabricante de tendas junto com Áquila (At 18.3). 
▪ Foi visitada 3x pelo apóstolo (2Co 13.1). 
o Encontravam-se nas casas dos membros da igreja (Tício Justo, que morava ao lado da 
sinagoga – At 18.7). 
• Era uma das maiores congregações da igreja primitiva25 
• Seria um trampolim para o evangelho26 
• Foram enriquecidos com grande variedade de dons espirituais27. 
• Seus líderes não eram presbíteros – At 18.8, 17; 1Co 1.1; 16.17. 
• Depois que Paulo partiu de Corinto, o trabalho na igreja foi dado a Apolo (At 19.1)28 
 
5 Sobre a carta 
• Autor: apóstolo Paulo (1Co 1.1). 
• Período: primavera de 55-57 d.C.29 
• Local: estava em Éfeso (1Co 16.8, 1930), no decurso de sua 3º viagem missionária (At 19). 
• Motivação: nem tudo ia bem na igreja de Corinto 
o Provavelmente, Apolo relatou as condições da igreja ao retornar a Éfeso, motivando 
Paulo a escrever uma carta (Carta Anterior). 
o Relatório trazido por membros da casa de Cloe (1Co 1.11). 
o Informações dadas por Estéfanas, Fortunato e Acaico (1Co 16.17). 
o Carta da igreja (1Co 7.1a). 
 
25 METZ, op. cit. 
26 LOPES, op. cit. 
27 BÍBLIA, op. cit. 
28 METZ, op. cit. 
29 BÍBLIA, op. cit. 
30 MACDONALD, W. Comentário Bíblico Popular: Novo Testamento. 2. ed. São Paulo: Mundo Cristão, 2011. 
6 
 
▪ Resolveu enviar Timóteo antes da carta (1Co 4.17; 16.10). 
• É uma continuação (resposta) de uma epístola anterior que não foi preservada. 
o O que a carta dizia? – exortava a não associação com os imorais (1Co 5.9). 
o Tudo indica que essa carta fora mal compreendida. Assim, a carta mais recente 
(1Coríntios) a substituiu, e não houve propósito em preservar a anterior31. 
• Após enviar 1Coríntios, Paulo os visitou “em tristeza”, o motivando a escrever outra carta “com 
muitas lágrimas” (2Co 2.1, 3 e 4)32. 
o Essa carta entre 1 e 2Coríntios foi escrita em tom muito severo (2Co 7.8). 
o Após essa carta escreveu 2Coríntios e os visitou. 
o Portanto temos3 visitas de Paulo e 4 epístolas: 
Fundação 
(At 18) 
Carta 
Anterior 
(1Co 5.9) 
I 
Coríntios 
Visita 
penosa 
(2Co 2.1) 
Carta 
Severa 
(2Co 7.8) 
II 
Coríntios 
Última 
visita 
 
6 Temas 
• Corinto tinha algumas complicações na tentativa de se separarem da sociedade pecadora33 
o Era uma igreja problemática. 
o Isso se deu porque permitiu que os pecados do mundo se infiltrassem na 
congregação34 
o Paulo denunciou seus pecados que quase anularam o seu direito de se intitular 
cristã. 
▪ Se não fossem os primeiros versículos do capítulo 1, o leitor pensaria: Será 
que essa igreja é mesmo cristão?35 
• Infelizmente, seus problemas não se limitavam ao âmbito da comunidade Cristã, mas 
eram também do conhecimento dos incrédulos de fora da igreja36 
o Era uma igreja depravada e um empecilho para o Evangelho. 
o Tinham conhecimento, mas não amor; tinha carisma, mas não caráter. Era uma igreja 
infantil e carnal37 
 
31 MORRIS, op. cit. 
32 Ibidem. 
33 METZ, op. cit. 
34 WIERSBE, op. cit. 
35 LOPES, op. cit. 
36 WIERSBE, op. cit. 
37 LOPES, op. cit. 
7 
 
• Problemas da igreja38 
o Divisões (cap. 1 e 6): estavam divididos em 4 grupos (Paulo, Apolo, Cefas e Cristo) e 
alguns irmãos estavam confrontando-se nos tribunais. 
o Oposição de alguns líderes a Paulo (cap. 4 e 9). 
o Imoralidade (cap. 5 e 6). 
o Erros de conduta (testemunho): viviam como ímpios, sem distinção. 
o Profanação da Ceia do Senhor. 
o Desordem no culto (dons espirituais). 
o Heresias (cap. 15): negação da ressurreição. 
• Dúvidas da igreja39 
o Casamento (cap. 7): celibato, divórcio, novo casamento, sexualidade. 
o Religiosidade e cultura (cap. 8): comidas sacrificadas a ídolos. 
o Uso do véu na igreja (cap. 11). 
o O sentido dos dons espirituais (cap. 12). 
o Como coletar as ofertas de auxílio (cap. 16). 
• Essa epístola não é só problema! Possui o mais belo texto sobre o amor de toda a literatura 
(1Co 13)40 
 
7 Importância 
• Nela vemos conselhos e orientações acerca de questões importantes da fé e da conduta 
cristã, mas também lança luz sobre problemas graves da igreja41 que surgiram devidos um 
discernimento e uma aplicação insuficientes da Palavra de Deus. 
• Provavelmente tem mais conselhos práticos para os cristãos de hoje do que qualquer livro 
da Bíblia42 
o Estudá-la é fazer um diagnóstico da igreja contemporânea. É colocar um grande 
espelho diante de nós mesmos. 
• Termos os mesmos propósitos da epístola 
o Promover um espírito de unidade na igreja; 
o Corrigir nossos erros na comunidade; 
 
38 BÍBLIA, op. cit. 
39 Ibidem. 
40 MACDONALD, op. cit. 
41 BÍBLIA, op. cit. 
42 LOPES, op. cit. 
8 
 
o Esclarecermos nossas dúvidas a questões diversas; 
o Tudo isso [a fim de vivermos] para a glória de Deus. 
9 
 
CAPÍTULO 11 
(1-9: a igreja que Deus vê – nossa posição; 10-31: a igreja que o homem vê – nossa prática)2 
 
1 Paulo introduz a carta seguindo o costume do séc. I (1-3)3: autor, destinatário e uma oração. 
Porém, com um toque caracteristicamente cristão. 
1.1 “Chamado”: foi chamado ao apostolado em sua conversão pelo próprio Cristo (At 9.15). 
1.1.1 Paulo invoca várias vezes sua autoridade apostólica nesta carta4. 
1.1.2 Cartas em que ele omitiu sua credencial apostólica: Filipenses, 1 e 2 
Tessalonicenses e Filemon. 
1.2 αποστολος (apostolo) é o termo grego para o hebraico shaliah (“enviar”)5. 
1.2.1 No mundo antigo, a palavra tinha a ver com expedições marítimas, especialmente 
as de natureza militar. Seu uso no NT representa uma pessoa enviada com 
autoridade e poderes de representação6 (ex.: delegado, emissário ou 
embaixador)7. 
1.2.1.1 No NTé usado tanto em sentido amplo (missionários desbravadores) 
como estrito (os Doze e Paulo)8. 
1.2.1.2 Às vezes o título é usado para associados e assistentes dos apóstolos. 
1.2.1.2.1 Apóstolos fora os Doze: Tiago, o irmão do Senhor (Gl 1.19); 
Barnabé (At 14.4; 1Co 9.1-6); Andrônico e Júnias (Rm 16.7)9. 
1.2.1.2.2 Fora os Doze e Paulo, todas as passagens onde algumas 
outras pessoas são citadas como "apóstolos", são casos em 
que o termo é usado no sentido mais amplo da palavra10. 
1.2.1.3 Nesse verso o termo é estrito, referindo-se a autoridade que só pertencia 
aos Doze (Lc 6.13) e a Paulo. 
 
1 KISTEMAKER, S. J. Comentário do Novo Testamento: exposição da Primeira Epístola aos Coríntios. 1. ed. São Paulo: 
Cultura Cristã, 2003. 
2 WIERSBE, W. W. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento. vol. 1. Santo André, SP: Editora Geográfica, 2006. 
3 MORRIS, C. L. 1 Coríntios: introdução e comentário. 3. ed. São Paulo: Vida Nova, 1986. 
4 Ibidem. 
5 PFEIFFER, C. F.; VOS, H. F.; REA, J. Dicionário bíblico Wycliffe. 4. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017. 
6 MACARTHUR, J. 12 homens extraordinariamente comuns: como os apóstolos foram mudados para alcançar o sucesso 
em sua missão. Thomas Nelson Brasil: Rio de Janeiro, 2016. 
7 METZ, D. S. Comentário Bíblico Beacon: 1 Coríntios. vol. 8. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. 
8 PFEIFFER, op. cit. 
9 Ibidem. 
10 LOPES, A. N. Apóstolos: a verdade bíblica sobre o apostolado. São José dos Campos, SP: Fiel, 2014. 
10 
 
1.2.2 Credenciais: os apóstolos foram testemunhas da ressurreição e receberam poder 
para realizar milagres confirmando a natureza divina da mensagem11. 
1.2.2.1 Ser testemunha da ressurreição (At 1.21-22). 
1.2.2.2 Poderes sobrenaturais para realizar maravilhas e sinais (Mt 10.1; Mc 
6.7, 13; Lc 9.1-2; At 5.12)12. 
1.2.3 Quanto a substituição apostólica nesta função única (At 1.21-22)13. 
1.2.3.1 A substituição ocorreu devido o número 12 ser significativo (At 1.23-26)14. 
1.2.3.2 Representava o novo Israel, sendo a contraparte dos doze patriarcas da 
nação. Os Doze seriam os líderes dessa nação espiritual (Mt 19.28; Lc 
22.30)15. 
1.2.4 O que é importante saber sobre os apóstolos: sempre serão a norma e 
fundamento sobre o qual Cristo edifica a sua igreja (Ef 2.20; Ap 21.14). 
1.2.4.1 Tiveram posição de liderança e autoridade exclusiva de ensino na 
igreja. As Escrituras do NT foram inteiramente compiladas pelos apóstolos 
ou por seus colaboradores próximos16. 
1.3 “Pela vontade de Deus”: reafirma que seu chamado tem origem em Deus. 
1.3.1 Paulo ensina que o ministério apostólico não é de caráter autonominal (em 
oposição aos profetas/apóstolos de hoje)17. 
1.3.2 Seu chamado veio da parte do Deus Trino: Jesus o chamou (At 9.15), o Espírito 
confirmou ao separá-lo (At 13.2) e o próprio Deus Pai ordenou (Gl 1.1). 
1.3.3 Ninguém de Corinto podia duvidar de sua apostolicidade (1Co 9.1-2). 
1.4 “Irmão Sóstenes”: a ordem das palavras exclui Sóstenes do ofício apostólico. 
1.4.1 Deve ser o mesmo de At 18.17. 
1.4.2 Principal líder da sinagoga de Corinto, judeu de nascimento, que foi espancado no 
tribunal de Gálio18. 
1.4.2.1 O espancamento deve ter sido por defender Paulo ou se declarar cristão. 
1.4.2.2 Estava com Paulo em Éfeso. 
1.4.3 Pela sua citação seria alguém bem conhecido dos irmãos. 
 
11 MACDONALD, W. Comentário Bíblico Popular: Novo Testamento. 2. ed. São Paulo: Mundo Cristão, 2011. 
12 MACARTHUR, op. cit. 
13 PFEIFFER, op. cit. 
14 MACARTHUR, op. cit. 
15 LOPES, A. N. op. cit. 
16 MACARTHUR, op. cit. 
17 METZ, op. cit. 
18 Ibidem. 
11 
 
2 “Igreja” (ekklēsia): termo que se refere a reuniões políticas ou agremiações (qualquer 
assembleia secular19). 
2.1 O termo literalmente significa “o povo chamado para fora”20. 
2.1.1 Refere-se ao chamado feito aos cidadãos gregos para que saíssem de suas 
casas a fim de assistirem assembleias públicas21. 
2.1.2 Nunca foi usada com referência a um edifício22. 
2.2 No séc. I os cristãos começaram a designar suas assembleias como ekklēsia, 
distinguindo-se dos judeus, que usavam o termo synagogue para suas reuniões. 
2.2.1 Também por ser o termo empregado na LXX para à assembleia de Israel23. 
2.2.2 Portanto, no NT irá significar “a comunidade de remidos”24 ou “o povo tirado do 
mundo e separado para Deus”25. 
2.3 “De Deus”: a igreja pertence a Deus. 
2.3.1 Porque Ele a comprou com o sangue de Seu Filho (At 20.28)26. 
2.3.2 O destinatário é a igreja de Deus – Paulo abrange o conteúdo da carta para outras 
igrejas (circulação de cartas)27. 
2.4 “Em Corinto”: nenhum lugar é tão imoral que não possa ser gerado ali uma congregação28. 
2.4.1 Toda igreja possui dois endereços: geográfico (Corinto) e celeste29. 
2.5 “Santificados em Cristo Jesus”: é o Senhor Jesus que nos santifica (Ef 5.25-27). 
2.5.1 Essa frase descreve a posição de todos que pertencem a Cristo30. 
2.5.2 O termo expõe o fato dos cristãos serem separados para o serviço de Cristo31. 
2.5.3 Aspecto posicional da salvação: toda pessoa que crê em Jesus é santa32. 
2.5.3.1 É um ato Divino realizado pelo fato de estarmos em Cristo. 
2.5.4 Para nós a palavra pode denotar caráter moral elevado, coisa que naturalmente 
não está separado do termo33. 
 
19 MORRIS, op. cit. 
20 WIERSBE, op. cit. 
21 DANTAS, L. M. Atos dos Apóstolos: o evangelho até os confins da terra. Picuí: OBPC, 2016. Disponível em: 
<https://drive.google.com/open?id=0BxsiwXgwzSFQRGZhRUJCZHNta1U>. Acesso em: 2018. 
22 Ibidem. 
23 MORRIS, op. cit. 
24 METZ, op. cit. 
25 LOPES, H. D. 1 Coríntios: como resolver conflitos na Igreja. São Paulo: Hagnos, 2008. 
26 Ibidem. 
27 METZ, op. cit. 
28 MACDONALD, op. cit. 
29 LOPES, H. D. op. cit. 
30 MACDONALD, op. cit. 
31 MORRIS, op. cit. 
32 LOPES, H. D. op. cit. 
33 MORRIS, op. cit. 
12 
 
2.5.5 Somos separados para Deus e, consequentemente, separados do Pecado34. 
2.6 “Chamados para serem santos”: o ato pelo qual Deus santifica os crentes inclui a 
responsabilidade destes de serem santos. 
2.6.1 Expressa à condição (processo) na qual estamos de separação prática diária do 
pecado35. 
2.6.2 Aspecto processual da santificação: quem está em Cristo é chamado para andar 
com Ele (parecer-se com Ele)36. 
2.6.2.1 Transformação progressiva até a glorificação. 
2.7 O termo hagios (“αγιοις” – santos) denota essa separação para Deus e do pecado, 
evidenciado em nossa vida pela santidade (pureza moral)37. 
2.7.1 Santo não é alguém que morreu e que agora é venerado38. 
2.7.1.1 A teologia católica define santa como a pessoa que depois de morta é 
canonizada39. 
2.7.1.2 Paulo escreve para santos vivos! 
2.7.1.3 Todo cristão é um santo. 
2.7.2 Deus vê a Igreja como um povo exclusivo seu. 
2.8 Paulo, primeiro, afirma que os crentes de Corinto são santos, depois os instrui acerca 
de seu compromisso com essa santidade para, depois, apontar os seus pecados e 
faltas. 
2.9 “Com todos”: refere-se à Igreja Universal. 
2.10 “Invocam”: o que nos une como igreja universal é a pessoa do Senhor Jesus Cristo. 
2.10.1 A igreja de Deus é maior que a nossa denominação40. 
2.10.1.1 Pertencemos a uma família espalhada pelo mundo. 
2.11 “Senhor Jesus Cristo”: título que aparece 5x nos 9 primeiros versículos, servindo de 
lembrete para uma igreja dividida e com tendência a cultuar personalidades41. 
2.11.1 Versículos: 2, 3, 7, 8 e 9. 
2.11.2 Em todos os 9 versículos, Paulo cita o nome do Salvador (mostrando que Cristo é 
absolutamente central)42. 
 
34 METZ, op. cit. 
35 MACDONALD, op. cit. 
36 LOPES, H. D. op. cit. 
37 METZ, op. cit. 
38 WIERSBE, op. cit. 
39 LOPES,H. D. op. cit. 
40 Ibidem. 
41 METZ, op. cit. 
42 MORRIS, op. cit. 
13 
 
2.12 “Senhor deles e nosso”: quer que os coríntios saibam que pertencem a um corpo. Não é 
uma igreja à parte (independente). 
2.12.1 Agiam como que por uma lei particular/especial/diferente em questões de 
conduta e doutrina43. 
2.12.1.1 Igrejas podem diferir de costumes, política, etc., mas pertencem ao 
mesmo corpo. 
2.12.2 Jesus não é propriedade exclusiva de nenhuma igreja44. 
3 Saudação usual de Paulo 
3.1 Semelhantemente aparece nas cartas de Pedro e João. 
3.2 Saudação: os gregos saudavam-se com a palavra “charis” (graça) e os judeus, com a 
palavra “shalom” (paz). 
3.2.1 Há uma diferença entre ”chairein” (saudação grega – “graça”) e “charis” (saudação 
cristã) – charis nos lembra da livre dádiva de Deus aos homens45. 
3.2.1.1 Pode ser definida também como “a santidade e a pureza de Deus 
estendidas ao homem”. Sendo a disposição Divina de compartilhar a si 
mesmo com pecadores indignos46. 
3.2.2 “Shalom” significa mais do que “paz” (ausência de luta), mas a presença de 
bênçãos (prosperidade espiritual)47. 
3.2.2.1 Atua interiormente (destruindo a culpa do pecado) e exteriormente 
(acabando com o poder do pecado sobre nós)48. 
3.2.3 As duas expressões aparecem na literatura da igreja juntas e possui sentido 
teológico. 
3.2.3.1 “Graça” vem sempre antes, pois sem graça não pode haver “paz”. 
3.2.3.2 Tornou-se a saudação típica da igreja e está presente em quase todas 
as cartas49. 
3.3 “Da parte de Deus”: a origem da graça e da paz. 
3.4 “Nosso Pai”: todos os crentes são filhos de Deus por meio de Cristo. 
 
4 Normalmente Paulo faz ação de graças no início das suas cartas50. 
 
43 METZ, op. cit. 
44 LOPES, H. D. op. cit. 
45 MORRIS, op. cit. 
46 METZ, op. cit. 
47 MORRIS, op. cit. 
48 METZ, op. cit. 
49 MORRIS, op. cit. 
14 
 
4.1 Paulo sempre ora pelas igrejas que fundou e agradece a Deus por elas. 
4.2 Como Paulo pode expressar gratidão pela igreja de Corinto? Ela lhe causou enormes 
tristezas. 
4.2.1 Esforça-se para encontrar um motivo de gratidão na vida de seus irmãos51. 
4.2.2 Paulo agradece pela graça e fidelidade de Deus aos coríntios, na forma dos dons 
espirituais – v.5-7 (não cita nenhuma virtude deles). 
4.2.3 Deus vê a Igreja como um povo salvo. 
5 “Pois”: exprime um “porque”, de explicação. 
5.1 “Em tudo fostes enriquecidos”: Os Coríntios receberam riquezas espirituais no sentido de 
toda a palavra e em todo o conhecimento. 
5.1.1 “Enriquecidos”: (plutocrata) “pessoa influente e preponderante por seu dinheiro”52. 
5.1.2 "Palavra": transmissão da verdade; "Conhecimento": apreensão da verdade53. 
5.1.2.1 Uma refere-se à expressão exterior enquanto a outra à compreensão 
interior54. 
5.1.3 Eram ricos na palavra, no conhecimento e na capacitação dos dons55. 
5.1.3.1 Tinham tudo para realizar a obra de Deus. 
5.1.3.2 Tudo isso deveria motivá-los à santidade. 
5.1.4 Deus vê a Igreja como um povo detentor de riquezas espirituais. 
6 O "testemunho de Cristo": pode ser entendido como uma referência ao conteúdo do Evangelho. 
6.1 É o testemunho dado por Paulo e seus companheiros (as boas novas do Evangelho)56. 
6.2 Deus Confirmou a mensagem do Evangelho nos crentes por meio da operação do 
Espírito Santo. 
6.2.1 “Confirmado”: “bebaioo” – “garantia da entrega de algo cujo penhor já foi pago”57. 
6.2.2 Os efeitos da pregação eram a garantia da sua veracidade58. 
6.2.3 Deus vê a Igreja como um povo confirmado pelo seu Espírito. 
7 “Não vos falta”: não faltava nenhum dom por causa da pregação do evangelho. 
7.1 "Dom": (“charisma”59) primeira vez que a palavra aparece na epístola. 
7.1.1 Aqui é usada no sentido amplo dos dons espirituais60. 
 
50 MORRIS, op. cit. 
51 MACDONALD, op. cit. 
52 WIERSBE, op. cit. 
53 MORRIS, op. cit. 
54 MACDONALD, op. cit. 
55 LOPES, H. D. op. cit. 
56 MORRIS, op. cit. 
57 METZ, op. cit. 
58 MORRIS, op. cit. 
59 METZ, op. cit. 
15 
 
7.1.2 Contudo, os dons não eram sinal de espiritualidade autêntica61. 
7.2 "Aguardais": expressa o genuíno desejo dos crentes pela restauração de todas as coisas 
(Rm 8.19, 23, 25; Gl 5.5; Fp 3.20). 
7.2.1 Essa expectativa é um estímulo a santidade62 e um enriquecimento espiritual 
(2Pe 3.11-12; 1Jo 3.3)63. 
7.3 "Revelação": (“apocalypsis” – descobrir, desvendar64) nesse dia Ele se revelará 
plenamente (1Jo 3.2)65. 
8 A locução "firmará" expressa uma promessa que será cumprida. 
8.1 Os próprios dons do Espírito são uma segurança das coisas vindouras66. 
8.2 "Para serdes irrepreensíveis": não está afirmando que os coríntios são irrepreensíveis 
8.2.1 Ele olha para o futuro expressa sua certeza de que Deus os apresentará 
irrepreensíveis no julgamento final. 
8.3 “Dia de nosso Senhor Jesus Cristo”: no AT refere-se ao dia de juízo (Jl 3.14; Am 5.18-
20). No NT alude ao retorno de Cristo (Fp 1.6, 10; 2.16; 1Ts 5.2). 
8.3.1 Inclui um julgamento em que tanto Deus como Cristo será juiz (Rm 14.10; 2Co 
5.10). 
8.3.2 Nesse dia seremos declarados irrepreensíveis (“inocente” ou “sem culpa”67 – Rm 
8.33) pelo veredicto divino. 
8.4 Bom é saber que nossa vida está nas mãos de Cristo!68 
8.4.1 E das suas mãos ninguém pode nos tirar! (Jo 10.28). 
9 "Fiel é Deus": Deus é fiel no cumprimento de suas promessas (quanto à promessa do versículo 
precedente). 
9.1 Podemos confiar, pois o que está em jogo é o caráter de Deus69. 
9.2 O homem tende a duvidar, por isso somos lembrados aqui70. 
9.3 "Chamados": só os que foram chamados à comunhão do Filho tem experiência da 
fidelidade do Pai. 
9.3.1 “Comunhão”: (“koinonia”) comunhão que inclui compartilhamento71. 
 
60 MORRIS, op. cit. 
61 MACDONALD, op. cit. 
62 LOPES, H. D. op. cit. 
63 METZ, op. cit. 
64 Ibidem. 
65 MORRIS, op. cit. 
66 Ibidem. 
67 Ibidem. 
68 LOPES, H. D. op. cit. 
69 MORRIS, op. cit 
70 METZ, op. cit. 
16 
 
9.3.2 A proclamação do Evangelho, aceita com fé verdadeira, conduz a comunhão com 
Pai e o Filho (1Jo 1.3). 
9.4 Como Deus vê a Igreja em Corinto? 72 
9.4.1 Os coríntios foram salvos (1.4), enriquecidos (1.5) e confirmados (1.6). Foram 
separados para Deus (1.2). 
9.4.2 Mas sua prática não condizia com sua posição. 
 
10 Paulo conclui o verso 9 como uma preparação para tratar das divisões na igreja. 
10.1 Diante do que Cristo disse as divisões são algo perigoso para a espiritualidade da 
igreja (Mt 12.25; Mc 3.24-25; Lc 11.17). 
10.2 “Irmãos”: a sua exortação tem caráter pastoral, mostrando querer boas relações. 
10.3 “Rogo-vos”: Paulo faz um apelo73. 
10.3.1 “Senhor Jesus Cristo”: este nome firma-se contra todos os nomes de partidos. 
10.3.1.1 Os coríntios exaltavam nome de homens, Paulo exalta o nome de Jesus, 
única fonte de unidade do povo de Deus74. 
10.4 “Entreis em acordo”: Paulo não está pedindo uniformidade de opinião, mas uma atitude 
de empenho por harmonia e paz. 
10.4.1 É uma expressão estritamente clássica: relaciona-se com estados que mantêm 
relações políticas amistosas75. 
10.5 “Não haja divisões”: pode haver discussões, mas não pode haver divisões (rivalidade). 
10.6 “Unidos”: katartizim = tornar-se aquilo que Deus quer que seja (perfeito). 
10.6.1 Termo empregado em restauração à condição correta76. 
10.6.1.1 A igreja estava longe daquilo que deveria ser. 
10.6.2 Ou seja, semelhantes a Cristo no mesmo... 
10.7 “Pensamento”: relaciona-se ao poder de observação. 
10.7.1 Disposição mental,ou inclinamento77. Um entendimento correto78. 
10.8 “Parecer”: julgamento ou opinião. 
11 “Família de Cloe”: possivelmente residia em Corinto (o texto pressupõe ser conhecida da igreja). 
 
71 METZ, op. cit. 
72 WIERSBE, op. cit. 
73 MORRIS, op. cit. 
74 MACDONALD, op. cit. 
75 MORRIS, op. cit. 
76 Ibidem. 
77 Ibidem. 
78 METZ, op. cit. 
17 
 
11.1 A referência indica que este relatório não era constituído de rumores infundados, e que 
essa mulher possuía bom caráter e boa posição79. 
11.2 Princípio importante da conduta cristã: só devemos passar notícias de irmãos se 
estivermos dispostos a ter nosso nome associado a tais informações80. 
11.2.1 Não esconderam o problema, procuraram a pessoa certa, sem ter medo de ser 
mencionados81. 
11.2.2 A transparência neutraliza a maledicência na igreja82. 
11.3 “Há discórdias”: ainda não estavam divididos permanentemente, mas contribuíam para um 
sectarismo. 
11.3.1 Em Gl 5.20 isso é elencado como “obras da carne” (porfias/rivalidades)83. 
11.3.1.1 O termo eris ("discórdias") significa "discussões amargas"84. 
11.3.1.2 Contendas apontam-nos brigas. 
11.3.2 Contendas indicam falta de amor e é uma quebra do mandamento de Deus. 
12 “O que quero dizer”: Paulo mostra estar plenamente informado sobre as contendas em Corinto. 
12.1 Os irmãos criaram grupos dentro da igreja e os relacionados a pessoas específicas. 
12.1.1 A base dos partidos foram os métodos de pregação85. 
12.2 Sem dúvida havia irmãos que não se incluíam em nenhum dos partidos. 
12.3 “Eu sou de...”: ele cita uma lista ascendente de importância. 
12.3.1 De Paulo (o menor) a Cristo (o maior). 
12.3.2 Paulo entende que nenhum dos citados aceitava essas facções. 
12.3.3 O termo significa “eu sou discípulo de...”, “eu digo o caminho de...”86. 
12.4 “Eu sou de Paulo”: provavelmente gentios convertidos que abusavam da liberdade87. 
12.5 "Eu sou de Apolo": era de Alexandria (centro Acadêmico da época), possuía 
conhecimento magistral das Escrituras (embora precisasse aprender com mais exatidão 
o caminho da salvação - At 18.24-26). 
12.5.1 Sucedeu Paulo em Corinto. 
12.5.2 Foi um orador eloquente (At 18.24-25, 28). 
 
79 METZ, op. cit. 
80 MACDONALD, op. cit. 
81 WIERSBE, op. cit. 
82 LOPES, H. D. op. cit. 
83 MORRIS, op. cit. 
84 METZ, op. cit. 
85 MORRIS, op. cit. 
86 Ibidem. 
87 LOPES, H. D. op. cit. 
18 
 
12.5.3 Algumas pessoas da igreja impressionaram se com sua oratória, especialmente por 
considerarem Paulo de fraca apresentação oral e sem eloquência (1Co 2.1; 
2Co 10.10; 11.6). 
12.5.3.1 Era mais esmerado e mais retórico do que Paulo88. 
12.5.3.2 Pode ter tido formação intelectual que, acrescida de sua habilidade 
oratória, teria feito dele um pregador que a traía muitas pessoas89. 
12.6 "Eu sou de Cefas": supõe-se que Pedro esteve pessoalmente em Corinto (Paulo o 
menciona acompanhado por sua esposa nas viagens). 
12.6.1 "Cefas": nome aramaico de Pedro. 
12.6.2 Era conhecido como cabeça da igreja e porta-voz dos apóstolos, altamente 
respeitado. 
12.6.3 Sua pregação deveria ter uma ênfase diferente da de Paulo (acomodada à lei 
judaica)90. 
12.6.4 Seu grupo deveria ser constituído de judeus convertidos ou gentios legalistas91. 
12.7 "Eu sou de Cristo": dizem ser uma intervenção do autor, mas o grego indica um 4º 
partido92. 
12.7.1 Diziam pertencer a Cristo e a nenhum líder humano. 
12.7.2 Podiam estar sugerindo que somente eles pertenciam ao Senhor93. 
12.7.3 Achavam-se os iluminados, os espirituais, com quem Deus falava diretamente94. 
12.8 A igreja estava sendo influenciada pelo mundanismo (culto à personalidade)95. 
12.8.1 Quando iam à praça e ouviam um filósofo, diziam: “eu sou de fulano de tal”. 
12.8.2 Foram influenciados pela tietagem. 
13 Paulo faz 3 perguntas retóricas de resposta negativa. 
13.1 “Cristo está dividido?”: significa: “Cristo foi dado em partilha?”, isto é, a uma parte e 
outra não?96 
13.1.1 Referindo-se a pregação. Paulo, Apolo e Cefas pregavam o mesmo Cristo97. 
13.1.2 Há apenas uma Salvador e Evangelho (Gl 1.6-9)98. 
 
88 MORRIS, op. cit. 
89 METZ, op. cit. 
90 MORRIS, op. cit. 
91 METZ, op. cit. 
92 MORRIS, op. cit. 
93 MACDONALD, op. cit. 
94 LOPES, H. D. op. cit. 
95 Ibidem. 
96 MORRIS, op. cit. 
97 WIERSBE, op. cit. 
98 LOPES, H. D. op. cit. 
19 
 
13.2 "Foi Paulo crucificado em vosso favor?": Alguns poderiam ter estima pelo fundador da 
igreja, mas deviam reconhecer que não pertenciam a homem algum a não ser Cristo. 
13.2.1 Dizendo isso estavam desonrando a Cristo. 
13.2.2 A natureza humana gosta de seguir líderes humanos99. 
13.2.3 Nunca se deve colocar um homem na posição em que ele não pode estar100. 
13.3 "Fostes batizados": o batismo ou fé constituem o ato de pertencer a Deus ou ao Filho de 
Deus. 
13.3.1 Por causa do sinal e do selo do batismo, eram chamados cristãos. 
13.3.2 Significa identificação plena com a pessoa em cujo nome é batizado. Devido o 
batismo deles na morte de Cristo (Rm 6.3), pertenciam a Jesus e viviam uma nova 
vida. 
14 Deve ter delegado a outros a tarefa de batizar os convertidos. 
14.1 Agora considera isso providencial101 diante do surgimento desses partidos102. 
14.1.1 Crispo, Gaio e Estéfanas foram exceções em seu ministério. 
14.2 "Crispo": foi um dirigente da Sinagoga em Corinto que creio em Jesus junto com os 
membros de sua casa (At 18.8). 
14.2.1 Quando deixou a sinagoga Sóstenes o sucedeu (At 18.17). 
14.3 "Gaio": esse nome ocorre 5x no NT (At 19.29; 20.4; Rm 16.23; 1Co 1.14; 3Jo 1). 
14.3.1 No inverno, em Corinto, Paulo hospedou-se em sua casa quando escreveu a 
carta aos romanos (Rm 16.23). 
15 "Para que ninguém diga": Paulo não batizava os que criam para não atribuírem importância 
ao seu nome. 
15.1 Isso evitaria a tentativa de ligar pessoalmente a ele os conversos103. 
15.1.1 “Nome”: na antiguidade significa a suma do homem integral. Tal batismo 
implicaria em comunhão e fidelidade semelhantes à de Cristo e os remidos104. 
16 Paulo parece ter tido um lapso de memória. Se esquece de citar Estéfanas e sua família. 
16.1 É um toque natural em uma carta ditada105. 
16.2 Primeiros crentes da província da Acaia e trabalhadores ardorosos na igreja (1Co 
16.15). 
 
99 WIERSBE, op. cit. 
100 LOPES, H. D. op. cit. 
101 MORRIS, op. cit. 
102 MACDONALD, op. cit. 
103 MORRIS, op. cit. 
104 Ibidem. 
105 Ibidem. 
20 
 
16.3 Pode ter sido o amanuense que escreveu a carta para Paulo e o lembrou do fato. 
17 Agora ele explica porque não se interessou em batizar os convertidos. 
17.1 "Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar": Gl 1.15-16. 
17.1.1 Apóstolos seguiam o exemplo que Jesus deixou (Jo 4.1-2). 
17.1.1.1 Deixavam a outros a tarefa de batizar. 
17.1.1.2 Pedro fez assim (At 10.48). 
17.1.1.3 A essência da comissão não era administrar ritos. Pregar era a função 
principal dos apóstolos (Mc 3.14)106. 
17.2 Esse texto refuta a ideia de que o batismo é critério para salvação107. 
17.3 "Não por sabedoria de palavras": descreve o método de um orador grego discursar 
com eloquência. 
17.3.1 A primeira vista parece que Paulo faz uma defesa ao antiintelectualismo. Na 
verdade tenta mostrar que a verdadeira sabedoria é revelada na cruz de Cristo e 
através dela108. 
17.3.2 A retórica grega dos oradores consistia na apresentação de argumentos 
filosóficos para defender um ponto de vista. 
17.3.3 Os gregos admiravam a retórica109 e os estudos filosóficos110. 
17.3.4 Consideravam seusfilósofos heróis nacionais111. 
17.3.5 Paulo proclama a mensagem da cruz em termos simples (1Co 2.1; 2Co 10.10; 
11.6). 
17.3.5.1 Não usou ornamento oratório estranho e nenhuma pretensão de exibição 
intelectual. Estava ciente de que qualquer outra mensagem tornaria o 
Evangelho vazio e inoperante112. 
17.4 "Para não esvaziar o significado da cruz": a técnica de retórica e eloquência levaria a 
mensagem da cruz a ser esvaziada de seu poder e glória. 
17.4.1 Esse tipo de pregação atrairia os homens para o pregador em oposição à 
pregação da cruz que resulta parar a confiança humana e firmar-se na ação 
Divina113. 
17.4.1.1 A retórica levaria os homens a confiarem nos homens. 
 
106 MORRIS, op. cit. 
107 MACDONALD, op. cit. 
108 METZ, op. cit. 
109 Arte de bem argumentar; arte da palavra (Google Dicionário). 
110 MORRIS, op. cit. 
111 MACDONALD, op. cit. 
112 METZ, op. cit. 
113 MORRIS, op. cit. 
21 
 
18 "Palavra da Cruz": faz o posto a "sabedoria de palavras" (v17). É a mensagem que aponta para 
Cristo e sua morte (pregação114). 
18.1 Há um contrate com a sabedoria de palavras115 que é contrária à mensagem da cruz. 
18.2 "É insensatez para os que estão perecendo": para os gentios a morte de Cristo numa 
cruz classificava-o como criminoso ou escravo degenerado. 
18.2.1 Por isso essa mensagem é absurda para os gentios (v. 23). 
18.2.2 O Evangelho não os agrada. Eles não enxergam nada nela, senão loucura. São 
cegos116. 
18.3 O efeito da rejeição da mensagem pregada é condenação irrevogável (2Ts 2.10). 
18.3.1 Eles não estão a ponto de perecer, mas estão perecendo realmente. 
18.3.2 Todos terão que cair, ou na classe dos salvos, ou na dos perdidos117. 
18.4 "É o poder de Deus": essa linguagem lembra Rm 1.16. 
18.4.1 O Evangelho não fala do poder de Deus. Ele é o poder de Deus118. 
18.4.2 A Palavra da Cruz é poder para ressuscitar o pecador da morte espiritual e dá-lo 
novidade de vida (redenção). 
18.4.3 Pensaram que ele proclamava uma tolice relacionando o poder de Deus à 
fraqueza da cruz. 
19 Citação de Is 29.14b (ligeira variação da versão LXX). 
19.1 Desde os tempos antigos o método de Deus contrasta com a sabedoria humana119. 
19.1.1 Os homens sempre acham que seu método é o certo (Pv 14.12; 16.25). 
19.1.2 Sabedoria e inteligência é a mesma coisa (regra de poesia hebraica). 
19.2 A sabedoria terrena é não-espiritual e do diabo (Tg 3.15). 
19.3 Deus não depende de nossa sabedoria, pelo contrário, somos instigados a rogá-lo pela 
sua sabedoria (Tg 1.5). 
19.4 Paulo ilustra esse contraste de 2 formas. 
19.4.1 A 1ª ilustração refere-se a uma aliança política com o Egito que foi considerada 
uma obra prima de sabedoria e diplomacia (quando foram ameaçados por 
Senaqueribe120). Mas aos olhos de Deus foi rebelião. Deus mostrou que concederia 
 
114 MORRIS, op. cit. 
115 Ibidem. 
116 Ibidem. 
117 Ibidem. 
118 Ibidem. 
119 Ibidem. 
120 MACDONALD, op. cit. 
22 
 
libertação através de seu próprio braço (derrotando Senaqueribe) e não com os 
hábeis políticos que dirigiam o reino121. 
20 As duas primeiras perguntas são citações do profeta Isaías (Is 19.12a; 33.18b). 
20.1 A intenção de Paulo é mostra que nenhuma sabedoria humana serve diante de Deus122. 
20.1.1 A 2ª ilustração refere-se aos conquistadores assírios que esmagaram judeus 
que levaram as recompensas da conquista123. 
20.2 "Onde está o sábio?": a sabedoria desaparece quando os mestres que se opõem a Deus 
proclamam sabedoria humana. 
20.2.1 A tentativa deles de frustrar a obra de Deus é fútil (1Co 3.19). 
20.3 “Onde está o instruído”: refere-se ao escriba, especialista nas Escrituras do AT. 
20.3.1 Recusavam-se a aceitar a mensagem da cruz como o cumprimento das doutrinas. 
20.4 "Questionador desta era?": Aplica-se aos filósofos. 
20.4.1 “Era” = aiōn (“mundo” passageiro). Assim como esse mundo, essa sabedoria 
passará124. 
20.5 "Deus não tornou absurda a lógica deste mundo?": Deus tornou louca a sabedoria 
mundana daqueles que rejeitam a mensagem da cruz de Cristo. 
20.5.1 Nem o sábio, nem o instruído e nem o questionador conseguiram conhecer a Deus 
com sua própria sabedoria125. 
20.6 A rejeição aqui consiste em tudo que repousa em uma sabedoria meramente 
humana126. 
21 O verso apresenta dois casos de confiança. 
21.1 O mundo confia na sabedoria humana, e os crentes na loucura da pregação. 
21.2 Deus aprouve salvar os homens por meio da cruz, e por nenhum outro meio127. 
21.2.1 Os homens não são salvos exercendo sabedoria, mas fé128. 
22 Paulo apresenta o mundo dividido em dois grupos: os judeus e os gregos. 
22.1 "Os judeus pedem sinais": repetidamente pediram sinais a Jesus que não se submeteu a 
eles. 
 
121 METZ, op. cit. 
122 MORRIS, op. cit. 
123 METZ, op. cit. 
124 MORRIS, op. cit. 
125 WIERSBE, op. cit. 
126 MORRIS, op. cit. 
127 Ibidem. 
128 Ibidem. 
23 
 
22.1.1 Sempre desprezaram o pensamento especulativo, interessavam-se no que era 
prático. Pensavam em Deus manifestando-se com sinais e poderosas 
maravilhas129. 
22.1.1.1 Exigiam as credenciais do Messias (Mt 12.38-39; 16.1, 4; Mc 8.11-12; Jo 
4.48; 6.30). 
22.1.1.2 Um Messias crucificado era uma contradição. 
22.2 "Gregos buscam sabedoria": os gregos possuíam mentes inquisitivas buscando razões 
para a existência no mundo. 
22.2.1 Embebiam-se em filosofia especulativa (raciocínio abstrato – “achismo”)130. 
22.2.1.1 Eram orgulhosos em seus sofismas131 e não achavam lugar para o 
Evangelho. 
22.2.1.2 Interessavam-se pela lógica132. 
22.3 O homem exige que Deus se revele em harmonia com as suas ideias particulares133. 
23 Para um judeu, Deus amaldiçoava eternamente uma pessoa crucificada. 
23.1 Uma simples referência a tal pessoa era uma ofensa a um judeu de sensibilidade religiosa 
(Dt 21.23; Gl 3.13; 5.11). 
23.1.1 Identificar um crucificado como o Cristo era o extremo da insensibilidade religiosa. 
23.2 "Loucura para os gentios": o crucificado para os romanos eram escravos criminoso. Seria 
ridículo considerar um crucificado como Senhor e Salvador da humanidade. 
23.2.1 O termo é usado para todos os povos não judeus134. 
23.3 “Cristo crucificado”: Paulo não agrada nem judeus nem gentios135. 
23.4 Isso mostra que Deus não se reduz ao conceito do homem. A essência do Evangelho é o 
anúncio de uma mensagem de Deus, não a acomodação de Deus à sabedoria do 
homem136. 
24 Somente os chamados por Deus são capazes de crer na mensagem da cruz e aceitá-la sem 
reservas. 
24.1 "Poder de Deus": Paulo faz relação à obra da redenção (v. 18; Rm 1.4, 16). 
24.2 Essa palavra é uma resposta aos pedidos de um sinal pelos judeus e sabedoria pelos 
gentios (v. 22). 
 
129 MORRIS, op. cit. 
130 Ibidem. 
131 Argumento ou raciocínio concebido com o objetivo de produzir a ilusão da verdade (Google Dicionário). 
132 MACDONALD, op. cit. 
133 METZ, op. cit. 
134 MORRIS, op. cit. 
135 MACDONALD, op. cit. 
136 METZ, op. cit. 
24 
 
24.2.1 O que judeus e gentios buscavam pode ser encontrado no Senhor Jesus137. 
25 O que os homens consideram absurdo é mais lógico que eles138. 
25.1 O Messias crucificado para eles é símbolo de fraqueza, mas isso é mais forte que 
qualquer coisa que o homem possa produzir. 
26 A igreja de Corinto consistia de pessoas simples e de poucos que alcançaram proeminência 
educacional, financeira e social. 
26.1 Proeminentes: Estéfanas (v. 16; 16.17), Sóstenes e Crispo (vs. 1, 14) – chefes da 
sinagoga, Gaio (v. 14; Rm 16.23) e Erasto (Rm 16.23) – tesoureiro da cidade. 
26.2 Os convida a refletirem no tipo de pessoa que de fatoDeus escolheu139. 
26.2.1 “Vosso chamado”: chamamento divino (salvação). 
26.2.2 “Chamados muitos”: isso não quer dizer que Deus não salve ninguém dessas 
classes. Implica que havia poucos. 
27 "Escolheu": ensina a doutrina da soberania de Deus. 
27.1 Em sua soberania Ele escolheu as coisas fracas para envergonhar as fortes (Mt 5.5; 20.16; 
Lc 14.16-24). 
27.1.1 Todos os termos inferiores (v. 27-28) fazem alusão aos cristãos140. 
27.2 O propósito de Deus são 3 coisas: envergonhar os sábios, envergonhar os fortes e anular 
coisas que aos olhos do homem são importantes. 
28 Deus inverte os padrões do mundo. 
28.1 “Ele escolheu... as que são nada”: a atividade de Deus nos homens é criadora141. 
28.1.1 Quanto mais rudimentar a matéria-prima, maior a honra do Mestre142. 
28.2 "Reduzir a nada": (katargeō) “anular”, remove completamente, tornar inútil. 
29 Deus faz tudo isso com o propósito de retirar dos homens toda ocasião para jactância143. 
29.1 Deus vai às coisas mais humildes e as exalta. Ninguém pode atribuir crédito a si mesmo. 
29.2 Gloriar-se na presença de Deus ≠ gloriar-se em Deus. 
29.3 Os coríntios vangloriavam-se livremente de suas realizações e posses (1Co 4.6; 5.2144). 
29.4 Frequentemente Paulo censura-os pelo pecado da vanglória. 
29.4.1 Paulo os ensina a louvar ao Senhor em tudo que fazem (10.31). 
 
137 MACDONALD, op. cit. 
138 MORRIS, op. cit. 
139 Ibidem. 
140 METZ, op. cit. 
141 MORRIS, op. cit. 
142 MACDONALD, op. cit. 
143 MORRIS, op. cit. 
144 LOPES, H. D. op. cit. 
25 
 
30 Estar em Cristo é um privilégio e ao mesmo tempo uma obrigação de viver uma vida 
dedicada a ele. 
30.1 O texto indica que a palavra sabedoria deve ser explicada pelos outros três substantivos. 
Ela se mantém por si mesma com os outros três ligados a ela a título de definição 
30.2 Mediante nossa união com Cristo possuímos: sabedoria espiritual para conhecer a Deus 
(v. 21; Cl 2.3) e tomamos posse de sua obra para nossa salvação. 
30.2.1 Em Cristo somos: justificados (Rm 10.4; 2Co 5.21; Fp 3.9), santificados (Jo 17.19; 
1Co 1.2) e redimidos (Rm 3.24)145. 
30.3 “Redenção”: termo usado em relação à libertação de escravos através do pagamento de 
um resgate146. 
31 Citação de Jr 9.23-24 (repetida em 2Co 10.17147). 
31.1 Usa essa passagem resumida para ensiná-los a conhecerem a Deus pessoalmente em 
Cristo e gloriar-se nele. 
31.2 Todo orgulho deve estar naquilo que Cristo fez, e não nas coisas insignificantes que 
nós, na melhor das hipóteses, podemos fazer148. 
31.3 Sabermos que somos devedores do Senhor nos impede de glorificar a nós mesmos e a 
outros149. 
31.4 Como é a igreja que o homem vê? 
31.4.1 Friedrich Wilhelm Nietzsche falou: os cristãos são favoráveis ao sofrimento, 
desprezam as riquezas e a sabedoria, além de preferir o fraco ao forte. Para ele, 
Deus estava morto e Jesus era um insensato. 
31.4.2 Deus escolheu as coisas loucas e fracas do mundo para envergonhar os padrões 
deste século. O que o mundo valoriza os faz experimentar uma falência moral e 
uma violência física numa sociedade decadente. Enquanto isso as coisas 
loucas e fracas que Deus escolhe promovem sua igreja e seu reino. 
 
 
145 MORRIS, op. cit. 
146 METZ, op. cit. 
147 WIERSBE, op. cit. 
148 MORRIS, op. cit. 
149 METZ, op. cit. 
26 
 
CAPÍTULO 21 
Em Corinto, como hoje, o Evangelho estava misturado com o pragmatismo. Faziam de tudo para 
agradar a freguesia. Para corrigir esse problema Paulo expõe os fundamentos básicos do 
Evangelho2. 
 
 (1-5: a obra de Cristo na cruz; 6-9: o plano de Deus Pai; 10-16: a ação do Espirito Santo) 
 
1 “Quando fui até vós”: Paulo fala da sua primeira visita à Corinto (At 18). 
1.1 “Mistério”: (“μαρτυριον” – “marturion”; “testemunho”) refere-se ao Evangelho. O 
testemunho de Deus revelado em Cristo (cf. 1Co 1.6). 
1.1.1 No NT a pregação é considerada como o ato de dar testemunho de dados atos3. 
1.2 “Não fui com linguagem...”: seus debates em Atenas foram infrutíferos, o que o fez mudar 
de estratégia. Apresentou o Evangelho de forma simples, modo incomum em um 
ambiente helenista. 
1.3 “Linguagem pomposa nem de sabedoria”: Paulo mostra em suas epístolas que possui 
tanto eloquência como sabedoria. Ele não deseja mostrar suas habilidades, mas a cruz 
de Cristo. 
1.3.1 Simplicidade não significa superficialidade, ou ausência de estudo árduo e 
preparação cuidadosa. Significa linguagem clara, direta e compreensível4. 
1.3.2 Os que ministram a Palavra devem se preparar e usar todos os dons que Deus lhes 
deu – mas não devem se fiar em si mesmos (2Co 3.5)5. 
1.3.2.1 Os filósofos e mestres itinerantes dependiam de sua sabedoria e 
eloquência para granjear seguidores. Paulo era um embaixador, não um 
vendedor do Evangelho. 
1.4 Reconhecia a diferença entre o ministério apelativo e o ministério espiritual6. 
1.4.1 Apelativo: entretém ou atrai as emoções. 
1.4.2 Espiritual: apresenta a verdade, glorifica a Cristo e fala à consciência e coração. 
 
1 KISTEMAKER, S. J. Comentário do Novo Testamento: exposição da Primeira Epístola aos Coríntios. 1. ed. São Paulo: 
Cultura Cristã, 2003. 
2 LOPES, H. D. 1 Coríntios: como resolver conflitos na Igreja. São Paulo: Hagnos, 2008. 
3 MORRIS, C. L. 1 Coríntios: introdução e comentário. 3. ed. São Paulo: Vida Nova, 1986. 
4 METZ, D. S. Comentário Bíblico Beacon: 1 Coríntios. vol. 8. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. 
5 WIERSBE, W. W. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento. vol. 1. Santo André, SP: Editora Geográfica, 2006. 
6 MACDONALD, W. Comentário Bíblico Popular: Novo Testamento. 2. ed. São Paulo: Mundo Cristão, 2011. 
27 
 
2 Paulo escolheu não demonstrar sabedoria em sua pregação a não ser sabedoria acerca de 
Jesus Cristo7. 
2.1 “E este, crucificado”: excluiu os elementos humanos e focou o que era mais criticado 
pelos judeus e gregos (1Co 1.23)8. 
2.2 Muitos pregadores engrandecem de tal modo a si mesmo e a seus dons que deixam de 
revelar a glória de Cristo9. 
2.3 O conteúdo do Evangelho é: “Jesus Cristo (se refere a sua Pessoa), e este, crucificado” 
(se refere a sua obra)10. 
3 “Em fraqueza, em temor e em grande tremor”: pode referir-se a hostilidade recebida em 
Corinto, tendo que ser encorajado pelo Senhor (At 18.9-10). 
3.1 Também tinha muito para desanimar-se pouco antes de ir para Corinto (Atenas)11. 
3.2 O seu temor, provavelmente, era temor em face da tarefa a ele confiada. Um angustiado 
desejo de cumprir o seu dever12. 
3.2.1 “Grande tremor”: (“τρομω” – “tromos”; “estremecer de medo”) descreve alguém 
que desconfia plenamente de suas habilidades, mas faz o melhor para cumprir 
o seu dever13. 
3.2.2 Não estava relutante a ir à Corinto, nem com vergonha do Evangelho14. 
3.2.3 Aos olhos dos coríntios, Paulo era sem força, sem recurso e sem privilégios (2Co 
10.10). 
3.3 Em sua fraqueza, foi fortalecido por Deus (v. 4). 
4 Repete o que falou no v. 1 e adiciona o que foi sua linguagem e pregação. 
4.1 “Minha linguagem e pregação”: um salienta o modo que pregava e outro o conteúdo da 
mensagem15. 
4.2 “Palavras persuasivas de sabedoria”: os métodos da sabedoria humana (retórica da 
época). 
4.2.1 A arte espúria (não genuína) de persuadir sem instruir era considerada em 
elevada estima em Corinto16. 
 
7 MORRIS, op. cit. 
8 METZ, op. cit. 
9 WIERSBE, op. cit. 
10 MACDONALD, op. cit. 
11 MORRIS, op. cit. 
12 Ibidem. 
13 STRONG, J. Dicionário bíblico Strong: Léxico Hebraico, Aramaico e Grego. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 
2010. 
14 METZ, op. cit. 
15 MORRIS, op. cit. 
16 METZ, op. cit. 
284.2.2 Com os padrões da época, o apóstolo provavelmente não venceria uma competição 
de retórica dessa maneira17. 
4.3 Descreve o poder espiritual disponível aos que pregam a Palavra. 
4.3.1 “Demonstração” (“αποδειξει” – “apodeixis”18): termo jurídico que indica um 
testemunho (prova) incapaz de refutação. 
4.3.2 “Poder do Espírito”: (“δυναμεως” – “dunamis”; “poder”) tudo que realizamos é 
obra do Espírito. 
4.3.2.1 Dunamis: pode significar “habilidade” (2Co 8.3); “força” (Ef 3.16); “poder 
para realizar milagres” (Rm 15.19); “o poder que ressuscitou Jesus” (Ef 
1.19-20; Fp 3.10); “o poder evangelho” (Rm 1.16; 1Co 1.18, 24); “o poder 
do Espírito em Cristo” (Lc 4.14); e “o poder enviado no Pentecostes” (At 
1.8)19. 
4.3.2.2 Convencimento de pecado para conversão dos coríntios20. 
4.3.2.3 Vidas transformadas são verdadeiros milagres dos céus21. 
4.3.3 Os próprios defeitos do apóstolo demonstram o poder do Espírito22. 
4.3.3.1 Os versos 4 e 5 mostram como Paulo é um exemplo de 2Co 4.723. 
4.3.4 Uma obra espiritual deve ser feita por meios espirituais. Então, ele 
simplesmente pregou o Evangelho24. 
4.3.5 As vidas transformadas, para o apóstolo, eram prova suficiente de que sua 
mensagem era de Deus (1Co 6.9-11)25. 
4.4 Paulo não está contra o uso da oratória, mas da oratória sem a unção do Espírito ou para 
autoexaltação26. 
4.4.1 Paulo era capaz de apresentar o evangelho persuasivamente (At 26.27-28). 
4.4.2 Paulo não é contra o preparo para pregar, mas enfatiza sobre quem devem estar 
os holofotes. 
4.4.3 Pregadores não podem cometer o grave erro de enfatizar mais a forma do que o 
conteúdo. 
 
17 MACDONALD, op. cit. 
18 MORRIS, op. cit. 
19 PFEIFFER, C. F.; VOS, H. F.; REA, J. Dicionário bíblico Wycliffe. 4. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017. 
20 MACDONALD, op. cit. 
21 LOPES, op. cit. 
22 MORRIS, op. cit. 
23 MACDONALD, op. cit. 
24 METZ, op. cit. 
25 WIERSBE, op. cit. 
26 LOPES, op. cit. 
29 
 
5 Explica porque rejeita a persuasão. 
5.1 Para que a fé apoie-se no poder de Deus (Cristo ou o Evangelho – 1Co 1.18, 24). 
5.2 Uma fé baseada apenas em discursos comoventes pode ser removida pelo mesmo tipo 
de mensagem de outra pessoa27. 
5.2.1 A eficácia do evangelismo não depende de nossos argumentos nem de 
expediente persuasivos, mas do poder de Deus operando em nossa vida e por 
meio da palavra que compartilhamos28. 
5.3 O homem tende a se interessar por personalidades. Evangelistas e mestres devem ter 
isso sempre em mente29. 
 
6 “Falamos”: o plural liga o ensino de Paulo ao de outros mestres cristãos, sugerindo que não 
havia divisão entre eles30. 
6.1 “Maduros”: os escritores do NT não demonstram qualquer evidência em uma distinção 
entre cristãos (maduro e imaturo). 
6.1.1 "Teleios": (“τελειοις”) “perfeito”, “adulto”. Dá a entender “aquilo que obedece a um 
padrão ou modelo”31. 
6.1.1.1 Denota um estado de homem maduro em oposição à criança32. 
6.1.2 A sabedoria de Deus não é para as massas nem para cristãos imaturos (crianças 
na fé). É reservada a cristãos maduros33. 
6.1.2.1 O Cristão imaturo seria o "homem carnal" (1Co 3.1-4) que é infantil e 
não se alimenta da Palavra nem se desenvolve. 
6.1.2.2 Ele distingue maduros de descrentes. 
6.2 Somos todos exortados a avançar para a maturidade (Hb 6.1). 
6.2.1 Entre o povo de Deus reconhecemos níveis de desenvolvimento, pois ninguém 
alcançou a perfeição (Fp 3.12-16). 
6.3 “Sabedoria desta era”: igual à sabedoria do mundo (1Co 1.20). 
6.4 “Seus governantes”: alguns interpretam como poderes demoníacos, mas esta 
interpretação encontra dificuldade no v. 8. 
6.4.1 Líderes judeus e romanos. 
 
27 METZ, op. cit. 
28 WIERSBE, op. cit. 
29 MACDONALD, op. cit. 
30 MORRIS, op. cit. 
31 PFEIFFER, op. cit. 
32 METZ, op. cit. 
33 WIERSBE, op. cit. 
30 
 
6.5 “Estão sendo reduzidos a nada”: o conhecimento do homem não é eterno34. 
6.5.1 Assim como eles, sua sabedoria humana é perecível35. 
7 Paulo passa a diferenciar a Sabedoria de Deus da Sabedoria do Mundo. 
7.1 "Mistério": a sabedoria de Deus é misteriosa para o descrente. 
7.1.1 "Mustērion": (“μυστηριω”) "mistério". Não tem caráter misterioso do sentido que 
damos à palavra hoje. Significa um segredo que o homem é totalmente incapaz 
de penetrar36. 
7.1.2 Aqui se refere ao Evangelho (cf. Rm 16.25-26; 1Co 4.1; Ef 1.9-10)37. 
7.1.3 “Esteve oculto”: foi revelada aos crentes por meio da pregação do Evangelho 
(1Pe 1.10-12). 
7.2 “Preordenou antes dos séculos”: a sabedoria de Deus é eterna. 
7.2.1 O evangelho não é o plano B de Deus38. 
7.2.2 Pela sua sabedoria predestinou esta salvação para nossa glória (Rm 9.23). 
7.3 “Para nossa glória”: ela nos conduz à salvação e glória (Fp 3.21). 
7.3.1 O propósito para Deus se revelar a nós: glorificar os remidos, a Igreja39. 
7.3.2 Um dia participaremos (ou compartilharemos40) da própria glória de Deus (Ef 
1.6, 12, 14; Jo 17.22; Rm 8.28-30)41. 
8 O fato dos “governantes dessa era” não o conhecerem é demonstrado por eles terem 
crucificado o Senhor da Glória (Lc 23.34)42. 
8.1 “Nenhum... compreendeu”: o evangelho de Deus não foi conhecido por nenhum outro 
meio que a revelação. 
9 Is 64.4 parafraseado. 
9.1 O contexto da profecia é relacionado a Israel no cativeiro. A nação estava na Babilônia 
devido o seu pecado. O povo clamou a Deus, pedindo que descesse para livrá-los. Após 70 
anos Deus respondeu: Deus tinha planos para seu povo e ninguém precisava a temer43. 
 
34 METZ, op. cit. 
35 MACDONALD, op. cit. 
36 MORRIS, op. cit. 
37 PFEIFFER, op. cit. 
38 LOPES, op. cit. 
39 Ibidem. 
40 PFEIFFER, op. cit. 
41 WIERSBE, op. cit. 
42 MORRIS, op. cit. 
43 WIERSBE, op. cit. 
31 
 
9.1.1 A profecia se trata de verdades maravilhosas que Deus havia entesourado e que 
não poderiam ser descobertas pelos sentidos naturais, mas que, no devido 
tempo, seriam reveladas àqueles que o amam44. 
9.2 “As coisas”: refere-se à sabedoria de Deus (o Evangelho). 
9.3 “Olhos... ouvidos... coração”: todos esses órgãos pertencem ao processo de percepção e 
assimilação humana. 
9.3.1 "Coração": entre os gregos equivalia a vida interior completa do homem, incluindo 
o intelecto e a vontade. Aqui talvez se refira à mente45. 
9.3.2 O entendimento da sabedoria de Deus emana do próprio Deus. 
9.4 “Deus preparou para os que o amam”: assemelha-se a Rm 8.28. 
9.5 Muitos acham que se refere ao céu, mas trata-se das verdades reveladas no NT46. 
 
10 “Revelou-as a nós pelo Espírito”: Deus revela sua sabedoria por meio do Espírito, de modo que 
a salvação é obra da Trindade. 
10.1 "A nós": Paulo não tem dúvida quanto a quem possui a verdade47. 
10.1.1 Os crentes sabem o que sabem, não por causa de alguma habilidade, mas porque 
aprouve a Deus lhe revelar. 
10.2 Os apóstolos foram os primeiros a serem iluminados pelo Espírito nessa verdade48. 
10.3 "Examina": modo de dizer que o Espírito penetra todas as coisas. Não há nada além de 
seu conhecimento49. 
10.4 “Profundezas de Deus”: outra descrição do que Deus tem preparado para aqueles que o 
amam (v. 9). Deus deseja que descubramos todas as bênçãos de sua graça planejadas 
para nós50. 
10.4.1 Empregada muitas vezes à enorme profundidade do mar (algo desconhecido)51. 
10.4.2 Designa a essência de Deus (atributos, vontades e planos)52. 
11 “Conhece”: Oida: (“οιδεν”) saber a respeito de tudo53. 
 
44 MACDONALD, op. cit. 
45 MORRIS, op. cit. 
46 MACDONALD, op. cit. 
47 MORRIS, op. cit. 
48 MACDONALD, op. cit. 
49 MORRIS, op. cit. 
50 WIERSBE, op. cit. 
51 MORRIS, op. cit. 
52 METZ, op. cit. 
53 STRONG,op. cit. 
32 
 
11.1 O homem é capaz de conhecer as coisas referentes a si, mas não as coisas referentes 
a Deus. 
11.2 “O espírito do homem”: ninguém de fora do homem pode saber o que se passa em seu 
interior54. 
11.2.1 Do mesmo modo, ninguém de fora de Deus pode saber o que acontece dentro 
de Deus. 
11.2.2 O Espírito é uma personalidade: tem conhecimento e é onisciente55. 
11.3 Paulo nega o conceito de Filo56, de que o espírito humano pode conhecer o divino por si 
só57. 
12 Paulo nos conforta garantindo que recebemos o Espírito de Deus. 
12.1 "Espírito do mundo": é o espírito que torna o mundo secular, é o poder que determina o 
pensar e o agir daqueles que se opõem ao Espírito de Deus. 
12.1.1 A sabedoria que Paulo se opõe em toda a passagem não é satânica, mas humana. 
Portanto, significa a índole deste mundo58. 
12.2 O Espírito de Deus habita em todos os salvos (1Co 6.19). 
12.2.1 Quando cremos recebemos o Espírito Santo (Ef 1.13-14)59. 
12.3 Ele nos é dado para que possamos conhecer de maneira inata as coisas que dizem 
respeito à nossa salvação. 
13 “Falamos dessas coisas”: o homem espiritual ensina as coisas que Deus o revelou60. 
13.1 “Ensinadas pelo Espírito”: o Espírito nos ensina (Jo 14.26) e nos conduz a verdade 
(Jo 16.13) 61. 
13.1.1 Porém, segue uma sequência: o Espírito ensinou Paulo sobre a Palavra, e só 
depois Paulo ensinou aos cristãos. 
13.2 O Espírito nos capacita a proclamar o Evangelho. 
13.2.1 Não quer dizer que o Espírito não usou dos talentos, capacidades, características e 
peculiaridades dos apóstolos (Ex.: Paulo escreve muito diferente de Lucas62). 
13.2.2 Deus concedeu as Escrituras aos apóstolos e “vestiu-as” com o estilo peculiar de 
cada escritor63. 
 
54 MORRIS, op. cit. 
55 LOPES, op. cit. 
56 Filo de Alexandria, filósofo judeu-helenista do período helenista, 20 a.C.- 50 d.C. (Wikipédia). 
57 LOPES, op. cit. 
58 MORRIS, op. cit. 
59 LOPES, op. cit. 
60 METZ, op. cit. 
61 WIERSBE, op. cit. 
62 MACDONALD, op. cit. 
33 
 
13.2.3 A verdade divina não depende do artifício humano em sua apresentação64. 
13.2.4 De que forma o Espírito nos ensina?... 
13.3 “Comparando coisas espirituais com espirituais”: pode ser interpretado de 2 maneiras. 
13.3.1 “Interpretando verdades espirituais (conteúdo) em palavras espirituais (modo de 
oratória)”. 
13.3.1.1 Vocabulário que Deus dá ao crente para que possa expressar as 
verdades divinas de forma espiritual65. 
13.3.1.2 Ou seja, “combinando as palavras ditas com as verdades expressas”66. 
13.3.2 Synkrinō: (“συγκρινοντες”) pode ser traduzido como “combinar”, “comparar”, 
“interpretar” ou “colocar junto de maneira adequada”67. 
13.3.3 O método como o Espírito nos ensina68. 
13.3.3.1 O Espírito Santo é semelhante a um pai de família que "tira do seu 
depósito coisas novas e coisas velhas" (Mt 13.52). O que é novo 
sempre surge do que é velho e nos ajuda a compreender melhor as 
coisas conhecidas. 
13.3.3.2 Quando comparamos parte das Escrituras entre si, Deus nos dá novos 
conhecimentos sobre a verdade. 
13.3.3.3 É importante separar um tempo para orar e meditar na Palavra. 
14 “Homem natural”: não se refere a um homem pecaminoso, mas alguém limitado às coisas 
naturais, que segue os instintos naturais (Jd 19). 
14.1 "Não aceita": o termo (“δεχεται”; dechomai) é usual para acolhida a um hóspede. Assim, 
o homem natural não dá boas vindas às coisas do Espírito. Ele às rejeita69. 
14.1.1 “Pois lhe são absurdas; e não pode entendê-las”: Não aceita as coisas do 
Espírito porque não as entende nem as deseja. 
14.2 “Se compreendem espiritualmente”: há uma incapacidade no descrente para entender a 
sabedoria de Deus devido à ausência do Espírito Santo em sua vida. 
14.2.1 A atividade da alma e da mente é obscurecida pela depravação do pecado70. 
14.3 “Compreendem”: (“γνωναι”; “ginosko”) “discernir”, “julgar” – processo de avaliação (1Jo 
4.1). 
 
63 MACDONALD, op. cit. 
64 METZ, op. cit. 
65 PFEIFFER, op. cit. 
66 MORRIS, op. cit. 
67 STRONG, op. cit. 
68 WIERSBE, op. cit. 
69 MORRIS, op. cit. 
70 METZ, op. cit. 
34 
 
14.4 Uma das marcas da maturidade é o discernimento71. 
15 “Homem espiritual": pessoa em quem o Espírito de Deus opera72. Cristão que atingiu a 
maturidade, no qual abunda o fruto do Espírito73. 
15.1 O crente, pelo Espírito, tem conhecimento da verdade (1Jo 2.20) e é capaz de distinguir a 
verdade do erro. 
15.1.1 Isso não é uma licença para que se posicione como juiz sobre os outros ou 
imune à crítica ou avaliação74. 
15.1.2 É capacitado a fazer julgamento certo, isso porque o Espírito de Deus o equipa75. 
15.1.3 Usa as Escrituras como bússola e lanterna (Sl 119.105). 
15.2 “Ele mesmo não é julgado por ninguém”: não quer dizer que os cristãos jamais são 
julgados (1Co 14.29). 
15.2.1 Não significa que uma pessoa não salva não pode mostrar as falhas que vê na 
vida do cristão76. 
15.2.2 O descrente não pode julgar o crente da mesma maneira que esse o 
faz (espiritualmente). 
15.2.2.1 “Por ninguém”: isso inclui outros cristãos. Devemos nos cuidar para não 
sermos ditadores espirituais na vida de outros membros do povo de 
Deus (2Co 1.24). 
16 Citações de Is 40.13. 
16.1 “Quem jamais conheceu a mente do Senhor”: os caminhos de Deus estão além do 
entendimento do homem77. 
16.1.1 Seria egocentrismo supremo um homem tentar instruir (dar conselhos) ao Senhor. 
16.2 “Mente de Cristo”: o conhecimento e apropriação desse evangelho pela ação do Espírito. 
16.2.1 Significa que não temos a mesma forma de pensar do mundo78. 
16.3 Consequentemente, vemos as coisas na perspectiva de Cristo e não na perspectiva do 
homem do mundo79. 
 
 
71 WIERSBE, op. cit. 
72 MORRIS, op. cit. 
73 PFEIFFER, op. cit. 
74 METZ, op. cit. 
75 MORRIS, op. cit. 
76 WIERSBE, op. cit. 
77 METZ, op. cit. 
78 WIERSBE, op. cit. 
79 MORRIS, op. cit. 
35 
 
CAPÍTULO 31 
Até então, comparou o homem espiritual com o natural de modo amplo, agora se torna direto e 
específico. Com severidade, e ao mesmo tempo delicadeza2, Paulo mostra que os corintos são 
crianças espirituais, sem crescimento. Ele usa a compreensão espiritual citada em 1Co 2.15. 
 
(1-4: uma família que busca maturidade; 5-9: um campo que busca produtividade; 10-23: um edifício 
que busca qualidade) 
 
1 "Irmãos": embora a mensagem seja áspera, Paulo expressa unidade (ex., 1Co 1.10-11, 26; 2.1). 
1.1 “Não vos pude falar”: indica a sua primeira visita (cf. 1Co 2.1). 
1.1.1 Na 1ª visita não pôde falar a eles como a “pessoas espirituais” (espécie de 
homem que acabara de falar no capítulo 2)3. 
1.2 "Mas como pessoas carnais": (não-espirituais) uma igreja santificada em Cristo (1Co 
1.2), que possuía os dons espirituais (1Co 1.7) e a quem Paulo chama de irmãos não pode 
ser não-cristã. 
1.2.1 Sarkinoi: (“feito de carne”) essência ou substância de carne (imutável). 
1.2.2 No NT o termo está relacionado à antiga natureza corrompida4. 
1.2.3 Nesse sentido, eles são "carnais", não porque não têm o Espírito, mas porque 
estavam pensando e vivendo exatamente como aqueles que não o têm (cf. v. 
3; Gl 5.16-17). 
1.3 "Crianças em Cristo": termo humilhante. 
1.3.1 “Criança”: é usado, por vezes, para denotar um estágio de ignorância e 
imaturidade5. 
1.3.2 Os que acabam de serem ganhos para Cristo são crianças em Cristo6. 
1.3.3 O ensino que receberam foi adequado a sua condição7. 
1.3.4 Mas Paulo não fala dos recém-convertidos8. 
 
1 KISTEMAKER, S.J. Comentário do Novo Testamento: exposição da Primeira Epístola aos Coríntios. 1. ed. São Paulo: 
Cultura Cristã, 2003. 
2 METZ, D. S. Comentário Bíblico Beacon: 1 Coríntios. vol. 8. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. 
3 MORRIS, C. L. 1 Coríntios: introdução e comentário. 3. ed. São Paulo: Vida Nova, 1986. 
4 PFEIFFER, C. F.; VOS, H. F.; REA, J. Dicionário bíblico Wycliffe. 4. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017. 
5 Ibidem. 
6 MORRIS, op. cit. 
7 MACDONALD, W. Comentário Bíblico Popular: Novo Testamento. 2. ed. São Paulo: Mundo Cristão, 2011. 
8 WIERSBE, W. W. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento. vol. 1. Santo André, SP: Editora Geográfica, 2006. 
36 
 
1.3.5 Crente imaturo: aqueles que não crescem no conhecimento e na prática da 
Palavra9. 
1.3.6 Paulo é contraditório: descreve os corintos como amadurecidos (1Co 2.6), mas 
agora ele os descreve como crianças em Cristo. 
1.3.6.1 Paulo faz essa diferenciação para incitá-los à ação. 
2 Assim como uma mãe se preocupa quando seu filho não cresce fisicamente, Paulo demonstra a 
preocupação pelos coríntios. 
2.1 Assim como em uma família humana, também na família de Deus devemos encorajar a 
maturidade espiritual10. 
2.2 A diferença dos alimentos se dá quanto à forma, e não quanto ao conteúdo. 
2.2.1 O evangelho de Paulo era o mesmo para todos11. 
2.2.1.1 Ambos são nutritivos. Mas o leite é para a criança de corpo delicado e 
não desenvolvido, e o alimento sólido é para a pessoa forte e madura 
que precisa de força para fazer o trabalho árduo12. 
2.2.1.2 O que diferencia o crente maduro do imaturo é o alimento (assim como 
nas crianças)13. 
2.2.2 O sábio adapta sua instrução à capacidade dos seus alunos14. 
2.2.3 Nessa mesma linha o Senhor Jesus ensinou os seus discípulos (Jo 16.12)15. 
2.2.4 A ideia de doutrinas secretas destinadas apenas aos iniciados e experimentados 
é um modelo do Gnosticismo16. 
2.3 "Leite": usa a mesma linguagem do autor de Hebreus (Hb 5.12-14). 
2.3.1 Em Hebreus o "leite" significa as doutrinas rudimentares da fé cristã. 
2.3.2 Declaração simples do evangelho aos pecadores. É a pregação missionária ou 
evangelística17. 
2.3.3 Os elementos a cerca de Cristo18. 
2.4 "Alimento sólido": seria a doutrina cristã avançada. 
 
9 LOPES, H. D. 1 Coríntios: como resolver conflitos na Igreja. São Paulo: Hagnos, 2008. 
10 WIERSBE, op. cit. 
11 METZ, op. cit. 
12 Ibidem. 
13 WIERSBE, op. cit. 
14 MORRIS, op. cit. 
15 MACDONALD, op. cit. 
16 LOPES, op. cit. 
17 METZ, op. cit. 
18 MACDONALD, op. cit. 
37 
 
2.4.1 Tipo de pregação que mostra as possibilidades da graça, que expõe as obrigações 
e deveres da vida cristã19. 
2.5 A Palavra é nosso alimento espiritual: leite (1Pe 2.2), pão (Mt 4.4), carne (Hb 5.14) e até 
mesmo mel (SI 119.103)20. 
2.6 Até aqui narra o que aconteceu21. 
2.7 “Nem mesmo agora podeis”: no presente, deveriam ter progredido espiritualmente22. 
2.7.1 O desmame de uma criança era ocasião para festa23. 
3 “Sois carnais”: “Sarkikoi” (“σαρκικος” = “dominado pela carne”) – aparência ou característica que 
pode ser alterada. 
3.1 Paulo afirma que os coríntios se igualam aos descrentes quanto à conduta. 
3.1.1 Eles também eram carnais por causa de suas ações24. 
3.1.2 “Carne”: nos escritos de Paulo refere-se aos aspectos inferiores da natureza moral 
e ética do homem (Rm 13.14; Gl 5.13; Ef 2.3)25. 
3.2 No início da vida cristã as pessoas são carnais por causa da “persistência prejudicial do 
estado da natureza” 26. 
3.2.1 Mas a vida cristã não é estática. Ou alguém se desenvolve como um cristão 
maduro através da eliminação das tendências carnais, ou invariavelmente se 
estaciona em um estado de meninice deliberada. 
3.3 “Visto que há inveja e discórdias entre vós”: os coríntios discutiam entre si, eram 
destituídos de amor uns pelos outros e se comportavam como pessoas não-espirituais. 
3.3.1 Os cismas e rachas dentro das igrejas existem por imaturidade dos crentes27. 
3.3.2 Inveja e discórdia apontam para rivalidades doentias28. 
3.3.3 “Inveja”: espírito que faz uma pessoa arrasar outra a fim de exaltar-se a si 
mesma29. 
3.3.4 “Discórdia”: natureza “dominada pelo ódio” (causa discussões amargas)30. 
 
19 METZ, op. cit. 
20 WIERSBE, op. cit. 
21 MORRIS, op. cit. 
22 Ibidem. 
23 PFEIFFER, op. cit. 
24 METZ, op. cit. 
25 MORRIS, op. cit. 
26 METZ, op. cit. 
27 LOPES, op. cit. 
28 MORRIS, op. cit. 
29 METZ, op. cit. 
30 Ibidem. 
38 
 
3.3.5 Outra maneira de determinar a maturidade: o cristão maduro pratica o amor e 
procura entender-se com os outros. As crianças gostam de brigar e também de 
se identificar com seus heróis31. 
3.4 Paulo usa uma pergunta retórica para fazê-los enxergar que a presença do Espírito neles 
não fazia diferença. Não andavam como alguém que crê. 
3.5 Ser caracterizado pela carne é o oposto daquilo que o cristão deve ser32. 
4 Paulo repete as palavras sobre a divisão da igreja. 
4.1 Cita apenas Paulo e Apolo por terem sido os que serviram mais tempo aos coríntios. 
4.2 Ambos os versículos (3 e 4) equiparam os cristãos de Corinto às pessoas não-
espirituais do mundo. 
4.2.1 As divisões eram um notório testemunho da sua mentalidade humana33. 
4.3 A Bíblia apresenta 2 classes de humanos: os não regenerados e os crentes espirituais. 
Paulo não está inserindo uma nova classe “crentes carnais”. 
4.4 Os coríntios eram crentes espirituais que lutavam com problemas comportamentais. 
 
5 Paulo censura o partidarismo da igreja. Eles não deveriam prestar atenção nas pessoas, mas na 
obra que essas pessoas realizavam para Cristo. 
5.1 "Apenas servos": dá a mesma função para ambos a fim de remover qualquer ideia de que 
fossem rivais34. 
5.1.1 "Servos" (diakonoi): originalmente aplicada a um copeiro. Depois ao serviço em 
geral. No NT relaciona-se ao serviço que os cristãos prestam a Deus. 
5.1.2 “Apenas": lembra-nos de que nenhum obreiro deve ser idolatrado (Lc 17.10; cf. 
v. 7). 
5.1.2.1 O termo tira a importância dos pregadores tendo em vista o caráter 
modesto do serviço prestado35. 
5.1.2.2 É insensato exaltar servos ao nível de senhores (“imagine uma família 
dividida por causa de seus servos”)36. 
5.1.2.3 Paulo não está menosprezando obreiro, mas exaltando a Jesus37. 
5.2 "Por meio de quem": a verdadeira obra foi realizada por outro (Deus)38. 
 
31 WIERSBE, op. cit. 
32 MORRIS, op. cit. 
33 Ibidem. 
34 Ibidem. 
35 Ibidem. 
36 MACDONALD, op. cit. 
37 LOPES, op. cit. 
39 
 
5.3 "Conforme o Senhor concedeu a cada um": Deus dá diferentes tarefas para seus servos. 
Paulo foi um professor e Apolo um pregador (mostra a diversidade do ministério39). 
6 Ilustração de um cenário agrícola. 
6.1 Cristo comparou o coração humano há um terreno onde a Palavra é semeada (Mt 13.18-
23). A igreja é um campo que deve produzir fruto (Jo 15.1-2)40. 
6.2 Para que as sementes germinem, o colaborador do agricultor rega o solo com a água 
necessária. Mas a atividade humana para por aqui, pois não pode fazer as plantas 
crescerem, nem controlar as condições climáticas. Depende inteiramente de Deus para o 
produto da colheita. 
6.2.1 Alguns podem pregar, todos podem orar, mas a obra da salvação só pode ser 
realizada pelo Senhor41. 
6.3 Os verbos gregos indicam que o trabalho de Paulo e de Apolo era temporário (plantou, 
regou), mas o de Deus, permanente (quem dá [melhor tradução] o crescimento). 
6.3.1 Os homens vêm e vão na obra. Cada um dá uma contribuição, mas Deus opera ao 
longo de todo o processo42. 
7 "Nem o que Planta, nem o que rega": não o homem, mas Deus recebe a honra e a glória pelo 
trabalho realizado na Igreja. 
7.1 Embora

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