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Jorge Venâncio INTRODUÇÃO A SEGURANÇA NO TRABALHO Jorge Venâncio Apresentação elaborada com base no trabalho do ilustre Prof. Mst. Eng. José Francisco Buda 1 1. INTRODUÇÃO A SEGURANÇA NO TRABALHO A engenharia de Segurança no Trabalho foi oficialmente criada no Brasil a partir da portaria 3.237 de 1972 pelo PNVT Plano Nacional de Valorização do Trabalhador, que tinha como objetivo eliminar a má imagem que o 2 que tinha como objetivo eliminar a má imagem que o país tinha como recordista mundial em acidentes. Para tanto, as empresas que possuíam mais de 100 funcionários deveria contar com Serviços Especializados em Engenharia e Segurança e em Medicina do Trabalho, atualmente conhecido como SESMT. 1. INTRODUÇÃO A SEGURANÇA NO TRABALHO As diretrizes para este trabalho tinha como base uma regulamentação do Serviço de Saúde Ocupacional instituído pela OIT – Organização Internacional do Trabalho de 1959, Recomendação 112, com os objetivos: 3 � 1) Promover e manter o mais alto grau de bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores em todas as ocupações; � 2) Prevenir, entre os trabalhadores, todo prejuízo causado à sua saúde pelas condições de trabalho; � 3) Proteger os trabalhadores, em seus labores, contra os riscos resultantes da presença de fatores adverso/agentes nocivos à sua saúde; � 4) Colocar e conservar os trabalhadores no ambientes ocupacionais adaptados às suas aptidões fisiológicas e psicológicas; � 5) Adaptar o trabalho ao homem e cada homem ao seu próprio trabalho 1. INTRODUÇÃO A SEGURANÇA NO TRABALHO: HISTÓRICO � Revolução Industrial, 1760 e 1830, grandes massas saem do meio rural e vão aos grandes centros em busca de trabalho. Teares manuais e domésticos são 4 busca de trabalho. Teares manuais e domésticos são substituídos por maquinas a vapor. Este meio de produção emprega homens, mulheres, crianças e velhos, cria-se a sociedade industrial. Estas atividades eram desempenhadas em grandes galpões escuros, mal ventilados, úmidos e em estábulos adaptados. 1. INTRODUÇÃO A SEGURANÇA NO TRABALHO: HISTÓRICO Parlamento Inglês, 1833, cria o “Factory Act” (Lei das Fábricas), que estabelece a inspeção do governo nas fábricas, institui a idade mínima e comprovada, através de atestado médico, de 9 anos para o trabalho, proíbe a jornada noturna aos menores de 18 anos, limitou o tempo de trabalho há 12 horas diário e 69 semanais e garantiu escola para os 5 trabalho há 12 horas diário e 69 semanais e garantiu escola para os menores de 13 anos. Grã-Bretanha, 1867, cria-se oficialmente a “Inspetoria das Fábricas”, órgão do Ministério do Trabalho, que tem como objetivo a realização de exames médicos periódicos nos trabalhadores e estudar as doenças profissionais, outros países adotam este comportamento; Bloco Ocidental/Capitalista, 1919, cria-se OIT, Organização Internacional do Trabalho, em reação ao ocorrido na Rússia em 1917, onde aguadas contradições sociais levam a Revolução Russa. Neste período graças aos ideais comunistas e anarquistas, começa a se delinear os sindicatos, ligas e associações de trabalhadores, inclusive no Brasil. 1. INTRODUÇÃO A SEGURANÇA NO TRABALHO: HISTÓRICO Embora abolida a escravatura a figura do feitor fazia parte do organograma das principais indústrias de capital nacional. O Brasil começa a sua revolução industrial a partir do século 20 após o declínio do produto agrícola. Começa a chegar no país 6 após o declínio do produto agrícola. Começa a chegar no país maquinas obsoletas e um grande contingente de operários estrangeiros em sua maioria italianos e espanhóis; 1917, primeira greve geral em São Paulo, que reivindicava melhores salários, condições de vida e trabalho e redução da jornada de trabalho; 1919, aprovação da primeira lei de Seguros de Acidentes de Trabalho de caráter compulsório para determinadas indústrias da iniciativa privada (caráter excludente); 1. INTRODUÇÃO A SEGURANÇA NO TRABALHO 1923, sob influência do anarco-sindicalismo, implanta-se para o ferroviários o primeiro sistema de aposentadorias e pensões, as chamadas Caixas, que embora de caráter corporativa iniciam um sistema de previdência gerido pêlos trabalhadores; 7 sistema de previdência gerido pêlos trabalhadores; 1933, com a participação do Estado estas caixas são transformadas em Institutos de Aposentadoria e Pensões, tais como IAPTEC, IAPB, IAPI, etc., que incluiu a assistência médica, mantendo, entretanto seu caráter corporativo; 1930, Era Vargas, cria-se o Ministério do Trabalho, os sindicatos passam a ficar subordinados ao Estado e de seus interesses de classe. O objetivo era manter os trabalhadores dentro dos limites do Estado e formular uma política de conciliação entre o capital e o trabalho. Em vigor até hoje em nosso país, estas leis regem o trabalho assalariado, com exceção do funcionalismo público; 1. INTRODUÇÃO A SEGURANÇA NO TRABALHO: HISTÓRICO 1/05/43, promulgação através do Decreto Lei 5452 da CLT, Consolidação das Leis do Trabalho, baseada na “Carta del Lavoro” de Mussolini; 1966, cria-se, sob a ditadura militar, o INPS; 8 1966, cria-se, sob a ditadura militar, o INPS; 1967, incorpora-se o seguro acidente de trabalho ao INPS, até então este seguro era controlado pôr seguradoras privadas; 1972, cria-se o PNVT, Plano Nacional de Valorização do Trabalhador, que tem como objetivo reduzir em 2 anos as estatísticas oficiais de acidentes de trabalho dos patamares de 20% de sua população economicamente ativa para valores próximos de zero, nesta época os Estados Unidos estavam em torno de 5%; 1. INTRODUÇÃO A SEGURANÇA NO TRABALHO: ATUALIDADE � 1977, o capitulo V do Título II da CLT – “Da Segurança e da Saúde do Trabalhador”, sofre uma profunda alteração, cuja redação foi dada Prof. Mst. Eng. José Francisco Buda9 uma profunda alteração, cuja redação foi dada pela Lei 6.514 de 22/12/77 (D.O U. de 23/12/77) e regulamentando pela portaria 3.214 de 8/6/78 (D.O U. de 6/7/78) e posteriores alterações, que instituíram as 28 Normas Regulamentadoras Urbanas (NR), 5 rurais (NRR) e 7 portuárias (NRP). 1. INTRODUÇÃO A SEGURANÇA NO TRABALHO: ATUALIDADE FONTE: PUZO, MARIO , 2004 CURSO COMGAS 2. SEGURANÇA NO TRABALHO: CONCEITOS Acidente de Trabalho: Do ponto de vista legal é todo “aquele que ocorre do exercício do trabalho, a serviço da empresa, e que provoca, direta ou indiretamente, lesão corporal ou perturbação funcional ou doença que 11 lesão corporal ou perturbação funcional ou doença que cause a morte ou redução total ou parcial, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho” Acidente do Trabalho: Do ponto de vista prevencionista é considerado acidente como qualquer ocorrência que interfere no andamento normal do trabalho, causando: perda de tempo e/ou danos materiais e/ou lesões funcionais nos trabalhadores. � Perigo: é uma fonte potencial de dano.(ABNT 2003) � Risco: é um valor estimado que leva em consideração a probabilidade de ocorrência de um dano e a gravidade de tal dano. (ABNT 2003) 2. SEGURANÇA NO TRABALHO: CONCEITOS Prof. Mst. Eng. José Francisco Buda12 gravidade de tal dano. (ABNT 2003) � Acidentes Operacionais – Falhas de componentes materiais ou equipamentos, reações aceleradas ou inesperadas, perdas de controle, etc.; � Acidentes Ambientais – Mudanças climáticas, falhas ou deficiências de proteções, interferência de outro acidente, etc.; � Acidentes Organizacionais – Inadequações no gerenciamento da organização ou de atitudes, falhas em procedimentos, treinamentos, supervisão, suporte, 2. SEGURANÇA NO TRABALHO: CONCEITOS Prof. Mst. Eng. José Francisco Buda13 em procedimentos, treinamentos, supervisão, suporte, análise de processos, construção de instalações,sistema de isolamento de equipamentos, manutenção, etc.; � Acidentes Pessoais – Erros, problemas de saúde, desobediências, intervenção maliciosa, excesso de confiança, falta de higiene pessoal e outras. ACIDENTEACIDENTEACIDENTE 2% causas imprevisíveis 2% causas imprevisíveis 98% causas previsíveis98% causas previsíveis ACIDENTEACIDENTEACIDENTE 2% causas imprevisíveis 2% causas imprevisíveis 98% causas previsíveis98% causas previsíveis 2. SEGURANÇA NO TRABALHO: CONCEITOS 14 88% fatores humanos “atos inseguros” 88% fatores humanos “atos inseguros” 10% fatores materiais “condições inseguras” 10% fatores materiais “condições inseguras” 88% fatores humanos “atos inseguros” 88% fatores humanos “atos inseguros” 10% fatores materiais “condições inseguras” 10% fatores materiais “condições inseguras” Causas de acidentes, fonte GIANASSI (1999) Obrigações do empregador quanto ao EPI. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito estado 2. SEGURANÇA NO TRABALHO: CONCEITOS - EPI 15 gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: a) sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não � oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças � profissionais e do trabalho; Obrigações do empregador quanto ao EPI. b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; c) para atender as situações de emergência. � O empregador também deve: 2. SEGURANÇA NO TRABALHO: CONCEITOS - EPI 16 � O empregador também deve: � · Adquirir o tipo adequado à atividade do empregado; � · Fornecer ao empregado somente EPI aprovado; � · Treinar o trabalhador sobre seu uso adequado � Tornar obrigatório seu uso; � Substituí-lo, imediatamente, por dano ou extravio; � Responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção; Obrigações do empregador quanto ao EPI. b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; c) para atender as situações de emergência. 2. SEGURANÇA NO TRABALHO: CONCEITOS - EPI 17 c) para atender as situações de emergência. � O empregador também deve: � Adquirir o tipo adequado à atividade do empregado; � Fornecer ao empregado somente EPI aprovado; � Treinar o trabalhador sobre seu uso adequado; � Tornar obrigatório seu uso; � Substituí-lo, imediatamente, por dano ou extravio; � Responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção. SESMT DRTs 3. SEGURANÇA : ESTRUTURA GERAL NO BRASIL 18 CIPA SSST A Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST é o órgão de âmbito nacional competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho - CANPAT, o Programa de Alimentação do 3. SEGURANÇA : ESTRUTURA GERAL NO BRASIL: SSST 19 Trabalho - CANPAT, o Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT e ainda a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho em todo o território nacional. Compete, ainda, à Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST conhecer, em última instância, dos recursos voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e saúde no trabalho. Delegacia Regional do Trabalho - DRT, nos limites de sua jurisdição, é o órgão regional competente para executar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção dos Acidentes do Trabalho - CANPAT, o Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT e ainda a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares 3. SEGURANÇA : ESTRUTURA GERAL NO BRASIL: DRTs 20 do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. Compete, ainda, à Delegacia Regional do Trabalho - DRT ou à Delegacia do Trabalho Marítimo - DTM, nos limites de sua jurisdição. Instrumentos: � Inspeção prévia � Embargo � Interdição Equipe multidisciplinar composta por, dimensionada de acordo com as características da empresas e composta por: 3. SEGURANÇA : ESTRUTURA GERAL NO BRASIL: SESMT 21 � Eng°de Segurança do Trabalho � Técnico em Segurança do Trabalho � Médico do Trabalho � Enfermeiro do Trabalho � Auxiliar de Enfermagem do Trabalho A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente 3. SEGURANÇA : ESTRUTURA GERAL NO BRASIL: CIPA 22 de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a presença da vida e a promoção da saúde do trabalhador. Diemnsionada de acordo com as características da empresa. Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficientes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que admitam 3. SEGURANÇA : ESTRUTURA GERAL NO BRASIL: CIPA 23 bem como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados. A empresa que possuir em um mesmo município dois ou mais estabelecimentos, deverá garantir a integração das CIPA e dos designados, conforme o caso, com o objetivo de harmonizar as políticas de segurança e saúde no trabalho. 4. NORMAS REGULAMENTADORAS � NR Nº 01 - Disposições Gerais � NR Nº 02 Inspeção Prévia � NR Nº 03 Embargo ou Interdição � NR Nº 04 Serviços Especializados em Eng. de Segurança e em Medicina do Trabalho 24 Segurança e em Medicina do Trabalho � NR Nº 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes � NR Nº 06 Equipamentos de Proteção Individual - EPI � NR Nº 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional � NR Nº 07 - Despacho SSST (Nota Técnica) � NR Nº 08 -Edificações � NR Nº 09 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais � NR Nº 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade 4. NORMAS REGULAMENTADORAS 25 Eletricidade � NR Nº 11- Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais � NR Nº 11 Anexo I - Regulamento Técnico de Procedimentos para Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Chapas de Mármore, Granito e outras Rochas. � NR Nº 12 - Máquinas e Equipamentos � NR Nº 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão � NR Nº 14 - Fornos � NR Nº 15 - Atividades e Operações Insalubres � NR Nº 16 - Atividades e Operações Perigosas 4. NORMAS REGULAMENTADORAS 26 � NR Nº 16 - Atividades e Operações Perigosas � NR Nº 17 - Ergonomia � NR Nº 17 Anexo I - Trabalho dos Operadores de Checkouts � NR Nº 17 Anexo II - Trabalho em Teleatendimento / Telemarketing � NR Nº 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção � NR Nº 19 - Explosivos � NR Nº 19 Anexo I - Segurança e Saúde na Indústria de Fogos de Artifício e outros Artefatos Pirotécnicos 4. NORMAS REGULAMENTADORAS 27 Fogos de Artifício e outros Artefatos Pirotécnicos � NR Nº 20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis � NR Nº 21 - Trabalho a Céu Aberto � NR Nº 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração � NR Nº 23 - Proteção Contra Incêndios � NR Nº 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho � NR Nº 25 - Resíduos Industriais � NR Nº 26 - Sinalização de Segurança � NR Nº 27- Revogada pela Portaria GM n.º 262, 29/05/2008 Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB 4. NORMAS REGULAMENTADORAS28 no MTB � NR Nº 28 - Fiscalização e Penalidades � NR Nº 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário � NR Nº 30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário � NR Nº 30 - Anexo I - Pesca Comercial e Industrial. � NR Nº 30 - Anexo II - Plataformas e Instalações de Apoio � NR Nº 31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura � NR Nº 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde 4. NORMAS REGULAMENTADORAS 29 Estabelecimentos de Saúde � NR Nº 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados � NR Nº 34 (Texto para Consulta Pública) - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval
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