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FlavioRSF_Monografia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 
DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIBLIOTECONOMIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
FLÁVIO RODRIGO SILVA DE FREITAS 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO DOCUMENTAL EMPREGADAS 
NO NUCLEO TEMÁTICO DA SECA E DO SEMI-ÁRIDO DA 
UNIVERSIDADE DO RIO GRANDE DO NORTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL 
2011 
FLÁVIO RODRIGO SILVA DE FREITAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO DOCUMENTAL EMPREGADAS NO 
NUCLEO TEMÁTICO DA SECA E DO SEMI-ÁRIDO DA UNIVERSIDADE DO 
RIO GRANDE DO NORTE 
 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de 
Biblioteconomia, da Universidade Federal do 
Rio Grande do Norte em cumprimento às 
exigências legais como requisito parcial a 
obtenção do título de Bacharel em 
Biblioteconomia. 
 
ORIENTADORA: Profª. Ms. Mônica 
Marques Carvalho 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL 
2011 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha Catalográfica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Freitas, Flávio Rodrigo Silva de. 
 Técnicas de preservação documental empregadas no Núcleo Temático da seca e 
do semi-árido da Universidade Federal do Rio Grande do Norte / Flávio Rodrigo 
Silva de Freitas. – Natal, RN, 2011. 
 47 f. : il. 
 Orientadora : Profa. Ma. Mônica Marques Carvalho. 
Monografia (Graduação em Biblioteconomia) – Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de 
Biblioteconomia. 
 
 1. Preservação Digital - Monografia. 2. Estratégias de Preservação Documental 
- Monografia. 3. Ciência da Informação - Monografia. 4. NUT-SECA - Monografia. 
I. Autor. II. Título. 
 
 
 CDU: 025 
 
FLÁVIO RODRIGO SILVA DE FREITAS 
 
 
 
TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO DOCUMENTAL EMPREGADAS NO 
NUCLEO TEMÁTICO DA SECA E DO SEMI-ÁRIDO DA UNIVERSIDADE DO 
RIO GRANDE DO NORTE 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de 
Biblioteconomia, da Universidade Federal do 
Rio Grande do Norte em cumprimento às 
exigências legais como requisito parcial a 
obtenção do título de Bacharel em 
Biblioteconomia. 
 
 
 
Aprovado em: ____ /_ ___ / 2011. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
__________________________________________ 
Profª. Ma. Mônica Marques Carvalho 
Orientadora 
 
 
__________________________________________ 
Profª. Ma. Renata Passos Filgueira de Carvalho 
Professora da disciplina 
 
 
__________________________________________ 
Profª. Ma. Jacqueline de Araújo Cunha 
Examinadora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A Deus por tudo que me proporciona na vida. 
 
Aos meus pais e irmãos pelo apoio e carinho oferecidos 
em todos os momentos de minha vida. 
AGRADECIMENTOS 
 
A Deus, pelas pessoas que colocou em minha vida e por todas as 
oportunidades. 
 
Aos meus pais Gabriel e Luzinete, pelo constante apoio e por me 
proporcionarem os meios de realizar meus sonhos, com todo amor e incentivo 
necessário para que eu pudesse seguir em frente. 
 
Meus irmãos Lillyan e Gutto, cuja companhia sempre encontro conforto e 
companheirismo. 
 
A professora Monica Marques Carvalho, pela paciência, dedicação, e 
valorosa orientação, indicando os erros e mostrando uma maneira correta de 
seguir. 
As professoras Renata Passos Filgueira de Carvalho e Jaqueline de Araújo 
Cunha por aceitarem participar da banca e ao Departamento de 
Biblioteconomia 
 
Ao meu tio Abimael, pelos livros fornecidos durante esta caminhada. 
 
A todos que de alguma forma contribuíram para este momento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tudo tem seu tempo. 
Há um momento oportuno para cada 
coisa debaixo do céu: tempo de nascer 
 e tempo de morrer; tempo de plantar 
e tempo de arrancar o que se plantou 
(Ecl 3, 1-2). 
 
RESUMO 
 
 A partir do advento da Sociedade da Informação com a ampliação da 
circulação da informação se torna necessário estabelecer estratégias de 
preservação documental e digital com vistas a perpetuar a vida útil da 
informação nesta sociedade. Diante disso o presente trabalho visa em 
identificar as técnicas de preservação documental empregadas no Núcleo 
Temático da Seca e do Semi-árido do Rio Grande do Norte (Nut-Seca). 
Especificamente visa analisar e levantar informações a respeito da sociedade 
da informação e do panorama que levou a existência da sociedade digital; 
realiza uma descrição do ambiente do estudo, identifica a existência de uma 
pratica de preservação digital no Nut-Seca, descreve o processo de tratamento 
dos objetos digitais no referido núcleo, por fim, identifica as competências 
necessárias para a realização da Preservação Documental no Nut-Seca. A 
metodologia empregada foi a de pesquisa bibliográfica em fontes de 
informação relevantes tais como artigos científicos em meio convencionais e 
eletrônicos, livros, sites entre outros. Foi feito um estudo de caso através de 
visitas dirigidas in loco no Nut-Seca. Para a consecução da pesquisa foram 
abordados assuntos tais como a Evolução da Sociedade da Informação, 
Preservação Documental e Digital, um capitulo sobre o Nut-Seca e por fim as 
Considerações Finais. Ao final é possível inferir que a informação deve ser 
organizada, tratada com vistas a uma difusão mais eficiente para que as 
pessoas possam transformar este artefato em conhecimento fazendo com que 
haja maior evolução, social política e econômica da sociedade. 
 
 
Palavras-chave: Sociedade da Informação. Tecnologia da informação. 
Digitalização. Preservação Documental. Preservação Digital. 
. 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 9 
2. EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE RUMO A SOCIEDADE DA INFORMACÃO .... 11 
2.1. GLOBALIZAÇÃO .............................................................................................. 13 
2.2. SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO ...................................................................... 15 
2.3. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO .................................... 16 
3 PRESERVAÇÃO DOCUMENTAL E DIGITAL ................................................. 22 
3.1. PRESERVAÇÃO DIGITAL .............................................................................. 26 
3.1.1. Preservação Tecnológica .............................................................................. 29 
3.1.2. Refrescamento ............................................................................................... 30 
3.1.3. Migração ......................................................................................................... 30 
3.1.4. Emulação ........................................................................................................ 31 
3.1.5. Encapsulamento ............................................................................................ 32 
3.1.6. Normalização .................................................................................................. 32 
4. NÚCLEO TEMÁTICO DA SECA E DO SEMI-ÁRIDO: CONTEXTUALI-
...........ZAÇÃO DO AMBIENTE DA PESQUISA ......................................................... 34 
4.1. TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO UTILIZADAS NO NÚCLEO TEMÁTICO 
...........DA SECA .........................................................................................................
37 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 43 
6. REFERÊNCIAS ............................................................................................... 45 
 
 
 
 
9 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Podemos dizer que a sociedade vem evoluindo a passos largos, as 
transformações ocorridas tem causado impactos em varias esferas da 
sociedade, entre elas podemos mencionar a política, econômica, social e 
cultural, essas transformações estão pautadas no uso consciente da 
informação e no desenvolvimento das tecnologias de informação e 
comunicação, que por sua vez possibilita o surgimento de redes de informação. 
Neste cenário de avanços tecnológicos que vivemos nos dias de hoje 
ainda destacamos dois elementos que vem causando expressivo impacto 
sobre o modo de vida das pessoas são eles a Computação e as 
Telecomunicações. A partir desses avanços tecnológicos, deparamo-nos com 
uma carga de informações cada vez maior. Por outro lado a internet possibilitou 
o intercambio de documentos através da rede. Aumenta a oferta de acesso a 
documentos integrais em formato digital na rede. Portanto, suscita-se questões 
relacionados a preservação documental e digital destes documentos. Há uma 
preocupação em torno da necessidade de se preservar as informações para 
sua posterior recuperação. 
Diante deste cenário, este trabalho tem a intenção de abordar e 
Identificar as técnicas e etapas de preservação digital utilizadas no Núcleo 
Temático da Seca e do Semiárido (NUT-SECA) da UFRN. Especificamente 
visa promover uma reflexão teórica na literatura da área; identificar as técnicas 
existentes de preservação documental e digital, descrever o NUT-SECA 
enquanto lócus de realização do trabalho bem como analisar quais estratégias 
de preservação documental e digital que estão sendo empregadas no referido 
Núcleo. 
Inicialmente serão utilizadas como procedimento metodológico as 
pesquisas bibliográficas e eletrônicas com materiais pertinentes ao assunto, no 
intuito de obter embasamento teórico para o desenvolvimento concreto da 
pesquisa, Por outro lado foi um estudo de caso no Núcleo Temático da Seca e 
do Semi-Árido, o NUT-SECA. Foram feitas visitas para observação e descrição 
10 
 
dos processos utilizados neste setor referentes às técnicas de preservação 
digital praticada neste ambiente. A motivação da pesquisa deu-se através de 
visitas realizadas na disciplina Representação Descritiva II, ministrada pela 
Professora Mônica Carvalho, onde foi possível conhecer projetos de 
preservação documental e digital existentes. 
A monografia esta dividida em capítulos para melhor efeito didático. O 
primeiro capítulo trata da parte introdutória e pretende esclarecer ao leitor o 
tema abordado. O segundo capítulo, o referencial teórico, objetiva justificar 
conceitos que fazem parte da temática apresentada através da consulta da 
literatura de autores e pesquisadores. Inicialmente serão enfocados os 
assuntos relacionados a Globalização, Sociedade da informação e as Novas 
tecnologias de informação e comunicação, para em seguida serem abordados 
os assuntos Preservação documental e digital e as técnicas de preservação 
digital. No terceiro capitulo tratará sobre o NUT-SECA. Serão expostas as 
metodologias utilizadas e características da pesquisa desenvolvida. Por fim no 
quarto capitulo, serão tecidas as considerações finais. 
 
11 
 
2. EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE RUMO A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO 
 
Este capítulo tem como objetivo abordar os conhecimentos necessários 
para embasar as idéias propostas neste trabalho. Faz-se necessário uma vez 
que torna-se importante contextualizar a evolução da Sociedade da 
Informação. 
Percebemos que o inicio da agricultura e da domesticação de animais 
marcaram um período importante na evolução da sociedade primitiva. A caça e 
a coleta deixavam de ser as únicas maneiras de assegurar a sobrevivência e 
aos poucos o homem deixou pra trás a forma de vida nômade para uma forma 
de vida sedentária onde através da agricultura o homem conseguiu aumentar a 
oferta de alimentos e assim diminuiu os efeitos da escassez da caça e coleta. 
O homem passou a valorizar a terra e a produzir ferramentas para trabalhar 
essa terra, surgiam assim os primeiros proprietários da terra. Nascia com tudo 
isso uma nova cultura e uma nova sociedade, mais complexa e rica. Para 
Toffler (1980), a revolução agrícola marcou a transição da caça e coleta para a 
agricultura nas sociedades campesinas do passado caracterizando a primeira 
onda de mudanças. Neste período a forma de gerar riqueza era cultivando a 
terra. A partir dessa forma de produção de riqueza ocorreram transformações 
sociais, culturais e políticas. 
Segundo Toffler (1980), com o colapso do antigo sistema de cultivo 
feudal desencadeou a liberação de excessiva mão-de-obra vinda do campo 
para as cidades em busca de meios para sobrevivência, caracterizando assim, 
na mão-de-obra que seria treinada para a indústria que surgia. 
 
 
A primeira onda ainda não se tinha exaurido pelo fim do século XVII 
quando a revolução industrial irrompeu através da Europa e 
desencadeou a segunda grande onda de mudanças planetária. Esse 
novo processo – a industrialização – começou a marchar muito mais 
rapidamente através de nações e continentes. (TOFFLER, 1980, p. 
27) 
 
A Revolução Industrial desencadeou um processo que repercutiu em 
transformações radicais em todas as áreas da atuação humana. A 
12 
 
industrialização e suas propostas de divisão do trabalho, produção em massa e 
padronizada com seu sistema de produção fabril ligado a evolução tecnológica 
transformaram a estrutura da sociedade com suas mudanças. Neste modo de 
produção, o trabalho humano foi transformado em um bem econômico onde 
sua força de trabalho era trocada por um salário. 
 
As instituições de poder da sociedade industrial nasceram no 
contexto histórico da sociedade agrícola, mas apesar de baseadas no 
modelo de representação por base territorial oriundo de uma época 
em que a propriedade da terra era a chave para o poder, rapidamente 
os revolucionários da sociedade industrial passaram a associar seus 
modelos de organização política e institucional à matriz fabril 
(TOFFLER, 1980, p. 82). 
 
A Revolução Industrial transformou o modo de produção e fez com que 
as pessoas deixassem o campo para viverem nos centros urbanos e 
trabalharem nas fábricas o que aumentou a densidade demográfica na área 
causando a urbanização. Entre seus efeitos nas famílias surgiu o conceito de 
famílias nucleares como explica Toffler: 
 
A produção econômica deslocou-se do campo para a fábrica, a 
família não mais trabalhava junta como uma unidade. Para liberar 
trabalhadores para o serviço na fábrica, funções básicas da família 
eram distribuídas para novas instituições especializadas. A educação 
da criança era entregue às escolas. O cuidado dos idosos era 
entregue a asilos de indigentes ou casas de saúde (...). A chamada 
família nuclear – pai, mãe e algumas crianças, sem o estorvo de 
parentes – tornou-se o modelo padrão „moderno‟, socialmente 
aprovado em todas as sociedades industriais, capitalistas ou 
socialistas (TOFFLER, 1980: 41-2). 
 
 
Conforme apresentado esta é a nova ambiência que caracteriza a 
passagem da segunda para a terceira onda, de acordo com a teoria de Toffler 
(1980) ou a transição da modernidade para a pós-modernidade como trata 
Kumar (1997) que situa essas idéias em seu contexto histórico em que 
apresenta os três paradigmas do pensamento social contemporâneo que são a 
idéia de sociedade de informação e as teorias do pós-fordismo
e da pós-
modernidade. No entanto Cardoso (1996) evidencia a simultaneidade das três 
13 
 
civilizações no mundo, em que os produtos a qual ele chama de primários são 
fornecidos pelas sociedades da primeira onda. A segunda onda forneceria 
mão-de-obra barata e uma produção em massa, enquanto a terceira onda 
responderia pelos novos modos de produção e pesquisa do conhecimento e da 
informação. Assim como as três ondas para Toffler, a sociedade, segundo 
Pierre Levy (1999), passou por três etapas sendo a primeira etapa quando as 
sociedades eram fechadas e voltadas à cultura oral, a segunda etapa com as 
sociedades civilizadas, imperialistas e com o uso da escrita e a terceira etapa 
com a Cibercultura1, relativa à globalização econômica que tende a uma 
comunidade mundial desigual e conflitante. 
 
Em observância as teorias apresentadas essas mudanças serviram para 
os teóricos como inspiração e embasaram seus trabalhos segundo suas linhas 
de pensamento. Em todas as teorias se observa que a sociedade se 
transforma a cada dia convergindo para uma sociedade que se baseia na 
informação pautada nas inovações tecnológicas. Em seguida veremos como se 
deu o processo de Globalização em si. 
 
2.1. GLOBALIZAÇÃO 
 
Com a desmassificação dos meios de comunicação em uma tendência 
que está se consolidando para sua desfragmentação, a mídia sofre alterações 
em ritmo acelerado através do aumento da concorrência e por meio dos novos 
formatos e alternativas inovadoras que são utilizados para atingir seu publico 
em qualquer lugar de formas criativas e diversificadas. A revolução dos meios 
de comunicação, e da Internet permitiu o acesso instantâneo à informação e 
por causa do desenvolvimento das tecnologias da informação e comunicação e 
consequentemente da redução das distâncias levaram a humanidade a um 
mundo globalizado como avalia Ianni: 
 
 
1
 Cibercultura é uma expressão criada por Pierre Levy para resumir o mundo digital 
centralizando múltiplos usos. 
14 
 
 
Os meios de comunicação, informação, locomoção ou intercâmbio 
reduzem as distâncias, obliteram as barreiras, equalizam os pontos 
dos territórios, harmonizam os momentos da velocidade, modificam 
os tempos da duração, dissolvem os espaços e tempos conhecidos e 
codificados, inaugurando outros, desconhecidos e inesperados. 
(IANNI, 1995, p.168). 
 
 
Assim mesmo existindo fronteiras tem se a impressão que foram 
anuladas as distâncias mesmo sem sofrer nenhuma alteração foram 
encurtadas, os sentidos de tempo e espaço foram alterados a partir da redução 
do tempo-espaço causados pelos desenvolvimentos científicos e tecnológicos 
tornando o mundo um lugar único através da tendência a homogeneização 
cultural. Esse processo pelo qual o espaço mundial adquire unidade é dado o 
nome de globalização, esse fenômeno teve inicio com as grandes navegações 
européias a mais de quatrocentos anos. Este fenômeno e definido por Giddens 
como: 
 
 
A globalização pode assim ser definida como a intensificação das 
relações sociais em escala mundial, que ligam localidades distantes 
de tal maneira que acontecimentos locais são modelados por eventos 
ocorrendo a muitas milhas de distancia e vice-versa.(GIDDENS, 
1991, p.69). 
 
 
 
Assim dessa forma, a globalização caminha rumo a mundialização da 
vida com a relação dos eventos e relações sociais à distância com 
contextualidades locais. Hoje com a internet e as tecnologias disponíveis é 
possível ter acesso a quase todas as informações do mundo instantaneamente. 
A globalização é um processo que intensifica as relações sociais, e contribui 
para uma rede comunicacional que configura a sociedade da informação. 
A seguir, trataremos do assunto Sociedade da Informação por entender 
que este assunto contextualiza e está em consonância com o tema abordado 
por este trabalho. 
 
15 
 
2.2. SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO 
A sociedade atual é também conhecida como sendo a Sociedade da 
Informação. Isto se dá uma vez que nesta sociedade a informação assume a 
condição de recurso indispensável para a evolução da própria sociedade. Esta 
condição de ter o recurso informação como elemento principal só foi possível 
uma vez que houve uma evolução natural das condições tecnológicas e sociais 
para se atingir este novo espectro. 
A partir dos trabalhos de Alain Touraine (1969) e Daniel Bell (1973) 
surgiu o desenvolvimento da idéia de uma sociedade da informação. Bell 
argumentava que as atividades baseadas no conhecimento viriam se tornar a 
espinha dorsal de uma economia pós-industrial e de uma sociedade baseada 
na informação. 
A geração, disseminação e uso efetivo da informação estavam se 
tornando fatores decisivos na dinâmica da sociedade. Esta tendência 
ganhou ímpeto nas décadas seguintes, e deu lugar à idéia da 
"Sociedade do Conhecimento". Intimamente relacionada à 
"Sociedade da Informação", esta idéia estabelece uma ligação entre 
informação e conhecimento, mas dentro de um ambiente orientado 
para a competição de mercado (CRIS, 2003). 
 
 
Esta relação entre sociedade do conhecimento e sociedade da 
informação acontece na forma que para o conhecimento contribuir para a 
realização do saber é necessário uma realização tecnológica, isto é, a 
sociedade do conhecimento precisa da infra-estrutura da sociedade da 
informação. 
A sociedade da informação traz uma proposta nova de organização da 
economia e da sociedade. Nesse modelo novo de organização a informação 
seria o elemento principal causador de mudanças nessa nova sociedade, 
moldada pelo novo meio tecnológico, pois na medida em que as pessoas 
geram, armazenam e disseminam informações e tem acesso a informações de 
outras pessoas tudo isso funcionaria como um catalisador acelerando o 
processo de globalização podendo levar a mudanças na cultura e nos 
costumes da sociedade. Na sociedade da informação as pessoas aproveitam 
as vantagens da tecnologia em sua vida e neste ambiente a evolução ocorre 
através dos meios de comunicação como a televisão e a Internet. Essas 
16 
 
mudanças visam tirar a sociedade da indiferença preparando-a para enfrentar 
e tomar responsabilidade das tendências de transformações técnico-
econômicas. 
A sociedade da informação e a rede tecnológica que permite o acesso 
aos conteúdos informacionais para todos os usuários de uma realidade. Para 
se entender melhor o assunto, temos que Sociedade da Informação se refere a 
um: 
 
Modo de desenvolvimento social e económico em que a aquisição, 
armazenamento, processamento, valorização, transmissão, 
distribuição e disseminação de informação conducente à criação de 
conhecimento, desempenham um papel central na actividade 
económica, na criação de riqueza, na definição da qualidade de vida 
dos cidadãos e das suas práticas culturais. (Livro Verde para a 
Sociedade da Informação em Portugal) 
 
A partir da definição acima se percebe que a sociedade da informação 
se caracteriza pelo uso de tecnologias quanto a produção, armazenamento e 
distribuição da informação e do conhecimento que acontece graças as 
transmissões de dados de baixo custo e as tecnologias de armazenamento que 
são bastante utilizadas. Nesta sociedade se tem o uso intenso das novas 
tecnologias de informação e comunicação. Nas palavras de Giannasi (1999, 
p.21) temos que 
 
A definição mais comum de Sociedade da Informação enfatiza as 
inovações tecnológicas. A idéia-chave é que os avanços no 
processamento, recuperação e transmissão da informação permitiram 
aplicação das tecnologias de informação em todos os cantos da 
sociedade, devido a redução dos custos dos computadores,
seu 
aumento prodigioso de capacidade de memória, e sua aplicação em 
todo e qualquer lugar, a partir da convergência e imbricação da 
computação e das telecomunicações (GIANNASI, 1999, p.21). 
 
 
Portanto vemos que uma definição do que vem a ser Sociedade da 
Informação perpassa a questão do uso maciço de tecnologia juntamente com o 
avanço na área das telecomunicações. Diante desse cenário torna-se 
necessário entender como se deu a evolução da Tecnologia da Informação e 
Comunicação 
17 
 
2.3. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
 
Como vimos, são características da sociedade da informação a 
utilização intensiva das tecnologias de informação e comunicação (TICs) onde 
a informação é utilizada como recurso estratégico e a interação entre 
indivíduos e instituições é predominantemente digital. 
A sociedade da informação corresponde a uma sociedade cujo 
funcionamento recorre crescentemente as redes digitais de informação. Na 
sociedade da informação o setor de informação e intensivo em conhecimento e 
não em mão-de-obra desta forma o valor agregado de conhecimento e 
incorporado ao bem e a informação adquire valor econômico, pois se a 
informação gera conhecimento e esse quando acumulado possibilita a 
produção e o avanço cientifico e tecnológico que são responsáveis pela 
geração de bens e serviços. 
Assim a informação passou a ser matéria prima para o novo meio 
tecnológico que passou a ser instrumento das relações humanas e subsídio 
das novas tecnologias nos tempos atuais. Com o uso maciço das TICs há uma 
maior promoção de cultura e o desenvolvimento da sociedade da informação 
alem de produzir ferramentas que auxiliam na organização e disseminação do 
conhecimento. Pacievitch (2009)2 coloca que “tecnologia da informação e 
comunicação [...] pode ser definida como um conjunto de recursos 
tecnológicos, utilizados de forma integrada, com um objetivo comum”. 
As TICs passaram a exercer uma enorme influência na sociedade e nas 
relações entre os indivíduos principalmente na maneira como se comunicam 
tendo um papel importante na transformação e difusão do conhecimento. 
Com a utilização das novas tecnologias foi possível a troca de 
informações em curto espaço de tempo, através do acesso às redes e aos 
avanços das telecomunicações que mudaram os conceitos de presença e 
distância. Com o mundo globalizado os avanços das tecnologias da informação 
e comunicação ocorrem de forma acelerada como avalia Dertouzos: 
 
 
2
 Documento on-line não paginado. 
18 
 
Essas transformações se manifestam na transmissão de dados à 
velocidade da luz, no uso de satélites, na revolução da telefonia, na 
difusão da informática na maioria dos setores da produção e dos 
serviços e na miniaturização dos computadores e sua conexão em 
redes à escala planetária.(DERTOUZOS, 1997, p. 106). 
 
 
A revolução das novas tecnologias da informação e comunicação e o 
conhecimento tecnológico constituem num dos principais meios da 
globalização e só aceleram o processo devido ao modo como as novas 
tecnologias são geradas, transmitidas e difundidas. 
As NTICs caracterizam-se por serem ágeis e por tornarem a informação 
facilmente transportável. Tal fenômeno se observa por meio da digitalização e 
comunicação em redes para captação, transmissão e distribuição das 
informações (texto, imagem estática, vídeo e som). 
As tecnologias da informação ajudam a humanizar a sociedade na 
medida que reforça o reconhecimento e o valor do indivíduo. Nos dias de hoje 
as tecnologias de informação são os principais suporte para a produção e 
armazenamento de informação. 
A informação produzida em meio eletrônico e mantida e recuperada 
através do sistema software e hardware demanda a necessidade de um plano 
de preservação digital se dá por causa da obsolescência tecnológica típico da 
indústria de informática. A toda hora são lançadas coisas novas, fazendo com 
que as tecnologias mais antigas fiquem facilmente obsoletas. 
O avanço propiciado atualmente pela tecnologia da informação e 
comunicação só foi possível devido a grande evolução das redes de 
informação, sobretudo da Internet. 
Brito (1997) considera que a evolução das Tecnologia da informação 
está direcionada aos avanços científicos e tecnológicos na área de informática 
e também relacionada as pressões de um ambiente cada vez mais competitivo. 
Desse modo com a competitividade globalizada crescente o emprego 
das Tecnologias da Informação são utilizados para trazer benefícios e 
resultados desejados. 
Neste sentido, torna-se oportuno retomar o contexto histórico em que 
deu a evolução da web, sobre a qual dissertamos a seguir. 
19 
 
A história da internet teve inicio durante a guerra fria. Segundo Zevallos 
(2009)3 
A Internet começou em 1969 com o projeto do governo americano 
chamado ARPANET, que tinha como objetivo interligar universidades 
e instituições de pesquisa e militares. Na década de 70 a rede tinha 
poucos centros, mas o protocolo NCP (Network Control Protocol), foi 
visto como inadequado, então, o TCP/IP foi criado e continua sendo o 
protocolo base da Internet. No início a Internet tinha poucos serviços, 
sendo o E-mail, o serviço mais utilizado. O FTP (transferência de 
arquivos), Telnet (acesso de sessões em hosts) e outros foram 
criados. A Internet que conhecemos como hoje, foi sendo criada ao 
longo da década de 80, onde diversas instituições dos EUA e de 
outros países foram se interligando, criando uma grande rede, mas 
ainda sem o cunho comercial. A pressão para que empresas 
pudessem também participar da rede mundial, fez com que no início 
dos anos 90 fosse aberta para o uso comercial então, que começou 
um novo mundo. Em 1991, Tim Berners-Lee do CERN, lança o WWW 
(World Wide Web), que foi a base para que Marc Andreesen, lança-
se em o Mosaic para Unix em fevereiro de 1993 e em agosto do 
mesmo ano, eles lançaram a versão para o Windows. 
 
Com a internet criou-se um novo espaço para o conhecimento a 
expressão e comunicação humana. A internet e considerada o maior sistema 
de comunicação desenvolvido pelo homem. 
 
Figura 1 – Internet 
 
Fonte: Documento eletrônico não paginado 
 
 
3
 Documento on-line não paginado. 
20 
 
A Internet é um conglomerado de redes em escala mundial de milhões 
de computadores interligados pelo Protocolo de Internet que permite o acesso 
a informações e todo tipo de transferência de dados. A Internet e as TI tem 
transformado a maneira como as pessoas buscam e interatuam no mundo 
virtual. 
A World Wide Web é um sistema interligado de documentos acessados 
via Internet que com um navegador da Web, torna possível a visualização de 
páginas Web. A web pode ser caracterizada como uma teia como bem explica 
Leão: 
 
O que faz da Web uma teia, uma rede na qual uma complexa malha 
de informações se interligam, é a própria tecnologia hipertextual que 
permite os elos entre os pontos diversos. Cada página, cada site, traz 
em si o potencial de se intercomunicar com todos os outros pontos da 
rede. (LEÂO, 2001, p. 24) 
 
A Word Wide Web também conhecida como teia mundial, e uma nova 
estrutura de navegação pelos diversos itens de dados em vários computadores 
diferentes. A web trata os dados da Internet como hipertexto, através de links e 
hiperlinks entre as diferentes partes do documento permitindo assim que as 
informações sejam exploradas interativamente e não apenas de forma linear. A 
utilização da web só acontece quando se esta navegando através das 
homepages para acessar um site e outras páginas que fazem parte deste
conjunto de páginas escritos em uma linguagem de marcação chamada Hyper 
Text Markup Language (HTML). 
Concluindo a Internet é a rede de computadores e a web é a interface 
gráfica da Internet, pois e possível acessar a Internet, transferir arquivos e 
realizar outras operações básica sem precisar de uma interface gráfica. 
A revolução contemporânea das comunicações da qual o espaço virtual, 
por intermédio da tecnologia, permite que a comunicação ocorra de um modo 
não presencial e a manifestação mais marcante, e exemplificada abaixo por 
Levy: 
 
Um computador e uma conexão telefônica dão acesso a quase todas 
as informações do mundo, imediatamente ou recorrendo a redes de 
pessoas capazes de remeter a informação desejada. Essa presença 
virtual do todo em qualquer ponto encontra, talvez, o seu paralelo 
físico no fato de que um edifício qualquer de uma cidade grande 
21 
 
contém elementos materiais vindos de todas as partes do mundo, 
concentrando conhecimentos, competências, processos de 
cooperação, uma inteligência coletiva acumulada ao longo dos 
séculos, com a participação, de alguma maneira, dos mais diversos 
povos (LEVY, 1998, p.40). 
 
A rede mundial de computadores tornou-se uma poderosa ferramenta de 
comunicação devido a facilidade de acesso e a amplitude de cobertura da nova 
tecnologia. tornando possível a circulação praticamente instantânea de 
informações em escala global. A Internet tornou-se o principal serviço de 
conectividade e esta cada vez mais presente nas vidas das pessoas. Como foi 
colocado anteriormente, uma das vantagens que tem propiciado a Internet é 
justamente a possibilidade de se gerar maior difusão da informação. Porem, 
paradoxalmente quanto mais informações coloca-se na rede mais necessidade 
se tem de organizá-la, tratá-la e preservá-la. Diante disse, debatermos em 
seguida a questão de como se dá a preservação documental e digital da 
informação. 
22 
 
3 PRESERVAÇÃO DOCUMENTAL E DIGITAL 
 
 
A necessidade de perpetuar a informação devido a sua importância fez 
com que o homem tivesse a necessidade de preservar os suportes 
documentais onde a informação esta contida, pois preservando o suporte se 
preserva também a informação. Dessa forma é possível se preservar o 
patrimônio histórico alem de garantir o enriquecimento cultural das futuras 
gerações. Preservar é manter vivo o patrimônio memorial e cultural de um 
povo. A idéia da preservação reside em guardar esta produção intelectual e 
cultural para posteridade. Preservar e ter memória, é estar apto para conservar 
os acertos e evitar os erros, pois através da preservação evoluímos, quando 
preservamos temos sempre um ponto de partida para algo novo e melhor. Em 
se tratando de informação e conhecimento a preservação se dá sobretudo pelo 
registro 
A preservação documental se propõe a preservar os documentos. O 
conceito de documento segundo Soares é: 
 
toda informação registrada em um suporte material, suscetível de ser 
utilizado para consulta, estudo, prova e pesquisa, pois comprovam 
fatos, fenômenos, formas de vida e pensamentos do homem numa 
determinada época ou lugar. (SOARES 2003, p. 6) 
 
A partir da definição apresentada se percebe a união estabelecida pela 
informação e seu suporte. O conceito de documentos pode ser estendido a 
todos os suportes físicos para registro da informação existente apresentados 
nas formas impressa, visual, eletrônica e etc. 
A Preservação documental tem por objetivo contribuir com a integridade 
dos materiais através de medidas e estratégias que interrompam ou amenizem 
a degradação dos documentos permitindo um aumento da vida útil e garantindo 
a qualidade do acesso as informações. Christo (2006) explica a preservação 
como sendo: 
 
o conjunto de técnicas e métodos que visam conservar os 
documentos de arquivos e bibliotecas e as informações neles 
contidas, assim como as atividades financeiras e administrativas 
23 
 
necessárias, os equipamentos, as condições de armazenagem e a 
formação de pessoal. (CHRISTO, 2006, p. 22) 
 
De acordo com a explicação acima a preservação e a política que 
estipula os resultados a serem obtidos junto aos processos e atividades que 
serão desenvolvidas para a preservação do acervo. A preservação são as 
medidas que garantem o acesso ao patrimônio documental. Os termos 
preservação e conservação já foram usados no passado para definir o mesmo 
conjunto de ações, com o desenvolvimento de novas tecnologias para o 
registro da informação, novos conceitos foram desenvolvidos para preservação 
e conservação. A preservação e a conservação de um documento consideram 
alem de sua estrutura física o conteúdo e o seu valor como obra. A 
conservação esta relacionada a integridade dos documentos que visa 
minimizar a deterioração, seu conceito e explicado por Christo como: 
 
o conjunto de ações que visam estabilizar, desacelerar ou interromper 
o processo de degradação de documentos de arquivos e bibliotecas, 
por meio de controle ambiental e procedimentos técnicos específicos. 
(CHRISTO 2006, p. 22), 
 
A partir da definição acima a conservação também pode ser definida 
como aquelas ações que oferecem subsídios para que os documentos possam 
ser utilizados, considerando as condições necessárias para este fim isto é as 
condições climáticas adequadas, a limpeza, o acondicionamento e etc. 
A história dos documentos e consequentemente a necessidade de sua 
preservação teve inicio quando o homem através da utilização de ferramentas 
e instrumentos descobriu suportes que poderiam ser aplicados para registrar o 
conhecimento. 
Nos primórdios da humanidade as imagens estavam presentes em 
representações nas cavernas através das pinturas rupestres. Os homens das 
cavernas pintavam suas figuras, muitas vezes, diretamente sobre a superfície 
das rochas. O homem compreendeu que conservar as informações adquiridas 
era vital para o desenvolvimento individual e coletivo. Mesmo os povos mais 
primitivos que não desenvolveram uma linguagem escrita encontraram outros 
meios de comunicar-se entre si. Em seu caminho rumo a escrita o homem fez 
24 
 
uso de pictogramas4 e aos poucos foi desenvolvendo o alfabeto ao juntar 
letras, o homem criava palavras, ao juntar estas palavras formava frases e 
assim a sua historia e idéias foram transmitidas para os seus semelhantes e 
descendentes. Enquanto a linguagem evoluía, os suportes e meios de 
comunicação também se aperfeiçoavam. A pedra esteve entre os primeiros 
suportes utilizados pelo homem, mas também foram utilizados diversos outros 
suportes ao longo das épocas segundo HUNTER (1978), como a madeira, 
metais, pedras, troncos, tecidos, papiro, pergaminho e, finalmente, papel. 
O papiro foi muito usado no Egito e é um dos suportes mais famoso da 
Antiguidade. De acordo com as informações obtidas na Enciclopédia do 
Estudante sobre o papiro: 
 
Planta aquática do rio Nilo, o papiro é uma espécie de junco. Os 
antigos egípcios usavam seu talo para fabricar uma espécie de 
papel
5
, no qual escreviam com uma pena de junco. [...] embora outros 
povos da antiguidade houvessem feito uso de tabuas de argila, o 
papiro mostrou-se mais conveniente para a escrita. Essa vantagem 
fez com que os egípcios deixassem uma quantidade maior de 
escritos. (PAPIRO, c1973, p.1039) 
 
Entre os fatores que colaboraram para o que se sabe sobre essa 
civilização esta a escolha do suporte, que pode chegar ate nós através dos 
rolos de papiro que se mantiveram conservados graças ao clima bastante seco 
do Egito. Desta forma ajudando a conservar e preservar a historia desta 
civilização. 
Ao longo dos séculos ainda foram usados por diversas civilizações
como 
suporte: madeira, tecido, cortiça e etc. O papel substituiu outros materiais 
usados nos períodos precedentes sua origem e descrita de acordo com a 
informações da Enciclopédia do Estudante: 
 
O papel foi inventado no ano 105 d.C. por Ts‟ai Lun, funcionário 
imperial chinês. Em sua fabricação, a matéria-prima, como cortiça, 
trapos de pano, redes de pescar e fibras vegetais, era macerada e as 
fibras resultantes dissolvidas na água, formando uma pasta. Essa 
pasta era depois colocada num molde, onde se escoava a água , 
obtendo a folha. A dissolução e seu remanejamento em folhas de 
 
4
 Pictograma é um símbolo que representa um conceito ou objeto na forma de ilustração. 
5
 A palavra papel vem de papiro 
25 
 
papel é que diferençavam o produto daqueles materiais que até então 
eram usados. (PAPEL, c1973, p.1038) 
 
 Com o tempo se descobriu que a produção de papel poderia ser feita 
através da polpa da madeira a partir daí a madeira passou a constituir a 
matéria-prima principal. O papel tornou-se o suporte mais utilizado e assim 
através desses suportes a informação e o conhecimento passaram pelas 
épocas e chegaram a atualidade. Com o advento das tecnologias surgiram 
novos suportes e novas possibilidades de conservação e preservação 
documental. No quadro 1 e apresentado um breve histórico sobre a evolução 
dos suportes. 
 
Quadro 1 - Fases de evolução dos documentos 
DOCUMENTOS 
Período Suporte utilizado Mensagem 
 
Antes de 6.000 AC 
Material disponível na 
natureza: ossos, cascas de 
animais, madeira. 
Sinais, desenhos e marcas 
mnemônicas. 
 
6000 AC e final do séc. XIX 
Material elaborado para uso 
especifico: argila, 
pergaminho, papiro e o papel. 
O conteúdo da mensagem se 
apresenta estruturado mas 
apresentado sob a forma de 
texto ou ilustrações e 
pinturas. 
 
Desde o final do séc. XIX 
até hoje 
Material elaborado para uso 
especifico com maior grau de 
sofisticação: papel moderno, 
películas, mídias magnéticas 
e ópticas. 
Além do conteúdo 
estruturado, há uma miríade 
enorme de formas de 
apresentação além do 
textual: imagens fixas e em 
movimento, bancos de 
dados, planilhas e etc. 
Fonte: (BODÊ, 2008 p.42) 
 
 
A partir da tabela pode-se inferir que com o surgimento das mídias 
magnéticas e ópticas o acesso a esses conteúdos só poderia ser feito através 
de maquinas e a partir daí surgiriam novas consequências para a preservação 
destes documentos. A seguir abordaremos a questão da preservação digital. 
 
 
 
 
 
26 
 
3.1. PRESERVAÇÃO DIGITAL 
 
 
Como vimos, ao longo dos tempos o homem vem deixando marcas isto 
é, registros do que fez ou faz, seja através de pinturas rupestres, papiros, 
papeis e atualmente suportes digitais como: CDs, DVDs, pen drives, ambientes 
virtuais e etc. Os materiais que eram tradicionalmente produzidos em meio 
analógico com a chegada das tecnologias da informação passaram a ser 
produzidos no meio digital onde a possibilidade de comunicação e difusão e 
maior mas por outro lado existe o risco de perdas e danos e degradação de 
uma forma geral. 
Com o surgimento dos computadores e o desenvolvimento da eletrônica 
surgiram também as tecnologias aplicáveis aos documentos onde os 
conteúdos passaram a ser armazenados sob a forma digital tornando-o um 
objeto digital. Para Ferreira, (2006, p. 21) “Um objeto digital pode ser definido 
como todo e qualquer objeto de informação que possa ser representado 
através de uma sequência de dígitos binários”. A definição abrange e engloba 
todos os documentos que possam ser representados digitalmente. Os objetos 
digitais podem ser documentos de texto, fotografias digitais, bases de dados, e 
etc. Um documento digital e composto por bits e necessita de um ambiente 
tecnológico composto por componentes físicos (hardware) e por componentes 
lógicos (software) para permitir o acesso e a interpretação dos conteúdos. 
 
Figura 2 – cadeia de interpretação do nível físico ao conceptual 
 
Fonte: (FERREIRA, 2006, p. 24) 
27 
 
 
Os softwares interpretam a informações contidas nos suportes para que 
possam ser interpretadas pelo ser humano entre os diferentes suportes físicos 
que o documento digital pode ser inscrito estão: CD-ROM, DVD, Hard Drive, 
pen drive e etc. A dependência do ambiente tecnológico é a maior ameaça e a 
maior vulnerabilidade dos documentos digitais, onde os softwares e os 
equipamentos informáticos passam por constantes evoluções que os tornam 
expostos a obsolescência técnica e comercial e os suportes são mais 
susceptíveis à deterioração e degradação física, quando comparados com os 
suportes analógicos. Ao longo dos anos a expectativa de vida de cada suporte 
diminuiu, os suportes analógicos também se tornaram perecíveis com o passar 
do tempo como observa Schellenberg: 
 
Os documentos antigos e medievais eram feitos de argila, papiro, 
pergaminho e velino, materiais resistentes e de grande durabilidade. 
Mesmo os documentos da idade moderna, ate meados do século XIX 
eram feitos de papel fabricado de trapos (algodão, linho e cânhamo) 
também relativamente resistentes e duráveis. (SCHELLENBERG, 
1974, p.202-203) 
 
 
O meio analógico por ter maior durabilidade e confiabilidade por já ter as 
técnicas de conservação e preservação destes materiais bem consolidadas 
comparada com a preservação em meio digital, este meio por outro lado tem 
maior poder de difusão custo mais baixo e onde sua preservação esta no poder 
de preservar as fontes em diversos locais. A informação que esta registrada em 
meio digital não esta segura este risco e reduzido através das estratégias e 
alternativas da preservação digital. 
A preservação digital esta relacionada com a aplicação de estratégias e 
técnicas capazes de tornar possível a permanência continuada de informações 
para uso das futuras gerações sem perder de vista os impactos das mudanças 
tecnológicas. Para Arellano (2004) a preservação digital é definida como 
mecanismos que permitem o armazenamento em repositórios de dados digitais 
que garantam a perenidade dos seus conteúdos, integrando a preservação 
física, lógica e intelectual dos objetos digitais. Ferreira define a preservação 
digital como a capacidade de: 
 
28 
 
Garantir que a informação digital permaneça acessível e com 
qualidades de autenticidade suficientes para que possa ser 
interpretada no futuro, recorrendo-se a uma plataforma tecnológica 
diferente da utilizada no momento de sua criação. (FERREIRA, 2006, 
p.20). 
 
 Através dessas duas definições pode se constatar que o propósito da 
preservação digital é conseguir manter os documentos digitais acessíveis para 
serem recuperados posteriormente. Preservação digital e o conjunto de 
metodologias para conservação desses suportes visando a transmissão destes 
para as gerações futuras. 
O desafio da preservação digital é manter ativa a informação em meio 
digital visto que a preservação digital não e apenas preservar a base o suporte 
onde a informação esta, mas também conservar o código lógico o software que 
foi gerado pra produzir esta informação. A preservação física, lógica e 
intelectual é esclarecida por Arellano: 
 
A preservação física está centrada nos conteúdos armazenados em 
mídia magnética (fitas cassete de áudio e de rolo, fitas VHS e DAT 
etc.) e discos óticos (CD-ROMs, WORM, discos óticos regraváveis). A 
preservação lógica procura na tecnologia formatos atualizados para 
inserção dos dados (correio eletrônico, material de áudio e 
audiovisual, material em rede etc.), novos software e hardware que 
mantenham vigentes seus bits,
para conservar sua capacidade de 
leitura. [...] No caso da preservação intelectual, o foco são os 
mecanismos que garantem a integridade e autenticidade da 
informação nos documentos eletrônicos. (ARELLANO, 2004, p.17) 
 
 
 
As questões relacionadas à preservação digital vão alem da seleção do 
que deve de ser preservado. Esta problemática abrange um grande numero de 
elementos a serem considerados: as circunstâncias de como preservar esses 
objetos, se a longo ou curto prazo, quem será o responsável pela preservação, 
os custos envolvidos durante o processo, a necessidade de política e 
estratégias que assegurem a eficiência durante o ciclo de vida do recurso 
digital. Arellano chama atenção para dois métodos para preservação de objetos 
digitais: 
 
Os principais métodos recomendados para a preservação dos objetos 
digitais podem ser agrupados em dois tipos: os estruturais e os 
operacionais. Os estruturais tratam dos investimentos iniciais por 
parte das instituições que estão se preparando para implementar 
algum processo de preservação e que adotam ou adaptam um dos 
29 
 
modelos de metadados existentes ou seu próprio esquema. As 
atividades operacionais são as medidas concretas aplicadas aos 
objetos digitais. (ARELLANO, 2004, p.18) 
 
 
 
 
A seguir serão apresentadas algumas estratégias de preservação digital 
com seus conceitos e mais adiante as dimensões do objeto digital preservada. 
 
3.1.1. Preservação Tecnológica 
 
Nesta técnica e possível a apresentação dos objetos digitais graças às 
boas condições de hardware e software isto é mantendo disponível para uso a 
tecnologia em que o objeto digital foi criado. Ferreira a descreve como: 
Uma das primeiras estratégias de preservação a ser proposta 
consiste na conservação do contexto tecnológico utilizado 
originalmente na concepção dos objetos digitais que se procuram 
preservar (FERREIRA, 2006, p.32). 
 
A característica principal desta técnica e a preservação do objeto digital 
e seu ambiente (níveis físico e lógico). É uma opção bastante dispendiosa e 
tecnologicamente complexa. Considera-se indispensável manter competências 
para operar com sistemas mas subsiste o risco de descontinuidade no 
fabricante. “Apesar de na pratica ainda ser uma opção utilizada por muitas 
organizações, podemos considerá-la em declínio” (SARAMAGO, 2002, p.61). 
Entre os riscos nesta estratégia estão: a perda de suporte, custos de 
manutenção elevados, incompatibilidades com novas tecnologias e etc. 
 
 
3.1.2. Refrescamento 
 
O refrescamento e a técnica que consiste em transferir a informação que 
se encontra em um suporte digital (disquete, CD-ROM, DVD e etc.) para outro 
de mesmo tipo ou mais atual podendo ainda este novo suporte ser de uma 
tecnologia diferente e com maior capacidade. “Garantir a integridade do 
30 
 
suporte é fundamental para que a informação nele armazenada possa ser 
corretamente interpretada” (FERREIRA 2006, p.33).Para evitar que o suporte 
físico se deteriore ou mesmo fique obsoleto levando consigo a perda da 
informação o refrescamento surge como uma atividade necessária no contexto 
da preservação. O refrescamento e uma técnica de preservação digital a nível 
do objeto físico/lógico, e um processo que não envolve grandes investimentos 
com equipamentos nem requer um elevado nível de conhecimento técnico para 
sua realização. Embora afirmem que o refrescamento não seja considerado 
uma estratégia de preservação por resolver apenas o problema da 
degradação/obsolescência do suporte é uma técnica importante para a 
preservação digital. 
 
3.1.3. Migração 
 
Neste processo ocorre a transferência de um documento de arquivo de 
um sistema ou suporte de armazenamento para outro, para garantir a 
acessibilidade mantendo os objetos digitais compatíveis com as tecnologias 
atuais e evitando que o sistema ou suporte se degrade ou se torne obsoleto. E 
a estratégia mais utilizada atualmente pelas instituições que buscam preservar 
os objetos digitais. Sobre a migração Arellano (2008, p.63) explica que: 
O propósito da migração é preservar a integridade dos objetos digitais 
e assegurar a habilidade dos clientes para recuperá-los, expô-los e 
usá-los de outra maneira diante da constante mudança da tecnologia. 
A importância da migração é transferir para novos formatos enquanto 
for possível, preservando a integridade da informação. 
 
A transferência para novos formatos, preserva a integridade da 
informação original. Para preservar, é necessário estabelecer um formato 
padrão para o metadado, para que qualquer software seja possível abri-lo. 
Mazzarollo (2008, p.4) acrescenta que: 
A partir desse modelo padronizado, é necessário estabelecer normas 
e critérios que regulam os procedimentos, passo a passo, adequados 
31 
 
para salvar os arquivos. Para questões de segurança de dados, a 
migração também pode ser feita para suportes analógicos como 
papel e microfilme; apenas objetos digitais estáticos, como textos ou 
imagens, podem usufruir desse método de migração (objetos 
dinâmicos ou interativos não podem ser simplesmente impressos em 
papel, por exemplo). Outro método de migração consiste na versão 
mais atualizada do software gerador de dados que, apesar de sua 
facilidade de uso e aplicação, é bastante dispendioso e caro. 
 Entre as vantagens da migração esta o acesso rápido aos recursos 
graças ao formato padrão em que se encontra o documento. Esta é uma 
estratégia de preservação que pode ter algumas desvantagens, como um alto 
custo, o tempo que se leva a realizar o processo, a falta de progressão. Apesar 
destas desvantagens, e uma das estratégias mais aplicadas devido à sua 
eficácia. 
3.1.4. Emulação 
 
A emulação é uma estratégia bastante importante para a preservação 
digital. Arellano (2008, p.68), a descreve como: 
As técnicas de emulação sugerem a preservação do dado no seu 
formato original, por meio de programas emuladores que poderiam 
imitar o comportamento de uma plataforma de hardware obsoleta e 
emular o sistema operacional relevante. O processo consiste na 
preparação de um sistema que funcione da mesma forma que o outro 
do tipo diferente, para conseguir processar programas. 
Neste processo se reproduz o comportamento e o resultado de um 
material digital obsoleto através do desenvolvimento de novo hardware e/ou 
software para permitir a execução da antiga aplicação de software em 
computadores no futuro. Segundo Ferreira (2006), “essa estratégia tem a 
vantagem de preservar as características e as funcionalidades do objeto digital 
original com um grau elevado de fidelidade”. Os emuladores permitem uma 
experimentação fidedigna. A emulação pode ocorrer a nível de software onde 
se emula a aplicação original e o sistema operacional onde a aplicação ocorre, 
e a nível de hardware onde se emula o ambiente de hardware emulado em 
software através de informação que respeite suas características. O uso de 
emuladores pressupõe que no futuro os utilizadores serão capazes de operar 
as aplicações e sistemas operativos obsoletos e desaparecidos. 
32 
 
3.1.5. Encapsulamento 
 
A técnica do encapsulamento mantém a aparência original do recurso 
digital para seu uso no futuro. O encapsulamento salvaguarda o interesse do 
usuário para o futuro. Ferreira (2006 p. 43) descreve como: 
A estratégia de encapsulamento consiste em preservar, juntamente 
com o objeto digital, toda a informação necessária e suficiente para 
permitir o futuro desenvolvimento de conversores, visualizadores ou 
emuladores. 
Esta informação poderá consistir, numa descrição formal e detalhada do 
formato do objeto preservado. também fazem parte das informações a serem 
encapsuladas
os elementos necessários para visualização do objeto digital 
como também os sistemas operacionais que devem ser usados em conjunto. A 
finalidade do encapsulamento é prevenir que os dados que foram criados hoje 
e são ignorados possam ser preservados para que no futuro quando 
necessário sejam recuperados como foram criados. 
 
 
3.1.6. Normalização 
 
 
A normalização tem como objetivo simplificar o processo de preservação 
reduzindo o número de formatos distintos sendo esta característica que o 
diferencia da migração. A normalização também tem como objetivo a redução 
dos custos da preservação. A escolha do formato de normalização é vital no 
sucesso desta estratégia. 
As estratégias digitais até o momento foram apenas conceituadas, a 
seguir, na figura 3, será apresentada a aplicação de cada estratégia como 
também a ênfase no objeto em questão preservado seja físico, lógico ou 
conceitual. 
 
 
33 
 
 
Figura 3 – classificação das diferentes estratégias de preservação digital 
 
Fonte: (FERREIRA, 2006, p. 32) 
 
 
A partir da figura pode se constatar que em nenhuma estratégia se 
preservar simultaneamente todas as dimensões (física, lógica e conceitual) dos 
objetos digitais. Dessa forma nenhuma estratégia e por si só completa apenas 
através da combinação de todas e possível preservarem a informação digital. A 
escolha das estratégias de preservação digital que garantam o acesso aos 
objetos digitais será definida de acordo com as características dos objetos 
digitais os custos envolvidos e etc. A seguir traçaremos um panorama do lócus 
onde foi realizado este trabalho a fim de caracteriza-lo e identificar as práticas 
relacionadas a preservação documental e digital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
4. NÚCLEO TEMÁTICO DA SECA E DO SEMI-ÁRIDO: CONTEXTUALIZA-
ÇÃO DO AMBIENTE DA PESQUISA 
 
 
O Núcleo Temático da Seca e do Semi-árido do Rio Grande do Norte 
(NUT-SECA), é um Centro de Documentação especializado na temática seca e 
semi-árido e sociedade sertaneja norte-rio-grandense. Sobre o NUT-SECA sua 
origem e sua historia são caracterizados pela professora Renata de Carvalho 
em sua dissertação de mestrado: 
O Núcleo Temático da Seca - NUT-SECA iniciou com o Projeto Rio 
Grande do Norte – PRN, inserido no Plano de Ação da Universidade 
Federal do Rio Grande do Norte – UFRN para o período 1980-1983. 
Nesse Projeto foram definidos três temas considerados como 
pesquisa de base: 1 – Sistema Produtivo, 2 – Sistema de Poder e 3 – 
Sistema de sobrevivência e reprodução da população norte-rio-
grandense. Além das pesquisas de base o projeto apresentava 
pesquisas auxiliares que abordavam problemas derivados dos temas 
mais diversos. Entre as pesquisas auxiliares detectou-se uma 
denominada “A Problemática da Seca” cujo objetivo geral buscava 
estudar as mudanças decorrentes do impacto da seca. ... 
No Projeto “A Problemática da Seca”, ficou evidenciada a 
preocupação com a execução do ensino, da pesquisa e da extensão, 
consideradas como as funções básicas da Universidade. A melhoria 
do ensino seria atingida com a ampliação das informações 
disponíveis sobre o fenômeno da seca e de modo especial com as 
suas repercussões no estado do Rio Grande do Norte; a pesquisa 
seria realizada através da elaboração de um novo saber sobre a 
seca; a extensão seria efetuada com a transferência de informações 
para a comunidade sobre esse fenômeno, através de Feiras de Arte, 
Ciência e Tecnologia e Encontros Municipais. 
Os trabalhos de pesquisa tinham como eixo central a realização de 
uma avaliação diagnóstica qualitativa sobre a Seca e Semi-árido do 
estado do Rio Grande do Norte, onde a seca é uma ocorrência cíclica 
e fator condicionante do desenvolvimento econômico. ... 
Em 1992 o Projeto “A Problemática da Seca” passou a ser chamado 
Núcleo Temático da Seca – NUT-SECA, dando início ao processo de 
institucionalização de Núcleos Temáticos na UFRN. 
(CARVALHO,1998) 
 
 
Diante do que foi apresentado O NUT-SECA surgiu de um programa 
acadêmico e tem como objetivo estudar o fenômeno da Seca em seus 
aspectos físico, sociais, econômicos e políticos, fornecendo dessa forma 
informações sobre esta temática, em especial as decorrentes no estado do RN. 
Seu acervo e rico e diversificado sobre a temática da seca e referência para 
35 
 
estudiosos e pesquisadores com interesse nessa problemática. Em 1992 o 
Projeto A Problemática da Seca passou a se chamar Núcleo Temático da Seca 
- NUT-SECA em conseqüência das diretrizes da Pró-Reitoria de pesquisa e 
pós-graduação que decidiu pela institucionalização dos núcleos temáticos na 
UFRN. Com a sua institucionalização tornou-se um órgão vinculado ao Centro 
de Ciências Sociais Aplicadas - CCSA da Universidade Federal do Rio Grande 
do Norte. 
O desenvolvimento do NUT-SECA aconteceu devido ao levantamento 
de documentos sobre a temática da seca realizado por grupos de professores e 
pesquisadores na qual se destaca a importância da professora Terezinha de 
Queiroz Aranha que dedicou anos de sua vida a pesquisa deste tema e foi a 
idealizadora do núcleo. Seus objetivos são definidos por Carvalho (1998): 
a) oferecer a comunidade universitária e norte-rio-grandense 
informações sobre a temática seca e semi-árido; 
b) apoiar os programas de ensino, pesquisa e extensão em suas 
necessidades de acesso à informação especializada em seca e 
semi-árido; 
c) dinamizar a produção científica concernente a seca e semi-árido. 
 
O NUT-SECA encontra-se dentro da Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte (UFRN) e oferece aos seus usuários inúmeros trabalhos 
realizados pelos próprios pesquisadores do Núcleo além de orientação, 
pesquisa bibliográfica e acesso a informação tanto impressa como digital. O 
Núcleo encontra-se aberto ao público de segunda a sexta das 8:00 às 12:00hs 
e das 14:00 às 18:00hs. Seu endereço eletrônico é: www.ccsa.ufrn/NUT-
SECA. 
Atualmente o NUT-SECA dispõe de uma equipe formada por: 
 Coordenação: 
 Profª. Mônica Marques Carvalho - Diretora; 
 Profª. Renata Passos Filgueira de Carvalho – Vice-Diretora. 
 
 
36 
 
 Comitê Científico: 
 Profª. Terezinha de Queiroz Aranha; 
 Profª. Luciana Moreira Carvalho; 
 Profª. Isa Maria Freire; 
 Profª. Raimunda Gonçalves de Almeida; 
 Profº. Silvio Bezerra. 
 Secretraria: 
 Maria de Fátima Carvalho. 
 Carlos Alberto Meireles 
 Processamento de Dados: 
 Lúcia Maranhão. 
 E Bolsistas 
Midinay Gomes Bezerra 
Carlos Andre Cruz Bezerra 
Sebastião Carlos dos Santos Silva 
Sua documentação esta organizada em Coleções Temáticas tais como: 
 A Universidade e a Questão Nordestina; 
 Seca e Semi-Árido; 
 Coleção da Carnaúba; 
 Vale do Assú ou Projeto Baixo-Assú 
 
A presença desses materiais serve para apoiar pesquisadores, usuários 
que necessitem de informação sobre o assunto e também serve de Laboratório 
para os Pesquisadores Aprendizes; Tradicionalmente o Núcleo tem sido 
considerado um lócus de pesquisa e Laboratório de Praticas de Documentação 
37 
 
e historicamente tem realizado diversas publicações cientificas em forma de 
livros, artigos de periódicos, monografias, teses e dissertações, entre outros. 
O Núcleo contempla em sua estrutura um Laboratório de Tecnologia da 
Informação, o Liber/DEBIB fundado através de parceria firmada entre UFRN e 
UFPE; Este laboratório serve de apoio às praticas relacionadas ao tratamento 
digital da informação através da manipulação de objetos digitais. O referido 
núcleo também serve de Laboratório de Praticas de Documentação por parte 
dos alunos de Biblioteconomia 
Para garantir o cumprimento dos objetivos propostos o Núcleo trabalha 
em
torno da tríplice função da Universidade: Ensino, Pesquisa e Extensão; 
Diante disso trabalha em projetos pontuais que visam a produção de novos 
conhecimentos a partir de práticas de tratamento, organização e difusão da 
informação. 
4.1. TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO UTILIZADAS NO NÚCLEO TEMÁTICO 
DA SECA 
 
No Nut-seca enquanto Centro de Documentação são realizadas algumas 
ações de Preservação Documental e Digital. Em relação à Preservação 
Documental são realizadas operações tais como organização, tratamento, 
higienização, acondicionamento e guarda do acervo presente no Núcleo. Neste 
sentido, todas as operações realizadas em torno da preservação documental 
são no sentido de se coletar informações de interesse dos usuários no sentido 
de perpetuar a memória relacionado a temática central e temas adjacentes a 
seca e semi-árido. 
Para a perpetuação dos registros são realizadas procedimentos de 
digitalização dos documentos que se constitui na transformação dos objetos 
físicos, impressos digitalização em objetos digitais. 
Diante desses tipos mencionados anteriormente, a etapa de digitalização 
de documentos se reveste como a ação principal de preservação documental 
neste ambiente. Entendemos que a digitalização não é o simples ato de 
38 
 
transformar os objetos em artefatos digitais, na realidade trata-se de organizar, 
tratar, representar adequadamente as informações contidas nos itens para que 
se torne recuperável em um ambiente digital. Entendemos que a digitalização 
promove além do acesso a informação, a preservação, conservação e guarda 
do material em meio digital. 
A digitalização do acervo do NUT-SECA faz parte da rede de Projetos de 
Revitalização que será disponibilizado através da Biblioteca Digital e do Portal 
de Informação sobre a Seca. Este Projeto teve o apoio do Centro de Ciências 
Sociais Aplicadas em projetos científicos submetidos a FINEP6, que 
contribuíram com os recursos necessários para a compra dos materiais que 
seriam utilizados no processo de digitalização do acervo. 
O NUT-SECA tem em seu acervo quatro grandes coleções: 
 A Universidade e a Questão Nordestina 
 Seca e Semi-Árido 
 Carnaúba 
 Vale do Assú ou Projeto Baixo-Assú. 
Com o projeto de digitalização do seu acervo, ficará disponível além do 
formato impresso o formato digital. Antes de prosseguir vejamos o conceito do 
que vem a ser a digitalização. 
A digitalização é a conversão de documentos impressos para arquivos 
digitais, seguido por um processo de classificação de documentos, que garante 
a rápida localização das informações. Sobre a importância da digitalização para 
o Nut-Seca, Carvalho comenta: 
A digitalização do acervo do Nut-Seca, com fins pragmáticos de 
preservar a memória documental do referido Núcleo e de 
proporcionar uma difusão mais ampliada destas informações, se faz 
necessária para nos adequarmos à sociedade atual, que se encontra 
pautada no elemento informação. (CARVALHO 2004, p. 111-112) 
 
6
 Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) do Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil. 
39 
 
O aumento de produtividade, por conta do acesso rápido à informação é 
um dos principais fatores a realizar a digitalização. Além disso, a logística de 
documentos e maior segurança das informações armazenadas também são 
benefícios bastante valorizados por quem busca uma solução de digitalização. 
A digitalização esta sendo realizada pelo Laboratório de Tecnologia da 
Informação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LIBER) que esta 
sob a Coordenação das professora Mônica Marques Carvalho e Renata 
Passos Filgueira de Carvalho do Departamento de Biblioteconomia da UFRN. 
Segundo Aguiar (2005, p. 4), “o objetivo do Laboratório Líber/UFRN é a 
realização de trabalhos voltados à digitalização com o intuído de promover o 
acesso remoto às informações contidas nos materiais impressos.” Dessa forma 
a digitalização realizada pelo Laboratório LIBER visa promover o acesso dos 
usuários a materiais que antes só eram encontrados em formato impresso. 
Para facilitar no momento da digitalização, Bezerra (2010) sugere os 
seguintes passos: 
1. A organização e armazenamento documental do material impresso 
para que se possa da inicio ao processo da digitalização; 
2. Escolha dos equipamentos tanto hardware como software a serem 
utilizado no processo, ou seja, o uso da tecnologia da informação; 
3. Organizar o acervo digital de acordo com impresso para facilitar a 
busca do material em loco; 
4. Criar possíveis descritores que os usuários usarão para busca e a 
recuperação da informação; 
5. Disponibilização desse material na rede mundial de computadores. 
O processo de digitalização pode ser separado em três etapas: 
 Scanear/Digitalizar documentos (com um equipamento scanner) 
 Classificar 
 Recuperar informações 
Durante a etapa da digitalização alguns elementos devem ser levados 
em conta para que o resultado obtido seja satisfatório: 
40 
 
Formatos de arquivo – os dados em um computador são 
armazenados em unidades chamadas arquivos que por sua vez são formados 
por uma sequencia de bits (0 ou 1). Dessa forma e possível os mais diversos 
tipos de arquivos que são diferenciados entre si por suas extensões. A forma 
como esses arquivos podem ser organizados define algumas de suas 
propriedades como número de cores, resolução, etc. Por isso e necessário a 
escolha do formato de arquivo mais adequado. 
Resolução – e a característica que determina a qualidade de um 
documento digital. 
Qualidade – visa garantir a melhor imagem por meio dos recursos do 
software que realiza a digitalização e/ou ferramentas de edição de imagem. 
Estas ações permitem eliminar ou minimizar efeitos negativos da digitalização. 
Cores – As cores são um aspecto importante, pois podem ser 
influenciadas pelo nível de iluminação no momento da captura, capacidades do 
sistema de digitalização e etc. 
Todas essas características são decisivas no resultado final da 
digitalização. 
 A seguir rotina promovida pelos os estagiários do LIBER da UFRN 
inscritos no fluxograma criado por Carlos Bezerra que exemplifica a rotina da 
digitalização e da busca e recuperação da Coleção Carnaúba do NUT-SECA. 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
Figura 4 - Fluxograma do processo de digitalização 
 
Fonte: (BEZERRA, 2010, p.11) 
 
Neste fluxograma esta representado de forma dinâmica a rotina ou a 
sequencia normal de trabalho na digitalização. O material é previamente 
selecionado e antes de ser digitalizado e observado seu estado de 
42 
 
conservação que definira onde será a digitalização se a folhas estiverem soltas 
será no ADF (alimentador de documentos automático), se estiverem unidas ou 
o material estiver danificado será na mesa de scanner. Em seguida é preciso 
saber se o documento vai ter OCR (reconhecimento ótico de caracteres) nos 
documentos digitalizados com OCR isso permite que o texto do documento 
digitalizado seja utilizado, por exemplo, para ser copiado em um documento do 
Word ou em um email. Em seguida converte o formato Word para PDF 
(Portable Document Format) para representar documentos de texto 
estruturado. Se por outro lado for decidido que o material não vai ter OCR 
então o objeto digital será uma imagem e será tratado num editor de imagens 
no caso em questão o Adobe Photoshop 7.0. logo após o material passa por 
tratamento técnico antes de ser disponibilizado para os usuários. 
A digitalização de documentos tem sido uma importante ferramenta para 
o melhor gerenciamento de documentos e conteúdos em papel, por permitir 
que
se tenha mais segurança no armazenamento dos conteúdos e ao mesmo 
tempo facilitar o acesso aos objetos digitais diminuindo o tempo de 
recuperação da informação. 
A digitalização também dinamiza o acesso e a disseminação da 
informação, mas para isto é necessário promover estratégias que permitam o 
tratamento, a guarda e preservação do material informacional isto e um 
gerenciamento eletrônico dos documentos visando garantir a permanência do 
conteúdo para disponibilização e uso em ocasiões futuras. 
No NUT-SECA todas as ações de digitalização objetivam a melhor e 
mais estratégica difusão da informação, acredita-se que o rico manancial 
documental encontrado no núcleo deva ser socializado para que novos 
conhecimentos sejam produzidos a partir dessas informações causando 
impactos positivos para a sociedade atual. 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Diante do que foi exposto este trabalho teve como objetivo Identificar na 
literatura as técnicas existentes de preservação digital, Identificar a existência 
de praticas de preservação documental no Nut-Seca, descrever o processo de 
tratamento dos objetos digitais no Nut-Seca, Identificar as competências 
necessárias para a realização da Preservação Digital no Nut-Seca. 
A realização da presente monografia apresentou o primeiro capitulo que 
tratou da parte introdutória onde foi esclarecido ao leitor o tema abordado. O 
segundo capítulo, o referencial teórico, teve como objetivo justificar os 
conceitos que fazem parte da temática apresentada através da consulta da 
literatura de autores e pesquisadores. Foram enfocados os assuntos 
relacionados a Globalização, Sociedade da informação e as Novas tecnologias 
de informação e comunicação, para em seguida serem abordados os assuntos 
Preservação documental e digital e as técnicas de preservação digital que 
foram conceituadas e demonstradas quanto a sua aplicabilidade e ênfase. No 
terceiro capítulo tratou sobre o Nut-Seca, onde foi apresentado um breve 
histórico do Núcleo para em seguida ser apresentado o acervo e a digitalização 
que está sendo realizada pelo Laboratório Líber. 
Sabemos que as informações que encontram-se registradas em papel 
estão limitadas a um espaço físico que as mantém, alem de estar sujeitas a 
deterioração pelo manuseio e pela ação de agentes ambientais. Para facilitar o 
acesso aos documentos pelo público e contribuir para sua preservação e para 
um maior alcance publico o Nut-Seca esta realizando a digitalização do acervo. 
 Neste sentido a digitalização foi a solução encontrada para questões 
relacionadas a preservação uma vez que o acervo físico pode-se tornar 
restritivo em relação ao acesso ao documento original. Uma vez que as 
informações são difundidas as pessoas podem ter acesso de forma remota 
através de um computador com internet permitindo agilidade ao conteúdo pelo 
publico. 
No que diz respeito a digitalização as maiores dificuldades encontradas 
é a obsolescência das mídias bem como formas seguras de salvaguarda do 
44 
 
material. Como a tecnologia evolui muito rapidamente, dispositivos capazes de 
ler determinada mídia permanecem pouco tempo no mercado antes de serem 
substituídas por outras mídias. Para remediar este problema e necessário o 
estabelecimento de rotinas permanentes de migração do suporte digital. 
Diante de tudo isso pode-se inferir que o Núcleo Temático da Seca 
realiza ações adequadas de preservação documental e digital que trabalha em 
torno da socialização das informações contidas em seu acervo. 
Recomenda-se estudos futuros que versem sobre a questão da 
Organização e Representação de Informação para ampliar o leque de 
pesquisas que estão sendo realizadas no referido local. 
45 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
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laboratório de tecnologia da informação LIBER/UFRN. Natal: UFRN, 2005. 
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